Autor Tópico: Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes  (Lida 108604 vezes)

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Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1500 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 12:05:17 »
Citação de: Barata Tenno
O que eu disse não contraria nada do que você disse. O que eu disse é que ele é inválido antes mesmo de se analisar o documento, mesmo que ele estivesse totalmente de acordo com a legislação trabalhista, ele seria invállido.

Um contrato feito no exterior só tem validade nacional depois de uma tradução juramentada.

Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira serão traduzidos para o português para ter efeitos legais no País.

Depois disso, entra tudo o que você falou.

Então além de tudo o contrato dos caras ainda por cima é inválido? Piorou a situação então... :lol:


É inválido no Brasil,  mas válido em Cuba. O vínculo continua com Cuba.

Estou confuso, vamos mandar os pacientes para Cuba? Ou os médicos virão trabalhar no Brasil?
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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1501 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 12:19:32 »
Vamos fazer uma analogia: médicos municipalizados. Eles trabalham no município, na rede do município,  junto com os médicos do município,  porém quem paga seus salários é o estado e recebem o valor pago pelo estado. O vínculo continua com o estado.

Offline Barata Tenno

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1502 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 12:45:33 »
Vários argumentos contrários, que são pertinentes, para deixar claro, foram derrubados aqui, um em sequência do outro. Trabalho escravo, revalida, contrato de trabalho, capacidade dos profissionais, língua, legislação, salário, etc, sem que ninguém levasse em conta os ganhos que o Brasil tem com o programa, sequer fazem menção ao fato ( ou muito pouco), só importando a ditadura socialista da ilha Cuba que está sendo financiada, como se isso pudesse ser deliberado.

:histeria:

Agora eu sei que ocorre leitura seletiva entre determinados foristas.
Citar
Mais Médicos: após ouvir cubana, MPT confirma descumprimento nas relações de trabalho


Pela 4a vez

Derfel, você pode dizer o quanto quiser que o contrato "não é válido porque é abusivo", mas a questão é que o governo brasileiro aceitou as cláusulas, as impõe e pode determinar seu cumprimento.

O "não é válido porque é abusivo" não é algo automático, mas algo que decorre de uma sentença judicial transitada em julgado.

O contrato não é válido não porque é abusivo, mas porque esta em outro idioma e foi celebrado em território estrangeiro. Pra efeitos legais, no Brasil esse contrato é inexistente. Ai entra a questão  criminal, se alguém no Brasil tentou aplicar esse contrato e proibiu alguém de ir e vir, entra em cárcere privado.

O contrato cujas obrigações são cumpridas no Brasil devem observar a legislação nacional, já que o Brasil é o proponente. Além disso, legislação trabalhista é de natureza pública no que tange às proteções aos trabalhadores (privada quanto a itens que não se refletem na hipossuficiência do empregado) e sobrepõe cláusulas de contratos particulares. Fonte: Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, CLT, Constituição e TST.

Citar
O contrato de trabalho é regido pela lei do local da prestação do serviço, conforme regra constante do Código de Bustamante ratificado pelo Brasil e promulgado pelo Decreto 18.871, de 13 de agosto de 1929 (art. 198), trata-se da lex loci executionis (lei do lugar da execução) assim, se um trabalhador estrangeiro, contratado no exterior, vem trabalhar no Brasil, ao seu contrato de trabalho deve ser aplicada a legislação trabalhista brasileira, conforme dispõe o Decreto nº 18.871/29 e recomenda a Súmula 207 do Tribunal Superior do Trabalho:
http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/colunas/53947/lei+aplicavel+ao+contrato+de+trabalho+do+estrangeiro+no+brasil.shtml

Art 198 do Código Bustamante (ironicamente, assinado em Cuba):
Citar
“Art. 198. Também é territorial a legislação sobre acidente do trabalho e proteção social do trabalhador”

Até 2012, tínhamos nesse sentido:
“Súmula 207. CONFLITOS DE LEIS TRABALHISTAS NO ESPAÇO. PRINCÍPIO DA “LEX LOCI EXECUTIONIS.
Citar
A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviços e não por aquelas do local da contratação”.

