Autor Tópico: Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?  (Lida 84760 vezes)

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Offline Johnny Cash

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1100 Online: 27 de Janeiro de 2016, 12:01:49 »
Uma pessoa chamada Norberto é muito bacana e muito ligada na perpetuação dos efeitos das injustiças históricas.

Norberto é contra o racismo e acha que isso tem que acabar logo.

Norberto acha que vai ser ótimo se o governo puder separar as pessoas, em filas diferentes, por causa da cor de cada um.


 :) :o

Offline Gaúcho

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1101 Online: 27 de Janeiro de 2016, 12:40:39 »
Sim, foi o que você disse. O negro pobre merece uma vantagem sobre seu vizinho branco pobre porque, talvez, há uma chance, de em algum momento, ele ter sofrido algum preconceito. É um argumento ingênuo e que não faz sentido nenhum. Se o problema é que há mais negros pobres do que brancos, as cotas sociais já resolvem, com o benefício de, no meio do caminho, não prejudicar pessoas que também passaram pelas mesmas dificuldades e tiveram as mesmas oportunidades, ou falta delas.

Ingênuo é você tratar preconceito como um bullying besta, que não traz maiores efeitos para a vida de uma pessoa. Você insiste em tratar do assunto como se fossem só casos isolados e sem quaisquer consequências. "Ah!! Ele só foi chamado de 'macaco'... que cara sensível".

Nós estamos falando de um preconceito que traz consequências desde a infância, com crianças negras sendo mais punidas do que brancas e até a juventude, onde elas são mais mortas pela violência do que outros grupos.

Você lida com as gerações que já passaram por uma vida de preconceitos, com as que estão passando e com as que virão a passar. Você não tem uma solução, mas várias. E uma delas são sim as ações afirmativas.

Então me explica, aí. Do jeito que você está falando, é basicamente aquilo que comentei. Um negro pobre pode, talvez, tem uma chance, de algum dia já ter sofrido algum tipo de preconceito, seja sendo seguido no shopping, seja sendo chamado de macaco, logo, por causa de algo que TALVEZ ele tenha sofrido, ele precisa de uma cota que lhe de vantagem no vestibular sobre o seu vizinho branco pobre, que passou pelas mesmas dificuldades e estudou nas mesmas escolas públicas.

E nem falo de gerações passadas, porque fica ainda mais ridículo. O negro pobre precisa de uma vantagem sobre seu vizinho branco pobre, porque seus ancestrais sofreram preconceito? Sério? Como que isso lhe da uma desvantagem em relação ao seu vizinho branco pobre?

No final das contas, tudo se trata dessa "dívida histórica" estúpida. Porque, é o único "argumento" que eu vejo aqui que "faz sentido": o negro pobre só é pobre porque seus ancestrais sofreram preconceito, logo, temos que pagar essa dívida, dando-lhe vantagem sobre seu vizinho branco pobre num critério baseado em cor da pele.

Ao invés de levar pro lado pessoal e debater nesse tom revoltado, você pode simplesmente admitir que é esse seu argumento. A discussão acaba e segue a vida.

Novamente, você criando um espantalho pra ficar mais fácil bater. Eu não falo de gerações distantes. já mortas. Falo do senhor de 60 anos que foi vítima de preconceito, da mulher de 40, do hovem de 20, da criança de 5, de quem vai nascer agora.

Foram, estão sendo e serão vítimas do preconceito, porque ao contrário do que você pensa, ele está sim arraigado em nossa sociedade, bastando ver os números de vitimismo, nível salarial e educacional. É um estado de negação constante dizer que isso é meramente social.

Você insiste em dizer que são casos isolados enquanto todos os números apontam para algo tão comum que quando se fala nisso se passa a ser chamado de "hipersensível".

Como eu já disse antes. Coloque uma criança branca e uma negra em um shopping, vista as duas bem e vamos ver qual das duas vai ser escorraçada de dentro do restaurante bacana. Nesse caso, você eliminou o denominador comum entre eles (pobreza) e mesmo assim, o preconceito existiu. Isso por si só já é um sinal de que não ten nada de "social" no preconceito que sofrem.

Outra são melhorias de ensino de base, que vão melhorar condições de negros por tabela, outras são fazer com que o Estado e seus representantes passem a ter o mesmo respeito pelos grupos minoritários que apresentam por outros que não são vítimas desses preconceitos nas mesmas condições. E todas essas exigem que esses grupos assumam posições de destaque na sociedade, que ganhem dinheiro, que quebrem uma imagem de que preto arrumado é mordomo, dirigindo carro de luxo é chofer.

Ótimo, que usem as cotas sociais. É pre isso que elas servem, para dar chance a pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades que outras.

Mesma conversa furada.

E qual a solução que você propõe? Ativismo é bobagem? Tudo se resolve com o tempo? Os governantes vão fazer o que é melhor? Porque pelo que eu sei, você considera qualquer indignação de grupos minoritários como mimimi, exagero ou a palavra da moda: "hipersensibilidade".

Eu não sei se é a solução, mas as cotas sociais já estão aí. Esqueça essa besteira de "divida histórica" e dispute essas cotas com o branco/japonês/índio pobre que passou pelas mesmas dificuldades e estudou na mesma escola que você. No final, são todos pobres, independente da cor da pele. Me falar que o negro pobre que está usando cota racial pode ter sofrido, alguma vez, preconceito, e que isso lhe deixa em desvantagem no vestibular contra o branco pobre é simplesmente estúpido. Como você verifica e quantifica isso? E se o branco pobre também foi seguido em shopping ou expulso de locais pro estar mal vestido? Dá uma cota de perseguido pra ele? Sério, me ajuda, aí.

Por que algo que talvez tenha ocorrido mereça uma vantagem em um vestibular, e não simplesmente ficar com o óbvio, que é a renda familiar e classe social? Sinta-se livre para responder "eu acredito em dívida histórica".

E eu nem vou entrar no mérito de negros que não são pobres e não passaram dificuldade, mas que, mesmo assim, têm direito a cotas. Daí a coisa chega a um nível surreal de discussão, onde basicamente um lado (o seu) fecha os ouvidos e fica gritando "dívida histórica, lalalalalalala, dívida histórica".

Retire o fator "pobreza" e me diga quem é que vai continuar sendo tratado de forma diferente, quem vai ser mais abordado pela polícia, quem vai receber pior tratamento em estabelecimentos.

Não acredito em "dívida histórica". O racismo no Brasil tem que ser combatido e é curioso observar como algumas pessoas estão em um estado de negação tão grande que qualquer ferramenta nesse processo vai ser visto como um estupro dos direitos dele.

