Autor Tópico: Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes  (Lida 108591 vezes)

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Offline Diegojaf

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1175 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 23:18:16 »
Não sei. Uma vez contei aqui de uma senhora peruana que foi tocada da casa de um casal de classe alta onde ela trabalhava a troco de casa e comida. Quando levamos ela na PF, eles só deram uma multa a ela e um prazo pra sair do país. Não pediram endereço, referência, nada. Ela saiu solta pelo país, só levamos ela a um abrigo da região.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1176 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 23:19:22 »
Vamos fazer o seguinte: o Ministério Público já está investigando os contratos trabalhistas. Eles são mais entendidos do que eu, sem dúvida. Não sei se são mais do que você. Eu prefiro esperar para ver o resultado dessa investigação e, aí, nós voltamos a conversar.

Ficou mais tarde do que pensei. Boa noite.

Eu entendo que o principal aspecto está na apropriação pelo estado cubano da maior parte do salário dos médicos nativos.
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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1177 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 23:19:30 »
se eu não puder trazer minha família e tiver cláusulas contratuais indecentes sim, e se ainda por coincidência quem te arrumou esse trabalho escravo foi um país que você teme voltar se fizer algo que os barbudos de la acharem errado somado ao conluio ideológico que os ignorantes do governo daqui tem com essa ditadura você entende facilmente porque é escravidão. Medo de voltar, de ficar, das cláusulas, represália, valor que mal da para se sustentar, seu "senhorio" fica com a maior parte do seu trabalho, outra parte é retida e só dada sob determinadas condições...
Agora Derfel, se me permite uma pergunta. Você é petista não?

Não sou petista. Na verdade tenho uma simpatia por algumas coisas do partido,  mas talvez esteja mais próximo do psdb nacional.

Qual a relevância da sua preferência partidária Derfel?
curiosidade. Existe um padrão de como petistas julgam os eventos e queria confirmar
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1178 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 23:24:43 »
Então fica difícil mesmo, porque não se enquadra. Eles não são mantidos por uma dívida que não podem pagar, pelo contrário: o dinheiro que recebem é livre, ou seja, não incide sobre ele imposto de renda E gastos como alimentação e moradia, que são custeadas pelo município (alguns ainda pagam as ligações internacionais que fazem e transporte). Podem ir e vir para onde e quando quiserem, mas não podem ficar faltando ao trabalho (como, aliás,  deveria ser a norma para qualquer trabalhador). Podem desistir do programa a qualquer momento (como já o fizeram alguns) e retornar ao país de origem. Como qualquer estrangeiro, possui um visto de trabalho para exercer a profissão e, de acordo com a lei do Mais Médicos,  devem exercer apenas na AB do município designado, porém existe uma série de motivos em que pode pedir (ele próprio) para mudar de município. O salário deles é diferenciado em relação aos outros colegas, porém a forma de contratação é diferente (como também no mesmo município você pode ter diversos valores de salário para médicos, variando também a forma de contratação ).  Ele não pode exercer a medicina fora do vínculo do Mais Médicos porque não possui o diploma revalidado,  se o fizer pode assumir qualquer outro vínculo.

Qualquer estrangeiro médico que chegue aqui, de qualquer país, terá tratamento completamente diferente do que é dado ao médico oriundo de Cuba.
O médico cubano está completamente amarrado e até amordaçado, porque nem pode falar nada.
Qualquer estrangeiro que trabalhe aqui terá liberdade para trazer sua família, para mudar de profissão, para solicitar residência permanente, para receber diretamente seu salário integral de seu empregador, etc, etc e etc.
O médico de Cuba não tem nenhuma dessas liberdades, fundamentais da pessoa humana como eu já disse.
Você entende o que são direitos fundamentais da pessoa humana?
Fica difícil tentar explicar a você, caso não entenda.

Não são escravos, mas exercem atividade semelhante a trabalho escravo. Isso está claríssimo.
Basta não ter liberdade. Basta isso. Não é difícil de entender.
ponto semelhante ao meu. Não poder trazer a família e dar a maior parte que recebe ao seu senhorio deveria ser suficiente.  E a dívida que não os permite deixar o país?  Simplesmente os 60 por cento que serão pagos apenas se cumprirem o prazo mínimo estabelecido.
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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1179 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 23:28:18 »
Então fica difícil mesmo, porque não se enquadra. Eles não são mantidos por uma dívida que não podem pagar, pelo contrário: o dinheiro que recebem é livre, ou seja, não incide sobre ele imposto de renda E gastos como alimentação e moradia, que são custeadas pelo município (alguns ainda pagam as ligações internacionais que fazem e transporte). Podem ir e vir para onde e quando quiserem, mas não podem ficar faltando ao trabalho (como, aliás,  deveria ser a norma para qualquer trabalhador). Podem desistir do programa a qualquer momento (como já o fizeram alguns) e retornar ao país de origem. Como qualquer estrangeiro, possui um visto de trabalho para exercer a profissão e, de acordo com a lei do Mais Médicos,  devem exercer apenas na AB do município designado, porém existe uma série de motivos em que pode pedir (ele próprio) para mudar de município. O salário deles é diferenciado em relação aos outros colegas, porém a forma de contratação é diferente (como também no mesmo município você pode ter diversos valores de salário para médicos, variando também a forma de contratação ).  Ele não pode exercer a medicina fora do vínculo do Mais Médicos porque não possui o diploma revalidado,  se o fizer pode assumir qualquer outro vínculo.

