Autor Tópico: CC Ultimate Fight  (Lida 38289 vezes)

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Offline _Juca_

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #100 Online: 01 de Dezembro de 2011, 17:11:01 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

What? :confuso:  :biglol:


Offline Gigaview

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #101 Online: 01 de Dezembro de 2011, 17:24:17 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

What? :confuso:  :biglol:



Quem decide é o cérebro, antes de "pensarmos" em decidir. O pensamento de que estamos no controle da situação me parece pura ilusão.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline _Juca_

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #102 Online: 01 de Dezembro de 2011, 17:39:30 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

What? :confuso:  :biglol:



Quem decide é o cérebro, antes de "pensarmos" em decidir. O pensamento de que estamos no controle da situação me parece pura ilusão.

Quer dizer que no fim tudo já está previamente programado e nossa consciência não manda em nada?

Offline Gigaview

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #103 Online: 01 de Dezembro de 2011, 17:59:02 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

What? :confuso:  :biglol:



Quem decide é o cérebro, antes de "pensarmos" em decidir. O pensamento de que estamos no controle da situação me parece pura ilusão.

Quer dizer que no fim tudo já está previamente programado e nossa consciência não manda em nada?

Não é bem isso. Parece que a atividade neural gera padrões de campos eletromagnéticos que talvez possam explicar o que chamamos de consciência. Primeiro vem a decisão bioquímica do movimento que gera aquilo que chamei de ilusão da decisão.

Dá uma olhada aqui e leia a parte sobre "PSYCHOLOGICAL EVIDENCE THAT CONSCIOUSNESS DOES NOT CAUSE BEHAVIOUR".

http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=mcfadden%20and%20pockett%27s%20theory&source=web&cd=10&ved=0CG0QFjAJ&url=http%3A%2F%2Fwww.humanamente.eu%2FPDF%2FIssue15_Paper_Pockett.pdf%23search%3D%22mcfadden%20and%20pockett%27s%20theory%22&ei=m9jXTp-KEKrq2AWBrbC4Dg&usg=AFQjCNHBg3B5B9NaGv93r5XnXzEKfi4U7Q&cad=rja

« Última modificação: 01 de Dezembro de 2011, 18:14:29 por Gigaview »
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Offline Gigaview

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #104 Online: 01 de Dezembro de 2011, 18:33:35 »
Está lá:

...

The addition of this neurophysiological evidence to the accumulated psychological results now makes it reasonable to conclude definitively that subjective reports about movement initiation are not reports of on-the-spot conscious perceptions at all. They are post-hoc cognitive constructions. We are not directly conscious of the initiation of our voluntary movements. Thus consciousness can not be considered to be the proximal cause of voluntary movements. The fact that experimental subjects usually fail to realise this is probably due to the general inability of humans to perceive cause and effect accurately (Choi and Scholl 2006).

Foi isso que quis dizer sobre a questão do "murro na cara"  levantada pelo Agnóstico.



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Offline Buckaroo Banzai

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #105 Online: 01 de Dezembro de 2011, 19:01:36 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

Uma analogia que imaginei: há um grupo de pessoas realizando alguma tarefa, e uma das pessoas envolvidas no processo em algum momento apenas tem em mãos um papel dizendo parte do que será feito a seguir, e ele então repassa a outras pessoas, que de fato implementarão isso. Essa pessoa no entanto tem uma lesão cerebral (ou foi hipnotizada, como preferirem) que a faz crer que qualquer coisa que leia no papel foi idéia dela. Ela recebe o papel, lê, e pensa, "oh, justamente o que eu acabei de imaginar, meus subordinados parecem ter a capacidade de sempre ler meus pensamentos", como um deja vu. Então ele tem a impressão de que está mandando na coisa toda. Mas na verdade, é só uma mão que repassa um papel* com instruções das quais ele apenas ficou consciente.

* ou talvez uma mão a qual chegue uma duplicata redundante de um papel, que poderia até ser jogada no lixo por ele, que não mudaria em nada pois as mesmas instruções já foram repassadas por outra rota.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #106 Online: 01 de Dezembro de 2011, 19:06:23 »
É realmente algo duro de engolir, essa noção de haver uma defasagem entre as nossas decisões propriamente ditas, e tomarmos consciência delas.