Não existe forma de mudar um sistema onde um grupo minoritário e que é alvo diário de tratamento menos digno passe a participar mais ativamente do sistema como um todo sem que aqueles que estão lá se sintam incomodados com o "pessoal diferenciado" que vai aparecer.

O preconceito piora? Que preconceito? Porque até pouco tempo, segundo você, ele sequer existia, era só "muito mais social". Agora existe preconceito? Se decide.

Eu levei sua premissa como verdadeira, só isso. E eu não sou alienado ao ponto de achar que o preconceito racial acabou, mas também não sou apocalíptico ao seu nível de achar que ser seguido em shopping e ser chamado de macaco diariamente é a regra. Muito menos acho que ter, talvez, sofrido algum tipo de preconceito, em algum momento da vida, seja motivo para receber vantagem em relação a outras pessoas que passaram exatamente pelos mesmos problemas financeiros e frequentaram as mesmas escolas, mas que, talvez, não tenham sofrido, em algum momento da vida, algum tipo de preconceito.

O seu erro é pensar  que racismo é um mero inconveniente sem maiores consequências e que ocorre uma vez na vida de cada pessoa e não diariamente em pequenos atos que geram consequências num efeito bola de neve e que geram problemas nas mais diversas áreas.

Citar
http://www.abril.com.br/noticias/brasil-discriminacao-social-supera-racial/

Diz isso pros caras mortos aqui e pra esses caras aqui...



Edit: Quote corrigido.

O argumento, então, é, basicamente: "retire o fator social, e quem será perseguido em shopping e chamado de macaco será o negro, logo, eles merecem uma vantagem em relação ao branco pobre, que frequentou as mesmas escolas e passou pelas mesmas dificuldades financeiras, no vestibular"? Então concordamos que tanto o negro pobre, quanto o branco pobre, passaram pelas mesmas dificuldades e frequentaram as mesmas escolas, mas, por algum motivo, a chance de em algum momento ter sofrido algum preconceito racial garante ao negro pobre uma vantagem sobre o branco pobre no vestibular. Por quê? Como que ser perseguido em shopping lhe deu desvantagem nos estudos em relação ao seu colega de classe branco pobre?

Eu gostaria de uma resposta objetiva, porque, sinceramente, ainda está parecendo que a cota racial é só uma reparação de possíveis danos morais que ele possa, eventualmente, ter sofrido em algum momento da vida, mas sem que seja necessário essa comprovação do dolo.

Citar
Foram, estão sendo e serão vítimas do preconceito, porque ao contrário do que você pensa, ele está sim arraigado em nossa sociedade, bastando ver os números de vitimismo, nível salarial e educacional. É um estado de negação constante dizer que isso é meramente social.

Você pode pegar, também, esses dados em relação a índios e mulheres, por exemplo. Mulheres ganham menos, são geralmente preteridas quando disputam vagas com homens, e ocupam uma porcentagem insignificante de cargos de chefias, mas você não vê elas brigando por cotas em vestibulares ou concursos públicos. Elas brigam por direitos iguais, não por privilégios. E direitos iguais é poder usufruir da mesma cota social, como todo mundo. Ter um cota racial é privilégio.

Do mesmo modo que serem as maiores vítimas de violência doméstica não dá direito das mulheres exigirem cotas em vestibulares ou concursos públicos, ser perseguido em shopping ou ser mais parado pela polícia em blitz também não deveria dar.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Diegojaf

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1102 Online: 27 de Janeiro de 2016, 12:46:11 »
Não, não é. E por isto é que a partícula 'se' está ali.

Como indicado, eu não fui o único que interpretou assim. Deixar o preconceito transparecer assim já de primeira... :lol:

E o que isto invalida a minha premissa inicial (crítica que ela entrou por critério étnico)?

Que talvez o próprio sistema de admissão como um todo, não seja sequer uma forma eficiente de se medir capacidade ou inteligência, já que, como demonstado, no final, cotistas e não cotistas apresentam notas semelhantes.

Em momento algum eu afirmei que era assim.

Mas você sabe disto, não é mesmo?

Claro que afirmou. Está bem óbvio.

Espantalho.

O fato do estado reprimir mais as pessoas negras pobres em situações cotidianas não justifica a legalização de uma forma de discriminação entre brancos e negros, ainda mais usando um argumento falacioso de dívida histórica.

Não é espantalho. Não é só o Estado que discrimina. E como já dito, não é uma questão de “dívida histórica”, mas de reforma em um sistema que prejudica um determinado grupo. O mimimi vai vir de um jeito ou outro. Eu pelo menos não enxergo uma maneira sequer, realista, que se mude o status quo dentro das instituições de ensino e no serviço público que não passe pela etapa de tirar gente que “herdou” o mérito de suas zonas de conforto.

Certo.

Vou discutir um pouco mais.

A senhorita em tela soube do comentário da candidata não-aprovada usando uma mídia social que possui uma ampla penetração. Ao invés de apenas criticar a análise dela, inclusive desconstruindo as (supostas) palavras pejorativas e preconceituosas (supostas porque não acessei a página para constatar e nem vou fazê-lo porque não tenho o aplicativo), ela preferiu usar de sarcasmo (até aí tudo bem) e provocação gratuita porque JÁ SABIA que haveria repercussão.

Propaganda para a causa?

A menina idiota e desempregada (antes e depois da faculdade) é uma estrategista nata, hein? Movimentos friamente calculados. (viu? Sarcasmo...)

Vide resposta supra.

Não ajudou.

Pela explicação dela parece que a postagem foi contestadora sem ser provocativa.

Você sequer tinha visto a postagem original, esta sim inflamatória, mal educada e má escrita. Se vamos dar a vaga no curso de letras a alguém, pelo menos que seja pra pessoa que se preocupa em usar o português de forma correta.

Eu perdi a parte em que me transformei no dono da Casa-Grande.

Pode me ajudar a localizar?

Não acho que seja sinhô, mas é curioso que em um ambiente de aparente unanimidade, o seu tom vá subindo e deixando o tom cortês, como aconteceu contra a garota depois de vários posts “descascando” ela.

O Geo realmente já vem fazendo a parte dele há muito tempo, de modo voluntário, consciente e sem qualquer coerção. Antes de você nascer, diga-se de passagem.

Eu não respondo pelo sistema (isto mesmo, este do qual você faz parte orgânica) mas sei que muitas vezes quando o faz, implementa da pior maneira possível, mesclando populismo com corporativismo.

Consciente de que? De que existe discriminação racial ao ponto de ser necessário uma intervenção artificial da sua parte? Você discrimina positivamente seus funcionários de acordo com a cor da pele? Espera... isso não seriam... cotas?