Qualquer estrangeiro médico que chegue aqui, de qualquer país, terá tratamento completamente diferente do que é dado ao médico oriundo de Cuba.
Errado! O tratamento é o mesmo, a legislação do MM é a mesma para o cubano e outro estrangeiro. A única diferença é na remuneração pelos motivos já explicados.

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O médico cubano está completamente amarrado e até amordaçado, porque nem pode falar nada.
Claro que pode falar, tanto o é que basta ver as diversas entrevistas com eles. Aqui eles têm o direito a livre expressão.
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Qualquer estrangeiro que trabalhe aqui terá liberdade para trazer sua família, para mudar de profissão, para solicitar residência permanente, para receber diretamente seu salário integral de seu empregador, etc, etc e etc.
Quem não permite a vinda da família é o governo cubano, não o brasileiro. Ele recebe o salário integral do empregador (não recebe o que estava no contrato?), pode mudar de profissão quando quiser e solicitar residência permanente, mas como qualquer estrangeiro. Apenas não pode exercer a medicina foram do âmbito do MM (como qualquer estrangeiro do programa), a menos que faça a revalidação do diploma.

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O médico de Cuba não tem nenhuma dessas liberdades, fundamentais da pessoa humana como eu já disse.
Você entende o que são direitos fundamentais da pessoa humana?
Fica difícil tentar explicar a você, caso não entenda.

Não são escravos, mas exercem atividade semelhante a trabalho escravo. Isso está claríssimo.
Basta não ter liberdade. Basta isso. Não é difícil de entender.

E onde está a falta de liberdade?  Fica difícil argumentar quando já parte de um véu ideológico por sua parte.

Offline _Juca_

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1180 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 23:32:30 »
se eu não puder trazer minha família e tiver cláusulas contratuais indecentes sim, e se ainda por coincidência quem te arrumou esse trabalho escravo foi um país que você teme voltar se fizer algo que os barbudos de la acharem errado somado ao conluio ideológico que os ignorantes do governo daqui tem com essa ditadura você entende facilmente porque é escravidão. Medo de voltar, de ficar, das cláusulas, represália, valor que mal da para se sustentar, seu "senhorio" fica com a maior parte do seu trabalho, outra parte é retida e só dada sob determinadas condições...
Agora Derfel, se me permite uma pergunta. Você é petista não?
Não sou petista. Na verdade tenho uma simpatia por algumas coisas do partido,  mas talvez esteja mais próximo do psdb nacional.
Qual a relevância da sua preferência partidária Derfel?

Nenhuma.

Serve apenas para alguns 'aporrinharem' a paciência do "rapaz com saco de papelão na cabeça".   :P

Pois é.

Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1181 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 23:33:39 »
Derfel você não consegue perceber que apenas o fato de não poder trazer sua família, até para coibir deserções, já é sintoma suficiente? E não importa se foi o governo cubano que exigiu isso, para ele médico e uma agressão e coerção e o Brasil, o PT, é cúmplice. Ponto.  Além do mais ele tem uma dívida de 3 anos para pagar ou está fodido, terá perdido mais de 50% de seu salário.
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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1182 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 23:35:12 »
e não, ele não tem as mesmas condições que os outros médicos de outros países.
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Offline 3libras

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1183 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 01:08:01 »
como disse anteriormente os caras trabalham no brasil devem se adequar as nossas leis.

não pode ser permitido que ele não traga a familia ou que o seu salário não seja diretamente dele.

o governo cubano deveria ter crido uma empresa no brasil que fornecesse serviços medicos e ai sim repassava uma quantia em contrato para os cubanos.

simples assim.
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Offline Gabarito

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1184 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 07:11:36 »
E onde está a falta de liberdade?  Fica difícil argumentar quando já parte de um véu ideológico por sua parte.

Insistir em defender que os cidadãos de Cuba possuem as mesmas liberdades que eu e você é forçar muito a barra.
Eu não disse que o Brasil retirou as liberdades desses cidadãos. Eu disse que Cuba manipula essas pessoas e que o Brasil entrou no jogo ao fazer esse tipo de acordo com a ditadura, aquela do mesmo tipo que muita gente do governo torce o nariz quando se fala de 1964.

Resumo: o Brasil não mantém escravos. Cuba trata seus cidadãos sem liberdade. O sujeito não pode sair do país. Onde está a liberdade? O sujeito não pode vir ao Brasil como qualquer médico de outro país e fazer o mesmo que eles fazem. Onde está a liberdade? Quem nasce na ilha da ditadura infelizmente está condenado a viver sob a égide da força do estado sobre si e sua família, sob o medo de sofrer represálias caso discorde do governo, de ser preso e mantido em cárcere apenas por motivos ideológicos, só e somente só por isso. Onde está a liberdade? Se eu for relacionar aqui todas as infrações aos direitos fundamentais do homem e do cidadão aqui, vou demorar mais do que o necessário. Você sabe muito bem como funciona uma ditadura, não precisa que eu explique tanto. Mas a pergunta continua: Onde está a tão recitada liberdade desses médicos que chegam aqui? Podem falar? Claro que sim, mas têm medo de todas as represálias que a ditadura preparará para elas caso falem o que pensam. É ingenuidade ou má fé no debate, Derfel, que você ignora que essas pobres almas são amordaçadas moralmente? Você acredita mesmo que eles podem falar o que pensam? Eles todos possuem família que sofrerão perseguição, caso ele não sigam a cartilha da ditadura.

