Ah, você está tratando de um mundo hipotético onde não ninguém propondo a ideia de deus. Ok.
No nosso a situação não é assim.
Estou demonstrando que quando não se conhece o conceito de deus, não é preciso ser descrente dele. Bebês não são ateus porque desconhecem essa ideia, entendeu? Para ser ateu, negar e não acreditar na existência de deuses é preciso que alguém lhe apresente esse conceito antes. Bebês não são nada, nem ateus, nem religiosos.
Poxa, cara. Dou ateu como aquele que não vê evidência da existência de deus.
Isso poderia se encaixar até pra coisa que eu não conheço, nem me foi apresentada antes... que é bem o caso de Deus mesmo.
Mas, de verdade, não precisamos enfrentar isso nesse tópico, correto? Me desculpe se fui eu que causei a distração.
É claro que são, por definição.
Não são nem por definição.
Agora eu falo que são e a gente continua nisso ad infinitum?
Há segregação, há identificação de indivíduos por raça, há tratamento diferente para indivíduos baseado em raça (mesmo que ninguém veja que é que define isso), há proibição de acesso a algo para quem não for de determinada raça e etc.
Cotas para negros não impedem que brancos tenham acesso, só garante mais acesso a negros que tem pouco acesso. Ainda com as cotas, brancos proporcionalmente ainda garantem muito mais vagas do que representam da população.
Camarada, cotas pra negros, não são para brancos ou para verdes ou para rosas. São para negros. Isso é demarcação de lugar, é reserva de vaga. Naquele lugar reservado pra negro ninguém mais de outra cor pode entrar, a não ser que se auto declare negro. Isso é racismo puro.
Se fosse reservado pra outra cor, seria racismo também. Vocês dizem que já é reservado tudo pra branco, essa reserva é racista.
Se você acredita em efeitos positivos do racismo, incluindo a igualdade racial, esse é outro ponto mas que não altera o fator das cotas raciais serem racistas. Cara, só olhando pro nome das cotas, quando não abrandados, já fica nítido.
O problema é a distorção que você faz do problema, achando que cotas são privilégios para negros em detrimentos para brancos. Cotas são feitas para corrigir privilégios e não para dar privilégios. No momento em que naturalmente os negros conseguirem entrar sem ajuda das cotas elas perdem o sentido.
Não acho que é em detrimento de nada. Mas cotas são privilégio, e se é privilégio determinado por raça, é racismo.
Se esse pra você esse racismo tem efeito esperado positivo, é outra conversa, mas não muda o caráter racista da lei/intenção.
E concordo com seu último ponto: no momento em que os negros e/ou pobres conseguirem entrar sem ajuda das cotas elas perdem o sentido. Você viu o meu post original que deu origem a essa cascata de respostas?
Cara, pra juízes terem privilégio eles não precisam ser mais numerosos do que não juízes. Esse seu ponto foi doído, Jucão.
Não entendi o ponto. Que privilégios juízes tem, e qual a equiparação entre um juiz e um não juiz?
Equiparação nenhuma!
Só disse pra combater seu ponto de que:
[...] Para ser racista as cotas deveriam dar privilégio para determinadas etnias/raças em detrimento de outra, e para isso elas deveriam ultrapassar os 50% de cota para pardos/negros.
Isso não faz o menor sentido, o privilégio existe quando há a reserva de algo para determinada raça prevista em lei (ou pela sociedade, como já acontece com os brancos). Não há essa necessidade de superioridade de 50%, daí o exemplo dos juízes.
Exemplo hipotético imaginativo ficcional:
a) existem dois garotos, um da raça verde e um da raça rosa.
b) O verde tem 5 doces, e o rosa não tem nenhum.
c) Eu tenho um doce e quero dá-lo pra um dos garotos.
e) vou escolher dar o doce pra um dos garotos baseado na raça dele.
1) dou o doce pro verde, pq é verde, que fica com 6 doces enquanto o rosa continua com nenhum.
Essa decisão baseada na raça é racista.2) dou o doce pro rosa, pq é rosa,que fica com 1 doce enquanto o verde continua com 5.
Essa decisão baseada na raça é racista.3) dou o doce pro que tem menos doces, pq tem menos doces, pra diminuir a diferença.
essa decisão não é racista pq não foi baseada em raça de ninguém