Tópico: Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes

[Arcanjo Lúcifer]

O engraçado nisso tudo é ver os petistas de um modo geral gritarem contra o "capitalismo exploratório que só visa lucros" ao mesmo tempo em que defendem uma ditadura que se apropria de 90% dos ganhos de um assalariado.

Coerência é tudo...

[_Juca_]

A primeira "fonte" abriu a resposta do Clube Cético  ...

A segunda só mostrou o que todos nós sabemos: que os médicos em Cuba ganham uma miséria.  Sua lógica parece ser que, já que eles ganham uma merreca, podemos dar mais algumas migalhas e eles terão que agradecer de joelhos.

Eu pedi as fontes para sustentar esta sua afirmação:

Não me parece que o governo cubano os obrigue a trabalhar fora num sistema escravocrata e uma vez fora do país, se eles estivessem em situação de exploração como se argumenta seria de se esperar que muitos "desertassem" e pedissem algum tipo de asilo.

. Mas não precisa mais, o Barata já mostrou que eles desertam sim, ao contrário da sua afirmativa.

[/quote]

Fabrício, na boa, eu quero que Cuba se exploda. Não gosto do Fidel, não gosto da ditadura e não gosto de como as coisas são por lá. Só acho que os médicos cubanos são bons, tem experiência, tem disposição e podem ajudar imediatamente a carência em regiões remotas. Esse mimimi contra médicos estrangeiros é foda. Corporativismo de um lado, ideologia do outro. Esquece essa merda e pensa em quem precisa. Cuba tem bons médicos sobrando, no Brasil falta médicos, qual o problema? O Haiti deveria recusar a ajuda cubana porque segundo todo seu argumento os médicos cubanos estão sendo explorados? O socialismo é problema deles, o nosso é falta de médicos. A ditadura é um problema de todos, mas é não deixando de importar os médicos de lá que você vai resolver esse problema.

O problema do idioma pra mim também não cola muito não, e não é um empecilho tão grande em qualquer área de atuação, desde que se saiba o inglês e o espanhol, e nada impede deles aprenderem o idioma, que no caso da língua espanhola é bem fácil a adaptação.

[Fabrício]

abrício, na boa, eu quero que Cuba se exploda. Não gosto do Fidel, não gosto da ditadura e não gosto de como as coisas são por lá

Eu sei disso, já vi você dizer em outros tópicos, por isso fiquei surpreso.

Só acho que os médicos cubanos são bons, tem experiência, tem disposição e podem ajudar imediatamente a carência em regiões remotas

Eu sou cético quanto a essa eficiência toda dos médicos cubanos. Parece muito mais propaganda do que fato real. Mas se eles passarem no Revalida, são bem vindos, na minha opinião.

Esse mimimi contra médicos estrangeiros é foda. Corporativismo de um lado, ideologia do outro.

Não é bem assim. Como já foi dito, se eles passarem no Revalida, tudo bem. Por que esse medo todo de submetê-los ao exame? Porque se suspeita que os médico cubanos, tão fodões na teoria, não conseguirão passar?

Esquece essa merda e pensa em quem precisa. Cuba tem bons médicos sobrando, no Brasil falta médicos, qual o problema?

Será que Cuba tem mesmo tantos bons médicos sobrando? Se tiver, ótimo, passem no Revalida, e seja bem vindos ao Brasil. No Brasil faltam não apenas médicos, faltam condições de trabalho. Os médicos cubanos farão milagres onde os brasileiros não conseguem?

O Haiti deveria recusar a ajuda cubana porque segundo todo seu argumento os médicos cubanos estão sendo explorados? O socialismo é problema deles, o nosso é falta de médicos.

Não dá para comparar o Brasil, por pior que seja, com o Haiti. Mas sim, o Haiti deveria recusar ajuda cubana se os médicos estiverem sendo explorados. Nosso problema não é "falta de médicos", isso é uma "solução" simplista que o governo do PT quer vender para o povo brasileiro. Nosso problema é muito, mas muito mais do que simplesmente "falta de médicos".

