Não quero me concentrar somente sobre este trecho que você apresentou mas lendo-o com cuidado, não consegui localizar qual é a parte em que em que a senhorita-inicial mandou 'tomar no c...' a senhorita-pivô desta discussão.
Naquele trecho, que reproduzo agora de forma ipsis literis "Por causa dessas MERDAS DE COTA VAI TODO MUNDO TOMAR NO __ DESGRAÇA", parece que o 'tomar no c...' é uma forma de lamento e não de xingamento. Para reforçar a minha interpretação, eu penso que ela usaria a palavra 'desgraçados' para concluir um xingamento. Mas ela usou 'desgraça' no lugar.
Assim como você me ofendeu por tabela (aceito as desculpas) e ofendeu todas as pessoas que concordam com ela chamando-as de idiotas, essa moça branca mandou todo mundo tomar no cu, e "todo mundo" deve incluir principalmente quem passou pelo sistema de cotas, ninguém é idiota aqui para não entender o fato, não é mesmo?
Agradeço o seu aceite de pedido de desculpa.
Então agora é a sua vez de me chamar de 'idiota', porque continuo tendo a sincera dúvida de que está correta a minha interpretação do que foi escrito.
Mas não importando muito isso, eu só queria deixar registrado a diferença entre o seu modo de argumentar e o da garota negra, ela respondeu a uma ofensa com ironia mas sem ofender, e você respondeu a uma pessoa ofendida, ofendendo mais ainda.
Certo. Não vou prolongar isto porque tanto você, o Diegojaf e o Buck já me admoestaram sobre o linguajar empregado.
Vou me resignar, concordando que não foi adequado.
Esta é a sua interpretação. A minha se baseia na lei maior, que é a Constituição, na qual afirma que todos somos iguais perante a lei. Se for o caso, então, mude-a colocando um artigo que, de modo claro, afirme que certas pessoas são preferidas dentre as demais, por questões históricas e biológicas.
E você só se atenta a esse fato quando de alguma forma acha que está perdendo alguma coisa.
Não.
Eu me atento sempre a este fato porque há um sem-número de leis e normas, inclusive da Constituição, que discordo mas, ainda assim, cumpro-as.
Por esse artigo na constituição os direitos das pessoas negras estão sendo violados a cada segundo, quando elas não tem a mesma oportunidade dos brancos.
Se você conseguir demonstrar que todas as pessoa negras estão em desvantagem e são preteridas por brancas, sua análise estará correta. Do contrário...
E já que você se apega tanto a constituição:
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=17715:stf-decide-por-unanimidade-que-sistema-de-cotas-e-constitucional
Estou ciente da decisão do STF.
Mas mantenho a minha posição.
Você ainda não entendeu que não existe um 'sistema discriminador' e sim algumas pessoas que usam de sua posição na sociedade e no estado, para subjugar outras, sendo que as principais, para o seu desgosto como 'admirador do deus-estado', são aquelas que ocupam ou são agentes do estado.
Se o 'instrumento anti-discriminação' promove, direta ou indiretamente, atos discriminatórios, ele não é eticamente justificável, mesmo que a sua finalidade seja..., digamos..., "nobre".
Que mundo você vive, hein Geotecton?
Acho que basicamente no mesmo que o seu: No Brasil; na parte sul do continente americano, no terceiro planeta do sistema Solar, a Terra; que por sua vez fica na borda de um dos 'braços espiralados' da Via Láctea.
Quer dizer que um sistema arcaico de vestibular, onde só passa quem está muito preparado, ou seja pessoas brancas que estudam nas melhores escolas e PAGAM os melhores cursinhos, e não precisam trabalhar para se sustentar, não é um sistema que discrimina?
Pensei que estavamos discutindo sobre a sociedade brasileira. Agora é somente sobre o vestibular?
Sim, claro que é um processo no qual há uma forte discriminação
social contra todos os pobres (que não são compostos somente de negros, conforme a sua 'obsessiva visão'), em que são favorecidos os rebentos cujos pais podem sustentá-los para que possam estudar somente.
Por isto que é importante melhorar com urgência a escola pública.
Por outro lado, as cotas que quebram esse paradigma e inserem diretamente uma parte das pessoas mais pobres e negras, esse sim discrimina, mas os brancos, os grandes beneficiários do sistema de vestibular.
Ou seja, um processo discriminador é 'aceitável' porque pune a parte que você considera como criminosa, digo, privilegiada. É isto?
E os brancos pobres não podem ter o mesmo benefício apenas porque estes não fazem parte de um etéreo grupo de pessoas detentoras do crédito da 'dívida histórica'?
E por que isto ocorre?