A Súmula 207 foi cancelada não para mitigar a abrangência da CLT, mas para dar ao brasileiro que exerce atividade nos moldes dos cubanos, a capacidade de utilizá-la, expandindo-o.



O que eu disse não contraria nada do que você disse. O que eu disse é que ele é inválido antes mesmo de se analisar o documento, mesmo que ele estivesse totalmente de acordo com a legislação trabalhista, ele seria invállido.

Um contrato feito no exterior só tem validade nacional depois de uma tradução juramentada.

Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira serão traduzidos para o português para ter efeitos legais no País.

Depois disso, entra tudo o que você falou.

Dizendo que diversas normas de direito trabalhista estão sendo descumpridas, conforma análise do MPT e que portanto, o Brasil é sim cúmplice em um desrespeito coletivo de direitos trabalhistas?

Belê então.

Eu não disse que os direitos estão sendo descumpridos, disse que o tal documento nada tem a ver com o Mais Médicos, um programa assinado entre o governo e a Opas. O contrato entre os cubanos e seus empregadores é inválido no Brasil por estar em em outro idioma. Se o governo ou qualquer outra pessoa de alguma maneira contribuiu pra que ele fosse cumprido, aí é outros quinhentos.

O que temos até agora é o MPT (e várias pessoas aqui) usando esse documento como se fosse um contrato legal algo que não tem valor legal. Se ele estiver sendo imposto e um juíz entender que ele vai contra a legislação (MPT não é a última palavra), ai temos um outro cenário.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1503 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 12:57:49 »
A propósito, os cubanos podem trazer a família, porém a vinda não é bancada pelo Brasil ou pela OPAS. Ele deve se dirigir à embaixada de Cuba e solicitar visto de turista para o familiar. As custas correm pelo profissional (ele deve custear as passagens de ida e volta).

Offline Diegojaf

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1504 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 12:58:56 »
Barata...agora posso dizer tranquilo... C TÁ TODO ERRADO!
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1505 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 13:01:05 »
Mais uma coisa que já havia colocado antes mas acaba se perdendo. Os profissionais do programa MM têm que cumprir 40h, mas apenas 32h na unidade. 8h são para o processo formativo (para estudar)

Offline Vento Sul

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1506 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 13:01:31 »
O problema aqui é discutir o que se está discutindo...
.
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Resumindo: Ou acreditamos em mágica ou não!
 
 
 
 .

Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1507 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 13:55:56 »
Citação de: Derfel
Vamos fazer uma analogia: médicos municipalizados. Eles trabalham no município, na rede do município,  junto com os médicos do município,  porém quem paga seus salários é o estado e recebem o valor pago pelo estado. O vínculo continua com o estado.

E o contrato deles, firmado com o Estado, é inválido no município? Só assim para sua analogia estar correta.

Citação de: Derfel
A propósito, os cubanos podem trazer a família, porém a vinda não é bancada pelo Brasil ou pela OPAS. Ele deve se dirigir à embaixada de Cuba e solicitar visto de turista para o familiar. As custas correm pelo profissional (ele deve custear as passagens de ida e volta).

E, claro, o governo de Cuba prontamente irá emitir os vistos.

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Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1508 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 13:57:09 »
O problema aqui é discutir o que se está discutindo...

Concordo, tem muitas discussões paralelas.
"Deus prefere os ateus"

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1509 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 14:01:17 »
Ok. Outro exemplo. Missão brasileira no Haiti.

Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1510 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 14:06:52 »
Ok. Outro exemplo. Missão brasileira no Haiti.

Médicos brasileiros trabalhando no Haiti tem 80 - 90% do seu salário retido pelo governo brasileiro? Se quiserem levar famílias, o governo brasileiro proíbe? Não podem se relacionar com haitianos? O contrato deles (se é que tem contrato em missões humanitárias) é ilegal e viola as leis do Haiti? Os médicos brasileiros são pagos pelo governo do Haiti com dinheiro público? Se são, existem médicos de outras nacionalidades, fazendo o mesmo trabalho, pagos pelo Haiti, ganhando 10 vezes mais?