Talvez uma analogia mais próxima (se não for tão próximo a ponto de ser quase "homologia") seja nossa ação por reflexos.

Offline Moro

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #107 Online: 02 de Dezembro de 2011, 01:39:00 »
Se ele deu ou não deu um murro na própria cara, ele não poderia ter feito diferente, a menos que se postule algo como uma alma mágica regendo as ações dos humanos e subvertendo a física dos cérebros.

Porque as reações físicas que constituem a decisão de dar ou não um murro na cara são todas determinadas por condições anteriores, já determinadas.

É física, não meta-física.

Metafísica é a idéia oposta, ainda que não se esteja consciente disso.


na verdade, eu não estou nem aí. Não dou valor algum a discussões metafísicas. Para mim está bom dizer

1- eu sou meu cérebro e meu cérebro é baseado em química e física
2- Nào tem sentido dizer que eu não tenho livre arbítrio porque eu sou movido pela química e física, já que basicamente física e química é o "eu".
3- Como não posso dizer que não tenho liberdade porque eu estou definindo o que eu estou fazendo, não existe sequer discussão
4- Não fosse isso, é só abrir os olhos e olhar ao redor.. todos fazemos o que queremos.. e quem dita isso é física e química, isto é NÓS MESMOS


edit: arrumado

Que parte desse meu texto não responde a essa groselha?
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Moro

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #108 Online: 02 de Dezembro de 2011, 01:41:23 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

Giga, o cérebro somos nós. Como o cérebro tenta enganar agente se nós somos ele?

Note que vocês não estão percebendo que voces estão criando uma entidade metafísica aí no meio..
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Offline Moro

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #109 Online: 02 de Dezembro de 2011, 01:42:57 »
Está lá:

...

The addition of this neurophysiological evidence to the accumulated psychological results now makes it reasonable to conclude definitively that subjective reports about movement initiation are not reports of on-the-spot conscious perceptions at all. They are post-hoc cognitive constructions. We are not directly conscious of the initiation of our voluntary movements. Thus consciousness can not be considered to be the proximal cause of voluntary movements. The fact that experimental subjects usually fail to realise this is probably due to the general inability of humans to perceive cause and effect accurately (Choi and Scholl 2006).

Foi isso que quis dizer sobre a questão do "murro na cara"  levantada pelo Agnóstico.





Simples desconhecimento... é como alguém em um satélite querer explicar o fluxo das formigas andando na terra.. nosso não conhecimento faz com que sejam gerados essas tosqueiras de interpretações
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Offline Gigaview

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #110 Online: 02 de Dezembro de 2011, 03:22:18 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

Giga, o cérebro somos nós. Como o cérebro tenta enganar agente se nós somos ele?

Note que vocês não estão percebendo que voces estão criando uma entidade metafísica aí no meio..

Não vejo nada de metafísico aí; não há outra entidade.

Imagine uma pessoa numa situação de susto. Sobe a pressão arterial e o nível de adrenalina. Que entidade metafísica é essa que comanda o sistema nervoso parassimpático independentemente da vontade? E no caso de uma pessoa hipnotizada que fica feliz imersa numa banheira de gelo acreditando que está tendo um banho quente e relaxante? Se ela é o cérebro, por que permite ser enganada?

Agora junte essas coisas, isto é, funções cerebrais que ocorrem independentemente da vontade e a possibilidade de ser enganado pelo próprio cérebro e algumas evidências empíricas para termos a base para essas novas hipóteses que estão em discussão.
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2011, 03:26:47 por Gigaview »
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Offline nobre

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #111 Online: 02 de Dezembro de 2011, 06:31:11 »

Olhe agora para sua mão... feche a bem.. e de um murro na cara.

Você deu? Você que quis. Não deu? O mesmo.

Metafísica barata

Bom!!! Enfim um realista pragmático...
Mudando de assunto... Sou Flamenguista e vc torce por quem?

Offline _tiago

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #112 Online: 02 de Dezembro de 2011, 09:12:55 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

Giga, o cérebro somos nós. Como o cérebro tenta enganar agente se nós somos ele?