Insistir em dizer que o povo cubano é livre é apelar à total falta de bom-senso. Ignorar que ele é amordaçado também.

Muito me admira você defender esse tipo de acordo. Eu morro de pena daquelas pessoas que não têm liberdade, estão sujeitos a todo tipo de pressão e são OBRIGADOS a cumprir a agenda da ditadura sob pena de "apanhar" depois. As aspas foram usadas por não representarem ação física. Muito me admira você e o pessoal do governo apoiarem ditadura. E não adianta negar. Não adianta desconversar. Você e o pessoal do governo estão apoiando uma ditadura sanguinária, que matou e mata, que prende e fecha a vida de milhares de cidadãos, pelo simples fato de pensar diferente.

Como eu disse, eu morro de pena daquele povo. Parece que você, não. Para você, eles estão seguindo contratos de trabalho regular.

Pois eu faço uma pergunta e pediria sinceridade na sua resposta: você trocaria de lugar com qualquer um deles? Você é da área médica. Se fosse possível, claro, você trocaria de lugar com um cubano? Deixaria sua família aqui e iria trabalhar por anos em Cuba? Recebendo percentagem mínima do seu salário e deixando o resto para a ditadura? Eles não estão numa boa? Pois você toparia esse exercício de debate? Vá para Cuba e experimente o que é viver alguns dias sob a ditadura e continue defendendo-a, defendendo esse acordo completamente desumano que o governo do Brasil celebrou com a ditadura! Prove que você põe a mão nesse fogo! Ficar atrás de um teclado, no conforto de um sofá é muito diferente de ir para a linha de frente e provar a veracidade de suas intenções. É muito fácil essa sua postura de defender a ditadura daqui, bem longe, protegido e confortável.

Esse negócio de se adequar às nossas leis é óbvio. Os médicos do mundo todo vêm trabalhar aqui, como qualquer trabalhador estrangeiro e se submetem à ela. A questão não é essa, mas a de apoiar e defender um regime ditador, um governo que desrespeita os direitos básicos do cidadão. Aquela ditadura é a mesma que integrantes do governo dizem que lutaram para combatê-la em 1964. Sou contra qualquer ditadura e acho que qualquer pessoa de bem também é.

Fico muito admirado que você defenda esse tipo de acordo desumano.

Como eu disse antes, há autoridades investigando as condições de trabalho, muito mais aptas do que eu e você. Portanto, só voltarei ao assunto com você quando tiver mais notícias. Obrigado por debater.

Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1185 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 07:46:33 »
E onde está a falta de liberdade?  Fica difícil argumentar quando já parte de um véu ideológico por sua parte.

Insistir em defender que os cidadãos de Cuba possuem as mesmas liberdades que eu e você é forçar muito a barra.
Eu não disse que o Brasil retirou as liberdades desses cidadãos. Eu disse que Cuba manipula essas pessoas e que o Brasil entrou no jogo ao fazer esse tipo de acordo com a ditadura, aquela do mesmo tipo que muita gente do governo torce o nariz quando se fala de 1964.

Resumo: o Brasil não mantém escravos. Cuba trata seus cidadãos sem liberdade. O sujeito não pode sair do país. Onde está a liberdade? O sujeito não pode vir ao Brasil como qualquer médico de outro país e fazer o mesmo que eles fazem. Onde está a liberdade? Quem nasce na ilha da ditadura infelizmente está condenado a viver sob a égide da força do estado sobre si e sua família, sob o medo de sofrer represálias caso discorde do governo, de ser preso e mantido em cárcere apenas por motivos ideológicos, só e somente só por isso. Onde está a liberdade? Se eu for relacionar aqui todas as infrações aos direitos fundamentais do homem e do cidadão aqui, vou demorar mais do que o necessário. Você sabe muito bem como funciona uma ditadura, não precisa que eu explique tanto. Mas a pergunta continua: Onde está a tão recitada liberdade desses médicos que chegam aqui? Podem falar? Claro que sim, mas têm medo de todas as represálias que a ditadura preparará para elas caso falem o que pensam. É ingenuidade ou má fé no debate, Derfel, que você ignora que essas pobres almas são amordaçadas moralmente? Você acredita mesmo que eles podem falar o que pensam? Eles todos possuem família que sofrerão perseguição, caso ele não sigam a cartilha da ditadura.

Insistir em dizer que o povo cubano é livre é apelar à total falta de bom-senso. Ignorar que ele é amordaçado também.

Muito me admira você defender esse tipo de acordo. Eu morro de pena daquelas pessoas que não têm liberdade, estão sujeitos a todo tipo de pressão e são OBRIGADOS a cumprir a agenda da ditadura sob pena de "apanhar" depois. As aspas foram usadas por não representarem ação física. Muito me admira você e o pessoal do governo apoiarem ditadura. E não adianta negar. Não adianta desconversar. Você e o pessoal do governo estão apoiando uma ditadura sanguinária, que matou e mata, que prende e fecha a vida de milhares de cidadãos, pelo simples fato de pensar diferente.

Como eu disse, eu morro de pena daquele povo. Parece que você, não. Para você, eles estão seguindo contratos de trabalho regular.

