Autor Tópico: Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes  (Lida 108585 vezes)

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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1025 Online: 15 de Outubro de 2013, 07:02:06 »
Os critérios são baixo idh e equipe inconsistida no scnes.

Offline Fernando Silva

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1026 Online: 15 de Outubro de 2013, 07:08:50 »
Não é só o fato de se viver num fim de mundo sem recursos e sem nada de interessante, é também o atraso na carreira do médico, que terá que começar do zero quando finalmente voltar para a cidade grande, já que será um desconhecido sem nenhum cliente.
Sem falar em que é bem possível que ele esteja defasado por falta de contacto com os avanços da medicina nesse meio tempo.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1027 Online: 15 de Outubro de 2013, 08:48:18 »
E, no entanto, essas comunidades necessitam de médicos. No entanto não sei se procede a questão de atualização, é algo que depende mais do profissional do que do local em que ele se encontra, já que o estado promove uma série de capacitações ao longo do ano, existem cursos da unasus, telessaúde, congressos médicos e acesso a praticamente toda a literatura médica recente através do link do medicina baseada em evidência (que é uma espécie de periódicos capes). Afora tudo isso, não é raro ainda o gestor liberar o profissional para fazer um curso na capital, por exemplo. Na questão de ser desconhecido na cidade grande, seria o mesmo que acontece quando muda de cidade ou estado.

Offline Fabi

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1028 Online: 15 de Outubro de 2013, 10:29:56 »
E, no entanto, essas comunidades necessitam de médicos.
E de rede de esgotos, e mais importante ainda o tratamento desses esgotos. Não adianta nada ser igual no Paraná (Curitiba especificamente) onde tem 97% de conexões a redes de esgoto, mas todo esse esgoto é despejado no rio sem tratamento (mas na conta de água tem a tarifa de tratamento de esgoto ::) ) e ainda o governador tem a coragem de fazer campanha publicitária da sanepar falando do tratamento da água   :cadeira: como se as pessoas não soubessem a diferença entre água e esgoto.

Por que não criam o programa mais tratamento de esgotos? Vi notícias do nordeste onde (preparem-se para o cúmulo do cúmulo) as pessoas não podem beber a água encanada que eles coletam de açudes porque está muito contaminada com esgoto, e devido a seca, o esgoto fica mais concentrado, e a E.Coli está acima do limite recomendado de ingestão.  :what:  (Se tiver muito diluído pode?  :olheira: )

E dias depois aparece no jornal que não sei quantas pessoas morreram ou ficaram doentes por beber água de esgoto contaminada. Estavam pegando água desses açudes em carros-pipa.

A solução óbvia é: tratem os esgotos. De que adianta mais médicos se as pessoas ficam doentes por falta de saneamento básico (e o governo não faz nada pra melhorar isso)? Só vão vender mais remédios ou o governo terá que comprar mais e você sabe como funcionam essas "compras".
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Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1029 Online: 15 de Outubro de 2013, 12:44:44 »
Médico dá mais ibope. É algo mais visível, mais popular. Equipamentos e insumos de saúde, enfermeiros, técnicos e até medicamentos não dão tanto ibope. Saneamento básico então...
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Offline Fernando Silva

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1030 Online: 15 de Outubro de 2013, 12:53:30 »
Saneamento básico fica enterrado. Ninguém vê.

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1031 Online: 15 de Outubro de 2013, 12:56:52 »
O governo Dilma, assessorado por alguns marqueteiros (isso não é piada ou exagero, é documentado), decidiu que seria um bom empreendimento contratar pessoas com títulos de "médico" para carimbar receituários e requisições de exames que na prática não serão feitos/efetivados, o que representaria um possível ganho eleitoral (o Bolsa-Família já não rende tantos votos quanto antigamente, pois a população não tem mais medo de perdê-lo). De quebra, eles dariam uma mãozinha ao regime cubano (que certamente irá devolver o favor adiante), ajudariam os militantes do MST e PT que foram cursar medicina lá, satanizariam os médicos brasileiros (o que ajudaria a desviar a atenção de problemas mais importantes da saúde, por um tempo) e aliviariam a pressão dos prefeitos por mais verbas.

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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1032 Online: 15 de Outubro de 2013, 14:15:13 »
Podetia informar onde estão esses militantes do pt e mst que cursaram medicina em cuba? Em quais municípioseles estão trabalhando?

