Autor Tópico: Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes  (Lida 108581 vezes)

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Offline Barata Tenno

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #925 Online: 11 de Setembro de 2013, 23:31:10 »
Por favor, demonstre onde o Agnóstico disse ser contra o sistema gratuito de saúde. Aponte os posts. Ou eu o denuncio por acusação leviana.

Seguinte, sua exigência é tão ridícula que se por ventura os moderadores acharem que eu fiz uma acusação leviana eu mostro todos os posts onde o Agnóstico sugere a privatização do sistema e o fim do sistema público atual. São tantos post sugerindo isso que fica até difícil escolher.

Privatização não significa obrigatoriamente que o sistema deixe de ser gratuito pra quem precisa. Ja ouviu falar de vouchers? Seja homem e prove o que acusa.



Agora eu posso te denunciar também?

Deve.

Deixa quieto, eu errei mesmo, já reconheci. Eu sou homem pra isso.

Muito bom! Ta de parabéns!
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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #926 Online: 11 de Setembro de 2013, 23:36:24 »
Aceito, caro Juca.

Meu ponto de vista você ja conhece. Vamos pensar no que precisamos, ao final de tudo. Ter a população atendida. E vamos afirmar, com honrosas exceções que no SUS há uma profusão de roubos, médicos que abandonam o posto, descaso, etc.., etc..

E podemos afirmar que em dezenas de anos houve evolução, mas que a afirmação acima continua real, e que nada no futuro indica que haverá punições exemplares, processos eficientes, menos ingerência política e corrupção, que é a causa do problema do SUS. Se não temos como combater a causa, não temos como melhorar o SUS. Esse é todo meu ponto, faremos melhorias marginais a custo altíssimo.

Precisamos debater como é feito o atendimento mediante a uma pré-concepção esquerdista ou direitista da sociedade ou pensar o que seria melhor para o momento, o agora, a emergência, os cadáveres e os vagabundos.

Se mudarmos o foco e depois quisermos refazer o SUS sobre uma base mais sólida, OK, não tenho nada contra a gestão pública per si (A da suécia funciona), tenho contra a gestão pública no Brasil, que há mostrado o mesmo problema em todos os casos, todos. Agora temos mais um escândalo de centenas de milhões no ministério do trabalho, e por aí vai.

Para o Brasil, não é hora do estado executar as tarefas. É hora de criar condições para competitividade, execução e forte regulamentação, e simplificar os impostos, e por fim, aumentar a fiscalização e a punibilidade das pessoas. Cana, cadeia, tem que ser algo temido aqui.

Fazendo-se isso, em 20 anos temos um país com cenário bem distinto. Quer refazer o SUS? Feito, não tenho nada contra. Mas onde estamos hoje, não há saida.

Esse é meu ponto. Apenas esse.
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Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #927 Online: 12 de Setembro de 2013, 09:18:37 »
A frustração não é porque o SUS é gratuito, é porque ele não funciona como deveria.



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Offline Lua

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #928 Online: 12 de Setembro de 2013, 10:50:46 »
Eu e meu pessimismo latente...

Sou de cidade do interior, conheço dezenas de pessoas que trabalham com saúde em cidades do interior, e posso afirmar que o sistema funciona mal - quando funciona. Você contrata um médico para um PSF (Programa Saúde da Família) para que ele trabalhe 40 horas, distribuídas em 4/5 dias na semana. No entanto, o cidadão fica dois dias na cidade e já acha que cumpriu as horas necessárias. O mesmo acontece com outros profissionais que não tem o compromisso mínimo necessário para trabalhar com saúde.

Excluindo os profissionais de péssima qualidade, encontramos péssimas condições nos postos e hospitais. Já vi situações em que falta até mesmo gaze para fazer curativos (e a família do paciente precisou ir à farmácia comprar). Equipamentos enferrujados, ambiente desprovido de higiene e condições mínimas de funcionamento, uma verdadeira zona. Tem hospital e unidade de saúde que mais parece uma zona de guerra: gente em corredores, cadeiras quebradas, respingos de sangue no chão... Não é bonito, é desagradável e chega a ser desumano.

