Tiago, não sou detentor de nenhuma informação. A informação está aí pra quem quiser ver [1]. Eu só vou atrás e meus pensamentos são formados a partir de diversos fatos, não um.
A questão é que quando você vê posições que se mantém independentemente da situação, como um jornal que só fala mal, independente da legitimidade do que está dizendo; então há de se ficar atento para isso estar enviesado para além da conta [2]. Quando você vê um jornal (a folha de são paulo), que cedia seus carros pra ditadura militar levar presos, chamar a ditadura brasileira de ditabranda; então há algo errado aí. Quando você vê afirmações como a do William Bonner, ou então a do Boni; há de se ficar atento pro que está acontecendo [3]. Quando você vê que não há liberdade de crítica para criticar os patrocinadores, mesmo se eles merecessem; há de ser manter certa desconfiança [4].
Você não precisa analisar todas as notícias, basta existir um certo padrão. Eu, particularmente não acredito em manipulação de informação pelo Estado de São Paulo. Acredito sim, em viés, mas isso todos concordamos. Entretanto, não dá pra ter a mesma postura sobre a Folha de São Paulo e sobre alguns temas na globo.[5]
[1] Perdoe-me a insistência Renato, mas aí onde? Um link pro youtube de um vídeo desconhecido produzido sei lá por quem? E quem garante a isenção maior dos proponentes dessa teoria que do objeto de “estudo” deles? Aliás, ampliando o alcance desta afirmação: e quem garante que os proponentes desse tipo de afirmação são tão mais isentos que os objetos de acusação deles. Minha dúvida quanto a suas afirmações se sustentam nisso: comentários sobre circunstâncias de forma totalmente superficial, destituída de fatos, constituído apenas afirmações genéricas. Aliás, eu vejo este como um dos maiores problemas das suas afirmações: pegar situações pontuais, como o caso da Globo e a ditadura, ou da Vogue, que até tendo a crer na veracidade de suas afirmações, e as transforma em afirmações genéricas, válidas pra toda a imprensa nossa, inclusive nos dias de hoje.
[2] e [5] Vamos comprar a Folha deste domingo? Leremos as mesmas matérias e você me apontará aquelas que indicam a sua alegada “enviesação” ou mesmo manipulação da informação, pode ser? Quem sabe eu entendendo ela melhor posso, com o tempo, compartilhar da sua visão. Eu acho uma ótima ideia inclusive pra tentar entender melhor o que você quer dizer. Podemos? Só três reais. Se quiser, todo domingo podemos fazer isso.
[3] Afirmações pontuais, Renato. Eu digo que o povo brasileiro em sua média é malandro, desorganizado, mal educado e corrupto. Mas isso não significa que eu não desempenhe bem meu trabalho. Não só, supondo ser verdade que a folha cedeu seus carros à ditadura - o que isso prova pros dias atuais? Que todo o jornalismo produzido por eles é enviesado?
[4] Criticar? Como assim não podem criticar? Em que contexto vc quer que se critiquem os patrocinadores? Quando a peotrobrás ou a Ades faz merda isso não sai na imprensa? Quando uma montadora demite e os trabalhadores fazem greve, isso não sai na imprensa? Não te entendi.
Eu acredito em viéses pontuais, produzido por jornalistas quando da narração da notícia. Eu trabalho com advogados, isso é comum. O que eu não vejo são corporações com objtivos comuns agindo a formar um padrão que se sustenta num objetivo deliberado. Você pode, realmente, encontrar um padrão; tenho minhas dúvidas de que seja induzido de forma proposital, a exemplo de uma grande conspiração.
[1] Então, o conhecimento está aí para todos. O que quero dizer é que todos temos acesso às mesmas fontes, já que a internet é um campo aberto a todos. Você pode pesquisar e vai acabar encontrando todos os fatos que eu encontrei.
Outro ponto, é que se você for adotar a postura de ceticismo, há de se adotar para ambos os lados; pois você, tanto quanto eu, não conhece as pessoas que publicam as notícias que saem na globo. A transparência, nesse caso, é só aparente e em ambos os casos nunca teremos certeza absoluta da idoneidade de quem está gerando essas informações. O que, nos leva então ao seguinte fato: porque tanta confiança em um meio (no seu caso, o vigente) e tanta desconfiança de outro (o denunciante), se ambos se fundamentam em fatos que não poderão ser comprovados SENÃO por uso do seu próprio raciocínio?
No final, é o que eu disse pro Agnóstico: a denúncia precisa partir da Globo, da Veja ou da Folha para que seja levada a sério?
Sobre a "pontualidade" das afirmações, me diga: quantas denúncias comprovadas são necessárias pra algo deixar de ser pontual e se tornar real? Ou como no caso da folha, que é comprovado, ou a ficha falsa da Dilma que o Juca citou, o fato de ter ocorrido uma vez só EXIME o culpado da culpa?
Daí, para o ponto [2]
[2] e [5] Tiago, o fato de não haver manipulações todos os dias não comprova que elas não existem e nem dá idoneidade ao meio. Ou você precisa ver denúncias de corrupção todos os dias pra achar que o Paulo Maluf é corrupto? Ou então precisa de notícias sobre policiais corruptos todos os dias pra achar que existe corrupção em parte da polícia? Na sua opinião, quando algo pode deixa de ser uma afirmação pontual e se torna fato? Depois de 5 acontecimentos similares? Depois de um GRANDE acontecimento? Nunca podem se tornar fatos?
[3] A folha ter cedido seus carros à ditadura militar não provar nada hoje tem o mesmo significado de você não votar no PT porque parte dos cadidatos a presidente foram acusados de formar grupos terroristas há 40 anos atrás (poxa, a folha denunciou uma ficha <cough> falsa </cough> da presidente do brasil). E tem gente que ainda desconfia da idoneidade do pt 40 anos depois desses acontecimentos.
Novamente, se há de se ter ceticismo sobre esse tipo de conduta, que se tenha em absoluto. E também vale pra lembrar que fatos pontuais são relevantes, mesmo passados 40 anos.
[4] Criticar... fazer uma crítica no mais puro sentido... e vale aquele exemplo: quero ver se vai sair no jornal da record se o edir macedo for preso por lavagem de dinheiro, corrupção ou qualquer outro cacete. Ou não precisa nem ser ele, pode até algum partidário seu (dele).