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1033 Online: 15 de Outubro de 2013, 14:57:08 »
É claro que o chamamento de médicos vai (e está) sendo utilizado como vitrine para a eleição de 2014. Achava que seria diferente? Mas isso significa aproveitamento de momento político.  Esta estratégia já era demandada e planejada há algum tempo, mas não havia o momento político para a sua implementação,  o que ocorreu agora. E, apesar do grande enfoque na mídia ser os médicos estrangeiros, o programa não se restringe a isso e as outras ações terão um impacto muito maior no sus, mas simplesmente não são discutidas.

Em relação ao saneamento básico concordo que não gera repercussão.  Ninguém fala que existe um plano nacional de saneamento básico e que os municípios tinham (se não me engano) até este ano para apresentar seus planos municipais. Ainda está baixa a cobertura, mas vem crescendo paulatinamente desde 1997, mesmo em municípios do interior.

Offline Hold the Door

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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1035 Online: 24 de Outubro de 2013, 23:49:02 »
E ela tem razão em vetar. Do jeito que estava, após 3 anos do programa, o médico estrangeiro deveria fazer o revalida e estar em uma carreira pública obrigatoriamente. Mas isso significa que haveria 1) uma carreira específica para o médico estrangeiro e 2) a proibição desse médico atuar apenas fora do mercado público após o revalida. Vi a notícia apenas na cbn e nesta notícia, depois vou ler melhor como ficou a lei e o veto. De qualquer maneira, uma carreira tem que ser discutida para todo o sus e não somente para uma parcela de uma categoria.

Offline Hold the Door

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1036 Online: 25 de Outubro de 2013, 01:11:56 »
A parte vetada:

“§ 1o  É vedado ao médico intercambista o exercício da Medicina fora das atividades do Projeto Mais Médicos para o Brasil, sendo que a prorrogação da permanência no Projeto, após a primeira etapa, somente será admitida para os médicos que integrem carreira médica específica.”

Ou seja, agora eles não tem mais a proibição de atuarem fora do Mais Médicos.

Vieram sem precisar se submeter ao Revalida, exatamente com a desculpa de que o governo não queriam que eles atuassem fora do programa, e agora estão liberados para ir onde quiserem. Quantos deles você acha que vão permanecer no interior?

Sem contar que a aprovação desse ítem era um acordo feito entre a Dilma e o CFM para que esse diminuísse a resistência ao registro provisório concedido pelo MS no lugar do CRM. Ela conseguiu o que queria e no final quebrou o acordo, vetando o ítem. Isso mostra até onde ela está disposta a ir para atingir seus objetivos políticos.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1037 Online: 25 de Outubro de 2013, 03:35:04 »
Podetia informar onde estão esses militantes do pt e mst que cursaram medicina em cuba? Em quais municípioseles estão trabalhando?

Talvez a partir dessa notícia possa ir atrás de mais informações para conseguir localizá-los, se é realmente o que quer:

Citar
Governo bancará curso para médicos formados em Cuba

A ideia é facilitar a revalidação dos diplomas oferecendo cursos gratuitos para esses profissionais


Brasília - O governo vai bancar uma espécie de cursinho para que médicos formados em Cuba possam atuar no Brasil. A ideia é facilitar a revalidação dos diplomas oferecendo para esses profissionais, de graça, reforço em universidades brasileiras com assuntos que não foram abordados na graduação cubana, como noções do Sistema Único de Saúde (SUS). O curso seria dado antes da prova para reconhecimento de diploma.

Sem a validação, profissionais não podem trabalhar no Brasil. Atualmente, para ter autorização de exercício profissional, médicos formados em outros países precisam passar por um exame organizado nacionalmente, o Revalida, ou se submeter a provas feitas por algumas universidades federais, que não aderiram ao exame nacional.

O processo, no entanto, não é fácil. Este ano, dos 677 inscritos no Revalida, 65 foram aprovados. Em 2010, quando a prova foi lançada, os resultados foram muito mais baixos: dos 628 candidatos, apenas 2 tiveram permissão para trabalhar no Brasil. Com o curso de reforço, médicos brasileiros formados em Cuba teriam mais chances de serem bem sucedidos no exame de validação.

Assinado em setembro durante uma visita do ministro da Saúde Alexandre Padilha a Cuba, o acordo entre universidades estaduais e a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), de Cuba, permite ainda que durante o período de aperfeiçoamento, profissionais trabalhem numa espécie de estágio. A Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia, já prepara os detalhes do curso. Além das aulas teóricas e práticas, os formados receberiam, no período de 10 meses do curso, uma espécie de bolsa de ajuda de custo, no valor de R$ 1.240,00.