Diante deste quadro, não posso deixar de concordar com o Agnóstico quando ele diz "Para o Brasil, não é hora do estado executar as tarefas. É hora de criar condições para competitividade, execução e forte regulamentação, e simplificar os impostos, e por fim, aumentar a fiscalização e a punibilidade das pessoas. Cana, cadeia, tem que ser algo temido aqui."

Em nosso país muitas pessoas estão acostumadas com a impunidade, estão acostumadas com o jeitinho brasileiro: o estado não oferece estrutura e quem é contratado está pouco se lixando para o serviço que se comprometeu a fazer. Quando o estado começar a cobrar trabalho, quando o estado começar a fiscalizar, quando o estado começar a punir, talvez funcione. Quando um profissional da saúde for dispensado com justa causa ou tiver contra si processos administrativos e judiciais buscando exonerá-lo, talvez ele trabalhe ou simplesmente dê a vaga a quem quer trabalhar.

Chegamos em um ponto em que o país não consegue fornecer serviço público de qualidade (com raríssimas exceções) simplesmente porque quem gerencia não tem compromisso e quem nele ingressa pensa que "começou na vida mansa".

Por conta disso, por mais que pense que este programa não é tão singelo e adorável quanto o governo quer que pareça, acho que o déficit de médicos é um problema grave, sobretudo em algumas regiões do país. E vou mais além: por mais que os CRMs e o CFM se insurjam contra o programa, talvez fosse o momento de refletirem quanto a qualidade do serviço de muitos de seus profissionais e fiscalizarem com rigor, inclusive incentivando a população a denunciar os maus profissionais para que sejam punidos.

Válido ressaltar que não me refiro a classe médica como um todo, mas aos maus profissionais que se fantasiam com um jaleco.  :)
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Skorpios

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #929 Online: 12 de Setembro de 2013, 10:57:51 »
Também concordo, mas acho que num país onde as leis defendem o bandido e a polícia enxuga gelo diariamente, prendendo para a "justiça" mandar soltar, é ingenuidade achar que quem está na moita vá desocupa-la.
Porque todas essas medidas dependem do estado que é, em primeiro lugar, o grande responsável por esse estado de coisas.

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #930 Online: 12 de Setembro de 2013, 11:53:09 »
Citação de: Lua
Sou de cidade do interior, conheço dezenas de pessoas que trabalham com saúde em cidades do interior, e posso afirmar que o sistema funciona mal - quando funciona. Você contrata um médico para um PSF (Programa Saúde da Família) para que ele trabalhe 40 horas, distribuídas em 4/5 dias na semana. No entanto, o cidadão fica dois dias na cidade e já acha que cumpriu as horas necessárias. O mesmo acontece com outros profissionais que não tem o compromisso mínimo necessário para trabalhar com saúde.

Que salário estão pagando para o profissional ficar 40 horas semanais?

Pelo o que eu conheço, as próprias prefeituras e cooperativas oferecem jornadas de 2 a 3 dias (informalmente, acho) porque não têm dinheiro para pagar um salário de 40 horas. Como na legislação do PSF não existe essa flexibilidade de horários, elas acabam "dando um jeitinho", fazendo o profissional trabalhar 2/3 dias e colocando do papel 40 horas semanais. Mas o salário que recebem é compatível com a carga horária (caso cumpram o acordado com a prefeitura).



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Offline Osler

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #931 Online: 12 de Setembro de 2013, 16:45:54 »
É a lei de Vampeta, o estado finge que paga e o médico finge que trabalha
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #932 Online: 12 de Setembro de 2013, 19:03:07 »
O médico pode ser contratado para a esf com 20, 30 ou 40h. Portaria 2488 de 21 de outubro de 2011.

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #933 Online: 12 de Setembro de 2013, 21:19:06 »
O médico pode ser contratado para a esf com 20, 30 ou 40h. Portaria 2488 de 21 de outubro de 2011.

