Autor Tópico: Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes  (Lida 108556 vezes)

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #300 Online: 09 de Julho de 2013, 01:39:56 »
Aliás, a "condição jurídica" do estudante nesse projeto é algo singular. Ele não tem crm nesses dois anos, mas um registro provisório que só vale nos locais onde é permitido trabalhar. Então, ele não tem crm, mas pode ditar condutas e prescrever nos locais onde trabalha, mesmo sem ser "médico formado". Tecnicamente isso é exercício ilegal da medicina.

Além disso, o projeto prevê que ele "responde pelos erros médicos". Só que ele não é médico, é estudante ainda. Ou seja, ganha todas as responsabilidades de um médico, sem os respectivos direitos.

Outra coisa bizarra é essa história de abater um ano de residência de disciplinas básicas como cirurgia e ginecologia e obstetrícia com esses dois anos. Isso não faz o mínimo sentido e vai obrigar as residências a acrescentar mais um ano a formação para compensar esse desconto artificial.

O tanto de malabarismos e arremedos jurídicos e até constitucionais para implementarem essas medidas (obrigar recém-formados a trabalhar no SUS e desobrigar estrangeiros de revalidação/crm) não será pequeno. Eu estou curioso para ver como será.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #301 Online: 09 de Julho de 2013, 01:41:46 »
Aliás, a "condição jurídica" do estudante nesse projeto é algo singular. Ele não tem crm nesses dois anos, mas um registro provisório que só vale nos locais onde é permitido trabalhar. Então, ele não tem crm, mas pode ditar condutas e prescrever nos locais onde trabalha, mesmo sem ser "médico formado". Tecnicamente isso é exercício ilegal da medicina.

Além disso, o projeto prevê que ele "responde pelos erros médicos". Só que ele não é médico, é estudante ainda. Ou seja, ganha todas as responsabilidades de um médico, sem os respectivos direitos.

Outra coisa bizarra é essa história de abater um ano de residência de disciplinas básicas como cirurgia e ginecologia e obstetrícia com esses dois anos. Isso não faz o mínimo sentido e vai obrigar as residências a acrescentar mais um ano a formação para compensar esse desconto artificial.

É só um adiamento ad hoc da diplomação, uma chantagem para obrigá-los a trabalhar no SUS. Eles poderiam muito bem dispensar essa desculpinha idiota de "formação".

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #302 Online: 09 de Julho de 2013, 01:53:35 »
Há um outro problema seríssimo com o trabalho em locais longínquos na forma que o PSF quer (40 horas semanais, o que é sinônimo de dedicação exclusiva): os calotes.

Calotes a médicos são MUITO comuns (em épocas próximas a eleições, quando o atual prefeito não é candidato, os casos aumentam). Como os médicos não têm um contrato seguro, estão constantemente sujeitos a calotes. E se estiverem dependentes desse único emprego (o que ocorre se estiverem nesses locais distantes nos moldes exigidos pelo PSF), irão se fuder bonito!

É por isso que os médicos evitam pôr todos os ovos numa única cesta sempre que podem. Trabalhar em locais isolados e distantes dificulta essa estratégia.

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #303 Online: 09 de Julho de 2013, 02:01:13 »
Outra coisa bizarra é essa história de abater um ano de residência de disciplinas básicas como cirurgia e ginecologia e obstetrícia com esses dois anos. Isso não faz o mínimo sentido e vai obrigar as residências a acrescentar mais um ano a formação para compensar esse desconto artificial.

" O novo formato do curso de Medicina é inspirado no modelo existente em países como Inglaterra e Suécia, diz o Ministério da Saúde.

Concluído o curso de seis anos, o estudante passa para um segundo ciclo, de dois anos, onde terá de atuar em serviços públicos de saúde. A exigência do segundo ciclo será universal: tanto para estudantes de instituições da rede pública quanto privada de ensino."

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/curso-de-medicina-passara-de-6-para-8-anos-em-2015

Será que vai mesmo haver o corte?
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #304 Online: 09 de Julho de 2013, 02:17:49 »
Citar
" O novo formato do curso de Medicina é inspirado no modelo existente em países como Inglaterra e Suécia, diz o Ministério da Saúde.