A questão do racismo existe com ou sem o Estado. Sem ele eu tenho a plena certeza de que não será alterado, como não foi por um longo período.

“Populismo” é automaticamente ruim, certo? Os movimentos sociais da década de 60 nos EUA pelo fim da segregação racial foram o que, senão populistas, envolvendo a imagem de líderes negros que se destacaram e atraíram milhões de pessoas?

Como você propõe mudanças em um sistema que discrimina as pessoas sem que envolva a mudança na composição desses grupos nos diversos “altos escalões”?

E como é que você sabe que ela realmente se 'ferra' todo dia?

Pesquisou ou deduziu pelos chavões e clichês que são feitos para estes casos?

Claro, claro... tudo não passa de uma ilusão...

Sim, como nós sabemos isto também ocorre embora os resultados demorem para aparecer.

Então, o melhor é sentar esperar. Sim senhor, senhor.

O ativismo tem várias facetas.

Pelos seus conceitos, todos negativos, porque segundo te consta, todos possuem “chavões” e são movimentos “de esquerda”...

De que o espanto dela é fictício porque ela sabia que este tipo de comentário tem grande potencial de ser reproduzido naquele tipo de mídia.

Você sequer leu a notícia inteira e já entende como a mente da mulher funciona. Uau.

Como eu escrevi anteriormente, eu não li o conteúdo integral da primeira pessoa.

Sobre a outra, o seu comentário é um espantalho.

Não é espantalho. Você conhece as intenções de uma das partes, ignora a outra, mas só uma é idiota e usa chavões com a intenção premeditada de ganhar visibilidade.

O preconceito principal é social.

Se você chamar de racismo não pode ser outra coisa que não seja sobre 'raça'.

O preconceito envolve a cor da pele. Se você quer chamar isso de racismo ou de baduca, ou do que quiser, é problema seu.


Não. Eu a desconheço completamente.

Mas quem usa a palavra 'roubar' naquele contexto...


Eu entendi como sarcasmo. A outra que mandou todo mundo tomar no c... por outro lado, foi bem clara quanto à intenção.

É mesmo?

E quais foram os da 'senhorita lacradora' que te convenceram que ela merece a vaga mais do que a outra?

Em primeiro lugar, o uso correto do português. Em segundo, tudo que já disse ao Gaúcho.

Mais um espantalho.

Se você diz.

A sua resposta é semelhante ao que eu penso com a exceção das 'ações afirmativas'. E a minha objeção nem é por elas existirem e sim o modo como são executadas. O caso das vagas em universidades públicas é um exemplo clássico. Ao invés de reservarem cotas raciais dentro do total de vagas, as instituições deveriam criar mais vagas ("excedentes") destinadas aos sistemas de cotas sejam raciais, para deficientes ou até mesmo de orientação sexual diversa.

Você vai continuar com o mesmo grupo reclamando das vagas criadas para esses grupos e que poderiam atender a todos. Quem reclama de políticas afirmativas vai reclamar delas independentemente da maneira em que forem implementadas porque o o problema não são as políticas...

Não.

Ela afirmou que a universidade pública é um espaço privado. Ele não é.

E nem é ocupado somente por pessoas da elite.

Cursei uma universidade pública entre 1981 e 1985 e a maioria da minha turma (25 pessoas) era de classe econômica média-baixa. Tinha uma pessoa da base da pirâmide social, dois que eram de classe A e três que eram de classe média-alta.

Você sabe que esse fato é um dos motivadores para a criação das cotas, certo? Antes os negros só tinham acesso ao “baixo clero” dos cursos, com baixa expectativa para ganhos. Os cursos elitizados (Direito, Medicina, Engenharia) por outro lado, você pode pegar uma foto de reunião da turma de 1985 da sua universidade e mostrar a cara dos formandos...

Em 2004 era assim:



 

Não existe 'racismo social'. No caso é preconceito.

E sim, o preconceito social é muito forte, sendo preponderante sobre o racismo no meio que conheço.

Então você precisa sair mais...

Considerando todo o Brasil? Acho que sim.

No Sul, certamente que não.

Fontes?

Pelo que conheço dos números, sim.

De qualquer modo, qual é a relação disto com o conceito falacioso de 'dívida histórica'?

Repito: Eu não devo nada para ninguém. Nem dinheiro, nem favor, nem reparações financeiras e nem pedidos de perdão ou desculpa.

Mas você disse lá em cima que toma medidas desde “muito antes de eu nascer” para resolver o problema... me pergunto que problema é esse se não há problema...

Sim, e se baseou em um conceito falacioso ("dívida histórica").

Logo eu não devo nenhuma retratação.

Eu nunca pedi nenhuma.

Então você já tem os números finais, via CNPq ou CAPES, que demonstram que a qualidade acadêmica melhorou por causa das cotas? Estou curioso.

Sobre a diversidade (racial, suponho) é óbvio que aumentará, pois há uma certa quantidade de vagas que garantem o acesso das pessoas negras.

Bem, quem afirmou primeiramente que iriam cair com a vampirização das universidades pelos cotistas foi você então... espero os números. :ok:

'Tomaram' ou 'tomarão'?

Se 'tomaram' não há o que fazer. E não é minimamente aceitável o conceito de dívida histórica.

Se 'tomarão'? Sim, provavelmente, porque sempre haverá alguma perda mesmo porque não há como mudar isto de forma repentina ou abrupta sem uma ruptura institucional.

Dívida história = 3 gerações? Ok...

Essa sua resposta simplesmente diz pra deixar tudo como está... vamos falar de coisa boa, vamos falar da nova Tekpix, porque resolver o problema vai dar muita dor de cabeça...

Quero ver se entendi.

Todos os negros que passaram ou ainda passam por dificuldades devem ser auxiliados pelo estado?

Porque o mesmo não pode acontecer com os indígenas e descendentes de imigrantes que estão em dificuldades?

Primeiro, a pegadinha na sua resposta é o uso do termo “auxiliados”, como se fosse uma esmola.

Segundo, políticas afirmativas que suprimem desigualdades estão presentes, neste momentos, para todos os grupos, apesar de não atingirem todos os que delas necessitam.

Ninguém por aqui afirmou que tais pessoas devam ser ignoradas. Uma parte importante do problema pode ser resolvido (resolvido, não remediado!) em menos de uma geração desde que exista um investimento e um monitoramento da educação básica e média das escolas públicas.

'Ações afirmativas' pontuais atenuariam o problema, junto com um crescimento econômico consistente.

Isso não é uma ação afirmativa “pontual”? Que garantias você tem de que elas irão perdurar por toda a existência?