Pois eu faço uma pergunta e pediria sinceridade na sua resposta: você trocaria de lugar com qualquer um deles? Você é da área médica. Se fosse possível, claro, você trocaria de lugar com um cubano? Deixaria sua família aqui e iria trabalhar por anos em Cuba? Recebendo percentagem mínima do seu salário e deixando o resto para a ditadura? Eles não estão numa boa? Pois você toparia esse exercício de debate? Vá para Cuba e experimente o que é viver alguns dias sob a ditadura e continue defendendo-a, defendendo esse acordo completamente desumano que o governo do Brasil celebrou com a ditadura! Prove que você põe a mão nesse fogo! Ficar atrás de um teclado, no conforto de um sofá é muito diferente de ir para a linha de frente e provar a veracidade de suas intenções. É muito fácil essa sua postura de defender a ditadura daqui, bem longe, protegido e confortável.

Esse negócio de se adequar às nossas leis é óbvio. Os médicos do mundo todo vêm trabalhar aqui, como qualquer trabalhador estrangeiro e se submetem à ela. A questão não é essa, mas a de apoiar e defender um regime ditador, um governo que desrespeita os direitos básicos do cidadão. Aquela ditadura é a mesma que integrantes do governo dizem que lutaram para combatê-la em 1964. Sou contra qualquer ditadura e acho que qualquer pessoa de bem também é.

Fico muito admirado que você defenda esse tipo de acordo desumano.

Como eu disse antes, há autoridades investigando as condições de trabalho, muito mais aptas do que eu e você. Portanto, só voltarei ao assunto com você quando tiver mais notícias. Obrigado por debater.

Gabarito matou a pau.

Fico admirado de pessoas reconhecidamente inteligentes como o Derfel chegarem ao ponto de, mesmo que indiretamente, defender a ditadura cubana para justificar os atos do governo. Se os cubanos não são escravos, estão muito longe de serem livres, como médicos de outros países ou brasileiros trabalhando aqui.

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Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1186 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 08:57:31 »
Eu posso estar enganado (e provavelmente estou) mas entendo que quando o Derfel afirmou que os cubanos não são escravos, o fez se referindo à situação deles no Brasil. Duvido que ele mantenha a mesma opinião sobre a situação deles em seu país natal.
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Offline _Juca_

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1187 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 09:01:29 »
Eu posso estar enganado (e provavelmente estou) mas entendo que quando o Derfel afirmou que os cubanos não são escravos, o fez se referindo à situação deles no Brasil. Duvido que ele mantenha a mesma opinião sobre a situação deles em seu país natal.

Não teria que partir do princípio de que todos são escravos em Cuba?

Offline JJ

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1188 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 09:29:13 »
Eu posso estar enganado (e provavelmente estou) mas entendo que quando o Derfel afirmou que os cubanos não são escravos, o fez se referindo à situação deles no Brasil. Duvido que ele mantenha a mesma opinião sobre a situação deles em seu país natal.


Escravos obviamente é uma forma muito exagerada de se referir a situação deles, muito mais correto é dizer que são pessoas bastante oprimidas pelo Estado cubano.

É muto irônico que uma ideologia que se diz libertadora da opressão capitalista gere um monstro estatal  bastante  opressor.   :no:


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Offline JJ

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1189 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 09:38:07 »
Matéria com mais detalhes:
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Cubana abandona Mais Médicos e pedirá asilo ao governo
Estadão ConteúdoPor Ricardo Della Coletta e Daiene Cardoso | Estadão Conteúdo – 13 horas atrás


Ramona Matos Rodríguez (Foto: Estadão Conteúdo)

Uma cubana que se apresentou como profissional participante do programa Mais Médicos abandonou o projeto, refugiou-se nesta terça-feira, 04, dentro da Câmara dos Deputados e promete pedir asilo ao governo brasileiro. Ramona Matos Rodríguez, de 51 anos, disse ter deixado no sábado, 01, a cidade paraense de Pacajá, onde outros seis estrangeiros atenderiam no Mais Médicos, e viajou para Brasília.

A médica declarou ter decidido abandonar o programa ao descobrir que o salário pago aos profissionais de outras nacionalidades era de R$ 10 mil, valor que não teria sido informado pelas autoridades cubanas.

Segundo relato de Ramona, ela decidiu contatar a liderança do Democratas na Câmara depois de falar por telefone com uma amiga em Pacajá. Esta pessoa lhe teria dito que agentes da Polícia Federal estiveram na cidade paraense em busca de Ramona e também que o telefone da cubana estava grampeado. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que chegou a levar a médica cubana ao plenário da Casa para denunciar o que chamou de "uso de trabalho escravo" pelo programa, disse que Ramona vai ficar instalada dentro do gabinete da liderança do partido enquanto o governo não deliberar sobre o pedido de asilo. Ela também colocou o espaço da liderança "à disposição" de outros médicos cubanos que queiram se asilar.

Caiado surpreendeu o Plenário e deputados do PT chegaram a acionar de pronto o Ministério da Saúde para pedir mais informações. O próprio ministério foi pego desprevenido e enviou imediatamente assessores ao Legislativo.