Se a resposta para todas estas questões for "sim", aí vou concordar com a analogia.
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Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1511 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 14:29:41 »
Citação de: Derfel
A propósito, os cubanos podem trazer a família, porém a vinda não é bancada pelo Brasil ou pela OPAS. Ele deve se dirigir à embaixada de Cuba e solicitar visto de turista para o familiar. As custas correm pelo profissional (ele deve custear as passagens de ida e volta).
E, claro, o governo de Cuba prontamente irá emitir os vistos.

Sim, imediatamente.  ::)
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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1512 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 14:34:10 »
o contrato não tem valor legal quando os semi-escravos, quer dizer, médicos voltarem a cuba. Vão falar assim, ah ok.. você falou alguma merda sobre o regime mas você estava trabalhando em terras brasileiras, então ok?
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline _Juca_

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1513 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 17:20:05 »
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/02/cubana-critica-colega-que-deixou-mais-medicos-ninguem-veio-enganado.html

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Cubana critica colega que deixou Mais Médicos: 'ninguém veio enganado'
Médica abandonou cargo alegando que outros estrangeiros ganham mais.
No DF desde outubro, Idania Garrido diz que família tem ajuda do governo.
Raquel Morais
Do G1 DF


597 comentários

Trabalhando no centro de saúde 1 de Santa Maria, no Distrito Federal, desde outubro, a médica cubana Idania Garrido, de 50 anos, criticou a postura da colega Ramona Matos Rodriguez, que abandonou o Programa Mais Médicos alegando que profissionais estrangeiros recebiam uma bolsa maior que a dos cubanos. "Ela teve uma conduta inadequada. Todos sabiam a missão que cumpriríamos no Brasil", afirmou.

Ramona deixou o cargo em Pacajá (PA) e veio para a capital do país no início do mês, argumentando ter descoberto que, enquanto cubanos recebiam U$ 400 (cerca de R$ 965), outros estrangeiros recebiam R$ 10 mil para fazer o mesmo serviço. A profissional teve o registro cancelado nesta quarta (12). Ela pediu refúgio ao governo brasileiro.

Segundo a médica de Santa Maria, nada disso era desconhecido. "Encaro que ela teve uma atitude errada. Nós viemos para cá sabendo tudo que aconteceria no Brasil. Ninguém veio enganado. Todos estávamos de acordo", diz. "E a minha família recebe uma ajuda do governo de Cuba, justamente porque estou aqui."

Idania afirma ainda que está muito satisfeita de trabalhar no país, por acreditar que pode contribuir com a população que mais precisa do serviço. Ela conta que se inscreveu no programa instigada pelas notícias de que profissionais brasileiros se recusavam a fazer atendimento em áreas rurais.
Encaro que ela teve uma atitude errada. Nós viemos para cá sabendo tudo que aconteceria no Brasil. Ninguém veio enganado. Todos estávamos de acordo. E a minha família recebe uma ajuda do governo de Cuba, justamente porque estou aqui"
Idania Garrido, médica cubana que trabalha em Santa Maria, no Distrito Federal
Com experiência de 26 meses de trabalho na República da Gâmbia, na África, a cubana garante que as diferenças de idioma e que os relatos de más condições de trabalho não a intimidaram. A surpresa mesmo foi cair em Brasília. "Eu achava que iria para Amazônia."

Afirmando não ter enfrentado dificuldades desde que chegou, nem mesmo em relação a material para o trabalho, Idania diz também discordar da maneira como médicos brasileiros supostamente lidam com os problemas no dia a dia das unidades de saúde. "Fizemos um juramento de trabalhar onde fosse necessário, por quem precisasse", afirma.

"Eu acho que condição se cria. É claro, é responsabilidade do Estado e do Ministério da Saúde preparar os lugares, fornecer os materiais. Mas nós, cubanos, temos uma formação diferente", completa. "Os médicos cubanos só precisam de um estetoscópio, um medidor de pressão e uma caneta. E, também, de saber fazer um bom interrogatório."