O reitor da universidade, Joaquim Bastos, prevê que, além dos R$ 2 milhões para bolsas, seriam necessários recursos para pagamento de cerca de 15 professores que ficariam responsáveis pela formação dos médicos. Ainda não se sabe, no entanto, quem vai pagar a conta. "Mas tenho certeza que isso se resolve. O projeto tem todo empenho da Secretaria da Saúde, simpatia do governo do Estado e do ministro, como ficou claro na visita a Cuba", disse Bastos.

Oficialmente, no entanto, ninguém assume a responsabilidade. O Ministério da Saúde, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que o projeto tem todo apoio de Padilha. Mas não há previsão de oferta de recursos, nem de envolvimento da pasta no projeto. O secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, um entusiasta da iniciativa, avisou também que por enquanto não há nada definido. Terça-feira, em Brasília, Solla disse que os projetos estão avançados, mas admitiu haver preconceito em relação ao curso feito em Cuba. "Mas o nível do ensino é muito bom", garantiu.

Mesmo sem saber de onde o dinheiro virá, Bastos recebeu a recomendação de preparar um curso já para o próximo ano. "Isso não será uma iniciativa eterna. A ideia é fazer dois, três cursos", contou o reitor. Pelas contas de Solla, existem cerca de 500 brasileiros formados em Cuba que poderiam se beneficiar da parceria com ELAM no processo de revalidação. Durante a visita em setembro, Padilha afirmou que a pareceria poderia ampliar o número de médicos nas regiões onde há carência de profissionais, como municípios do interior ou nas regiões pobres das grandes cidades.

Mal foi lançada, a ideia já desagrada o Conselho Federal de Medicina (CFM). "Não entendo essa lógica de mobilizar uma estrutura pública, com salas e professores, para um grupo pequeno de brasileiros", disse o vice-presidente da entidade, Carlos Vital. Para ele, no entanto, o que mais surpreende é o pagamento de uma "ajuda de custo." "Isso é tirar de dentro de casa para se dar o que não tem. Porque esses alunos merecem um privilégio como esse?".

http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/governo-bancara-curso-para-medicos-formados-em-cuba-3?page=2

Ou seja, o PT manda seus militantes estudar em Cuba, depois ainda paga cursinho pro Revalida e bolsa na volta ao Brasil. Com o nosso dinheiro.


Outra vantagem de não haver necessidade do revalida é que esse investimento não seria perdido, se eles não passassem.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1038 Online: 25 de Outubro de 2013, 03:49:57 »
Se eu quiser trabalhar no exterior e levar minha família, o governo brasileiro vai impedir? E o cubano?

"Se quiser", não, se o trabalho que conseguir em outro país te permitir isso, e se eles forem aprovados pela imigração.

Não que isso iguale as coisas.






Queria encontrar aquele post onde alguém dizia algo como que, "sim, o governo cubano é essencialmente dono do cidadão, e tudo bem, porque o sustentou desde o dia em que nasceu".

Claro, o governo do outro país pode impor restrições para quem entra nele. Compreensível. O problema é o governo do meu país impor restrições para eu ou alguém da minha família termos o direito de sair dele.

Isso não se refere especificamente à vinda dos médicos por esse programa, mas é algo típico de Cuba. É como eu dizer que é um absurdo esses médicos não poderem votar, para a eleição do próximo presidente cubano. Ou não poderem ter blogs onde denunciam as falsas aparências das coisas da ilha.

Tudo verdade, mas apenas com pouco nexo aqui.

Se estamos falando do programa, e não do país, provavelmente não é diferente dos eventuais hipotéticos médicos de outros países, se ganharem o mesmo (se os cubanos ganham algo). A menos que tenham economias que permitam trazer a família.

Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1039 Online: 25 de Outubro de 2013, 07:31:27 »
Citação de: Buckaroo Banzai
Se estamos falando do programa, e não do país, provavelmente não é diferente dos eventuais hipotéticos médicos de outros países, se ganharem o mesmo (se os cubanos ganham algo). A menos que tenham economias que permitam trazer a família.

Buckaroo, como não é diferente? Médicos de outros países podem trazer suas famílias, se preencherem os requisitos exigidos pelo governo brasileiro para entrar no país e tiverem condições econômicas para isto. E claro, interesse em trazer as próprias famílias.