Eu gostaria mesmo de saber se o sistema de saúde onde os médicos ingleses e suecos são obrigados a trabalhar é igual ao nosso.

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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #305 Online: 09 de Julho de 2013, 05:29:23 »
O médico na ESF pode sim ser contratado por 20, 30 ou 40h e seu trabalho vai além de atender (ainda que exista uma demanda muito grande para isso, ao contrário do que você imagina). O sistema de saúde do Reino Unido e dos países escandinavos é muito parecido com o nosso, mas claro que não estou falando em infraestrutura.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #306 Online: 09 de Julho de 2013, 08:25:27 »
Citando a PNAB 2011:

Atribuições do médico na AB:

Citar
São atribuições comuns a todos os profissionais:

I - participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades;

II - manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de informação indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local;

III - realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, e quando necessário no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros);

IV - realizar ações de atenção a saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;

V - garantir da atenção a saúde buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde;

VI - participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das necessidades de saúde, procedendo a primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, se responsabilizando pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo;

VII - realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local;

VIII - responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde;

IX - praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, das famílias, coletividades e da própria comunidade;

X - realizar reuniões de equipes a fim de discutir em con-junto o planejamento e avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis;

XI - acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação do processo de trabalho;

XII - garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na Atenção Básica;

XIII - realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações;

XIV - realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento da equipe;

XV - participar das atividades de educação permanente;

XVI - promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social;

XVII - identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais; e

XVIII - realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais.

...

Do Médico:

I - realizar atenção a saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade;

II -realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc);

III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;

IV - encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário;

V - indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, man-tendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário;

VI -contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os membros da equipe; e

VII -participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USB.

A AB por Barbara Starfield

Citar
De acordo com Barbara Starfield, as principais características da atenção primária à saúde (APS) são:
Constituir a porta de entrada do serviço — espera-se da APS que seja mais acessível à população, em todos os sentidos, e que com isso seja o primeiro recurso a ser buscado. Dessa forma, a autora fala que a APS é o Primeiro Contato da medicina com o paciente.
Continuidade do cuidado — a pessoa atendida mantém seu vínculo com o serviço ao longo do tempo, de forma que quando uma nova demanda surge esta seja atendida de forma mais eficiente; essa característica também é chamada de longitudinalidade.
Integralidade — o nível primário é responsável por todos os problemas de saúde; ainda que parte deles seja encaminhado a equipes de nível secundário ou terciário, o serviço de Atenção Primária continua co-responsável. Além do vínculo com outros serviços de saúde, os serviços do nível primário podem lançar mão de visitas domiciliares, reuniões com a comunidade e ações intersetoriais. Nessa característica, a Integralidade também significa a abrangência ou ampliação do conceito de saúde, não se limitando ao corpo puramente biológico.
Coordenação do cuidado — mesmo quando parte substancial do cuidado à saúde de uma pessoa for realizado em outros níveis de atendimento, o nível primário tem a incumbência de organizar, coordenar e/ou integrar esses cuidados, já que freqüentemente são realizados por profissionais de áreas diferentes ou terceiros, e que portanto têm pouco diálogo entre si.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aten%C3%A7%C3%A3o_prim%C3%A1ria_%C3%A0_sa%C3%BAde

Além disso, a AB é a porta de entrada prioritária da AB e, ainda que não seja resolutiva em todos os casos (80% apenas, segundo a literatura), é onde o problema é diagnosticado e é de onde o usuário é encaminhado  para a atenção especializada (onde o médico da AB deve acompanhar o usuário e depois manter, quando retornar ao território)

É onde também existe uma porta de entrada da urgência, é onde se dá o primeiro nível de atenção da Atenção Domiciliar. O médico deve também ter um conhecimento de epidemiologia, indicadores de saúde, planejamento em equipe, atende também a saúde mental, realiza inquéritos sanitários e deve realizar investigações de óbitos (como no caso de mulheres MIF).

Existem outras atribuições também.