Natural de Havana, Ramona Matos Rodríguez disse exercer a medicina há 27 anos, ter especialização em "medicina geral integral" e já ter participado de uma missão de médicos cubano à Bolívia. Ela levou à Câmara uma cópia do contrato para a sua atuação no Brasil. No documento, firmado entre Ramona e "La sociedad mercantil cubana Comercializadora de Servicios Médicos Cubanos" e com duração de três anos, Ramona aceitou ganhar o equivalente a US$ 400 mensais, depositados no Brasil, sendo que os demais US$ 600 seriam retidos em uma conta em Cuba. A médica cubana também alegou que recebia outros R$ 750 da prefeitura de Pacajá a título de auxílio alimentação e que a hospedagem era mantida pela administração municipal.

Ramona relatou ter chegado ao Brasil em outubro e ter participado, em Brasília, de um curso de capacitação do programa em suas primeiras semanas no País. Conheceu profissionais do Mais Médicos originários de locais como Argentina e Colômbia, momento em que tomou conhecimento do salário de R$ 10 mil pago pelo programa. "Em Cuba não se falou nada sobre isso. Me senti muito mal", relatou Ramona em coletiva de imprensa na sala do DEM. Diante disso, e somado ao fato do alto custo de vida em Pacajá para a remuneração disponível pelo programa, Ramona disse ter decidido fugir. Ela conta ter uma filha em Cuba e afirma temer por possíveis represálias do regime castrista contra ela.


Dizer que é trabalho escravo eu considero exagero e discordo, mas sem dúvida é uma condição opressiva .  E com relação a diferença entre o que ela recebe e o que o governo brasileiro paga, ocorre sem dúvida  uma exploração de mão de obra, que se fosse no Brasil seria considerada um verdadeiro acinte por líderes de sindicatos trabalhistas .

É muito interessante ver que os sindicalistas, supostos defensores dos trabalhadores, estão calados com relação a esse absurdo praticado pelo Estado socialista cubano.

 :no:
.
« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2014, 10:05:25 por JJ »

Offline JJ

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1190 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 09:43:04 »
Eu posso estar enganado (e provavelmente estou) mas entendo que quando o Derfel afirmou que os cubanos não são escravos, o fez se referindo à situação deles no Brasil. Duvido que ele mantenha a mesma opinião sobre a situação deles em seu país natal.

Não teria que partir do princípio de que todos são escravos em Cuba?

Não são escravos,  mas são oprimidos pelo Estado ditatorial socialista cubano.

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Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1191 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 09:53:48 »
Eu posso estar enganado (e provavelmente estou) mas entendo que quando o Derfel afirmou que os cubanos não são escravos, o fez se referindo à situação deles no Brasil. Duvido que ele mantenha a mesma opinião sobre a situação deles em seu país natal.
Não teria que partir do princípio de que todos são escravos em Cuba?

Não quero discutir semântica. Eu acho que eles não são "escravos" em seu país natal mas certamente eles não desfrutam de um grau semelhante de liberdade profissional que aqui dispomos.
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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1192 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 09:59:57 »
Eu posso estar enganado (e provavelmente estou) mas entendo que quando o Derfel afirmou que os cubanos não são escravos, o fez se referindo à situação deles no Brasil. Duvido que ele mantenha a mesma opinião sobre a situação deles em seu país natal.
Não teria que partir do princípio de que todos são escravos em Cuba?

Não quero discutir semântica. Eu acho que eles não são "escravos" em seu país natal mas certamente eles não desfrutam de um grau semelhante de liberdade profissional que aqui dispomos.

Acho que não tem nada a ver com semântica, mas certamente que a liberdade individual de Cuba é própria de uma ditadura. Mas eles são impedidos de trabalhar, dirigidos a determinado trabalho ou algo semelhante?

Offline JJ

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1193 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 10:04:18 »
E onde está a falta de liberdade?  Fica difícil argumentar quando já parte de um véu ideológico por sua parte.

Insistir em defender que os cidadãos de Cuba possuem as mesmas liberdades que eu e você é forçar muito a barra.
Eu não disse que o Brasil retirou as liberdades desses cidadãos. Eu disse que Cuba manipula essas pessoas e que o Brasil entrou no jogo ao fazer esse tipo de acordo com a ditadura, aquela do mesmo tipo que muita gente do governo torce o nariz quando se fala de 1964.

Resumo: o Brasil não mantém escravos. Cuba trata seus cidadãos sem liberdade. O sujeito não pode sair do país. Onde está a liberdade? O sujeito não pode vir ao Brasil como qualquer médico de outro país e fazer o mesmo que eles fazem. Onde está a liberdade? Quem nasce na ilha da ditadura infelizmente está condenado a viver sob a égide da força do estado sobre si e sua família, sob o medo de sofrer represálias caso discorde do governo, de ser preso e mantido em cárcere apenas por motivos ideológicos, só e somente só por isso. Onde está a liberdade? Se eu for relacionar aqui todas as infrações aos direitos fundamentais do homem e do cidadão aqui, vou demorar mais do que o necessário. Você sabe muito bem como funciona uma ditadura, não precisa que eu explique tanto. Mas a pergunta continua: Onde está a tão recitada liberdade desses médicos que chegam aqui? Podem falar? Claro que sim, mas têm medo de todas as represálias que a ditadura preparará para elas caso falem o que pensam. É ingenuidade ou má fé no debate, Derfel, que você ignora que essas pobres almas são amordaçadas moralmente? Você acredita mesmo que eles podem falar o que pensam? Eles todos possuem família que sofrerão perseguição, caso ele não sigam a cartilha da ditadura.

Insistir em dizer que o povo cubano é livre é apelar à total falta de bom-senso. Ignorar que ele é amordaçado também.