Porém, do outro lado, são os 'empresários brancos' (muito ricos ou não) que sustentam este país com suas empresas, fazendo a maioria dos investimentos e contratações. O fato de existir um pequeno grupo, principalmente oriundo de oligarquias diversas, conservador e que detém muito poder, não pode ser usado como uma desculpa para implementar 'ações afirmativas' do tipo que geram discriminações e mais injustiça social.

É... vai que por causa dos ressentimentos causados os negros comecem a ser mortos pela polícia, subempregados, mais punidos nas escolas, hostilizados em locais públicos e privados e...oh, wait.

Não, não é para 'sentar quietinho'.

Ao longo desta postagem eu já expliquei.

Você quer mudanças, desde que elas não façam barulho e nem incomodem ninguém... ok.

Certamente você não leu todos eles. :)

Verdade, desde então eu venho pulando alguns. :)
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Diegojaf

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1103 Online: 27 de Janeiro de 2016, 12:55:36 »
O argumento, então, é, basicamente: "retire o fator social, e quem será perseguido em shopping e chamado de macaco será o negro, logo, eles merecem uma vantagem em relação ao branco pobre, que frequentou as mesmas escolas e passou pelas mesmas dificuldades financeiras, no vestibular"? Então concordamos que tanto o negro pobre, quanto o branco pobre, passaram pelas mesmas dificuldades e frequentaram as mesmas escolas, mas, por algum motivo, a chance de em algum momento ter sofrido algum preconceito racial garante ao negro pobre uma vantagem sobre o branco pobre no vestibular. Por quê? Como que ser perseguido em shopping lhe deu desvantagem nos estudos em relação ao seu colega de classe branco pobre?

Claro Gaúcho... é só um inconveniente. Puta frescura mesmo.

Eu gostaria de uma resposta objetiva, porque, sinceramente, ainda está parecendo que a cota racial é só uma reparação de possíveis danos morais que ele possa, eventualmente, ter sofrido em algum momento da vida, mas sem que seja necessário essa comprovação do dolo.

Um inconveniente besta. Basta vermos que a sociedade como um todo, os trata de forma idêntica. Oportunidades idênticas, tratamento perante autoridades, perante empresas... tudo igualzinho.

Citar
Foram, estão sendo e serão vítimas do preconceito, porque ao contrário do que você pensa, ele está sim arraigado em nossa sociedade, bastando ver os números de vitimismo, nível salarial e educacional. É um estado de negação constante dizer que isso é meramente social.

Você pode pegar, também, esses dados em relação a índios e mulheres, por exemplo. Mulheres ganham menos, são geralmente preteridas quando disputam vagas com homens, e ocupam uma porcentagem insignificante de cargos de chefias, mas você não vê elas brigando por cotas em vestibulares ou concursos públicos. Elas brigam por direitos iguais, não por privilégios. E direitos iguais é poder usufruir da mesma cota social, como todo mundo. Ter um cota racial é privilégio.

:histeria:

Vamos ver...

Cotas para mulheres em empresas: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/cotas-podem-levar-mais-mulheres-ao-conselho-das-empresas
Cotas para mulheres no legislativo: http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/08/senado-aprova-em-primeiro-turno-cota-para-mulheres-no-legislativo.html
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/482342-BANCADA-FEMININA-QUER-COTA-DE-30-DAS-CADEIRAS-DO-CONGRESSO-PARA-MULHERES.html

Eu poderia continuar, mas eu sei que você manja do Google...

Do mesmo modo que serem as maiores vítimas de violência doméstica não dá direito das mulheres exigirem cotas em vestibulares ou concursos públicos, ser perseguido em shopping ou ser mais parado pela polícia em blitz também não deveria dar.

É Gaúcho... claro. Impecável.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Skeptikós

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1104 Online: 27 de Janeiro de 2016, 13:06:42 »
No entanto, eu me pergunto se aqueles que recebem tudo de mãos beijadas se preocupam em receber a aprovação da sociedade e possuem algum sentimento de inferioridade perante o restante da sociedade.
Sim, não sei se inferioridade, mas algumas pessoas aprenderam a se sentir mal por terem tido mais do que os outros, e que isso tenha possibilitado a eles alcançarem uma vida mais confortável:

<a href="https://www.youtube.com/v/Yq9zdU4QNvQ" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/Yq9zdU4QNvQ</a>
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1105 Online: 27 de Janeiro de 2016, 20:29:41 »
E quanto a cotas para outros grupos com dificuldades, argumentavelmente até mais graves?

  • autistas / aspergers
  • com síndrome de Down/outra
  • disléxicos
  • obesos
  • retardados
  • portadores de HIV
  • cancerosos
  • com queimaduras ou algum desfiguramento considerável
  • usuários de drogas/alcoólatras
  • deficientes físicos e visuais


Acho que até há algumas dessas, ainda não todas.

Como ficaria a hierarquia, de quem mereceria maior desconto, de acordo com cada condição? Seriam cumulativas, ou cada um escolhe a que acha mais justa?

Offline Gaúcho

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1106 Online: 27 de Janeiro de 2016, 20:41:35 »
Se colocar uma roupa boa em todos, o negro ainda vai ser o mais parado em blitz.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1107 Online: 27 de Janeiro de 2016, 20:51:59 »
E as mulheres, o quanto são paradas? Se forem algo menos, isso não compensaria não haver cotas para elas, nesses casos em que ainda não há? "Toma de cá, dá lá", e vice versa, só em "trocas" diferentes.

E, mais ou menos nessa linha, e quanto a multas pesadas para taxas sexual e racialmente heterogêneas de abordagens policiais? Ou de seguranças de shopping center, onde quer que se aplique. Talvez isso promovesse a igualdade sexual e racial nesses casos, e então as cotas em faculdade seriam desnecessárias.

Offline _Juca_

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1108 Online: 28 de Janeiro de 2016, 10:15:32 »

 :lol:

Foi ela que disse que vai roubar, não eu, e pelo que entendi você aprovou tudo. Esse seu ponto é absurdo, mas educado, conforme costume.

Ela usou o termo ironicamente, você parece que não.


Citar
Como assim que cotas/ações-afirmativas não são ajuda? Cara, os chavões são uma coisa de louco.

Primeiro que não é chavão, segundo não é ajuda tal qual você imagina, com ricos dando para pobres, da ajuda dos mais abastados, uma espécie de esmola institucional.

Citar
O ideal não deve ser atingir proporção coisa alguma, porque senão a solução bem mais fácil seria apenas retirar a quantidade de brancos da universidade até que se tenha todo mundo em proporção à la IBGE.

Imagina o grau do mimimi elevado e enésima potência que haveria, hein?