Leitura para contribuir para o debate:

http://www.abem-educmed.org.br/pdf_caderno3/cadernos/papel_rede_atencao_basica.pdf

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #307 Online: 09 de Julho de 2013, 08:26:36 »
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Falta de médicos não é exclusividade de países pobres ou em desenvolvimento
Por Leoleli Camargo , iG São Paulo* | 09/07/2013 06:00
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Saiba como Estados Unidos, Espanha, Canadá e República Dominicana lidam com a demanda por médicos

 
Angel Franco/The New York Times
Paciente é atendido no corredor do Montefiore Medical Center, em Nova York: reforma vai sobrecarregar o sistema de saúde nos EUA
Se a oferta e a demanda por médicos fosse medida apenas pela proporção estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como ideal, ou seja, 1 médico para cada grupo de mil habitantes, o Brasil não estaria discutindo a importação de médicos estrangeiros.

A falta de especialistas e generalistas para fazer frente a uma demanda cada vez maior por serviços de saúde é considerada pela entidade como um problema mundial, do qual padecem até mesmo nações desenvolvidas.

De acordo com a mais recente estimativa (2011) da Associação Americana de Faculdades de Medicina, os Estados Unidos enfrentam hoje a falta de nada menos que 20 mil médicos – o país tem hoje cerca de 800 mil profissionais registrados na Associação Médica Americana.

A falta de generalistas e especialistas, estimam as duas entidades, deve quintuplicar ao longo da próxima década, por conta do envelhecimento da população e da aposentadoria de muitos destes profissionais – quase metade do total de médicos que atuam nos EUA hoje tem mais de 50 anos.

Programa Mais Médicos:
Aluno de Medicina terá de passar 2 anos trabalhando no SUS para receber diploma
Recrutamento de médicos estrangeiros é criado por medida provisória

Para agravar mais ainda a situação, em 2014, cerca de 16 milhões de americanos devem ingressar no sistema de saúde do país por meio do Medicaid, o programa aprovado na grande reforma de saúde proposta pelo presidente Obama no ano passado.

Desde a aprovação da reforma, entidades médicas vêm manifestando publicamente a preocupação de que o contingente atual de médicos não dará conta da demanda imposta pelo ingresso desta massa de potenciais pacientes nos hospitais e clínicas do país.

Para fazer frente a esse problemão, algumas iniciativas vêm sendo postas em prática desde o ano passado. Mais escolas de medicina foram abertas, muitas entidades de ensino já existentes aumentaram o número vagas de graduação e algumas instituições estão focando esforços em aumentar o número de estudantes interessados em atuar como generalistas ou médicos de família.

O governo anunciou também que a reforma de saúde deve aumentar o número de vagas de residência médica – hoje são 110 mil posições de residente para todo o país. A vinda de profissionais formados no Exterior, especialmente para trabalhar com saúde da família e atenção primária também pode ajudar a fazer frente a essa demanda – em 2010, 13% das vagas de residência nos EUA foram preenchidas por médicos que fizeram medicina em outros países. Neste quesito, no entanto, os americanos são irredutíveis: para praticar medicina de família por lá, é preciso completar a residência médica nos Estados Unidos.

Especialistas frustrados

Um minucioso levantamento feito em 2010 pelo Conselho Geral de Colégios Oficiais de Médicos da Espanha apontou que o país conta com 205 mil os profissionais registrados como médicos. Desse total, 174 mil estão exercendo a profissão, mas apenas um terço faz isso dentro do Sistema Nacional de Saúde. Desde 2001 o governo espanhol passou a estimular a criação de mais vagas nas faculdades de Medicina (de 4.371 em 2001 para 7.000 em 2011), o que ampliou em 12,2% o total de médicos do país. Entretanto, as medidas não foram suficientes para resolver um problema que o conselho classificou como um velho problema no país: a má distribuição de profissionais pelo território espanhol.

Veja protestos dos médicos brasileiros contra o projeto de contratação de profissionais estrangeiros:


Em São Paulo, o protesto dos médicos aconteceu na avenida Paulista e reuniu 5 mil pessoas, de acordo com a PM. Foto: Paula Pacheco/iG1/13
Embora as faculdades de medicina espanholas despejem no mercado cerca de 3,6 mil novos médicos a cada ano, o número é insuficiente para preencher as 7 mil vagas de residência médica espalhadas pelo país. Essa discrepância ocorre porque apenas os melhores colocados na prova nacional de seleção para residência médica, conhecida como MIR, conseguem escolher a área em que irão se especializar e a cidade onde cursarão a residência. Em teoria, o modelo atual da prova foi desenvolvido justamente para gerir melhor a oferta e a demanda de especialistas nas diversas regiões do país. Na prática, a grande maioria que não alcança os escores mais altos precisa se contentar literalmente com o que sobrou: uma especialização diferente daquela desejada, em uma cidade distante do local de domicílio. O resultado disso? Um grande contingente de médicos frustrados e falta de especialistas em determinadas regiões do país.