Note que vocês não estão percebendo que voces estão criando uma entidade metafísica aí no meio..

Não vejo nada de metafísico aí; não há outra entidade.

Imagine uma pessoa numa situação de susto. Sobe a pressão arterial e o nível de adrenalina. Que entidade metafísica é essa que comanda o sistema nervoso parassimpático independentemente da vontade? E no caso de uma pessoa hipnotizada que fica feliz imersa numa banheira de gelo acreditando que está tendo um banho quente e relaxante? Se ela é o cérebro, por que permite ser enganada?

Agora junte essas coisas, isto é, funções cerebrais que ocorrem independentemente da vontade e a possibilidade de ser enganado pelo próprio cérebro e algumas evidências empíricas para termos a base para essas novas hipóteses que estão em discussão.

Somos o cérebro, Agnóstico, mas isso não significa que produzimos apenas verdades pra nós mesmos.

Racionalizações pra justificar nossas ações, projetar nos outros nossos defeitos, procrastinação... Maneiras do cérebro dizer pra gente que somos melhores que o que realmente somos.
São diversas as ações do cérebro pra enganar a nós mesmos. Vou ver se eu junto e depois posto aqui.

Offline _tiago

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #113 Online: 02 de Dezembro de 2011, 09:14:47 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

Giga, o cérebro somos nós. Como o cérebro tenta enganar agente se nós somos ele?

Note que vocês não estão percebendo que voces estão criando uma entidade metafísica aí no meio..

Quem tá colocando um fantasma na máquina é você, meu caro, com esse seu irrestrito livre-arbítrio.

Offline Moro

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #114 Online: 02 de Dezembro de 2011, 12:49:10 »
"Quer ou não quer dar um murro na cara" me parece uma justificativa a posteriori para uma reação bioquímica qualquer de "dar/não dar" efetivamente um murro na cara. Uma espécie de justificativa consciente que vem antes do murro, apesar deste já ter sido "decidido" bioquimicamente. Um "me engana que eu gosto" que o próprio cérebro inventa para termos a sensação de que estamos no controle, que podemos decidir como exposto no experimento de Libet.

Giga, o cérebro somos nós. Como o cérebro tenta enganar agente se nós somos ele?

Note que vocês não estão percebendo que voces estão criando uma entidade metafísica aí no meio..

Não vejo nada de metafísico aí; não há outra entidade.

Imagine uma pessoa numa situação de susto. Sobe a pressão arterial e o nível de adrenalina. Que entidade metafísica é essa que comanda o sistema nervoso parassimpático independentemente da vontade?

Instinto?? Nosso cérebro tem diversas camadas, não? A parte que reage a esses eventos não necessita da vontade.. alias, seu coração também não. Simplesmente físico.

E no caso de uma pessoa hipnotizada que fica feliz imersa numa banheira de gelo acreditando que está tendo um banho quente e relaxante? Se ela é o cérebro, por que permite ser enganada?

Giga, o cérebro, não sendo perfeito, possui bugs e pode ser levado a perceber as coisas de maneira distinta do que normalmente perceberia. Ilusões de ótica, equilibrio, percepção de peso, tudo isso é completamente influenciável.

Não tem nada.... só cérebro e suas reações físico-químicas


Agora junte essas coisas, isto é, funções cerebrais que ocorrem independentemente da vontade e a possibilidade de ser enganado pelo próprio cérebro e algumas evidências empíricas para termos a base para essas novas hipóteses que estão em discussão.

Não... só bullshit.


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Offline Buckaroo Banzai

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #115 Online: 02 de Dezembro de 2011, 12:54:53 »
O Agnóstico parece ter uma visão que é híbrida da "compatibilista" com a "incompatibilista". Por um lado aceita o fisicalismo (como no compatibilismo) mas nega o determinismo implícito (como no incompatibilismo), sem perceber defendendo o livre-arbítrio metafísico que tem o adjetivo que ele tanto repudia.

Offline Moro

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #116 Online: 02 de Dezembro de 2011, 14:21:55 »
Filosofia é uma m...

Não me importa saber se sou compatibilista ou não.