A ditadura é um problema de todos, mas é não deixando de importar os médicos de lá que você vai resolver esse problema.

Se não vamos resolver o problema, pelo menos deixando de trazer os médicos não vamos ajudar o ditador FDP.

O problema do idioma pra mim também não cola muito não, e não é um empecilho tão grande em qualquer área de atuação, desde que se saiba o inglês e o espanhol, e nada impede deles aprenderem o idioma, que no caso da língua espanhola é bem fácil a adaptação.

Então primeiro eles aprendem o idioma, depois que venham para o Brasil. Acho impressionante que você acredite que não falar a língua não é um empecilho para o médico atender um paciente.

Na verdade, Juca, fica claro que toda essa firula do governo é para trazer os médicos de Cuba, como ele queria desde o início. Isso sim é uma medida com razões puramente ideológicas.

[Arcanjo Lúcifer]

Pergunta para o Juca:

Postamos aqui mesmo um artigo onde um ministro criou uma lei proibindo as escolas de medicina de aumentar o número de vagas ou criar cursos novos com a desculpa de "saturação do mercado" na mesma época em que mandavam gente do MST para cursar medicina em Cuba.

Sim, já postei o link.

Agora alegam "falta de médicos" e querem contratar médicos cubanos, os mesmos que foram estudar em Cuba quando proibiram o aumento de vagas aqui, mas sem que precisem comprovar capacitação ou saber o idioma, e vc sabe que parte do salário deles será desviada para o governo cubano e receberão uma remuneração maior que a de um médico brasileiro, mas ficarão com uma porcentagem pequena do valor real pago pelo governo brasileiro.

E vc não viu nada errado nisso?

[Arcanjo Lúcifer]

Pronto, Juca:

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,medicos-do-sirio-e-do-einstein-abrem-clinica-particular-em-heliopolis,903810,0.htm

Uma solução séria que custou apenas 1 milhão de Reais contra os 40 milhões mensais que o contribuinte brasileiro vai enfiar no rabo do Fidel.

Médicos do Sírio e do Einstein abrem clínica particular em Heliópolis

Bem na entrada da favela de Heliópolis, entre uma agência bancária e uma loja de departamentos, desponta uma clínica médica que só realiza consultas particulares. Não vale convênio, tampouco cartão do SUS.

Quem passa ali, estranha. Muitos moradores custam a ter coragem de entrar. Só perdem o medo na medida em que o boca a boca se espalha ou quando leem um cartaz bem à frente do portão que informa, em linguagem clara e direta, o valor das consultas: R$ 40 para clínico-geral e R$ 60 para qualquer uma das dez especialidades oferecidas, que pode ser dividido em duas parcelas.

Para atendê-los, a estrutura é simples, porém bem equipada. Nos consultórios - separados por divisórias de fórmica e com cadeiras de plástico -, há equipamentos caros, como o usado em exames oftalmológicos e o de ultrassonografia, além do eletrocardiograma. Em casos mais sérios, em que seja necessária a internação, os pacientes são encaminhados ao hospital público.

Sem precisar esperar meses por uma consulta, sem contratar um monte de estrangeiros para ficarem em uma "clinica" onde só dispõe de uma mesa e uma caneta.

Desde sua inauguração, em agosto de 2011, a clínica tem crescido 40% por mês e hoje realiza 600 procedimentos a cada 30 dias. A conta ainda não fecha porque houve investimento de cerca de R$ 1 milhão em estrutura, mas a receita tem aumentado à medida que a população descobre o local. Dos 300 mil habitantes da microrregião, só 10% conhecem a clínica, segundo pesquisa encomendada por Thomaz.

[Derfel]

Nem todo mundo tem 40 ou 60 reais para uma consulta. Esses valores, inclusive, já são utilizados em clínicas populares. Existem também outros problemas que não convem colocar aqui.

[Diegojaf]

Nem todo mundo tem 40 ou 60 reais para uma consulta. Esses valores, inclusive, já são utilizados em clínicas populares. Existem também outros problemas que não convem colocar aqui.