Mas qual o salário (ou repasse) que o MS faz para cada carga horária de trabalho pretendida? Se o salário/repasse estiver abaixo (ou às vezes MUITO abaixo) do necessário, dá no mesmo.

 
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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #934 Online: 13 de Setembro de 2013, 07:56:26 »
O ministério repassa um incentivo que não é salário mas pode ser utilizado também para isso, mas também deve haver a contrapartida do município e do estado. Para uma equipe tipo 1, com médicos com carga horária de 40h horas semanais o repasse hoje é 10.695 mais PMAQ, se houver. Para uma equipe com 2 médicos de 30h, recebe o mesmo repasse. Para uma equipe com 3 médicos de 30h, recebe o repasse de 2 equipes. Para uma equipe com 4 médicos de 30h recebe o repasse de 3 equipes. Para equipes com dois médicos de 20h, recebe um repasse de 85% do valor. Todas essas podem receber mais PMAQ. Para equipes com apenas um médico de 20h (equipe transitória), recebe 60% do valor do repasse e não pode receber PMAQ.

Offline Gabarito

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #935 Online: 13 de Setembro de 2013, 10:41:40 »
Hora de rever os conceitos.

No começo, eu não acreditava que não havia médicos suficientes. A minha visão era de que havia sim, médicos o bastante, para não ser necessário trazer esses profissionais de outros países.
Mesmo considerando a alegação da falta de recursos e infraestrutura, acabo concordando que é melhor um meio-médico do que nenhum-médico.

Segundo a matéria, os médicos brasileiros estão se esquivando. Mas a população de áreas distantes precisa deles.
Solução: Contratar médicos que queiram ir, e esses parecem ser os estrangeiros.

Faça-se justiça aos fatos. Por isso, estou colocando abaixo a reportagem:

Citar
Dos 158 médicos solicitados para São Paulo, apenas seis se apresentaram
Edição do dia 13/09/2013
Desses seis profissionais, dois desistiram e um foi desligado.
No Piauí, dos 23 médicos selecionados, 11 desistiram ou não apareceram.


Terminou nesta quinta-feira (12) o prazo para que os brasileiros inscritos no programa Mais Médicos se apresentem para o trabalho. Nem metade apareceu, segundo o Governo Federal.

O Ceará é o estado que deveria ter recebido o maior número de médicos nessa primeira etapa.

O Ceará deveria receber 126 profissionais. Só em Fortaleza, 26 profissionais, mas 11 desistiram logo na primeira semana de trabalho.

Em um posto de saúde da periferia, que deveria ter recebido dois médicos, um nem chegou a aparecer para trabalhar, e outro desistiu na segunda semana. Cada médico desse poderia atender até 35 pacientes.

Eles alegam que a carga de oito horas por dia de trabalho não dá espaço para que eles façam outras atividades como, por exemplo, atender em consultório.

Alguns médicos que aderiram ao programa dizem que essa carga de 40 horas semanais já havia sido estipulada desde o edital.

O Nordeste foi a região com o maior número de inscritos, mas o Piauí foi o estado com a menor procura em todo o país. Dos 166 municípios cadastrados, 121 não tiveram inscrições. Proporcionalmente, o Piauí foi o estado menos procurado.

Dos 23 médicos selecionados, 11 desistiram ou não apareceram. A maioria dos profissionais que se apresentou, começou a trabalhar na semana passada, logo nos primeiros dias.

A capital foi beneficiada com dois médicos. Um deles está trabalhando em um posto de saúde, que fica em bairro na periferia da cidade. Com a chegada do doutor Marcelo, o número de consultas aumentou em 50%.

No Centro-Oeste, um posto estava sem atendimento na parte da tarde há seis meses, em Goiás.

Agora, três médicos foram contratados pelo programa e começaram a atuar.

O estado de Goiás recebeu 79 inscrições só nessa primeira fase; 25 delas na capital, Goiás. Somente dois médicos desistiram de atuar antes mesmo de começar a trabalhar pelo programa, e a reposição dessas duas vagas já foi solicitada.