Citar
O ideal deve se ter essas ajudas aplicadas para (que se crie condições para) acensão social dos ajudados, como se tem tentando fazer com as cotas, por exemplo.

Peraê !! Você concorda com as cotas então? Não estou entendendo.

Citar
Mas como vemos pelos discursos, há o divisionismo inclusive provocado pelos cotistas e me parece que há gente interessada em que isso ocorra em ambos os lados das pontas da corda. E economize o tu-quoque na resposta, dizendo que (parte d)os brancos ricos são preconceituosos também, porque eu já sei disso.

Não entendi, você acha que existe tanto cotistas como não cotistas que são a favor e contra? Disse o óbvio, para praticamente qualquer assunto você vai achar gente contra e a favor, seja lá de que lado ela esteja. E também não quer dizer que um lado ou outro esteja certo, seja favorecido ou não, são os argumentos que contam.

Citar
Agora, pra responder a sobre qual ajuda eu acho que deveria ser dada, digo que provavelmente retornar o que é pago em imposto de modo decente em acesso a boa educação de base, universal, a saúde, a criar alternativas e propostas para redução da absurda violência que inclua aí política séria sobre as drogas e NÃO contribuir ainda mais para determinação de quem é de qual cor seria ainda melhor.

Fazer tudo isso não é ajuda, é o que tem que ser feito, é pra isso que o estado existe. Depois, mesmo que tudo isso seja feito, os negros/pardos ainda estariam na escala inferior do estrato social, brancos continuariam mais ricos, e negros mais pobres, mesmo que a distância diminuísse, que garantia você dá que o processo histórico não vai se repetir?. E aí eu faço outra pergunta, como fazer isso numa sociedade historicamente racista, num sistema social segregacionista, onde as pessoas estão num estado permanente de negação sobre a situação?

Offline Johnny Cash

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1109 Online: 28 de Janeiro de 2016, 10:52:53 »

 :lol:

Foi ela que disse que vai roubar, não eu, e pelo que entendi você aprovou tudo. Esse seu ponto é absurdo, mas educado, conforme costume.

Ela usou o termo ironicamente, você parece que não.

Como sabemos, não há maneira de perceber isso sem algum conhecimento sobre o autor ou sem uso de sinais que indiquem a ironia.

Além do mais, eu usei o termo entre aspas, sinalizando que está da mesma forma que ela quis dizer. Por sua própria conta, você acha que eu falei sério e ela brincando. Eu só quotei o que ela disse. E até agora, eu entendo exatamente que você achou legal e entende que o discurso dela contribua de alguma maneira pra promover a diminuição dos nossos problemas sociais.


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Como assim que cotas/ações-afirmativas não são ajuda? Cara, os chavões são uma coisa de louco.

Primeiro que não é chavão, segundo não é ajuda tal qual você imagina, com ricos dando para pobres, da ajuda dos mais abastados, uma espécie de esmola institucional.

Essa coisa de “reparação social promovida pelo estado” ser um substituto pra “ajuda” é só chavão, termo corriqueiro em discurso panfletário.

No caso aí não é mesmo uma “esmola institucional”, é apenas uma “trapaça institucional” beneficiando ou não pessoas com critério de cor de pele visando no final algum efeito positivo sobre os afetados. Somente os efeitos pretendidos é que são nobres, o mecanismo é feio mesmo.

E nem acho que seja uma transferência de rico pra pobre porque, como já sabemos, as universidades federais (e o resto todo da máquina pública) tem mais da metade paga por aquelas famílias que ganham até 2 salários mínimos e que normalmente ficam de fora dos esquemas que eles mesmos pagam.

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O ideal não deve ser atingir proporção coisa alguma, porque senão a solução bem mais fácil seria apenas retirar a quantidade de brancos da universidade até que se tenha todo mundo em proporção à la IBGE.

Imagina o grau do mimimi elevado e enésima potência que haveria, hein?

Ia ser demais! Ia valer a pena assistir, só pelo caos inédito.

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O ideal deve se ter essas ajudas aplicadas para (que se crie condições para) acensão social dos ajudados, como se tem tentando fazer com as cotas, por exemplo.

Peraê !! Você concorda com as cotas então? Não estou entendendo.

Eu só concordo que as cotas podem ser utilizadas como tentativa de criar condições de ascensão social para componentes prejudicados da sociedade, aqueles sem oportunidade mesmo, tipo moradores de palafita. Mas não é isso que vejo sendo implementado e tendo mais a concordar com as análises contrárias às cotas.

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Mas como vemos pelos discursos, há o divisionismo inclusive provocado pelos cotistas e me parece que há gente interessada em que isso ocorra em ambos os lados das pontas da corda. E economize o tu-quoque na resposta, dizendo que (parte d)os brancos ricos são preconceituosos também, porque eu já sei disso.

Não entendi, você acha que existe tanto cotistas como não cotistas que são a favor e contra? Disse o óbvio, para praticamente qualquer assunto você vai achar gente contra e a favor, seja lá de que lado ela esteja. E também não quer dizer que um lado ou outro esteja certo, seja favorecido ou não, são os argumentos que contam.

Eu disse que esse tipo de discurso inflamado e separatista proposto por ambos os lados da corta, me parece ser provocado e apreciado por gente grupos específicos, que se beneficiam dele. Depois só joguei uma frase pra evitar o tu-quoque automático.

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Agora, pra responder a sobre qual ajuda eu acho que deveria ser dada, digo que provavelmente retornar o que é pago em imposto de modo decente em acesso a boa educação de base, universal, a saúde, a criar alternativas e propostas para redução da absurda violência que inclua aí política séria sobre as drogas e NÃO contribuir ainda mais para determinação de quem é de qual cor seria ainda melhor.

Fazer tudo isso não é ajuda, é o que tem que ser feito, é pra isso que o estado existe.

EXATO! O estado tem que fazer o que tem que ser feito, no mínimo!

O problema é que não faz e o pessoal aplaude e, quem aplaude, normalmente está do mesmo lado que aprecia as “ajudas” institucionais.

Depois, mesmo que tudo isso seja feito, os negros/pardos ainda estariam na escala inferior do estrato social, brancos continuariam mais ricos, e negros mais pobres, mesmo que a distância diminuísse, que garantia você dá que o processo histórico não vai se repetir?. E aí eu faço outra pergunta, como fazer isso numa sociedade historicamente racista, num sistema social segregacionista, onde as pessoas estão num estado permanente de negação sobre a situação?

Eu não garanto nada, eu só veria as diferenças diminuindo (provavelmente).

