A afirmação é a de que parte dos crimes é motivada pela desigualdade social, não que todos os crimes são provenientes dela.
Perguntas objetivas: a desigualdade de renda ou riqueza por si só, sem miséria, penúria ou injustiça jean-valjeana associadas, deve ser considerado um "atenuante" para crimes na hora de fazer ou aplicar as leis?
É também "esquecido" nesses debates que os pobres são as maiores vítimas da criminalidade no Brasil. Não dá para se preocupar com os pobres e ser tolerante com criminosos ao mesmo tempo.
Uma outra coisa: é bastante compreensível que escravos da Roma Antiga ou das colônias européias cometam crimes contra seus senhores, ou que servos cometam crimes contra senhores feudais na Rússia czarista. Eu entenderia a situação deles na hora de julgá-los pelos crimes.
Entretanto, vocês acham que é, sob qualquer ponto de vista ou aspecto, compreensível que um pobre ou classe-média baixa, atualmente, cometa crimes contra profissionais liberais, comerciantes, empreendedores ou qualquer pessoa que tenha mais dinheiro do que ele?
Ao meu ver, os esquerdistas que defendem tolerância a criminosos pensam inconscientemente que o segundo caso é similar ao primeiro.
Realmente, os menores são as maiores vítimas, mas mesmo que muitos preguem um verdadeiro estado de guerra civil, onde a criminalidade está fora de controle, ninguém sabe ao certo, honestamente, qual a solução para reduzir estes crimes. Esse é o verdadeiro debate nessa questão. Prender resolve, as prisões de indivíduos criminosos tem quanto tempo real de cárcere?
Outro porém é que hoje a população é muito maior, e uma coisa que vende jornal é noticiar crimes, quando pior melhor. Hoje a informação flui numa velocidade muito maior, sabe-se de tudo o tempo todo, a polícia é o próprio holofote dessas notícias. Então tudo parece pior, pode ser ruim, mas não é como pintam os alarmistas.
Independente disso, eu penso que prender não vai diminuir nada, aliás como disse, os meninos tem aula na escola das ruas, na cadeia terão com profissionais experimentados, e a dedicação é exclusiva.
Que tal se durante 2 anos, se fizesse um levantamento estatístico com critérios rígidos, pré estabelecidos sobre a criminalidade causada por menores, e então diminuísse a maioridade penal, e durante uns dois anos novamente esse levantamento com os mesmos critérios fossem feitos. Diante do quadro seria possível ver a eficácia ou não. Embora acho que dificilmente os dois levantamentos seriam idênticos pela complexidade da questão envolvendo menores.