Mas não é pra todo mundo. É pra quem pode pagar 40 ou 60 reais por mês. E quem não pode, vai continuar usando o SUS, mas mais vazio.

[Arcanjo Lúcifer]

Nem todo mundo tem 40 ou 60 reais para uma consulta. Esses valores, inclusive, já são utilizados em clínicas populares. Existem também outros problemas que não convem colocar aqui.

O governo teria 40 milhões mensais para subsidiar as consultas, não teria?

Pelo que entendi, o maior problema é não encontrar médicos dispostos a trabalhar em uma cabana no meio do mato, o que vc viu acima foi um investimento de apenas 1 milhão de Reais para uma clínica que tem aparelhagem básica para uma consulta.

O "mais cubanos" vai mandar os caras para onde? Uma cabana no meio do mato com uma mesa e uma cadeira, não é isso?

E farão o que?

[Arcanjo Lúcifer]

Pelos números (600 procedimentos/mês) com um investimento de 1 milhão, seria possível atender quantas pessoas com os 40 milhões mensais que o governo vai dar para o Fidel?

Sou péssimo em contas, mas não atenderiam pelo menos 20.000 pessoas/mês se vc levar em consideração uma média mensal?

E isso não desafoga o SUS?

[_Juca_]

abrício, na boa, eu quero que Cuba se exploda. Não gosto do Fidel, não gosto da ditadura e não gosto de como as coisas são por lá

Eu sei disso, já vi você dizer em outros tópicos, por isso fiquei surpreso.

Só acho que os médicos cubanos são bons, tem experiência, tem disposição e podem ajudar imediatamente a carência em regiões remotas

Eu sou cético quanto a essa eficiência toda dos médicos cubanos. Parece muito mais propaganda do que fato real. Mas se eles passarem no Revalida, são bem vindos, na minha opinião.

Esse mimimi contra médicos estrangeiros é foda. Corporativismo de um lado, ideologia do outro.

Não é bem assim. Como já foi dito, se eles passarem no Revalida, tudo bem. Por que esse medo todo de submetê-los ao exame? Porque se suspeita que os médico cubanos, tão fodões na teoria, não conseguirão passar?

Esquece essa merda e pensa em quem precisa. Cuba tem bons médicos sobrando, no Brasil falta médicos, qual o problema?

Será que Cuba tem mesmo tantos bons médicos sobrando? Se tiver, ótimo, passem no Revalida, e seja bem vindos ao Brasil. No Brasil faltam não apenas médicos, faltam condições de trabalho. Os médicos cubanos farão milagres onde os brasileiros não conseguem?

O Haiti deveria recusar a ajuda cubana porque segundo todo seu argumento os médicos cubanos estão sendo explorados? O socialismo é problema deles, o nosso é falta de médicos.

Não dá para comparar o Brasil, por pior que seja, com o Haiti. Mas sim, o Haiti deveria recusar ajuda cubana se os médicos estiverem sendo explorados. Nosso problema não é "falta de médicos", isso é uma "solução" simplista que o governo do PT quer vender para o povo brasileiro. Nosso problema é muito, mas muito mais do que simplesmente "falta de médicos".

A ditadura é um problema de todos, mas é não deixando de importar os médicos de lá que você vai resolver esse problema.

Se não vamos resolver o problema, pelo menos deixando de trazer os médicos não vamos ajudar o ditador FDP.

O problema do idioma pra mim também não cola muito não, e não é um empecilho tão grande em qualquer área de atuação, desde que se saiba o inglês e o espanhol, e nada impede deles aprenderem o idioma, que no caso da língua espanhola é bem fácil a adaptação.

Então primeiro eles aprendem o idioma, depois que venham para o Brasil. Acho impressionante que você acredite que não falar a língua não é um empecilho para o médico atender um paciente.

Na verdade, Juca, fica claro que toda essa firula do governo é para trazer os médicos de Cuba, como ele queria desde o início. Isso sim é uma medida com razões puramente ideológicas.

