Na verdade essa meritocracia salarial já existe em vários estados brasileiros, Fabi. Em São Paulo, por exemplo, esse processo se dá por meio de provas e dos resultados de seus alunos em avaliações padronizadas.
Mas embora todo mundo culpe os professores pela qualidade da educação, nem sempre lembram das salas de aula super-lotadas e do próprio contexto social da escola em que eles estão inseridos. Há uma grande diferença de qualidade entre as escolas públicas centrais e as de periferia, por exemplo. Alunos que vão à escola porque há comida no refeitório, mas não há em casa, têm mais dificuldade em se concentrar e em aprender do que os bem alimentados.
Pelo contrário, acho que lembramos mais disso do que dos professores. Você viu que a escola com a pior nota do enem em SP é de uma escola que não tem esses problemas?
Claro, temos que ver o contexto social da escola e sua estrutura e melhorar isso, mas o que melhora mesmo a qualidade do ensino são os professores(e alguns não tem uma boa abordagem em sala de aula). Se a escola tem violência, colocamos a polícia, se a escola não tem carteiras, compramos as carteiras. Mas tudo isso só vai deixar a escola frequentável, não vai surtir o efeito que desejamos.
Além do mais, falando em estrutura, devíamos criar um caminho melhor para o dinheiro público que chega efetivamente nas escolas. Lembra do caso
Isadora Faber , eu achei muito estranho a reação da escola, o dinheiro pro conserto das coisas apareceram rapidamente, e ainda expuseram uma contratação de serviço que foi paga e não foi feita. Enfim, tem muitos furos na mangueira que leva o dinheiro a escola.
O ensino público do Brasil têm muitos problemas, e vai levar anos pra resolver.