Para se preparar para a nova rotina – são nove horas diárias de consultas, palestras e visitas domiciliares –, ela fez seis meses de aulas de português e estudou sobre doenças "que não existem em Cuba". "Chagas e hantavirose. E aqui tem febre amarela, não tem? Eu também estudei sobre ela", afirmou.
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Em Santiago de Cuba, deixou os dois filhos, de 16 e 23 anos. Os telefonemas são restritos a duas vezes por mês. Já os e-mails são trocados todos os dias.
Especialista em medicina geral integral e com mestrado em atenção primária em saúde, Idania foi a pioneira em Santa Maria. Além dela, 44 médicos cubanos prestam serviço em unidades básicas de 12 regiões administrativas do DF. De acordo com a Secretaria de Saúde, nenhum deles esboçou vontade de desistir.

Os profissionais atuam nas equipes de estratégia da saúde da família, compostas também por um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e cinco agentes comunitários. Cada grupo atende, em média, entre 3,5 mil e 4 mil pessoas.

Ao menos 24 baixas
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou na terça-feira (11) que 24 cubanos já deixaram o Mais Médicos e que outros três não apareceram para trabalhar e ainda não foram localizados pelo governo.

Dos 24 cubanos que deixaram o programa, 22 já haviam sido desligados até a semana passada, por motivos pessoais ou de saúde. Segundo Chioro, eles já retornaram à ilha, no Caribe. Os outros dois médicos são Ramona e Ortelio Jaime Guerra, que atendia em Pariquera-Açu (SP) e viajou para os Estados Unidos.

Em entrevista, o ministro considerou que o número de baixas é "insignificante", frente ao universo de 9.549 participantes do Mais Médicos no país. Desse total, cerca de 7.400 profissionais vieram de Cuba.

O total de integrantes do programa é a soma dos 6.658 médicos que já estão atuando em 2.166 cidades e 28 distritos indígenas brasileiros com os 2.891 novos participantes anunciados na terça-feira por Chioro. Até o fim de março, a meta do governo é ter 13 mil profissionais no programa federal.

Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1514 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 17:37:37 »
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Mais Médicos: Outros 10 médicos cubanos pedem ajuda para AMB
AMB diz que recebeu pedidos de ajuda de mais de 10 médicos cubanos.

Associação lançou programa para ajudar médicos estrangeiros 'insatisfeitos'.
Entidade oferecerá cursos e assessoria jurídica para pedido de asilo.

Mais de 10 médicos cubanos contataram a Associação Médica Brasileira (AMB) para relatar situações semelhantes às descritas pela médica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou na semana passada seu posto no Mais Médicos em Pacajá, interior do Pará. A informação é do presidente da entidade, Florentino Cardoso.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (13) na sede da entidade, ele afirmou que, a pedido dos próprios médicos, não poderia divulgar os nomes nem as cidades onde eles atuam. “Já conversamos pessoalmente com alguns e, com outros, por telefone”, disse. “Eles se sentem enganados em relação ao que estão recebendo, vendo que os outros recebem remuneração diferente. Além disso, é notória a vontade deles de se libertar de um regime em que as pessoas não têm liberdade.”

A AMB lançou nesta quinta-feira um programa de apoio ao médico estrangeiro, com o qual a entidade se compromete a oferecer apoio para profissionais estrangeiros que atuam no Mais Médicos e que estejam insatisfeitos. O programa promete assessoria jurídica para pedido de asilo no país, cursos de capacitação para preparar os bolsistas para o Revalida (exame que garante a revalidação do diploma de medicina estrangeiro no Brasil) e ajuda para conseguir emprego e moradia no período em que o estrangeiro estiver se preparando para o exame.

'Trabalho análogo à escravidão'
“O governo brasileiro está patrocinando no nosso país um trabalho análogo à escravidão, e contribuindo ou fechando os olhos para cerceamento da liberdade de ir e vir e de comunicação”, disse Cardoso na coletiva de imprensa, durante a qual ele afirmou que a entidade “não está fazendo política partidária”.