Médicos cubanos, mesmo que tenham condições econômicas, preencham as exigências do governo brasileiro, e queiram trazer suas famílias, não podem porque o governo de Cuba não permite. Sério mesmo que você não vê nenhuma diferença?
"Deus prefere os ateus"

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1040 Online: 25 de Outubro de 2013, 07:54:15 »
A parte vetada:

“§ 1o  É vedado ao médico intercambista o exercício da Medicina fora das atividades do Projeto Mais Médicos para o Brasil, sendo que a prorrogação da permanência no Projeto, após a primeira etapa, somente será admitida para os médicos que integrem carreira médica específica.”

Ou seja, agora eles não tem mais a proibição de atuarem fora do Mais Médicos.

Vieram sem precisar se submeter ao Revalida, exatamente com a desculpa de que o governo não queriam que eles atuassem fora do programa, e agora estão liberados para ir onde quiserem. Quantos deles você acha que vão permanecer no interior?

Sem contar que a aprovação desse ítem era um acordo feito entre a Dilma e o CFM para que esse diminuísse a resistência ao registro provisório concedido pelo MS no lugar do CRM. Ela conseguiu o que queria e no final quebrou o acordo, vetando o ítem. Isso mostra até onde ela está disposta a ir para atingir seus objetivos políticos.

O artigo 16 da lei (apenas foi vetado o parágrafo 1o.):

Citar
Art. 16. O médico intercambista exercerá a Medicina exclusivamente no âmbito das atividades de ensino, pesquisa e extensão do Projeto Mais Médicos para o Brasil, dispensada, para tal fim, nos 3 (três) primeiros anos de participação, a revalidação de seu diploma nos termos do § 2º do art. 48 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Ou seja, continua a obrigação de somente atuar no programa e a obrigatoriedade de, após 3 anos, revalidar o diploma se quiser continuar. A diferença é que o parágrafo 1o. atrelava a permanência deles a uma inserção em uma carreira médica específica. Assim, teria que haver uma carreira médica específica para esses profissionais E aqueles médicos, brasileiros e estrangeiros, formados no exterior E já com o diploma revalidado somente poderiam participar do programa se estiverem nessa carreira (que não é necessária para o médico formado no Brasil). E você acha que ela não deveria vetar isso? Seria certo uma carreira médica apenas para os profissionais formados no exterior? O que se quer discutir é uma carreira para todos os profissionais de saúde e não uma aberração dessas.

Se o objetivo do acordo era criar uma carreira sus, então mais um motivo para vetar o parágrafo.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1041 Online: 25 de Outubro de 2013, 08:02:09 »
Podetia informar onde estão esses militantes do pt e mst que cursaram medicina em cuba? Em quais municípioseles estão trabalhando?

Talvez a partir dessa notícia possa ir atrás de mais informações para conseguir localizá-los, se é realmente o que quer:

Citar
Governo bancará curso para médicos formados em Cuba

A ideia é facilitar a revalidação dos diplomas oferecendo cursos gratuitos para esses profissionais


Brasília - O governo vai bancar uma espécie de cursinho para que médicos formados em Cuba possam atuar no Brasil. A ideia é facilitar a revalidação dos diplomas oferecendo para esses profissionais, de graça, reforço em universidades brasileiras com assuntos que não foram abordados na graduação cubana, como noções do Sistema Único de Saúde (SUS). O curso seria dado antes da prova para reconhecimento de diploma.

Sem a validação, profissionais não podem trabalhar no Brasil. Atualmente, para ter autorização de exercício profissional, médicos formados em outros países precisam passar por um exame organizado nacionalmente, o Revalida, ou se submeter a provas feitas por algumas universidades federais, que não aderiram ao exame nacional.

O processo, no entanto, não é fácil. Este ano, dos 677 inscritos no Revalida, 65 foram aprovados. Em 2010, quando a prova foi lançada, os resultados foram muito mais baixos: dos 628 candidatos, apenas 2 tiveram permissão para trabalhar no Brasil. Com o curso de reforço, médicos brasileiros formados em Cuba teriam mais chances de serem bem sucedidos no exame de validação.

Assinado em setembro durante uma visita do ministro da Saúde Alexandre Padilha a Cuba, o acordo entre universidades estaduais e a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), de Cuba, permite ainda que durante o período de aperfeiçoamento, profissionais trabalhem numa espécie de estágio. A Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia, já prepara os detalhes do curso. Além das aulas teóricas e práticas, os formados receberiam, no período de 10 meses do curso, uma espécie de bolsa de ajuda de custo, no valor de R$ 1.240,00.