Muito me admira você defender esse tipo de acordo. Eu morro de pena daquelas pessoas que não têm liberdade, estão sujeitos a todo tipo de pressão e são OBRIGADOS a cumprir a agenda da ditadura sob pena de "apanhar" depois. As aspas foram usadas por não representarem ação física. Muito me admira você e o pessoal do governo apoiarem ditadura. E não adianta negar. Não adianta desconversar. Você e o pessoal do governo estão apoiando uma ditadura sanguinária, que matou e mata, que prende e fecha a vida de milhares de cidadãos, pelo simples fato de pensar diferente.

Como eu disse, eu morro de pena daquele povo. Parece que você, não. Para você, eles estão seguindo contratos de trabalho regular.

Pois eu faço uma pergunta e pediria sinceridade na sua resposta: você trocaria de lugar com qualquer um deles? Você é da área médica. Se fosse possível, claro, você trocaria de lugar com um cubano? Deixaria sua família aqui e iria trabalhar por anos em Cuba? Recebendo percentagem mínima do seu salário e deixando o resto para a ditadura? Eles não estão numa boa? Pois você toparia esse exercício de debate? Vá para Cuba e experimente o que é viver alguns dias sob a ditadura e continue defendendo-a, defendendo esse acordo completamente desumano que o governo do Brasil celebrou com a ditadura! Prove que você põe a mão nesse fogo! Ficar atrás de um teclado, no conforto de um sofá é muito diferente de ir para a linha de frente e provar a veracidade de suas intenções. É muito fácil essa sua postura de defender a ditadura daqui, bem longe, protegido e confortável.

Esse negócio de se adequar às nossas leis é óbvio. Os médicos do mundo todo vêm trabalhar aqui, como qualquer trabalhador estrangeiro e se submetem à ela. A questão não é essa, mas a de apoiar e defender um regime ditador, um governo que desrespeita os direitos básicos do cidadão. Aquela ditadura é a mesma que integrantes do governo dizem que lutaram para combatê-la em 1964. Sou contra qualquer ditadura e acho que qualquer pessoa de bem também é.

Fico muito admirado que você defenda esse tipo de acordo desumano.

Como eu disse antes, há autoridades investigando as condições de trabalho, muito mais aptas do que eu e você. Portanto, só voltarei ao assunto com você quando tiver mais notícias. Obrigado por debater.

Gabarito matou a pau.

Fico admirado de pessoas reconhecidamente inteligentes como o Derfel chegarem ao ponto de, mesmo que indiretamente, defender a ditadura cubana para justificar os atos do governo. Se os cubanos não são escravos, estão muito longe de serem livres, como médicos de outros países ou brasileiros trabalhando aqui.



Concordo com o Fabrício e o Gabarito,  Cuba é  uma ditadura socialista que oprime e nega liberdades ao seu povo, acho espantoso que alguém  que seja a favor da democracia e das liberdade individuais, não condene a ditadura cubana.  Ou será que não é a  favor da democracia e das liberdades individuais ? 

:?:


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« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2014, 10:11:10 por JJ »

Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1194 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 10:07:03 »
Eu posso estar enganado (e provavelmente estou) mas entendo que quando o Derfel afirmou que os cubanos não são escravos, o fez se referindo à situação deles no Brasil. Duvido que ele mantenha a mesma opinião sobre a situação deles em seu país natal.
Não teria que partir do princípio de que todos são escravos em Cuba?

Não quero discutir semântica. Eu acho que eles não são "escravos" em seu país natal mas certamente eles não desfrutam de um grau semelhante de liberdade profissional que aqui dispomos.

Acho que não tem nada a ver com semântica, mas certamente que a liberdade individual de Cuba é própria de uma ditadura. Mas eles são impedidos de trabalhar, dirigidos a determinado trabalho ou algo semelhante?

Acho que está claro que a palavra "escravos" talvez seja forte para descrever a situação dos médicos cubanos, dada a comparação com a escravidão de negros no passado, por exemplo.

Se é este o problema, basta deixarmos de usar esta palavra, vamos mudar de "escravos" para "pobrescidadãosoprimidosporumregimefilhadaputaamadopeloPT".
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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1195 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 10:08:00 »
matou a pau mesmo e também me admira que o Derfel possa apoiar isso.  Outra pergunta a ele; Derfel você aceitaria ficar sem ver sua família? você acha que condições fazem profissionais "aceitar" propostas como essas?
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Offline Bolsonaro neles

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1196 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 11:04:44 »
Matéria com mais detalhes:
Citar
Cubana abandona Mais Médicos e pedirá asilo ao governo
Estadão ConteúdoPor Ricardo Della Coletta e Daiene Cardoso | Estadão Conteúdo – 13 horas atrás
...

Uma cubana que se apresentou como profissional participante do programa Mais Médicos abandonou o projeto, refugiou-se nesta terça-feira, 04, dentro da Câmara dos Deputados e promete pedir asilo ao governo brasileiro. Ramona Matos Rodríguez, de 51 anos, disse ter deixado no sábado, 01, a cidade paraense de Pacajá, onde outros seis estrangeiros atenderiam no Mais Médicos, e viajou para Brasília.

A médica declarou ter decidido abandonar o programa ao descobrir que o salário pago aos profissionais de outras nacionalidades era de R$ 10 mil, valor que não teria sido informado pelas autoridades cubanas.