Segundo apontou o relatório, o aumento da demanda por serviços de saúde surgida com o envelhecimento da população, com a crise econômica e também com a aposentadoria de uma parte significativa de médicos atuantes foi levemente atenuado com o ingresso de especialistas e generalistas de outros países da União Europeia, mas não foi resolvido. O ministério da saúde espanhol estima que em 2050 o déficit de médicos na Espanha chegará a 25 mil.

Médicos mal distribuídos

Para estimular a ida de médicos aos rincões onde poucos se aventuram a viver, muitas províncias do Canadá estabeleceram programas de incentivo que incluem melhores salários, bônus para quem optar por praticar medicina de família, subsídios para remoção e estabelecimento dos especialistas com suas famílias em regiões remotas, redução da carga de trabalho e descentralização da figura do médico no atendimento – algumas tarefas antes atribuídas eles passaram a ser exercidas também por outros profissionais de saúde, mediante treinamento e com supervisão médica. Outra medida adotada pelo governo canadense foi aumentar a concessão de licenças para estrangeiros atuarem no país – após a aprovação em exames de acreditação.

Em 2011, 51% dos médicos canadenses atuavam como médicos de família, um aumento de 14% desde 2007, apontou o Instituto Nacional de Saúde do Canadá. A análise do levantamento feito pelo governo mostrou também que mais generalistas estão atuando nas zonas rurais do país, o segundo maior do mundo em área total depois da Rússia. Ainda assim, faltam médicos para atender a população que vive nas regiões mais remotas e inóspitas do país, o que levou ao fechamento de muitos serviços públicos de saúde nestes locais.

Investimento em atenção primária

A pequena República Dominicana começou a enfrentar a falta de médicos com planejamento, ainda no final da década de 1960. A primeira medida foi aumentar o número de vagas nos cursos de medicina, especialmente nas universidades públicas.

“Até então era difícil seguir a carreira. Havia poucas vagas e as oportunidades para estudar medicina eram muito raras”, conta Dolores Mejia de La Cruz, diretora do departamento de Medicina Interna do Hospital General de la Plaza de la Salud, de Santo Domingo.

Após a ampliação na graduação, o governo dominicano passou a obrigar os estudantes a trabalhar por um ano em áreas menos favorecidas, como uma exigência para obter a licença para praticar a medicina no país. Com isso, ampliou-se o número de clínicas de atenção primária em zonas rurais.

Além disso, o governo dominicano investiu em atenção primária, estabelecendo medicina familiar como uma especialidade e oferecendo mais oportunidades de trabalho e salários mais altos nesta área. Hoje, conta a médica, o médico da família é valorizado e visto com respeito. Atualmente, a proporção de médicos no país é de cerca de 9 mil profissionais para uma população de 10 milhões.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-07-09/falta-de-medicos-nao-e-exclusividade-de-paises-pobres-ou-em-desenvolvimento.html

Offline Hold the Door

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #308 Online: 09 de Julho de 2013, 11:35:34 »
Citar
" O novo formato do curso de Medicina é inspirado no modelo existente em países como Inglaterra e Suécia, diz o Ministério da Saúde.

Eu gostaria mesmo de saber se o sistema de saúde onde os médicos ingleses e suecos são obrigados a trabalhar é igual ao nosso.

Citar
No Reino Unido, residência dura dois anos; curso leva cinco

Citado pelo governo brasileiro como exemplo a ser seguido na formação de médicos, o Reino Unido obriga todo recém-formado a cumprir dois anos de treinamento no sistema público de saúde.

Depois de deixar a faculdade, que dura em média cinco anos, o futuro doutor recebe um registro provisório e precisa se inscrever no chamado "The Foundation Programme".

Nesta etapa, o residente fica à disposição do NHS (Serviço Nacional de Saúde, na sigla em inglês), que pode alocá-lo conforme sua demanda.