O reitor da universidade, Joaquim Bastos, prevê que, além dos R$ 2 milhões para bolsas, seriam necessários recursos para pagamento de cerca de 15 professores que ficariam responsáveis pela formação dos médicos. Ainda não se sabe, no entanto, quem vai pagar a conta. "Mas tenho certeza que isso se resolve. O projeto tem todo empenho da Secretaria da Saúde, simpatia do governo do Estado e do ministro, como ficou claro na visita a Cuba", disse Bastos.

Oficialmente, no entanto, ninguém assume a responsabilidade. O Ministério da Saúde, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que o projeto tem todo apoio de Padilha. Mas não há previsão de oferta de recursos, nem de envolvimento da pasta no projeto. O secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, um entusiasta da iniciativa, avisou também que por enquanto não há nada definido. Terça-feira, em Brasília, Solla disse que os projetos estão avançados, mas admitiu haver preconceito em relação ao curso feito em Cuba. "Mas o nível do ensino é muito bom", garantiu.

Mesmo sem saber de onde o dinheiro virá, Bastos recebeu a recomendação de preparar um curso já para o próximo ano. "Isso não será uma iniciativa eterna. A ideia é fazer dois, três cursos", contou o reitor. Pelas contas de Solla, existem cerca de 500 brasileiros formados em Cuba que poderiam se beneficiar da parceria com ELAM no processo de revalidação. Durante a visita em setembro, Padilha afirmou que a pareceria poderia ampliar o número de médicos nas regiões onde há carência de profissionais, como municípios do interior ou nas regiões pobres das grandes cidades.

Mal foi lançada, a ideia já desagrada o Conselho Federal de Medicina (CFM). "Não entendo essa lógica de mobilizar uma estrutura pública, com salas e professores, para um grupo pequeno de brasileiros", disse o vice-presidente da entidade, Carlos Vital. Para ele, no entanto, o que mais surpreende é o pagamento de uma "ajuda de custo." "Isso é tirar de dentro de casa para se dar o que não tem. Porque esses alunos merecem um privilégio como esse?".

http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/governo-bancara-curso-para-medicos-formados-em-cuba-3?page=2

Ou seja, o PT manda seus militantes estudar em Cuba, depois ainda paga cursinho pro Revalida e bolsa na volta ao Brasil. Com o nosso dinheiro.


Outra vantagem de não haver necessidade do revalida é que esse investimento não seria perdido, se eles não passassem.

A notícia trata da revalidação do diploma. Se tiver o diploma revalidado ele é tratado dentro do programa como qualquer outro médico formado aqui. Os estrangeiros que vêm pelo programa precisam exercer a medicina no país de origem e com o registro no colégio médico desse país. Isso nos outros países,  no caso de Cuba eles vêm como funcionários do governo cubano. São médicos cubanos, formados em cuba, que moram em cuba e que já participaram em missões no exterior. Onde se encaixaria esses médicos brasileiros formados na elam?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1042 Online: 25 de Outubro de 2013, 14:30:14 »
"Pelas contas de Solla, existem cerca de 500 brasileiros formados em Cuba que poderiam se beneficiar da parceria com ELAM no processo de revalidação. Durante a visita em setembro, Padilha afirmou que a pareceria poderia ampliar o número de médicos nas regiões onde há carência de profissionais, como municípios do interior ou nas regiões pobres das grandes cidades."


"A notícia trata de revalidação do diploma", que parece que está sendo dispensada a estes, não?



Isso deve ser bastante explícito:

http://www.ptnacamara.org.br//noticias/item/15909-brasileiros-formados-em-cuba-que-vao-trabalhar-no-mais-medicos-sao-recebidos-pelo-lider-do-pt


Offline Hold the Door

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1044 Online: 25 de Outubro de 2013, 20:40:54 »
E você acha que ela não deveria vetar isso? Seria certo uma carreira médica apenas para os profissionais formados no exterior? O que se quer discutir é uma carreira para todos os profissionais de saúde e não uma aberração dessas.

Se o objetivo do acordo era criar uma carreira sus, então mais um motivo para vetar o parágrafo.

A questão não é essa. Pode até ser uma aberração que não deveria mesmo passar. Mas a questão é que ela agiu de má fé. Fingiu aceitar a inclusão desse parágrafo apenas para conseguir o recuo do CFM e no último instante quebrou o acordo. Ou seja, ela foi completamente desonesta na negociação com o CFM.
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Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1045 Online: 25 de Outubro de 2013, 21:40:05 »
E você acha que ela não deveria vetar isso? Seria certo uma carreira médica apenas para os profissionais formados no exterior? O que se quer discutir é uma carreira para todos os profissionais de saúde e não uma aberração dessas.