O grupo que foi efetivado há duas semanas recebeu treinamento e passou a atender os pacientes na última segunda-feira (09).

De acordo com a Secretaria de Saúde, a chegada desses profissionais deve ajudar a 182 equipes da estratégia da saúde e da família, que agora vão estar completas.
No Pará, um dos médicos que se apresentou reabriu um posto que estava fechado.

E na maior cidade do país, São Paulo, nenhum médico do programa começou a trabalhar no programa. Os números não fecham.

Foram pedidos 158 médicos só para a cidade de São Paulo. Trinta e sete profissionais escolheram trabalhar na capital paulista. Desses 37, 19 são médicos estrangeiros e 18 são médicos brasileiros. Mas o prazo para eles se apresentarem terminava nesta quinta-feira (12), e só seis médicos se apresentaram nesse prazo.

Mas, em nota, a secretaria Municipal de Saúde, disse que desses seis profissionais, dois acabaram desistindo e um foi desligado, mas a Secretaria não informou quais foram os motivos. Portanto, dos 18 médicos brasileiros, só três vão trabalhar em unidades básicas de saúde da capital.

Dos 19 médicos estrangeiros, a secretaria não informou. Disse que eles vão ser treinados e só começam a trabalhar a partir do dia 23 de setembro.

Em Brasília, vai ter uma nova etapa do programa Mais Médicos, mas o Ministério da Saúde ainda não tem um balanço. Essa informação deve ser divulgada nesta sexta-feira (13).

As vagas que os brasileiros não ocuparam poderão ser preenchidas por outros médicos brasileiros nessa segunda etapa. Se não houver interesse dos brasileiros, aí sim essas vagas poderão ser ocupadas por médicos estrangeiros.

Esses brasileiros que se inscreveram, foram selecionados e não se apresentaram vão ficar bloqueados no programa por seis meses.

Nesta sexta-feira (13) também, os médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior vão fazer uma última avaliação. Vai ser uma prova com três questões discursivas, e uma simulação de atendimento. Os médicos estrangeiros que não conseguirem uma nota acima de cinco, eles vão ter um reforço e uma segunda chance. Poderão fazer uma nova prova.

Já os que forem aprovados começam a embarcar a partir deste sábado (14) para os estados que vão trabalhar. Na semana que vem, esses estrangeiros vão conhecer a rede de saúde desses estados onde vão atuar e ter mais informações sobre as doenças mais comuns naquela região.


http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/09/dos-158-medicos-solicitados-para-sao-paulo-apenas-seis-se-apresentaram.html


Offline _Juca_

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #936 Online: 13 de Setembro de 2013, 12:44:59 »
Saiu uma notícia agora que é para se pensar.

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/09/no-brasil-taxa-de-mortalidade-infantil-cai-75-desde-1990-aponta-onu.html

Derfel, o quanto isso está relacionado ao atendimento integrado nas UBS e consequentemente no SUS?

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #937 Online: 13 de Setembro de 2013, 14:12:02 »
Basta saber que o sus é de 88, em 90 iniciou-se o programa de agentes comunitários de saúde e em 94 iniciou-se a saúde da família. Inclusive com um outro protocolo de manejo das crianças com diarréia, com ênfase na hidratação (e soro caseiro).

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #938 Online: 14 de Setembro de 2013, 08:58:01 »
Xiii..pelo jeito só mesmo os médicos em regime "diferente" de trabalho irão atuar nesses locais.  :(
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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #939 Online: 14 de Setembro de 2013, 14:43:16 »
:hein:

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #940 Online: 14 de Setembro de 2013, 17:03:39 »
:hein:

Eu quis dizer que ou o governo oferece um salário que compense todos os demais problemas em trabalhar nesses locais, ou usa mão-de-obra não livre.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #941 Online: 14 de Setembro de 2013, 23:37:02 »
Toda mão-de-obra é livre. Tanto é que dos 25 médicos brasileiros que deveriam estar no programa, apenas 16 permaneceram no RN. Os outros ou não compafeceram ou não aceitaram a carga horária de 40h (e nenhum - NENHUM - reclamou da infraestrutura ou condições de trabalho). Prevejo que haverá mais baixas porque existem ainda alguns que além dos 10000 reais ainda querem receber 4000 do município a título de ajuda de custo, apenas porque souberam que o município receberia isso para custear o restante da equipe. Então um dos problemas é muita demanda para uma baixa oferta.

