Sergio, veja se você me entende, eu não tenho nada contra a afirmação que nosso cérebro produz todas as nossas decisões. Aliás, nem diferença entre cérebro e mente essa besta prática, eu, consigo ver.
1- Você não pode definir a reação R do seu cérebro a partir de nenhum estudo, como R = f(humor, frase dita, temperatura, pressão, cenário, dívida,... )
2- Você não pode definir R a partir de nenhum estudo do cérebro, tipo.. o cara vai ter uma idéia em dois minutos, 20 segundos, ou 1 ano
Por aí só, poderia te dizer que tua afirmação não é verificável.. está no terreno das hipóteses. Mesmo que eu não leve em consideração a hipótese da alma, não haveria nesses estudos quaisquer informações que lhe permitissem tirar a variável alma da jogada.. simplesmente não sabemos como funciona
Outro ponto é a confusão gerada. Quando voce diz que não temos livre arbítrio porque nosso cérebro é químico/físico, na verdade vocês que julgam que existe algo além do cérebro, já que eu sou motivado por essas reações, como se eu não fosse exatamente essas reações.
Como EU não defino o que eu faço porque o que faço são frutos dessas reações que na verdade... sou eu mesmo??
Não tem sequer sentido lógico
Por fim, o único conceito de livre arbítrio que considero util é aquele que diz se EU, que sou meu cérebro, tomo as decisões de acordo com essas reações químicas ou sou forçado por um agente externo a fazer algo
Entende?
na verdade, eu não estou nem aí. Não dou valor algum a discussões metafísicas. Para mim está bom dizer
1- eu sou meu cérebro e meu cérebro é baseado em química e física
2- Nào tem sentido dizer que eu não tenho livre arbítrio porque eu sou movido pela química e física, já que basicamente física e química é o "eu".
3- Como não posso dizer que não tenho liberdade porque eu estou definindo o que eu estou fazendo, não existe sequer discussão
4- Não fosse isso, é só abrir os olhos e olhar ao redor.. todos fazemos o que queremos.. e quem dita isso é física e química, isto é NÓS MESMOS
edit: arrumado
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Aos seus argumentos,
Pelo que entendi, você diz,
Eu não conheço os motivos de R, ou os motivos de R não são verificáveis, então eu assumo que existe livre arbítrio e que se dane se existem motivos anteriores a R ou não, eu acredito no que eu quiser.
Existem reações físicas e químicas no cérebro e se vocês dizem que por isso não temos livre-arbítrio, a confusão é de vocês, pois são vocês que estão enfiando algo aí não explicável. As reações químicas geram o EU e é esse EU que toma as decisões, qualquer causa precedente é confusão de vocês porque EU quero.
Conceitos ou argumentos que tratam do assunto só valem se tiverem utilidade.
Ou seja, você continua a não definir a sua concepção de livre-arbítrio e quando o faz, faz de maneira confusa. Mais, você afirma que, se desconhecemos as causas precedentes, isso faz o seu argumento verdadeiro, mas não diz por que é verdadeiro! Mas essa última achei ruim: conceitos e argumentos só servem se tiverem alguma utilidade! Afinal, de onde você tirou isso?
A minha idéia,
de livre arbítrio é que as pessoas teriam a liberdade de escolher entre A ou B. Eu digo que essa idéia é furada pois qualquer escolha que se faça tem de respeitar uma cadeia incalculável de causas anteriores, afinal, nenhuma escolha brota do nada, pois simplesmente nada surge do nada. Mas entre A e B, entre morar em Miami ou São Paulo, entre ser Engenheiro ou Físico, entre diversas situações da vida quotidiana, o que se define por escolha é antes resultado de incalculáveis motivos anteriores cujo resultado é aquela “escolha” que, por sua vez, será influência em diversas outras. Dizer que, por isso, pelo fato de não conseguirmos perceber a cadeia, isso nos dá a ilusão de escolha, perfeito, não discordo. Entretanto, na realidade, não existiu escolha nenhuma.
Dito isto, em que erro estou incorrendo? Por que sua idéia invalida a minha? Por que você está certo e eu errado?