O piso salarial nesta fase é de 22,4 mil libras anuais (cerca de R$ 75,85 mil) no primeiro ano.

Depois de 12 meses, o médico pode receber o registro permanente da profissão. O piso salarial sobe para 27,8 mil libras anuais (cerca de R$ 94,1 mil).

Embora os políticos em Brasília repitam que o SUS é inspirado no NHS, o sistema britânico está anos-luz à frente do modelo brasileiro e é motivo de orgulho no país.

Todo cidadão do Reino Unido tem direito a se inscrever na unidade de saúde mais próxima para receber atendimento e fazer consultas gratuitas.

Além disso, a maioria dos remédios é fornecida de graça: o paciente só paga a receita, que custa 7,85 libras (R$ 26,57).

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/07/1308346-no-reino-unido-residencia-dura-dois-anos-curso-leva-cinco.shtml
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Offline Feliperj

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #309 Online: 09 de Julho de 2013, 12:12:02 »
Dilma afundando de vez a saúde no Brasil... 

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Os governos do Brasil e de Cuba, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, estão acertando como será a vinda de 6.000 médicos cubanos para trabalharem nas regiões brasileiras mais carentes. Os detalhes estão em negociação. Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o cubano Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, anunciaram nesta segunda-feira (6) a parceria...

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/05/06/brasil-trara-6-mil-medicos-cubanos-para-atender-moradores-de-areas-carentes.htm

Possivelmente são 6.000 guerrilheiros disfarçados de médicos!!!!

Offline Feliperj

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #310 Online: 09 de Julho de 2013, 12:16:38 »
Obrigar os médicos a trabalhar no SUS é mais um dos absurdos que o governo vem acumulando para tentar fazer gambiarras na saúde. Tenho dúvidas se isso é constitucional.

E comparar essa iniciativa ao sistema Britânico!!!!PQP!!!! Paguem o salário que é pago lá, que vai é faltar vaga no SUS para estes 2 primeiros anos!! O populismo é sempre populismo!! Fico pensando para onde serão enviados os novos engenheiros, enfermeiras, etc....

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #311 Online: 09 de Julho de 2013, 13:36:28 »
O salário de lá é menor que o daqui. Leia o post do Ângelo. Aqui será de R$120.000,00 anuais.

Offline Gaúcho

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #312 Online: 09 de Julho de 2013, 13:48:42 »
120 mil para os médicos já formados que serão "importados". Os estudantes de universidades públicas que irão fazer o estágio de 2 anos vão receber apenas uma bolsa do governo federal, a qual ainda não foi informado nenhum valor, exceto que no caso de escolas particulares os alunos ficarão isentos da mensalidade durante os dois anos.

Tenho certeza que a bolsa vai ser bem menor do que os R$75.000/94.000 que os residentes do Reino Unido recebem por ano.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Zóio de Vidro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #313 Online: 09 de Julho de 2013, 14:59:34 »
Não dá para comparar - mas lá quando precisam de uma especialidade pegam um avião e vão para onde é o melhor - Eles tem $$$ - parte dele foi do próprio Brazil - Portugal em ouro e muitos outros $$$ vieram das colônias anexadas. Nem sei onde a medicina hoje é melhor, acho que cada qual tem especialistas famosos e visitados por habitantes de outros países.
No porto, os navios americanos entravam os navios russos.

Offline Feliperj

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #314 Online: 09 de Julho de 2013, 15:32:39 »
120 mil para os médicos já formados que serão "importados". Os estudantes de universidades públicas que irão fazer o estágio de 2 anos vão receber apenas uma bolsa do governo federal, a qual ainda não foi informado nenhum valor, exceto que no caso de escolas particulares os alunos ficarão isentos da mensalidade durante os dois anos.

Tenho certeza que a bolsa vai ser bem menor do que os R$75.000/94.000 que os residentes do Reino Unido recebem por ano.

Ou seja, sucateamos a mão de obra local (o que vem fazendo com os médicos ao longo do tempo, em termos de salário é vergonhoso) e valorizamos a mão de obra estrangeira (CUBANA)..SUPERFATURADA!!!!!! Fala sério!!