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #942 Online: 15 de Setembro de 2013, 01:31:05 »
Toda mão-de-obra é livre.

Nem toda, e você sabe disso.

Citação de: Derfel
Tanto é que dos 25 médicos brasileiros que deveriam estar no programa, apenas 16 permaneceram no RN. Os outros ou não compafeceram ou não aceitaram a carga horária de 40h (e nenhum - NENHUM - reclamou da infraestrutura ou condições de trabalho). Prevejo que haverá mais baixas porque existem ainda alguns que além dos 10000 reais ainda querem receber 4000 do município a título de ajuda de custo, apenas porque souberam que o município receberia isso para custear o restante da equipe. Então um dos problemas é muita demanda para uma baixa oferta.

Pois então, o governo simplesmente não quer pagar o salário necessário para o médico trabalhar 40 horas. Paciência né...


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Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #943 Online: 15 de Setembro de 2013, 01:43:50 »
Interessante...os dentistas estão mais concentrados do que os médicos.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/09/1335144-onde-falta-medico-falta-dentistas-e-enfermeiros-mostra-pesquisa.shtml


Tudo bem que médico seja mais vital e gere mais ibope, mas não caberia também ao PT e cia chamar os dentistas de mercenários playbozinhos folgados que não ligam para o povo?  :)
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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #944 Online: 15 de Setembro de 2013, 06:16:41 »
Toda mão-de-obra é livre.

Nem toda, e você sabe disso.

Citação de: Derfel
Tanto é que dos 25 médicos brasileiros que deveriam estar no programa, apenas 16 permaneceram no RN. Os outros ou não compafeceram ou não aceitaram a carga horária de 40h (e nenhum - NENHUM - reclamou da infraestrutura ou condições de trabalho). Prevejo que haverá mais baixas porque existem ainda alguns que além dos 10000 reais ainda querem receber 4000 do município a título de ajuda de custo, apenas porque souberam que o município receberia isso para custear o restante da equipe. Então um dos problemas é muita demanda para uma baixa oferta.

Pois então, o governo simplesmente não quer pagar o salário necessário para o médico trabalhar 40 horas. Paciência né...



E quanto seria esse salário? O problema não é salário.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #945 Online: 15 de Setembro de 2013, 10:01:47 »
Interessante...os dentistas estão mais concentrados do que os médicos.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/09/1335144-onde-falta-medico-falta-dentistas-e-enfermeiros-mostra-pesquisa.shtml


Tudo bem que médico seja mais vital e gere mais ibope, mas não caberia também ao PT e cia chamar os dentistas de mercenários playbozinhos folgados que não ligam para o povo?  :)


