Estudante rebate crítica a cotas na UFMG: "Sou uma preta lacradora"
Lacradora?
Ela trabalha no Detran ou algo similar?
Se é que trabalha, é claro.
Opa, peraê. Quer dizer agora que por causa do posicionamento dela ela automaticamente virou (ou potencialmente é) uma vagabunda que não trabalha, é isso?
Não, não é. E por isto é que a partícula 'se' está ali.
"Sou uma preta lacradora, inteligente e cotista que entrou em letras no seu lugar" -- com essa frase, Lorena Cristina de Oliveira Barbosa, 20, rebateu crítica ao sistema de cotas feita por uma jovem, nesta semana, em sua página do Facebook.
Observação: Se entrou por meio de cota não significa ser 'inteligente'.
Se foi adestrado a vida inteira em cursinhos de R$2000 por mês pra passar numa prova de marcar, também não.
E o que isto invalida a minha premissa inicial (crítica que ela entrou por critério étnico)?
O comentário viralizou na internet.
Ou seja, uma idiotice feita por uma idiota reproduzida por outros idiotas.
É sempre bom saber que podemos definir uma pessoa tão rapidamente como "idiota" ou "inteligente".
Cotista = Idiota, não inteligente.
Não cotista = Inteligente, lutador, guerreiro.
Em momento algum eu afirmei que era assim.
Mas você sabe disto, não é mesmo?
A moça que fez o comentário pesado e contrário ao sistema se referiu ao vestibular da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em que disse ter concorrido também a uma vaga no curso de letras. Ela disse que havia conseguido a 239ª colocação, mas não seria aprovada por causa dessas "merdas de cotas" -- havia um total de 260 vagas.
E a moça está correta.
Perdeu a vaga para alguém que não tirou nota melhor que ela e sim porque é um 'protegido do sistema'.
Sim, o sistema protege minorias de uma forma tão grotescamente desproporcional que basta uma olhada em estatísticas de "quem mais se fode quando o Estado usa sua força" pra podermos ver como eles são praticamente invioláveis...
Espantalho.
O fato do estado reprimir mais as pessoas negras pobres em situações cotidianas não justifica a legalização de uma forma de discriminação entre brancos e negros, ainda mais usando um argumento falacioso de dívida histórica.
"A discussão sobre cotas acontece toda vez que tem vestibular. Sempre alguém vira protagonista da discussão sobre cotas. Eu fiquei extremamente feliz de ser a protagonista desta vez", disse.
Claro, claro.
A idiota com seus '15 minutos de fama'.
Warhol ficaria "orgulhoso".
Argumentação impecável.
Certo.
Vou discutir um pouco mais.
A senhorita em tela soube do comentário da candidata não-aprovada usando uma mídia social que possui uma ampla penetração. Ao invés de apenas criticar a análise dela, inclusive desconstruindo as (supostas) palavras pejorativas e preconceituosas (supostas porque não acessei a página para constatar e nem vou fazê-lo porque não tenho o aplicativo), ela preferiu usar de sarcasmo (até aí tudo bem) e provocação gratuita porque JÁ SABIA que haveria repercussão.
Propaganda para a causa?
Lorena conta que foi avisada sobre o comentário por amigos em comum e resolveu se manifestar.
Fazendo-o da pior maneira possível.
Qual seria a melhor? Só pra saber. Talvez possamos até informar a senhorita e quem sabe, mudar o mundo...
Vide resposta supra.
"Na verdade, eu não a conheço. Ela é amiga de amigos meus. Eles me marcaram na postagem que ela tinha feito. Eu compartilhei a postagem dela. Em seguida, várias pessoas fizeram comentários sobre a postagem dela, e eu fui uma delas", explica a moça.
Não é a própria candura em pessoa?
?
Pela explicação dela parece que a postagem foi contestadora sem ser provocativa.
Reprodução do comentário de Lorena:
"Só te digo uma coisa: eu sou uma preta LACRADORA, inteligente e cotista que entrou em Letras no seu lugar. E pode ter certeza que vou fazer jus à minha 15ª colocação neste curso. Vou ser uma aluna excelente e uma ótima profissional que, futuramente, vai roubar o seu emprego também"
E eu te digo uma coisa: Você não passa de uma idiota, subproduto típico de hipócritas que praticam uma ideologia anacrônica ao invés de atacar o problema visceral do ensino brasileiro: Melhorar e difundir o ensino fundamental e médio.