Segundo relato de Ramona, ela decidiu contatar a liderança do Democratas na Câmara depois de falar por telefone com uma amiga em Pacajá. Esta pessoa lhe teria dito que agentes da Polícia Federal estiveram na cidade paraense em busca de Ramona e também que o telefone da cubana estava grampeado. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que chegou a levar a médica cubana ao plenário da Casa para denunciar o que chamou de "uso de trabalho escravo" pelo programa, disse que Ramona vai ficar instalada dentro do gabinete da liderança do partido enquanto o governo não deliberar sobre o pedido de asilo. Ela também colocou o espaço da liderança "à disposição" de outros médicos cubanos que queiram se asilar.

Caiado surpreendeu o Plenário e deputados do PT chegaram a acionar de pronto o Ministério da Saúde para pedir mais informações. O próprio ministério foi pego desprevenido e enviou imediatamente assessores ao Legislativo.

Natural de Havana, Ramona Matos Rodríguez disse exercer a medicina há 27 anos, ter especialização em "medicina geral integral" e já ter participado de uma missão de médicos cubano à Bolívia. Ela levou à Câmara uma cópia do contrato para a sua atuação no Brasil. No documento, firmado entre Ramona e "La sociedad mercantil cubana Comercializadora de Servicios Médicos Cubanos" e com duração de três anos, Ramona aceitou ganhar o equivalente a US$ 400 mensais, depositados no Brasil, sendo que os demais US$ 600 seriam retidos em uma conta em Cuba. A médica cubana também alegou que recebia outros R$ 750 da prefeitura de Pacajá a título de auxílio alimentação e que a hospedagem era mantida pela administração municipal.

Ramona relatou ter chegado ao Brasil em outubro e ter participado, em Brasília, de um curso de capacitação do programa em suas primeiras semanas no País. Conheceu profissionais do Mais Médicos originários de locais como Argentina e Colômbia, momento em que tomou conhecimento do salário de R$ 10 mil pago pelo programa. "Em Cuba não se falou nada sobre isso. Me senti muito mal", relatou Ramona em coletiva de imprensa na sala do DEM. Diante disso, e somado ao fato do alto custo de vida em Pacajá para a remuneração disponível pelo programa, Ramona disse ter decidido fugir. Ela conta ter uma filha em Cuba e afirma temer por possíveis represálias do regime castrista contra ela.


Dizer que é trabalho escravo eu considero exagero e discordo, mas sem dúvida é uma condição opressiva .  E com relação a diferença entre o que ela recebe e o que o governo brasileiro paga, ocorre sem dúvida  uma exploração de mão de obra, que se fosse no Brasil seria considerada um verdadeiro acinte por líderes de sindicatos trabalhistas .

É muito interessante ver que os sindicalistas, supostos defensores dos trabalhadores, estão calados com relação a esse absurdo praticado pelo Estado socialista cubano.

 :no:
.
A cara de ódio do Cardozo ontem no JN mostrava que esse gunverno do PT tem a intenção de entregá-la ao governo cubano, tal como os lutadores de boxe cubanos do pan-americano de 2007 foram entregues pelo Lula.

O gunverno do braziu de merda é alinhado com Cuba e frequentemente vai lá beijar a mão do Fidel.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1197 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 12:56:42 »
E onde está a falta de liberdade?  Fica difícil argumentar quando já parte de um véu ideológico por sua parte.

Insistir em defender que os cidadãos de Cuba possuem as mesmas liberdades que eu e você é forçar muito a barra.
Eu não disse que o Brasil retirou as liberdades desses cidadãos. Eu disse que Cuba manipula essas pessoas e que o Brasil entrou no jogo ao fazer esse tipo de acordo com a ditadura, aquela do mesmo tipo que muita gente do governo torce o nariz quando se fala de 1964.

Resumo: o Brasil não mantém escravos. Cuba trata seus cidadãos sem liberdade. O sujeito não pode sair do país. Onde está a liberdade? O sujeito não pode vir ao Brasil como qualquer médico de outro país e fazer o mesmo que eles fazem. Onde está a liberdade? Quem nasce na ilha da ditadura infelizmente está condenado a viver sob a égide da força do estado sobre si e sua família, sob o medo de sofrer represálias caso discorde do governo, de ser preso e mantido em cárcere apenas por motivos ideológicos, só e somente só por isso. Onde está a liberdade? Se eu for relacionar aqui todas as infrações aos direitos fundamentais do homem e do cidadão aqui, vou demorar mais do que o necessário. Você sabe muito bem como funciona uma ditadura, não precisa que eu explique tanto. Mas a pergunta continua: Onde está a tão recitada liberdade desses médicos que chegam aqui? Podem falar? Claro que sim, mas têm medo de todas as represálias que a ditadura preparará para elas caso falem o que pensam. É ingenuidade ou má fé no debate, Derfel, que você ignora que essas pobres almas são amordaçadas moralmente? Você acredita mesmo que eles podem falar o que pensam? Eles todos possuem família que sofrerão perseguição, caso ele não sigam a cartilha da ditadura.

Insistir em dizer que o povo cubano é livre é apelar à total falta de bom-senso. Ignorar que ele é amordaçado também.