Como conduzir essas mudanças numa sociedade tipo a nossa? Provavelmente fazendo a receitinha básica: interferindo menos diretamente na vida dos indivíduos e garantindo acesso a educação universal de base, saúde e evitando condições que levam a violência endêmica, como as relacionadas à proibição das drogas, por exemplo.

Quem afirma algo aqui é você, portanto demonstre: Se o estado brasileiro funcionasse conforme manda a cartilha, segundo você, os negros e pardos continuariam na escala inferior do estrato social. Demonstre. Pra mim o preconceito ta é aí nessas coisas.

Offline _Juca_

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1110 Online: 28 de Janeiro de 2016, 11:00:00 »

 :lol:

Foi ela que disse que vai roubar, não eu, e pelo que entendi você aprovou tudo. Esse seu ponto é absurdo, mas educado, conforme costume.

Ela usou o termo ironicamente, você parece que não.

Como sabemos, não há maneira de perceber isso sem algum conhecimento sobre o autor ou sem uso de sinais que indiquem a ironia.

Além do mais, eu usei o termo entre aspas, sinalizando que está da mesma forma que ela quis dizer. Por sua própria conta, você acha que eu falei sério e ela brincando. Eu só quotei o que ela disse. E até agora, eu entendo exatamente que você achou legal e entende que o discurso dela contribua de alguma maneira pra promover a diminuição dos nossos problemas sociais.


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Como assim que cotas/ações-afirmativas não são ajuda? Cara, os chavões são uma coisa de louco.

Primeiro que não é chavão, segundo não é ajuda tal qual você imagina, com ricos dando para pobres, da ajuda dos mais abastados, uma espécie de esmola institucional.

Essa coisa de “reparação social promovida pelo estado” ser um substituto pra “ajuda” é só chavão, termo corriqueiro em discurso panfletário.

No caso aí não é mesmo uma “esmola institucional”, é apenas uma “trapaça institucional” beneficiando ou não pessoas com critério de cor de pele visando no final algum efeito positivo sobre os afetados. Somente os efeitos pretendidos é que são nobres, o mecanismo é feio mesmo.

E nem acho que seja uma transferência de rico pra pobre porque, como já sabemos, as universidades federais (e o resto todo da máquina pública) tem mais da metade paga por aquelas famílias que ganham até 2 salários mínimos e que normalmente ficam de fora dos esquemas que eles mesmos pagam.

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O ideal não deve ser atingir proporção coisa alguma, porque senão a solução bem mais fácil seria apenas retirar a quantidade de brancos da universidade até que se tenha todo mundo em proporção à la IBGE.

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O ideal deve se ter essas ajudas aplicadas para (que se crie condições para) acensão social dos ajudados, como se tem tentando fazer com as cotas, por exemplo.

Peraê !! Você concorda com as cotas então? Não estou entendendo.

Eu só concordo que as cotas podem ser utilizadas como tentativa de criar condições de ascensão social para componentes prejudicados da sociedade, aqueles sem oportunidade mesmo, tipo moradores de palafita. Mas não é isso que vejo sendo implementado e tendo mais a concordar com as análises contrárias às cotas.

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Mas como vemos pelos discursos, há o divisionismo inclusive provocado pelos cotistas e me parece que há gente interessada em que isso ocorra em ambos os lados das pontas da corda. E economize o tu-quoque na resposta, dizendo que (parte d)os brancos ricos são preconceituosos também, porque eu já sei disso.

Não entendi, você acha que existe tanto cotistas como não cotistas que são a favor e contra? Disse o óbvio, para praticamente qualquer assunto você vai achar gente contra e a favor, seja lá de que lado ela esteja. E também não quer dizer que um lado ou outro esteja certo, seja favorecido ou não, são os argumentos que contam.

Eu disse que esse tipo de discurso inflamado e separatista proposto por ambos os lados da corta, me parece ser provocado e apreciado por gente grupos específicos, que se beneficiam dele. Depois só joguei uma frase pra evitar o tu-quoque automático.

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Agora, pra responder a sobre qual ajuda eu acho que deveria ser dada, digo que provavelmente retornar o que é pago em imposto de modo decente em acesso a boa educação de base, universal, a saúde, a criar alternativas e propostas para redução da absurda violência que inclua aí política séria sobre as drogas e NÃO contribuir ainda mais para determinação de quem é de qual cor seria ainda melhor.

Fazer tudo isso não é ajuda, é o que tem que ser feito, é pra isso que o estado existe.

EXATO! O estado tem que fazer o que tem que ser feito, no mínimo!

O problema é que não faz e o pessoal aplaude e, quem aplaude, normalmente está do mesmo lado que aprecia as “ajudas” institucionais.

Depois, mesmo que tudo isso seja feito, os negros/pardos ainda estariam na escala inferior do estrato social, brancos continuariam mais ricos, e negros mais pobres, mesmo que a distância diminuísse, que garantia você dá que o processo histórico não vai se repetir?. E aí eu faço outra pergunta, como fazer isso numa sociedade historicamente racista, num sistema social segregacionista, onde as pessoas estão num estado permanente de negação sobre a situação?

Eu não garanto nada, eu só veria as diferenças diminuindo (provavelmente).

Como conduzir essas mudanças numa sociedade tipo a nossa? Provavelmente fazendo a receitinha básica: interferindo menos diretamente na vida dos indivíduos e garantindo acesso a educação universal de base, saúde e evitando condições que levam a violência endêmica, como as relacionadas à proibição das drogas, por exemplo.

Quem afirma algo aqui é você, portanto demonstre: Se o estado brasileiro funcionasse conforme manda a cartilha, segundo você, os negros e pardos continuariam na escala inferior do estrato social. Demonstre. Pra mim o preconceito ta é aí nessas coisas.

Existem estudos nesse mesmo tópico que comprovam isso. Negros com o mesmo grau de instrução recebem menos, negros que cometem os mesmos delitos recebem penas maiores, etc. é só você dar uma procurada básica. Mas sei lá, a coisa é tão evidente, tão escancarada, está tão na cara, que eu ainda fico um pouco pasmo das pessoas não enxergarem.

Offline _Juca_

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1111 Online: 28 de Janeiro de 2016, 11:07:40 »

Offline Gaúcho

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Offline _Juca_

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1113 Online: 28 de Janeiro de 2016, 11:32:16 »
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/11/24/brasil-tem-maior-diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres.htm

http://www.ebc.com.br/cidadania/2015/04/estudo-mostra-indigenas-no-df-em-desvantagem-na-renda-e-nos-estudos

  :hein: Você quer chegar aonde, não entendo. Você está tentando negar que existe diferenças raciais colocando diferenças de gêneros e mais diferenças raciais?   Temos que combater todas, e só pra te informar as cotas são raciais, servem para índios também.
« Última modificação: 28 de Janeiro de 2016, 11:37:03 por _Juca_ »

Offline Gaúcho

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1114 Online: 28 de Janeiro de 2016, 12:02:15 »
Não lembro de negar que negros ganham, em média, menos do que brancos com o mesmo grau de instrução, da mesma forma que acontece quando comparamos homens e mulheres, ou negros e brancos com índios.