Enquanto isso, espera caladinha ali no canto e tente não incomodar.
Eu perdi a parte em que me transformei no dono da Casa-Grande.
Pode me ajudar a localizar?
O Geo e o sistema como um todo garante que está movendo mundos para mudar essa situação,
O Geo realmente já vem fazendo a parte dele há muito tempo, de modo voluntário, consciente e sem qualquer coerção. Antes de você nascer, diga-se de passagem.
Eu não respondo pelo sistema (isto mesmo, este do qual você faz parte orgânica) mas sei que muitas vezes quando o faz, implementa da pior maneira possível, mesclando populismo com corporativismo.
mesmo que você ou qualquer outra pessoa que venha se ferrando diariamente com isso não fale nada.
E como é que você sabe que ela realmente se 'ferra' todo dia?
Pesquisou ou deduziu pelos chavões e clichês que são feitos para estes casos?
Como nós sabemos, esse tipo de mudança vem naturalmente com a evolução da sociedade.
Sim, como nós sabemos isto também ocorre embora os resultados demorem para aparecer.
Não é como se nós já tivéssemos precisado desse negócio de "ativismo" pra qualquer coisa.
O ativismo tem várias facetas.
Segundo a caloura de letras, a proporção que o caso tomou foi inesperada.
Ela está surpresa porque constatou que há um número de idiotas iguais a ela?
Cacete... "idiota" de novo?
Sim.
"De repente, eu comecei a receber inúmeras solicitações de amizades [no Facebook], várias mensagens de apoio. Daí eu fui ver que tinha print [screen, reprodução da postagem] do meu comentário rolando para todos os lados", conta.
Q.E.D.
Demonstração de que, exatamente?
De que o espanto dela é fictício porque ela sabia que este tipo de comentário tem grande potencial de ser reproduzido naquele tipo de mídia.
Lorena afirmou que a motivação para a resposta ao texto foi a maneira usada pela autora para se referir às cotas. "Foi um tom bem pejorativo", afirmou.
E o dela foi mais do que pejorativo. Foi rancoroso e mentiroso.
Ô... foi praticamente uma incitação ao homicídio em massa... já a outra não, tadinha... tava só exaltada.
Como eu escrevi anteriormente, eu não li o conteúdo integral da primeira pessoa.
Sobre a outra, o seu comentário é um espantalho.
A jovem disse ter tentando entrar em contato com a candidata que fez a publicação, mas afirmou não ter conseguido. A autora da mensagem, após a repercussão, apagou o texto da sua página.
Se ela realmente apagou a mensagem, errou profundamente.
Ela tem mais é que bradar o mais alto possível contra esta estupidez chamada de 'cotas raciais'.
Claaaaaro que tem... e de qualquer outra política de igualdade racial. Afinal, o racismo é "social".
O preconceito principal é social.
Se você chamar de racismo não pode ser outra coisa que não seja sobre 'raça'.
"Ela fez outra postagem depois, tentando se redimir, mas ela foi infeliz novamente nas suas declarações", disse.
Se você, uma pessoa 'honesta e decente' afirma, quem sou eu para duvidar? 
Logo você, que conhece a menina tão bem...
Não. Eu a desconheço completamente.
Mas quem usa a palavra 'roubar' naquele contexto...
Lorena disse, por outro lado, que a repercussão do seu comentário foi benéfica uma vez que colocou o assunto em debate.
Concordo.
E felizmente a imensa maioria das pessoas se posicionou contra ela e esta infâmia de 'cotas'.
Sim... com "argumentos" muito convincentes.
É mesmo?
E quais foram os da 'senhorita lacradora' que te convenceram que ela merece a vaga mais do que a outra?
Ela ainda afirmou que, caso se depare com outro comentário semelhante, não deixará de se posicionar sobre o assunto.
Eu não duvido disto.
Droga!!! Quando essa gente vai aprender a ficar calada e parar de ficar comentando em manifestações abertas ao público em redes sociais?