Segundo Cardoso, o programa lançado pela AMB é inspirado em uma iniciativa semelhante que existe nos Estados Unidos. “Há, neste momento, um programa sólido e intenso nos Estados Unidos ajudando as pessoas a desertarem quando querem sair dessa coisa relacionada ao governo cubano. Aconteceu isso com um médico que estava no Mais Médicos, que saiu do programa e foi ajudado por essa instituição.”

Cardoso disse que a AMB capacitará os estrangeiros para o Revalida por meio do ensino à distância. "Vamos fazer algo tutorial à distância, através da internet." Segundo ele, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) já se comprometeu a fornecer o material pedagógico ligado à especialidade e outras sociedades médicas devem fazer o mesmo. Quanto ao ensino de português, ainda não existe um curso estruturado.

O presidente da entidade acrescentou que, com o lançamento do programa, a AMB se compromete a ajudar os médicos estrangeiros insatisfeitos a conseguir emprego no Brasil enquanto se preparam para o Revalida. "Vamos tentar ajudá-los a se manter no país exercendo alguma atividade laboral remunerada legalmente", disse.

Questionado sobre a estrutura da associação para oferecer esse tipo de auxílio, caso a demanda se estenda a centenas ou milhares de bolsistas estrangeiros, Cardoso afirmou que a AMB tem estrutura para atender "quantos aparecerem". "Existe um compromisso de que nós vamos ajudar a todos."

Segundo ele, a AMB foi contatada por "pessoas e entidades" dispostas a contribuir com o programa de apoio aos médicos desertores. "O povo brasileiro é um povo muito bom, muito solidário, que ajuda. Nós já temos várias manifestações de gente querendo ajudar, dando estrutura para moradia e até recursos financeiros", disse Cardoso.

Asilo
Esta semana, a entidade já tinha anunciado o oferecimento de um emprego a Ramona Rodriguez. Ela foi contratada para exercer funções administrativas de assessoria às diretorias da instituição e à presidência da entidade. O salário da médica será de R$ 3 mil por mês, além de vale-refeição, vale-transporte e plano de saúde – no total, a cubana deve receber em torno de R$ 4 mil.

De acordo com a AMB, Ramona atuará no escritório da instituição em Brasília. Ela está em Brasília desde 1º de fevereiro e disse que deixou o programa por não concordar que os médicos vindos de Cuba recebam US$ 400 (aproximadamente R$ 960) enquanto profissionais de outros países participantes do programa têm salário de R$ 10 mil por mês. A remuneração dos cubanos é feita pelo governo de Cuba, por meio de um acordo com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), para a qual o Brasil repassa o dinheiro da contratação dos médicos.

Segundo Cardoso, Ramona relatou que, em Pacajá, não podia ir a nenhum outro lugar que não fosse o trabalho ou sua casa sem notificar um supervisor que ficava em Belém, apesar de isso não estar previsto no contrato que assinou. Ele afirma que a médica não poderia nem visitar a casa de um paciente que a convidasse para um almoço, por exemplo.

De acordo com a AMB, Ramona tem autorização temporária para permanecer no país, enquanto aguarda a resposta ao pedido de assino. “Quando eles saem do programa, perdem o vínculo, daí porque precisam pedir asilo. A maioria – e isso aconteceu com Ramona – recebe uma carteira como se fosse de identidade, e lá a permanência ainda está temporária, até ter o julgamento sobre se vai receber o asilo ou não”.

http://doctormedmac.blogspot.com.br/2014/02/mais-medicos-outros-10-medicos-cubanos.html#.Uv5vwvldUb0
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Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1515 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 17:42:29 »
Citar
Cubana critica colega que deixou Mais Médicos: 'ninguém veio enganado'
[...]
"Eu acho que condição se cria. É claro, é responsabilidade do Estado e do Ministério da Saúde preparar os lugares, fornecer os materiais. Mas nós, cubanos, temos uma formação diferente", completa. "Os médicos cubanos só precisam de um estetoscópio, um medidor de pressão e uma caneta. E, também, de saber fazer um bom interrogatório."
[...]