Offline Feliperj

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #315 Online: 09 de Julho de 2013, 15:34:57 »
Não dá para comparar - mas lá quando precisam de uma especialidade pegam um avião e vão para onde é o melhor - Eles tem $$$ - parte dele foi do próprio Brazil - Portugal em ouro e muitos outros $$$ vieram das colônias anexadas. Nem sei onde a medicina hoje é melhor, acho que cada qual tem especialistas famosos e visitados por habitantes de outros países.

Este discurso da época do descobrimento não cabe mais; eles tem dinheiro pois souberam construir um país, uma sociedade. Se a população brasileira não tem condições de fazer o mesmo, certamente não é pela questão do ouro que nos foi roubado.

Abs
Felipe

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #316 Online: 09 de Julho de 2013, 17:40:30 »
120 mil para os médicos já formados que serão "importados". Os estudantes de universidades públicas que irão fazer o estágio de 2 anos vão receber apenas uma bolsa do governo federal, a qual ainda não foi informado nenhum valor, exceto que no caso de escolas particulares os alunos ficarão isentos da mensalidade durante os dois anos.

Tenho certeza que a bolsa vai ser bem menor do que os R$75.000/94.000 que os residentes do Reino Unido recebem por ano.

Esses 10.000 é o valor que será pago pelo PROVAB. Hoje a bolsa do PROVAB é 8.000,00 (o que dá 96.000,00 ano) e esse é o programa que é base para que o MS está propondo.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #317 Online: 09 de Julho de 2013, 17:43:03 »
A propósito, esses recursos já existem, fazem parte do PAB Variável (lembrar que esses estudantes atuarão na ESF) que, hoje, é R$10.950,00 por equipe (os 8.000 são descontados desse valor).

Offline Zóio de Vidro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #318 Online: 09 de Julho de 2013, 17:46:36 »
Não dá para comparar - mas lá quando precisam de uma especialidade pegam um avião e vão para onde é o melhor - Eles tem $$$ - parte dele foi do próprio Brazil - Portugal em ouro e muitos outros $$$ vieram das colônias anexadas. Nem sei onde a medicina hoje é melhor, acho que cada qual tem especialistas famosos e visitados por habitantes de outros países.

Este discurso da época do descobrimento não cabe mais; eles tem dinheiro pois souberam construir um país, uma sociedade. Se a população brasileira não tem condições de fazer o mesmo, certamente não é pela questão do ouro que nos foi roubado.

Abs
Felipe
Uma coisa não nega a outra - Sabedoria eles tiveram em ser imperialistas - Falta de sabedoria dos nossos governantes que sempre abriram as peras a los estrangeiros - Isso continua - Estamos colônia do mesmo jeito. Coisas tem que ser feitas - não fazer sempre foi o lema. Continuamos assim?
« Última modificação: 09 de Julho de 2013, 17:49:25 por Zóio de Vidro »
No porto, os navios americanos entravam os navios russos.

Offline Feliperj

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #319 Online: 10 de Julho de 2013, 16:40:31 »
120 mil para os médicos já formados que serão "importados". Os estudantes de universidades públicas que irão fazer o estágio de 2 anos vão receber apenas uma bolsa do governo federal, a qual ainda não foi informado nenhum valor, exceto que no caso de escolas particulares os alunos ficarão isentos da mensalidade durante os dois anos.

Tenho certeza que a bolsa vai ser bem menor do que os R$75.000/94.000 que os residentes do Reino Unido recebem por ano.

Esses 10.000 é o valor que será pago pelo PROVAB. Hoje a bolsa do PROVAB é 8.000,00 (o que dá 96.000,00 ano) e esse é o programa que é base para que o MS está propondo.

Ainda não entendi : quanto vão receber os médico que serão obrigados a trabalhar no SUS ?

Abs
Felipe

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #320 Online: 10 de Julho de 2013, 17:22:15 »
Ainda não sei. Mas, com base no PROVAB e no recurso do PAB variável, será de 8.000,00 a 10.000,00.