Mais um espantalho.
Primeira da família na UFMG
A agora universitária, que afirmou ter estudado somente em escolas públicas, disse ter sido a primeira da família a conseguir uma vaga em uma universidade federal. Moradora de bairro da zona norte de Belo Horizonte, a jovem disse ter tido total apoio da família quando o caso ganhou repercussão.
Pronto. Será candidata a vereadora pelo PT ou qualquer outro partido da caterva.
Uau...
Aqui eu concordo com o seu sarcasmo.
A estudante declarou entender, no entanto, que as cotas ainda são tidas por algumas pessoas como "privilégio" que gera "desconforto".
Que bom que ela entende.
É muito reconfortador. 
Pelo menos alguém consegue ter empatia aqui, né?
Então já são duas pessoas.
"A gente fala de uma classe desfavorecida, que veio de escolas públicas.
É precisamente aqui que você se equivoca: Não existe 'classe (social)' de negros e muitos brancos pobres também estudam em escolas públicas, estes sim que compõe a classe social mais discriminada.
Vide resposta ao Gaúcho.
A sua resposta é semelhante ao que eu penso com a exceção das 'ações afirmativas'. E a minha objeção nem é por elas existirem e sim o modo como são executadas. O caso das vagas em universidades públicas é um exemplo clássico. Ao invés de reservarem cotas raciais dentro do total de vagas, as instituições deveriam
criar mais vagas ("excedentes") destinadas aos sistemas de cotas sejam raciais, para deficientes ou até mesmo de orientação sexual diversa.
É a primeira vez que a gente tem reserva para entrar em um espaço teoricamente privado e ocupado por pessoas da elite.
Ahhhh, minha jovem ignorante. O 'espaço' que você entrou não é "teoricamente privado" e sim público. Na prática é que isto pode não ocorrer.
Ou seja, ela está certa?
Não.
Ela afirmou que a universidade pública é um espaço privado. Ele não é.
E nem é ocupado somente por pessoas da elite.
Cursei uma universidade pública entre 1981 e 1985 e a maioria da minha turma (25 pessoas) era de classe econômica média-baixa. Tinha uma pessoa da base da pirâmide social, dois que eram de classe A e três que eram de classe média-alta.
Quando a gente tem um mecanismo que nos insere lá, feito exclusivamente para nós, isso gera um pouco de desconforto para as pessoas", declarou.
Esta excrescência que você chama de "mecanismo" é excludente e discriminador por excelência porque beneficia, privilegiando, pessoas apenas pela sua cor de pele. Ou seja o mecanismo deveria inserir as pessoas pela sua condição sócio-econômica desfavorável e não por 'raça'.
Racismo "social". Claro...
Não existe 'racismo social'. No caso é preconceito.
E sim, o preconceito social é muito forte, sendo preponderante sobre o racismo no meio que conheço.
Segundo ela, os críticos do sistema de cotas pessoas não conseguem contextualizar o sistema atual como sendo uma maneira de quitar uma "dívida histórica' com as classes menos abastadas.
Pronto. Chegamos ao centro da questão, típico do discurso totalitário e mentiroso da esquerda: A "dívida histórica".
Não existe nenhuma "dívida histórica", conceito ridículo criado por intelectualóides esquerdistas.
Eu não devo nada para ninguém, seja ele branco, preto, amarelo, vermelho, cor-de-rosa, verde, roxo ou azul. Muito menos para alguma 'classe social' ou 'raça'. Nem eu e nem qualquer outra pessoa .
E a jovem mal-educada errou mais uma vez: Os negros não são as únicas pessoas nas classes menos abastadas.
Mas não são a maioria esmagadora?
Considerando todo o Brasil? Acho que sim.
No Sul, certamente que não.
Não são quem mais morre nas mãos da polícia?
Pelo que conheço dos números, sim.
Não são quem mais morre em homicídios Brasil afora?
Pelo que conheço dos números, sim.
De qualquer modo, qual é a relação disto com o conceito falacioso de 'dívida histórica'?
Repito: Eu não devo nada para ninguém. Nem dinheiro, nem favor, nem reparações financeiras e nem pedidos de perdão ou desculpa.