Eles são ou não são os melhores médicos do planeta?

Enquanto os médicos nativos (e os do 'primeiro mundo') precisam de equipamentos sofisticados e caros para diagnosticar tudo, os cubanos só precisam de um estetoscópio e de um medidor de pressão.

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1516 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 17:43:07 »
Também vou pegar carona nessa enxurrada de notícias:
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Cubana que abandonou Mais Médicos quer receber R$ 149 mil do governo federal

    Ela deixou o programa após descobrir que o governo cubano retinha a maior parte do salário de R$ 10,4 mil

André de Souza (Email · Facebook · Twitter)
Publicado: 14/02/14 - 15h53
Atualizado: 14/02/14 - 16h40

BRASÍLIA - A médica cubana Ramona Matos Rodríguez, que abandonou o programa Mais Médicos, entrou nesta sexta-feira na Justiça do Pará com uma ação trabalhista e por danos morais contra o governo federal para receber R$ 149 mil. Ela deixou o Mais Médicos após descobrir que o governo cubano retinha a maior parte do salário de R$ 10,4 mil pagos aos profissionais que participam do programa. Enquanto isso, os médicos de outras nacionalidades recebem todo o salário, sem precisar repassar um centavo a seus governos.

Na ação, o advogado de Ramona, João Luis Brasil Batista Rolim de Castro, pede, por meio de liminar, que o valor seja bloqueado nas contas da União e não seja repassado ao governo cubano. O objetivo é evitar que o governo pague essas despesas duplamente: uma vez à médica e outra ao governo de Cuba. Dos R$ 149 mil pedidos, R$ 69 mil são de salários e direitos trabalhistas não pagos e R$ 80 mil se referem a danos morais.

Ramona recebia apenas US$ 1 mil (cerca de R$ 2,4 mil), dos quais US$ 400 eram depositados na sua conta no Brasil e o US$ 600 em outra conta em Cuba. O restante ia para os cofres do governo cubano. Ramona trabalhou por quase quatro meses em Pacajá, no Pará, antes de deixar o Mais Médicos. O caso dela se tornou público na semana passada, quando ela procurou ajuda do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que é crítico ao programa.

Na ação, o advogado diz que Ramona "sofreu tratamento discriminatório desde a sua chegada em nosso país". Afirma ainda que ela teve vários direitos fundamentais previstos na Constituição desrespeitados, entre eles a liberdade de ir e vir. "A Reclamante sabia que seria supervisionada, até por vir ao Brasil sem saber bem a língua e os costumes locais. Todavia, não se coaduna com os direitos fundamentais a supervisão ostensiva da Reclamante, que até em seus poucos momentos de folga tinha de se reportar ao supervisor, caracterizando a violação ao seu direito de ir e vir", diz o advogado na ação.

Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1517 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 17:44:37 »
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Cubana critica colega que deixou Mais Médicos: 'ninguém veio enganado'
[...]
"Eu acho que condição se cria. É claro, é responsabilidade do Estado e do Ministério da Saúde preparar os lugares, fornecer os materiais. Mas nós, cubanos, temos uma formação diferente", completa. "Os médicos cubanos só precisam de um estetoscópio, um medidor de pressão e uma caneta. E, também, de saber fazer um bom interrogatório."
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Eles são ou não são os melhores médicos do planeta?

Enquanto os médicos nativos (e os do 'primeiro mundo') precisam de equipamentos sofisticados e caros para diagnosticar tudo, os cubanos só precisam de um estetoscópio e de um medidor de pressão.

Tenha paciência...

Não seja injusto, eles precisam de uma caneta também...  :hihi:
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Offline Vento Sul

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1518 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 19:06:31 »
Ela tá querendo 149 k R$, porque não leu o contrato?  Eu devo estar sendo enganado em alguma coisa no meu trabalho, não li totalmente meu contrato, vou querer 500 pilas.
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Resumindo: Ou acreditamos em mágica ou não!
 