Offline Fabi

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #321 Online: 10 de Julho de 2013, 18:09:48 »
Sério que você queria tudo isso na Atenção Básica??? Procedimentos ortopédicos não são para ser executados na AB, para isso existem a média e alta complexidade (que não devem existir mesmo em municípios muito pequenos) e as unidades de referência em municípios pólo. Agora, quando não existia a ressonância magnética, como era feito o diagnóstico? Não era feito? E não é tanto tempo assim (RM de corpo inteiro só surgiu em 1977). O problema é que, hoje, muitos médicos utilizam exames diagnósticos como muleta (e incluo os dentistas aqui também).
Todos os casos médicos que você imaginar são mais complexos do que parecem. Uma criança de 2 anos cai no chão, bate a cabeça, fica com um corte, e precisa de Raio-X, e observação. Intoxicação alimentar, dependendo da bactéria é um deus nos acuda, e nem é todo antibiótico que funciona. Quando a pessoa é hipertensa e tá quase num estado onde vai enfartar? Você precisa de exames, um cardiologista. Mesmo quando "controlam" a hipertensão, a pessoa precisa do acompanhamento de um cardiologista, sempre tem que fazer aqueles exames por causa do histórico familiar...  Ou seja, pense num caso e ele vai ter uma complicação.

E você que é dentista de posto de saúde sabe que algumas pessoas esperam até o dente quase cair pra se consultar aí o caso é grave e precisa de um monte de recursos. A maioria das pessoas do interior e mais velhas são assim, esperam até a doença estar insuportável pra se consultar aí não adianta um médico numa sala com um receituário.

Eu sei que você vai dizer que atenção básica não é só isso, mas aí vamos entrar numa área onde o médico não pode fazer nada, tipo saneamento básico. Como o médico vai construir um esgoto? Promover o tratamento da água em municípios onde nem tem água?

Sério, deixar nas mãos do médico a responsabilidade por coisas que ele não pode controlar, num local onde ele não consegue trabalhar e achar que isso vai resolver o problema da saúde no interior do Brasil... não dá, não vai resolver. E talvez daqui há 5 anos nós vamos estar discutindo sobre como as medidas do governo não deram certo.

A UBS padrão hoje (existem muitas que não são assim) é uma recepção, consultório médico, de enfermagem, odontológico, sala de curativos, sala de vacina, expurgo, esterilização, sala de observação. É esse o padrão que o MS financia pelo Requalifica UBS, na construção, ampliação e reforma.
UBS padrão é o que deveria ser e não o que realmente é. Quantos postos de saúde no interior a UBS é o que eu disse: uma recepção, o consultório, e o açougue digo sala de procedimentos (se tiver).
Cidade pequena tem tudo isso, mas também existem cidade que não tem (e capitais que têm).
Sim... E soluções pra desfazer isso?
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Gaúcho

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #322 Online: 10 de Julho de 2013, 18:10:05 »
Estudantes de medicina vão ganhar R$10.000 por mês no SUS, durante um "estágio obrigatório", durante dois anos, antes mesmo de terem um diploma? :?

"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #323 Online: 10 de Julho de 2013, 18:20:35 »
Estudantes de medicina vão ganhar R$10.000 por mês no SUS, durante um "estágio obrigatório", durante dois anos, antes mesmo de terem um diploma? :?



Eu não entendo por que diabos o governo não fala de uma vez que está fazendo isso só pra obrigar os médicos a trabalharem no SUS, ao invés de ficar com essa conversa oligofrênica de "estágio importante pra formação médica". Ele sabe que ninguém acredita nisso e nem mesmo as faculdades e entidades médicas (onde estão as pessoas que realmente sabem o que é importante ou não pra formação de um médico) foram consultadas, ao que parece.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #324 Online: 10 de Julho de 2013, 19:06:51 »
120 mil para os médicos já formados que serão "importados". Os estudantes de universidades públicas que irão fazer o estágio de 2 anos vão receber apenas uma bolsa do governo federal, a qual ainda não foi informado nenhum valor, exceto que no caso de escolas particulares os alunos ficarão isentos da mensalidade durante os dois anos.

Tenho certeza que a bolsa vai ser bem menor do que os R$75.000/94.000 que os residentes do Reino Unido recebem por ano.

Ou seja, sucateamos a mão de obra local (o que vem fazendo com os médicos ao longo do tempo, em termos de salário é vergonhoso) e valorizamos a mão de obra estrangeira (CUBANA)..SUPERFATURADA!!!!!! Fala sério!!




Agora vcs entenderam.

 

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