Meu ponto é: Só existe o cérebro, temos livre arbítrio, isso bate com qualquer observação, existe uma besteira enorme que vocês caem que é a separação entre mente e cérebro. A partir daí, começa a vir essas besteiras metafísicas
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Offline West

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #117 Online: 02 de Dezembro de 2011, 14:35:50 »
(1) A informação é a base da realidade;
(2) Algo só existe se for capaz de conservar informação;
(3) A informação, para existir, necessita de um suporte físico/material;
(4) Logo, tudo que existe é material/físico.
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
__________
Protágoras.Ensaio sobre os deuses. Séc. V a.C.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #118 Online: 02 de Dezembro de 2011, 16:38:46 »
Filosofia é uma m...

Não me importa saber se sou compatibilista ou não.

Meu ponto é: Só existe o cérebro, temos livre arbítrio, isso bate com qualquer observação, existe uma besteira enorme que vocês caem que é a separação entre mente e cérebro. A partir daí, começa a vir essas besteiras metafísicas


Embora faça todo sentido distinguir mente (processo) de cérebro (objeto), não é esse o problema aqui.

O problema é que ao não acietar a mente como um mero processo determinado ordinário, você faz uma separação muito mais drástica, que é o dualismo, a idéia de que a mente existe praticamente em um universo paralelo ao físico.

Se você pretende negar o dualismo, aceitar a mente como apenas um processo físico como qualquer outro, então a vontade que sentimos nada mais é do que uma sensação que sucede as decisões tomadas pelo cérebro de forma totalmente automática. Como "sentir calor", mas em vez disso apenas "sentimos as decisões tomadas por nossos cérebros". E o livre-arbítrio no sentido mais literal (ou metafísico) é uma ilusão. Seu significado real só pode ser o de que somos máquinas que realizam decisões automáticas em processos de alto grau de complexibilidade.

Não há como fugir disso. É questão simplesmente de lógica, não de assumir alguma dada teoria sobre o funcionamento do cérebro, mas sim sobre o universo, sobre a realidade -- fisicalismo/monismo em vez de dualismo.

Se o universo é puramente físico, então não há livre-arbítrio senão num sentido muito limitado, não tão diferente de dizer que personagens de video-game controlados pelo computador têm livre arbítrio.

Se supomos que é mais que isso, que nossa vontade não é determinada, não é apenas um estágio (possivelmente sem nem representar qualquer fator causal) no meio de um processo fisicamente determinado sobre o qual ela não exerce qualquer controle, mas algo que consegue de alguma forma se ver livre do determinismo físico -- diferentemente de tudo que se conhece no universo -- então aí sim é que fazemos uma separação mais grave da mente, não apenas sendo um processo cerebral, mas algo que não seria nem material, físico.

É isso, nem há como argumentar contra, pois é simplesmente impossibilidade lógica, como onipotência (criar uma pedra que se seja incapaz de levantar).




Não importa que um livre-arbítrio mais forte pareça bater com as observações (pois não bate sob um olhar mais cuidadoso), solipsismo também bate, nem por isso é verdade.

Offline Gigaview

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #119 Online: 02 de Dezembro de 2011, 16:44:33 »
Filosofia é uma m...

Não me importa saber se sou compatibilista ou não.

Meu ponto é: Só existe o cérebro, temos livre arbítrio, isso bate com qualquer observação, existe uma besteira enorme que vocês caem que é a separação entre mente e cérebro. A partir daí, começa a vir essas besteiras metafísicas


A filosofia não é uma m....

Sim, só existe o cérebro. Não temos evidências da existência de mentes/consciências sem cérebros. Então, não há como negar que a consciência é produzida no cérebro, assim como toda a base comportamental dentre outras coisas que nos caracterizam como seres humanos.

O cérebro também se ocupa de outras funções como o gerenciamento do sistema nervoso parassimpático que é autônomo e inacessível à consciência. Ninguém discute com sua hipófise os níveis de dosagens de hormônios. Os desequilibrios hormonais podem alterar as respostas ao estresse, o uso de energia pelo corpo, o crescimento do indivíduo e até o comportamento sexual das pessoas e tudo isso, somado às demais respostas de outras funções cerebrais,  vai influenciar a forma de sentir, de pensar e a consciência.