Por causa do racismo ou principalmente pela péssima qualidade da escola pública nos níveis fundamental e médio?
E porque ela está péssima?
Por causa somente de orçamento ou porquê o processo pedagógico está ultrapassado?
De qualquer modo, preterir a entrada em uma universidade de jovens brancos que não tem nenhuma responsabilidade e muito menos culpa pelo descalabro que é a escola pública, não é, sob hipótese nenhuma, correto e nem eticamente sustentável.
Os jovens brancos não tem culpa, certo?
Certamente que não.
Se duvidas, pergunte para algum especialista da área do direito.
Então vamos continuar sem fazer nada, e esperando que o sistema público de ensino fundamental se iguale ao sistema privado, quem sabe com sorte daqui uns 200 anos, né?
Onde foi exatamente que eu afirmei que nada deve ser feito?
Me ajude a localizar a postagem, porque quero corrigi-la.
Enquanto você busca-a, eu entendo que neste momento o meio discriminatório mais aceitável eticamente é o estabelecimento de um certo número de cotas sociais para TODAS as pessoas pobres, não importando qualquer outro critério e sem procurar uma 'culpabilidade' em pessoas ou grupos atuais por atos cometidos no passado, em outro contexto histórico.
Para o ingresso nas universidades públicas, neste sistema de cotas, seriam selecionadas pessoas pelo seu desempenho pessoal em escolas públicas principalmente e, em alguns casos, de escolas particulares.
É isso, já que jovens brancos não tem culpa, vamos continuar culpando os negros, via privação de condições igualitárias de oportunidades.
Mais um espantalho, dicotomizando novamente uma situação na questão racial, quando o mais importante é o preconceito social.
A universidade, desde o seu primórdio, não foi e nem é projetada para receber pessoas pelo critério racial e sim pelo da qualidade e desempenho delas nos estágios que precedem o do universitário. Por isto que o problema maior está na parte basal do ensino, tanto na qualidade como na acessibilidade da população mais carente que, aí sim, inclui uma parcela expressiva de pessoas negras. Melhorando substancialmente a base (aumentar o orçamento, aperfeiçoar a gestão, etc) o desempenho das classes sociais menos abastadas aumentará, especialmente dos negros.
E você acredita que isso pode ser feito em quantas décadas ( séculos?), se contarmos a qualidade de nossos governantes e com mentalidade pseudo colonial que ainda faz parte de boa parcela da população, especialmente brancos de classe média.
Não sei em quanto tempo.
Mas devolvo a pergunta: Uma vez aceitas as cotas, porque os governantes (de qualquer parte do espectro ideológico) se esforçariam em mudar o modelo de educação pública que temos hoje?
No menor sinal de que seus privilégios podem vir a ser abalados, aiaiai, começam a sapatear feito crianças birrentas dizendo que estão sendo discriminados.
Não importa o quanto você balança o seu espantalho ideológico, porque a sua premissa continua falha, visto que não são TODOS os brancos que detém estes 'privilégios'.
A minha crítica para todos os grupos supra-mencionados é o mesmo para todas as demais pessoas que ao formarem grupos, se tornam influentes e começam a impor regras que os beneficiem como corporativismo, às expensas das demais pessoas, especialmente aquelas que não fazem parte de nenhum grupo icônico hodiernamente.
Então pare de colocar espantalhos porque a plantação é muito pequena.
Cara estou me segurando na cadeira, agora. 
Porquê? Ela está quebrada?
Grupos supra mencionados = gays; mulheres; negros
forma grupos= LGBTs; feministas; movimento negro
É somente a sua cadeira que está com problemas?
O seu monitor e o seu teclado também não estão?
Ou seria a iluminação no local onde você está escrevendo?
Prefiro entender que sim, porque do contrário você está tendo problema de entendimento ou está agindo de má-fé comigo.
Observe que na parte grifada em negrito no texto infra
A minha crítica para todos os grupos supra-mencionados é o mesmo para todas as demais pessoas que ao formarem grupos, se tornam influentes e começam a impor regras que os beneficiem como corporativismo, às expensas das demais pessoas, especialmente aquelas que não fazem parte de nenhum grupo icônico hodiernamente.
eu escrevi claramente que a minha crítica era genérica e não somente contra certas atitudes dos grupos que você, mais uma vez, escolheu para serem os espantalhos deste colóquio.
começam a impor regras= direito de se casarem com pessoas do mesmo sexo; ganharem os mesmo salários que homens; terem acesso as melhores universidades.