 
 
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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1519 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 19:31:48 »
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Cubana critica colega que deixou Mais Médicos: 'ninguém veio enganado'
[...]
"Eu acho que condição se cria. É claro, é responsabilidade do Estado e do Ministério da Saúde preparar os lugares, fornecer os materiais. Mas nós, cubanos, temos uma formação diferente", completa. "Os médicos cubanos só precisam de um estetoscópio, um medidor de pressão e uma caneta. E, também, de saber fazer um bom interrogatório."
[...]

Eles são ou não são os melhores médicos do planeta?

Enquanto os médicos nativos (e os do 'primeiro mundo') precisam de equipamentos sofisticados e caros para diagnosticar tudo, os cubanos só precisam de um estetoscópio e de um medidor de pressão.

Tenha paciência...


Ainda tem que ouvir merda. A pergunta é se entrevistaram um pelego.
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Offline AlienígenA

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1520 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 21:59:57 »
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pague o salário a eles e não aos Castro, Pronto, traga 1.000.000 de médicos de Cuba, ganham os médicos cubanos e ganha a população..

Você precisa primeiro perguntar se os Castro aceitam isso. Se não aceitam, fodam-se eles, a prioridade é nossa população que precisam dos médicos deles. A grande preocupação dos críticos aqui é somente com o socialismo de Cuba, esta é a preocupação em primeiro lugar no fórum. Se o governo cubano está ganhando com isso, não deve ser problema nosso, o governo dos outros países todos ganham dinheiro com seus trabalhadores, uns mais outros menos, e essa é uma grande divisa do governo deles que sofre com um bloqueio internacional há décadas. Há governos que ganham mais de 50% do ganho do seu trabalhador. O que Cuba faz com o dinheiro deles não é problema do nosso governo, é problema dos cubanos, assim como o contrário também se aplica, e se o governo de Cuba recusasse a "ajuda ( financiamento) do Brasil ( com apoio da supercapitalista Fiesp) pelos mesmos motivos ideológicos, faria algum sentido para eles? Não, assim como não faz nenhum sentido para nós, não aceitarmos "ajuda" (envio de médicos pagos) de Cuba.

Que tocante! Fodam-se os cubanos, o que importa é nossa população. Só que no caso, os médicos. Fodam-se os médicos, você quer dizer, né? Já que são a eles que são impostos os termos e não aos Castro. O problema não é o lucro dos Castro, Juca. Não é o socialismo. Não é ideologia. É o prejuízo dos médicos. E não só deles, mas da nossa população. Mais médicos, sem infraestrutura, sem condições mínimas de trabalho, não resolve o problema. Só tapeia, porque para quem não tem nada qualquer coisa é lucro, e ainda garante votos. E assim, se empurra o problema com a barriga mais uma década sem precisar fazer nada. Investimento em infraestrutura, em melhores condições de trabalho, que atraiam profissionais para a periferia, para quê?   

Offline Vento Sul

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1521 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 22:13:58 »
Sei não, mas se tivesse melhores condições de trabalho, nossos valorosos médicos iam arranjar outras desculpas, tem muitos lugares no interior do estado de São Paulo, que a estrutura é boa, e está na mesma situação. Não há pediatras, todos estão se especializando em outras áreas mais rentáveis, não que isso não seja legal, é próprio de cada um procurar o melhor para sua carreira, mas mostra que os interesses são estes, e deviam ser colocados, e não dar desculpinhas.
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Offline Barata Tenno

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1522 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 22:54:23 »
A não ser que paguem uma fortuna, acho difícil médicos quererem ficar morando no Oiapoque, mesmo que lá exista um hospital modelo. Não tem shopping, não tem restaurantes cinco estrelas, não tem as melhores escolas prós mais velhos e nem baladas prós mais jovens, etc.
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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1523 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 22:55:45 »
ninguém é contra o mais médicos. É contra trabalho semi escravo apoiado pelo seu país.
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Offline Barata Tenno

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1524 Online: 14 de Fevereiro de 2014, 22:58:28 »
Eu sou contra. Só que por outros motivos.
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