Para os dentistas está sendo preparado o PROVAB Dentistas (que era para começar em setembro, mas foi atropelado) já está em discussão dentro das associações como a abrasbuco algo semelhante. Na odontologia existem problemas que são diferentes da área médica, o que gera uma coisa curiosa: existe uma grande demanda reprimida por serviços de odontologia,  um aparente excesso de profissionais (já explico o aparente) e uma baixa oferta de serviços com sub financiamento (um subfinanciamento maior que para as equipes da esf). A demanda por serviços acaba gerando uma limitação do acesso ao serviço na medida que o número de equipes de saúde bucal é o mesmo que o da esf,  mas os tempos clínicos são diferentes. A odontologia é essencialmente cirúrgica, com muito pouco ambulatório,  com isso a quantidade de usuários que podem ser atendidos é menor que na esf e a população vinculada é a mesma (3.450 pessoas na média). Tenho que reconhecer que alguma coisa mudou, porém. Antigamente a proporção de esb para esf era de 1:2 e hoje ainda temos os CEO que estão se universalizando (ainda que ache que deveria ser regionalizado), para mim a proporção que estaria mais perto da adequada é de 2:1 (e que talvez ainda não fosse a ideal). É essa mudança que explica o porquê do excesso de profissionais seja talvez aparente. A Odontologia é um serviço caro, com custos altos, apesar da demanda por serviços existir,  apenas uma pequena parcela pode pagar, o que leva a uma grande demanda reprimida nos serviços públicos. Uma expansão da esb tanto aumentaria o mercado para dentistas quanto diminuiria essa demanda reprimida. E aí temos a questão do subfinanciamento.  O componente saúde bucal recebe por equipe 2.230 a 3.345 reais e não conta com bloco da farmácia básica como a esf. Esse recurso é para pagar pessoal, material e manutenção,  o que faz com que a maior parte seja custeada pelo município (ainda mais que na esf). Por fim, existe um problema na interiorarização do profissional semelhante (mas em menor quantidade) aos médicos por questões parecidas com a dos médicos (falata de estrutura dos municípios) e esse é um dos objetivos do PROVAB dentistas. Um programa como o Mais Médicos acho que seria importante na odontologia para tanto prover profissionais nesses vazios quanto também na mudança do currículo das FO (e incentivando a expansão das equipes e aumento do financiamento).

Offline Hold the Door

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #946 Online: 15 de Setembro de 2013, 10:24:11 »
Os outros ou não compafeceram ou não aceitaram a carga horária de 40h (e nenhum - NENHUM - reclamou da infraestrutura ou condições de trabalho).

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/09/1342122-cubanos-atuarao-em-postos-sem-banheiro-e-com-trincas.shtml
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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #947 Online: 15 de Setembro de 2013, 11:24:30 »
Citar
MIGUEL SROUGI

Médicos brasileiros: sofrimento interminável

Ao contrário dos médicos, que assumiram posição inconsistente por romantismo, nossos governantes tiveram uma reação disparatada

A medicina oferece a seus profissionais um privilégio sem paralelo: aliviar o sofrimento e resgatar seres para a vida. Infelizmente, esses momentos não se perenizam, ora por atitudes indevidas dos próprios médicos, ora por omissão de governantes inescrupulosos.

Isso é o que acontece neste momento da nação. Feridos na sua autoestima, os médicos posicionaram-se incorretamente contra a vinda de profissionais estrangeiros, na contramão de um movimento planetário. Em todos os países, faltam médicos, sobretudo para atuar em saúde básica. Calcula-se que, nos EUA, exista um deficit de 15.230 médicos; na região de Yorkshire, na Inglaterra, os serviços de emergência não contam com médicos à noite. Foi preciso recorrer ao Exército.

Pecaram também os médicos, postando-se contra a participação de enfermeiras, psicólogos ou fisioterapeutas na assistência direta a pacientes. Posição lógica quando se lida com doenças mais complexas, mas irracional em saúde básica. Ademais, seriam criadas oportunidades de trabalho para os brasileiros.

Ao contrário dos médicos, que assumiram posições inconsistentes por ingenuidade ou romantismo, presenciamos uma reação disparatada dos nossos governantes aos clamores das ruas. Para dissimular a indecência na saúde, propuseram um conjunto de medidas falaciosas; a principal delas, importar médicos cubanos para atender nos grotões. Ideia com grande apelo aos mais distraídos, mas de difícil implantação por afrontar as leis, a soberania e os valores brasileiros.

Determinadas a contornar as resistências, nossas autoridades adotaram um estratagema perverso. Desencadearam uma campanha de demonização dos médicos brasileiros.

Gesto perigoso, por incitar o confronto entre cidadãos brasileiros num país que é desigual porque tem governantes incompetentes ou desonestos. Gesto injusto, porque insulta uma legião de médicos brasileiros que têm dedicado suas vidas aos mais pobres. Médicos que têm, em média, três empregos e que ganham um salário inicial de R$ 1.200, como ocorre em Goiás. Vinculados a uma profissão na qual 48% dos seus membros trabalham, semanalmente, de 20 a 50 horas a mais do que a população comum.