Agora tenho quase tenho certeza que é com má-fé que você está escrevendo porque, do contrário, lembraria que já defendi em várias postagens de diversos tópicos, as pessoas de mesmo sexo se casarem; das mulheres terem salários equivalentes aos homens para as mesmas funções e cargos e de todos os melhores classificados nos níveis fundamental e médio terem acesso às universidades públicas.
expensas das demais pessoas= mulheres, negros e gays não pagam impostos?
E desde quando 'expensas' tem apenas o significado de 'custo financeiro'?
grupo icônico hodiernamente = que pérola, quem é esse grupo, homens brancos de classe média? Porque mulheres, negros e gays já estão excluídos automaticamente.
'Grupos icônicos' são todas as minorias que se aglutinam por terem algo em comum e fazem uso de propaganda para atingirem os seus objetivos, sejam quais forem.
Traduzindo:
""A minha crítica para todos as mulheres, gays e negros é o mesmo para todas as demais pessoas que ao formarem grupos LGBT, feministas, ativistas negros, se tornam influentes e começam a impor casamento do mesmo sexo, igualdade salarial entre os generos e incursão às melhores universidade que os beneficiem como corporativismo , às expensas das demais pessoas ( incluindo elas mesmas), especialmente aquelas que não fazem parte de nenhum grupo de homens brancos de classe média.
""
Tenho uma tradução mais simples, aplicável a você no atual colóquio:
"Porque usar um só espantalho se tenho um galpão cheio deles?"
Então vamos formalizar logicamente o seu raciocínio:
Premissa 1) Geotecton não deve nada para ninguém.
Premissa 2) A "dívida é da sociedade".
Premissa 3) Geotecton faz parte da sociedade.
Conclusão: Geotecton deve para alguém.
Tem algo errado.
Claro que tem, é o fato de você não reconhecer que faz parte de um grupo que detém um privilégio histórico pelo fator "cor da pele", em detrimento de outro. Você como branco sempre teve e continuará tendo vantagens contra qualquer negro na sociedade formatada nos padrões atuais.
Então você admite que o seu raciocínio anterior é inconsistente sob o ponto de vista lógico? Certo.
Apenas quero perguntar a você isto: Quais são as vantagens que eu tenho sobre qualquer negro na atual formatação de nossa sociedade? Pode exemplificar sem recorrer a nenhum devaneio ou
wishful thinking ideológico?
Não nego a existência do racismo. Ele existe, seja de forma velada ou explícita, em quase todos os graus hierárquicos e de relações na sociedade.
Mas o desequilíbrio é principalmente sócio-econômico.
Claro que o desiquilíbrio é principalmente sócio-econômico, só que desequilibrado pro lado dos negros/pardos.
Até quando você vai insistir nesta falácia?
Vários foristas já mostraram que o seu argumento só seria válido se TODOS os brancos fossem 'privilegiados' frente aos negros, de modo segregacionista, em qualquer aspecto da sociedade que represente uma 'oportunidade'.
Problema este que continuará perdurando porque não somente encontra a resistência dos tradicionais 'donos da casa-grande' mas também porque interessa aos neo-donos (políticos de esquerda), pois sem o binômio 'pobres-marginalizados' eles perdem as suas 'bandeiras' (mentirosas, por sinal).
Então um político que defende as cotas, o feminismo e os direitos dos negros que são bandeiras defendidas pela esquerda, mas não necessariamente precisem ser de esquerda, estão na verdade querendo que perdure as distorções? Um tanto contraditório seu raciocínio.
Para que os político continuem atuando, devem continuar existindo os motivos que os levaram a atuar. Sem problemas ('bandeiras') não há motivo para aquele grupo político existir.
E se você conhecesse um pouco mais de história, saberia que nem o feminismo (como se pratica no Ocidente), nem o direito de minorias (incluindo as étnicas e raciais) e nem o direito dos homosseuxais existiam nos países que foram socialistas/comunistas. De fato, nos países da Cortina de Ferro, em Cuba e na China, os ativistas de tais direitos foram considerados inimigos do 'socialismo' na maior parte de sua história recente. Na Coréia do Norte isto continua até hoje.
Se você diz que eu sou míope...
Eu sou muito mais velho que você; toda a minha família veio da camada mais inferior do estrato social (os meus antepassados passaram fome e extrema necessidade quando chegaram ao Brasil, no final do século XIX) e de onde vim, eu ouvi, vi e senti muito mais discriminação com pessoas popbres do que com negros.
Só reforça ainda mais minha impressão de sua miopia sobre a segregação.
Entendido.
O fato do forista Diegojaf não ser petista não impede que eu discuta e dele discorde sobre esta questão.
Claro que não, mas eu aposto que se ele continuar a defender a questão aqui, alguém uma hora escorrega nesse quiabo.
Qual?
O de nominá-lo de 'petista'?