Muito me admira você defender esse tipo de acordo. Eu morro de pena daquelas pessoas que não têm liberdade, estão sujeitos a todo tipo de pressão e são OBRIGADOS a cumprir a agenda da ditadura sob pena de "apanhar" depois. As aspas foram usadas por não representarem ação física. Muito me admira você e o pessoal do governo apoiarem ditadura. E não adianta negar. Não adianta desconversar. Você e o pessoal do governo estão apoiando uma ditadura sanguinária, que matou e mata, que prende e fecha a vida de milhares de cidadãos, pelo simples fato de pensar diferente.

Como eu disse, eu morro de pena daquele povo. Parece que você, não. Para você, eles estão seguindo contratos de trabalho regular.

Pois eu faço uma pergunta e pediria sinceridade na sua resposta: você trocaria de lugar com qualquer um deles? Você é da área médica. Se fosse possível, claro, você trocaria de lugar com um cubano? Deixaria sua família aqui e iria trabalhar por anos em Cuba? Recebendo percentagem mínima do seu salário e deixando o resto para a ditadura? Eles não estão numa boa? Pois você toparia esse exercício de debate? Vá para Cuba e experimente o que é viver alguns dias sob a ditadura e continue defendendo-a, defendendo esse acordo completamente desumano que o governo do Brasil celebrou com a ditadura! Prove que você põe a mão nesse fogo! Ficar atrás de um teclado, no conforto de um sofá é muito diferente de ir para a linha de frente e provar a veracidade de suas intenções. É muito fácil essa sua postura de defender a ditadura daqui, bem longe, protegido e confortável.

Esse negócio de se adequar às nossas leis é óbvio. Os médicos do mundo todo vêm trabalhar aqui, como qualquer trabalhador estrangeiro e se submetem à ela. A questão não é essa, mas a de apoiar e defender um regime ditador, um governo que desrespeita os direitos básicos do cidadão. Aquela ditadura é a mesma que integrantes do governo dizem que lutaram para combatê-la em 1964. Sou contra qualquer ditadura e acho que qualquer pessoa de bem também é.

Fico muito admirado que você defenda esse tipo de acordo desumano.

Como eu disse antes, há autoridades investigando as condições de trabalho, muito mais aptas do que eu e você. Portanto, só voltarei ao assunto com você quando tiver mais notícias. Obrigado por debater.

Gabarito matou a pau.

Fico admirado de pessoas reconhecidamente inteligentes como o Derfel chegarem ao ponto de, mesmo que indiretamente, defender a ditadura cubana para justificar os atos do governo. Se os cubanos não são escravos, estão muito longe de serem livres, como médicos de outros países ou brasileiros trabalhando aqui.



Não defendo o regime cubano e tenho diversas críticas ao  modelo e regime cubanos. Sei que existem problemas lá em relação aos direitos humanos e liberdades individuais.  Porém considerá-los escravos vai uma distância muito grande. Se dissessem explorados pelo governo cubano concordaria (lembrando que relações de exploração,  sendo maiores ou menores sempre existem). A liberdade que o profissional goza no Brasil é muito maior que no seu país e origem E é a mesma de qualquer profissional estrangeiro,  limitada apenas pela diferença salarial. Ninguém obrigou a eles virem ao Brasil, eles vêm por um interesse próprio,  isso porque o salário mesmo que baixo (em relação a seus pares, mas ainda assim é mais alto que a maioria da equipe, a soma do que eles ganham mais a ajuda de custo do município é ainda maior do que ganha boa parte dos enfermeiros e dentistas das mesmas equipes que eles compõem), é ainda um ganho mais alto que teriam no seu país de origem. Ainda essa experiência internacional conta para a progressão de carreira deles, é o que permite que possam pleitear uma residência médica,  por exemplo. Existe ainda um problema prático na relação com Cuba no programa: sem a sua participação o programa não teria o êxito alcançado, isso porque trata-se do único país do mundo com superavit de profissional. Sem eles, o avanço no número de profissionais seria bem mais lento.

Ir embora ou não é um direito que assiste aos cubanos que estão trabalhando aqui (alguns, inclusive,  já foram), então não estão presos aqui. Quando assinaram o comtrato de trabalho lá, sabiam as condições que isso envolvia. Não acho que os valores sejam os mais justos, porém é um  problema interno de Cuba e, como disse, já há algum tempo o MS está em conversação com o ministério da saúde de Cuba, justamente para rever esses valores.

Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1198 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 14:22:38 »
Serias críticas ao governo cubano.. Experiência deles irá aumentar a carreira dele (vai para 30 dólares mensais acho)..

E aí Derfel é legal deixar a família e ter parte do salário retido e liberado apenas para os de bom comportamento pondo abaixo toda a cantilena de liberdade que voce disse

Não da para acreditar mesmo
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Offline Barata Tenno

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1199 Online: 06 de Fevereiro de 2014, 14:55:00 »
Não sei do que voces reclamam tanto, funcionários brasileiros que trabalham em empreiteiras brasileiras no exterior e funcionários de empreiteiras multinacionais que levam funcionários em lugares onde é necessário visto para entrar, como China, Japão, EUA, Austrália, etc, também não podem levar suas famílias, a empreiteira também fica com parte do salário deles, também tem regras trabalhistas diferentes, dependendo de legislação do país de origem, isso não é exclusivo de Cuba. Podemos argumentar que no país de origem eles não tem liberdade, e etc, mas no contrato do Mais médicos não vejo nenhum absurdo, nada que não seja praticado por empreiteiras do mundo inteiro.
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