Se o objetivo do acordo era criar uma carreira sus, então mais um motivo para vetar o parágrafo.

A questão não é essa. Pode até ser uma aberração que não deveria mesmo passar. Mas a questão é que ela agiu de má fé. Fingiu aceitar a inclusão desse parágrafo apenas para conseguir o recuo do CFM e no último instante quebrou o acordo. Ou seja, ela foi completamente desonesta na negociação com o CFM.

Na verdade o CFM é que foi bobo.  :)

Confiar em palavra de político (ainda mais do PT) é o cúmulo da zé-ruelice.

Mas o CFM em nota posterior disse que o veto da Dilma não foi em parágrafo de seu interesse, dado que o CFM defende uma carreira pública do SUS para todos os médicos e que a dupla Dilma/Padilha deu um zignal nos aliados do congresso e não no CFM. (A nota ficou meio estranha, mas é isso mesmo o que ela diz)

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1046 Online: 26 de Outubro de 2013, 10:02:27 »
Hipotética situação:

"O PSDB está ainda no poder e manda fazer um Programa Mais Médicos trazendo 'profissionais' de outros países, em especial do EUA e da Inglaterra, pagando US$ 5.000,00".

Qual seria a reação dos petistas, desde a caterva até os mais moderados?
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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1047 Online: 26 de Outubro de 2013, 10:59:32 »
Hipotética situação:

"O PSDB está ainda no poder e manda fazer um Programa Mais Médicos trazendo 'profissionais' de outros países, em especial do EUA e da Inglaterra, pagando US$ 5.000,00".

Qual seria a reação dos petistas, desde a caterva até os mais moderados?

Caralho, o PSDB mudou muito, desse jeito o PT vai acabar. :biglol:

Offline Fernando Silva

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1048 Online: 26 de Outubro de 2013, 11:25:09 »
Hipotética situação:

"O PSDB está ainda no poder e manda fazer um Programa Mais Médicos trazendo 'profissionais' de outros países, em especial do EUA e da Inglaterra, pagando US$ 5.000,00".

Qual seria a reação dos petistas, desde a caterva até os mais moderados?
Se a oposição descobrir a cura do câncer, o PT será contra.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1049 Online: 26 de Outubro de 2013, 14:33:24 »
Hipotética situação:

"O PSDB está ainda no poder e manda fazer um Programa Mais Médicos trazendo 'profissionais' de outros países, em especial do EUA e da Inglaterra, pagando US$ 5.000,00".

Qual seria a reação dos petistas, desde a caterva até os mais moderados?

"Os americanos estadunidenses têm uma cultura de mercado, capitalista, primam pelo lucro em vez do social; esse programa eleitoreiro, populista, vai ter o efeito de trazer apenas os piores médicos, que conseguem os piores rendimentos no país, para vir aqui tirar férias, tomando caipirinha, traçando umas mulatas, e de vez em quando bancar uma de açougueiros com o povo mais pobre, necessitado, e historicamente negligenciado pelo governo. Essa camada social já teria enormes melhoras em seus indicadores de saúde e mortalidade apenas com ampliação do saneamento básico e alguma garantia de nutrição, então os estadunidenses não precisam praticamente mover uma palha para que se possa exibir estatísticas enganosas de melhoras na saúde da população, que provavelmente se deverão na maior parte indiretamente não da prática profissional desses médicos, mas da atividade econômica com o dinheiro que o governo vai dar para eles, na medida que eles consomem e aquecem em algo a economia dessas regiões. Um melhor investimento seria até mesmo apenas fazer pequenos sorteios desse mesmo dinheiro para a população. Verdadeiras melhoras na saúde não vão vir de paliativos populistas como esse, de fingir estar trazendo 'medicina de primeiro mundo' para os pobres, mas sim de reformas estruturais na saúde, da ampliação e melhora da formação de médicos, aqui no nosso país -- que é muito bem capaz de ter uma medicina de ponta, não devemos nos ver como vira-latas inerentemente inferiores aos países dos brancos de olhos azuis, submissos e dependentes deles -- e da ampliação da rede de saúde pública nessas regiões. Mas isso custa mais caro e exige maior vontade política, é algo mais difícil de ser feito, e logo não é o que devemos esperar daqueles que não se preocupam realmente com o povo pobre, daqueles que governam para as elites."

 

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