"Isso é visto como um privilégio dado de mão beijada. As pessoas não conseguem fazer um contexto social de uma dívida histórica, de uma retratação social", disse referindo-se ao sistema de cotas.
"Retratação social"? Para você? Porquê?
Acho que ela explanou bem os motivos dela...
Sim, e se baseou em um conceito falacioso ("dívida histórica").
Logo eu não devo nenhuma retratação.
Segundo ela, a UFMG está se transformando em razão das cotas implantadas no vestibular da instituição de ensino.
Sob qual critério?
Duvido que seja algo no quesito de 'desempenho médio' de alunos ou de produção na iniciação científica.
Aposto que é algo na linha da ideologia esquerdalóide.
A produção científica e qualidade da UFMG, até onde sei, vai bem, obrigado. Acho ela se refere à questão de diversidade.
Então você já tem os números finais, via CNPq ou CAPES, que demonstram que a qualidade acadêmica melhorou
por causa das cotas? Estou curioso.
Sobre a diversidade (racial, suponho) é óbvio que aumentará, pois há uma certa quantidade de vagas que garantem o acesso das pessoas negras.
"As pessoas que sempre frequentaram as melhores escolas, tiveram a melhor preparação, entravam na UFMG. Porque é um vestibular extremamente concorrido e difícil. Agora, com o sistema de cotas, está cada vez mais acessível.
É claro. Mas não porque melhorou o padrão do ensino fundamental e médio nas escolas públicas e sim porque uma caterva resolveu atuar política-ideologicamente, favorecendo um grupo icônico.
Eu vejo essa mesma "caterva" trabalhando nos dois lados. Porque se no futuro eles conseguirem mudar a questão da base, ainda tem algumas gerações que, com o perdão da palavra, tomaram na bunda antes.
'Tomaram' ou 'tomarão'?
Se 'tomaram' não há o que fazer. E não é minimamente aceitável o conceito de dívida histórica.
Se 'tomarão'? Sim, provavelmente, porque sempre haverá alguma perda mesmo porque não há como mudar isto de forma repentina ou abrupta sem uma ruptura institucional.
Acho que ao mesmo tempo que você pode trabalhar na raiz do problema, também pode apresentar soluções que surtam efeito para aqueles que foram prejudicados antes.
Quero ver se entendi.
Todos os negros que passaram ou ainda passam por dificuldades devem ser auxiliados pelo estado?
Porque o mesmo não pode acontecer com os indígenas e descendentes de imigrantes que estão em dificuldades?
Ou então a gente pode simplesmente ignorar eles pelos próximos 60 anos até que morram e torcer muito, muito, muito para que os que vão vir em seguida consigam competir em pé de igualdade.
Ninguém por aqui afirmou que tais pessoas devam ser ignoradas. Uma parte importante do problema pode ser resolvido (resolvido, não remediado!) em menos de uma geração desde que exista um investimento e um monitoramento da educação básica e média das escolas públicas.
'Ações afirmativas' pontuais atenuariam o problema, junto com um crescimento econômico consistente.
Porque até onde eu vejo, um Congresso Nacional e Executivo formado majoritariamente por empresários brancos muito ricos não vem tomando muitas atitudes pra mudar o problema na origem.
Porém, do outro lado, são os 'empresários brancos' (muito ricos ou não) que sustentam este país com suas empresas, fazendo a maioria dos investimentos e contratações. O fato de existir um pequeno grupo, principalmente oriundo de oligarquias diversas, conservador e que detém muito poder, não pode ser usado como uma desculpa para implementar 'ações afirmativas' do tipo que geram discriminações e mais injustiça social.
A sua sugestão, pelo que eu entendi, é sentar quietinho e esperar a boa vontade dessa gente.
Não, não é para 'sentar quietinho'.
Ao longo desta postagem eu já expliquei.
Temos mais negros nas salas, menos carros zero quilômetro nos estacionamentos e mais pessoas entrando a pé", declarou.
Sem comentários.
Preciso me retirar por alguns minutos para vomitar...
Acho que esse foi o post mais imbecil e ignorante que li vindo da sua parte.
Certamente você não leu todos eles.