Se a questão discutida agora é disparidade salarial, você precisa batalhar nessa questão. Dar mais vagas em universidades para que mais negros se formem, não muda em nada o fato de que negros formados ganham, em média, menos que brancos formados. Você inflaciona artificialmente o número de negros graduados, e a disparidade continua. Se isso fosse motivo para cotas em vestibulares, teríamos que dar cotas para as mulheres, também. No final, o resultado seria o mesmo, porque você está atacando uma frente que não tem absolutamente nada a ver com o problema, que é a diferença salarial, não o número de mulheres/negros que acessam a universidade. Seria, basicamente, um presente de consolação, que não resolve em nada a questão. Você só teria um número maior de mulheres formadas recebendo menos que homens.
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Offline Johnny Cash

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1115 Online: 28 de Janeiro de 2016, 12:03:03 »
http://www.brasilpost.com.br/2015/10/21/negros-graduados-ganham-menos_n_8348926.html

Como você faria para mudar essa realidade Johnny?

Se negros graduados continuam ganhando menos, o problema não está fundamentalmente na graduação, sendo mais uma coisa pra pelo menos não ser favorável ao modelo de cotas hoje.

O que eu faria seria garantir acesso a educação básica mais forte (com dúvidas sobre oque isso signifique) universalmente, provavelmente até mesmo adotando aquelas medidas em que forcem a permanência de filhos de políticos no ensino público, melhorando as condições sociais/ambientais dos indivíduos "em crescimento" pra que durante a faculdade aprimorem muito mais do que aspectos técnicos, e nem precisem partir de ponto muito díspar em relação aos colegas universitários.

Além disso, como venho repetindo, mudaria as regras relacionadas às drogas e tentaria melhorar as condições de gestão do SUS.

Pode até não ser definitivo. MAS, seria algo que eu acredito ser muito mais sustentável e, o mais importante, sem separar as pessoas institucionalmente pela cor da pele. Não é porque a sociedade faça isso que o governo tenha que fazer também, numa tentativa de reparação.

Offline Geotecton

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1116 Online: 28 de Janeiro de 2016, 13:51:19 »
Como você não está puxando todas as respostas anteriores de cada segmento, vou responder apenas este trecho. O resto do colóquio, respondo e posto depois.

O Geo realmente já vem fazendo a parte dele há muito tempo, de modo voluntário, consciente e sem qualquer coerção. Antes de você nascer, diga-se de passagem.

Eu não respondo pelo sistema (isto mesmo, este do qual você faz parte orgânica) mas sei que muitas vezes quando o faz, implementa da pior maneira possível, mesclando populismo com corporativismo.
Consciente de que? De que existe discriminação racial ao ponto de ser necessário uma intervenção artificial da sua parte? Você discrimina positivamente seus funcionários de acordo com a cor da pele? Espera... isso não seriam... cotas?

Consciente de que existe um desequilíbrio principalmente sócio-econômico e, em menor grau, racial herdado da história colonialista e pouco minorado na história republicana.

Na minha empresa não há nenhum discriminação, positiva ou não. Funcionários são admitidos e demitidos em decorrência de vários fatores, entre os quais o desempenho e a confiabilidade. Entre eles não há nenhum critério (excludente ou includente) por sexo, religião, orientação sexual, etnia e posição política.

A minha empresa tem 16 funcionários, o mais novo tem um pouco mais de 1 ano de casa e o mais velho tem 45 anos. São 9 homens e 7 mulheres; 15 heterossexuais e 1 homossexual; 12 brancos e 4 negros (e "pardos"); 15 religiosos (12 católicos e 3 protestantes evangélicos) e 1 agnóstico.

Entre os 5 maiores salários a proporção é esta: 3 mulheres e 2 homens (o maior é de uma mulher); 4 heterossexuais e 1 homossexual (esta tem o terceiro maior) e 4 (pessoas) brancas e 1 negra (esta tem o quarto maior).

 
A questão do racismo existe com ou sem o Estado. Sem ele eu tenho a plena certeza de que não será alterado, como não foi por um longo período.

A sua plena certeza é baseada em quê?

Eu acho que poderia ser alterado (diminuído) mas levaria bastante tempo. Desaparecer, eu acho difícil de acontecer.


“Populismo” é automaticamente ruim, certo?

Sim, geralmente, no sentido que foi tipificado originalmente.

Não, quase sempre, se for parte de um movimento nascido de maneira espontânea no meio de cidadãos comuns.


Os movimentos sociais da década de 60 nos EUA pelo fim da segregação racial foram o que, senão populistas, envolvendo a imagem de líderes negros que se destacaram e atraíram milhões de pessoas?

Aqueles movimentos nasceram e cresceram primeiro fora do âmbito político, conduzidas por líderes em igrejas e associações comunitárias. Na sequência é que foram encampados pelos líderes políticos, especialmente os negros do partido Democrata.


Como você propõe mudanças em um sistema que discrimina as pessoas sem que envolva a mudança na composição desses grupos nos diversos “altos escalões”?

A médio e longo prazo, ofertando uma educação pública de qualidade para que as pessoas das classes sócio-econômicas da base possam ter cargos melhores no mercado de trabalho e possam ascender socialmente.

A curto prazo, na área educacional por um sistema de cotas sociais e secundariamente por meio de outros critérios. Para concursos públicos não analisei mais profundamente nem os prós e nem os contras mas acho que devem ser os mesmos da área de educação. Para cargos eletivos, sou totalmente contra.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1117 Online: 28 de Janeiro de 2016, 14:48:08 »
http://www.brasilpost.com.br/2015/10/21/negros-graduados-ganham-menos_n_8348926.html

Como você faria para mudar essa realidade Johnny?

Como se supõe que isso esteja acontecendo? "Branco, aqui, esse é seu salário. Negro com as mesmas qualificações, mmmm... metade, vai. É pegar ou largar".

E o salário dos amarelos, como se compara? Essa diferença também deveria ser mudada com cotas ou alguma outra canetada?