Médicos que também são vítimas da inépcia dos nossos governantes. Que, por descumprirem suas obrigações, arruinaram e produziram, nos últimos cinco anos, o fechamento de 286 hospitais ligados ao SUS. Pior ainda, governo cujo Ministério da Saúde deixou de utilizar, por inoperância, R$ 9 bilhões dos recursos a ele destinados em 2012. Valor com o qual teriam sido construídas e equipadas cerca de 18 mil unidades básicas de saúde, garantindo uma assistência qualificada a milhões de desvalidos e reduzindo o número de corpos que despencam nas filas intermináveis dos hospitais públicos.

Diante do caos, seria ainda possível corrigir a tragédia que nos assola? Acho que sim, até atrevo-me a fazer algumas sugestões. 1) Alocar, de forma sincera, recursos substanciais na área da saúde. 2) Entregar a direção do Ministério da Saúde e do SUS a gestores competentes e sinceros, e não a políticos oportunistas. 3) Entregar a gestão dos hospitais públicos a organizações sociais sem fins lucrativos. 4) Aperfeiçoar e aumentar a abrangência das equipes de Saúde da Família. 5) Atualizar coerentemente as tabelas de ressarcimento do SUS. 6) Criar um plano de cargos e salários condignos para os médicos atuarem em saúde básica, associado a oportunidades de trabalho e estudo para suas famílias. 6) Legalizar e contratar equipes multiprofissionais para prestarem atendimento em saúde básica, auxiliando ou substituindo os médicos aonde eles inexistem. 8) Alijar os corruptos que se locupletam na saúde. 9) Promover um aumento imediato de 20% a 30% de vagas nas escolas médicas, com financiamento governamental. 10) Inserir os médicos brasileiros nesse processo de reconstrução da saúde nacional.

Os cidadãos desassistidos serão melhor amparados, o governo cumprirá com mais dignidade o seu papel social e os médicos terão amenizados seus momentos de sofrimento interminável.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/129140-medicos-brasileiros-sofrimento-interminavel.shtml
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Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #948 Online: 15 de Setembro de 2013, 11:27:51 »
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Diante do caos, seria ainda possível corrigir a tragédia que nos assola? Acho que sim, até atrevo-me a fazer algumas sugestões. 1) Alocar, de forma sincera, recursos substanciais na área da saúde. 2) Entregar a direção do Ministério da Saúde e do SUS a gestores competentes e sinceros, e não a políticos oportunistas. 3) Entregar a gestão dos hospitais públicos a organizações sociais sem fins lucrativos. 4) Aperfeiçoar e aumentar a abrangência das equipes de Saúde da Família. 5) Atualizar coerentemente as tabelas de ressarcimento do SUS. 6) Criar um plano de cargos e salários condignos para os médicos atuarem em saúde básica, associado a oportunidades de trabalho e estudo para suas famílias. 6) Legalizar e contratar equipes multiprofissionais para prestarem atendimento em saúde básica, auxiliando ou substituindo os médicos aonde eles inexistem. 8) Alijar os corruptos que se locupletam na saúde. 9) Promover um aumento imediato de 20% a 30% de vagas nas escolas médicas, com financiamento governamental. 10) Inserir os médicos brasileiros nesse processo de reconstrução da saúde nacional.

Os cidadãos desassistidos serão melhor amparados, o governo cumprirá com mais dignidade o seu papel social e os médicos terão amenizados seus momentos de sofrimento interminável.

Nada disso, é muita coisa para fazer, dá uma preguiça... melhor trazer médicos cubanos em regime semi-escravo e fingir que o problema será resolvido.
"Deus prefere os ateus"

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #949 Online: 15 de Setembro de 2013, 11:37:06 »
Adicionaria à lista um 11º item, procurar sanar/amenizar os problemas das regiões que afastam os médicos. E/ou deslocar pessoas dessas regiões para regiões melhores.

 

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