Então, sabemos que a consciência não interfere no sistema parassimpático mas de uma forma ou de outra o sistema parassimpático interfere e influencia a consciência. Nos resta perguntar até que ponto?

Dizer que "nós" somos o nosso cérebro significa na verdade que "nós" somos um produto de algumas funções cerebrais que, como vimos acima, pode ser influenciado por uma série de variáveis que "nós" nem desconfiamos. É nessa perspectiva que se insere a possibilidade da ilusão do livre arbitrio. A mente pode ser facilmente enganada pelos mesmos processos bioquímicos que a constroem.


« Última modificação: 02 de Dezembro de 2011, 16:47:57 por Gigaview »
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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #120 Online: 02 de Dezembro de 2011, 18:08:44 »
Filosofia é uma m...

Não me importa saber se sou compatibilista ou não.

Meu ponto é: Só existe o cérebro, temos livre arbítrio, isso bate com qualquer observação, existe uma besteira enorme que vocês caem que é a separação entre mente e cérebro. A partir daí, começa a vir essas besteiras metafísicas


A filosofia não é uma m....

Sim, só existe o cérebro. Não temos evidências da existência de mentes/consciências sem cérebros. Então, não há como negar que a consciência é produzida no cérebro, assim como toda a base comportamental dentre outras coisas que nos caracterizam como seres humanos.

O cérebro também se ocupa de outras funções como o gerenciamento do sistema nervoso parassimpático que é autônomo e inacessível à consciência. Ninguém discute com sua hipófise os níveis de dosagens de hormônios. Os desequilibrios hormonais podem alterar as respostas ao estresse, o uso de energia pelo corpo, o crescimento do indivíduo e até o comportamento sexual das pessoas e tudo isso, somado às demais respostas de outras funções cerebrais,  vai influenciar a forma de sentir, de pensar e a consciência.


lindo


Então, sabemos que a consciência não interfere no sistema parassimpático mas de uma forma ou de outra o sistema parassimpático interfere e influencia a consciência. Nos resta perguntar até que ponto?

Dizer que "nós" somos o nosso cérebro significa na verdade que "nós" somos um produto de algumas funções cerebrais que, como vimos acima, pode ser influenciado por uma série de variáveis que "nós" nem desconfiamos.

lindo

É nessa perspectiva que se insere a possibilidade da ilusão do livre arbitrio. A mente pode ser facilmente enganada pelos mesmos processos bioquímicos que a constroem.


essa é a parte que não bate.
Falar que não temos livre arbítrio porque o cérebro funciona como deve funcionar não tem sentido. A mente não pode ser enganada pelo cérebro porque a mente é o cérebro. A questão é que ele não funciona tão bem.

Como disse acima, essa nóia de separar a mente do cérebro é onde a problemática que vocês vêem, e não existe, acontece.


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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #121 Online: 02 de Dezembro de 2011, 19:26:36 »
Citar
A questão é que ele não funciona tão bem.

Isso serve para tudo, principalmente para rebater todos os argumentos que você discorda. :lol:

Partindo da sua afirmação também posso dizer que o livre arbítrio não existe porque o cérebro não funciona como deveria funcionar.

Empatamos?  :hihi:
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Offline Moro

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #122 Online: 02 de Dezembro de 2011, 21:36:04 »
você já disse isso varias vezes, não?

Ilusão de ótica? caixa de skinner?

Vai usar algo que você aceita como verdade ou inventar uma mente separada do cérebro?
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Gigaview

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #123 Online: 02 de Dezembro de 2011, 21:54:54 »
você já disse isso varias vezes, não?

Ilusão de ótica? caixa de skinner?

Vai usar algo que você aceita como verdade ou inventar uma mente separada do cérebro?

O que você entende por mente? O que é a consciência para você?
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Moro

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Re:CC Ultimate Fight
« Resposta #124 Online: 02 de Dezembro de 2011, 22:01:49 »
mente e consciência são apenas interpretações e segmentações feitas por nós para descrever uma interpretação de características do cérebro.  Tão preciso quanto ego, superego, id
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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