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[...] os números estão incompletos, analisaram-se apenas os dados publicados pelo IBGE na "Síntese de indicadores sociais, 2002": como o interesse maior é por brancos, negros e pardos, na brochura, tudo está restrito a esses segmentos. Mas os números vão muito além. Naquelas mesmas tabelas, os números relativos àqueles que se denominam amarelos jamais são citados. E eles são reveladores. No Brasil, os amarelos ganham o dobro do que ganham os também autodenominados brancos:

9,2 salários mínimos contra 4,5 dos brancos (os autodenominados negros e pardos ganham 2,5). Ora, se é verdadeira a tese de que é por racismo que os negros ganham menos, haverá de ser, em igual medida, também por racismo que os amarelos ganham o dobro do que os brancos. Se o racismo explica uma coisa, terá de explicar a outra, elementar princípio de lógica. E, então, chegaríamos à ridícula conclusão de que, no Brasil, os amarelos oprimem os brancos.  [...]

www.alikamel.com.br/artigos/o-racismo-e-os-numeros.php


Em leitura superficial em um ou outro texto ainda li por aí que "no Brasil, brancos e amarelos constituem uma elite branca". Parece que tentam esticar o problema com as agregações e separações arbitrárias de brancos+amarelos e pretos+pardos, conforme for mais interessante. Em algum relatório do IBGE de uns anos atrás saiu algo como pardos estarem em situação pior que negros, acho que em salário mesmo. Mas você mais comumente vai ver falar deles agregados a negros sob a explicação "preconceito contra negros/afro-descendentes", quando esse padrão é um desvio do que seria esperado dessa explicação.

Offline DDV

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1118 Online: 28 de Janeiro de 2016, 22:20:19 »
E as cotas para brancos, que têm desvantagem alarmante em relação aos amarelos em quase tudo?

Por que ninguém discute isso?


O forista mais rico daqui é "amarelo". Vocês não se revoltam com essa injustiça???!!
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Pasteur

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1119 Online: 29 de Janeiro de 2016, 00:38:53 »
E as cotas para brancos, que têm desvantagem alarmante em relação aos amarelos em quase tudo?

Por que ninguém discute isso?


O forista mais rico daqui é "amarelo". Vocês não se revoltam com essa injustiça???!!

Os amarelos não discriminam os brancos, os amarelos não atravessam a rua quando vê um branco e os brancos tem as mesmas oportunidades que os amarelos só que são mais vagabundos menos aplicados.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1120 Online: 29 de Janeiro de 2016, 01:31:14 »
Você está dizendo então que há mecanismos possíveis, não racialmente discriminatórios, para explicar disparidades de renda de pessoas com as mesmas qualificações?

Seria ao menos possível que uma fração das diferenças de renda de brancos, negros, índios e mestiços em todas combinações e graus possíveis se deva a esses mesmos mecanismos?

Já buscou-se tentar quantificar o quanto da diferença poderia ser atribuído a cada fator?



O quão significativo será que é pessoas atravessarem a rua quando vêem negro(s)/pardo(s), se tratando de diferenças salariais? O quanto isso realmente ocorre? Seria a cor de pele o fator de maior peso nesse comportamento? Apenas brancos fazem isso, ou negros e mulatos também? Seria algo completamente desprovido de sentido, ou seria motivado por alguma coisa que não tem relação direta com essa questão de diferenças salariais, de forma que as pessoas possam andar pelas ruas ou lados das ruas que acharem mais conveniente, sem se preocuparem em estar injustamente afetando os salários das pessoas com isso?


Offline Pasteur

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1121 Online: 29 de Janeiro de 2016, 08:30:41 »
Quanta pergunta!  :susto:

Você está dizendo então que há mecanismos possíveis, não racialmente discriminatórios, para explicar disparidades de renda de pessoas com as mesmas qualificações?

Se você der as mesmas possibilidades de preparo pros negros/pardos/índios a disparidade diminui ainda que o fator discriminatório permaneça.

Seria ao menos possível que uma fração das diferenças de renda de brancos, negros, índios e mestiços em todas combinações e graus possíveis se deva a esses mesmos mecanismos?

Correto.

Já buscou-se tentar quantificar o quanto da diferença poderia ser atribuído a cada fator?

Deve existir algum estudo/estatística nesse sentido.

O quão significativo será que é pessoas atravessarem a rua quando vêem negro(s)/pardo(s), se tratando de diferenças salariais?

Pra que você quer relacionar esses dois fatores?  :hein:


O quanto isso realmente ocorre?

Parece me que você está querendo negar/minimizar o fato de que existe racismo e de que ele é significativo. Você acha possível quantificar objetivamente? Se não então por que perguntou?

Seria a cor de pele o fator de maior peso nesse comportamento?

Tem certeza de que quer negar a existência da discriminação ou minimizar  o seu peso??

Apenas brancos fazem isso, ou negros e mulatos também?

Deve haver racismo de negros para brancos. Lembra da curva de gauss?

Seria algo completamente desprovido de sentido, ou seria motivado por alguma coisa que não tem relação direta com essa questão de diferenças salariais, de forma que as pessoas possam andar pelas ruas ou lados das ruas que acharem mais conveniente, sem se preocuparem em estar injustamente afetando os salários das pessoas com isso?

Reformule essa pergunta. Não captei sua mensagem prezado mestre...



Offline Geotecton

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1122 Online: 29 de Janeiro de 2016, 08:56:41 »
E as cotas para brancos, que têm desvantagem alarmante em relação aos amarelos em quase tudo?

Por que ninguém discute isso?


O forista mais rico daqui é "amarelo". Vocês não se revoltam com essa injustiça???!!

Os amarelos não discriminam os brancos, os amarelos não atravessam a rua quando vê um branco e os brancos tem as mesmas oportunidades que os amarelos só que são mais vagabundos menos aplicados.

Faltou um emoticon?
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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1123 Online: 29 de Janeiro de 2016, 09:26:56 »
E as cotas para brancos, que têm desvantagem alarmante em relação aos amarelos em quase tudo?

Por que ninguém discute isso?


O forista mais rico daqui é "amarelo". Vocês não se revoltam com essa injustiça???!!

Os amarelos não discriminam os brancos, os amarelos não atravessam a rua quando vê um branco e os brancos tem as mesmas oportunidades que os amarelos só que são mais vagabundos menos aplicados.

Faltou um emoticon?

Talvez, pelo modo que disse, mas é verdade! No geral os amarelos se dedicam mais aos estudos do que os brancos! Pelo menos no Brasil! Com certeza é questão cultural... Obviamente que a cor da pele não é determinante visto que os seres humanos são iguais.

Offline DDV

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Re:Cotas RACIAIS. Qual sua opinião?
« Resposta #1124 Online: 29 de Janeiro de 2016, 09:28:09 »
os brancos tem as mesmas oportunidades que os amarelos só que são mais vagabundos menos aplicados.

Vou denunciar por racismo.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

 

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