Se o argumento é que o governo estaria ajudando uma ditadura por fazer negócio com Cuba, ele deveria ser usado contra todos os negócios que são feitos com países ditatoriais, leia-se China principalmente, e não de modo oportunista.

Quanto ao revalida, acho que é algo mais técnico e não sei opinar sobre isso. Se esse exame atesta a qualidade do médico, talvez devesse ser feito mesmo, talvez em inglês ou espanhol.

Quanto à língua, continuo achando que não é empecilho tão determinante para quem fala espanhol e não acho que seja determinante para a restrição do trabalho estrangeiro.

Ademais, acho que o assunto se esgotou entre nós, ficando claro a divergência de opinião.

[Fabrício]

Ademais, acho que o assunto se esgotou entre nós, ficando claro a divergência de opinião.

Concordo  .

[_Juca_]

Pergunta para o Juca:

Postamos aqui mesmo um artigo onde um ministro criou uma lei proibindo as escolas de medicina de aumentar o número de vagas ou criar cursos novos com a desculpa de "saturação do mercado" na mesma época em que mandavam gente do MST para cursar medicina em Cuba.

Sim, já postei o link.

Agora alegam "falta de médicos" e querem contratar médicos cubanos, os mesmos que foram estudar em Cuba quando proibiram o aumento de vagas aqui, mas sem que precisem comprovar capacitação ou saber o idioma, e vc sabe que parte do salário deles será desviada para o governo cubano e receberão uma remuneração maior que a de um médico brasileiro, mas ficarão com uma porcentagem pequena do valor real pago pelo governo brasileiro.

E vc não viu nada errado nisso?

Sem querer ofender Arcanjo, muitas vezes você chega a beira da paranóia com esse negócio de comunismo/PT/MST e afins.

Já disse, é um país socialista/comunista, ganho do trabalhador é do Estado antes de ser dele. Do ponto de vista de um Estado capitalista é errado, do socialista não. Aliás, o Estado aqui não fica com grande parte dos seus ganhos em forma de impostos também?

O que eu acho? Acho que os médicos deveriam ser pagos integralmente e Cuba ser compensado financeiramente por isso também, mas se queremos os médicos deles, e eu quero, devemos respeitar as condições deles.

[DDV]

, mas se queremos os médicos deles, e eu quero, devemos respeitar as condições deles.

Médicos de quem?? 

Eu achava que seres humanos eram donos de si mesmos.



 

[DDV]

Já disse, é um país socialista/comunista, ganho do trabalhador é do Estado antes de ser dele. Do ponto de vista de um Estado capitalista é errado, do socialista não.

Então devemos "respeitar" ou "compreender" condições desumanas consideradas normais em regimes comunistas, nazistas, feudais, escravistas, teocráticos ou militaristas? 

[Arcanjo Lúcifer]

Quer que eu pense de outra forma? Desde o começo essa coisa está cheirando a politicagem.

E sim, fica com parte dos meus ganhos, mas não 90% dos meus ganhos e não pagam ao governo para que depois ele me repasse a quantia que bem entender.

[_Juca_]

, mas se queremos os médicos deles, e eu quero, devemos respeitar as condições deles.

Médicos de quem?? 

Eu achava que seres humanos eram donos de si mesmos.



 

Médicos deles, cubanos, médicos nossos, brasileiros. Difícil, hein?

Se o Brasil vai mandar uma missão de médicos para outro país, os médicos são nossos, do Brasil.

[DDV]

Juca, suponha que um país nazista enviasse 4000 técnicos judeus (que teriam familiares e bens retidos no país de origem) para trabalhar no Brasil, em um acordo onde todo o salário pago fosse para o governo nazista e este fornecesse apenas a subsistência aos judeus. Como o Brasil estaria precisando muito desses técnicos e os teria em condições vantajosas, aceitá-los nessas condições seria correto ou compreensível? Não deveríamos criticá-los porque isso seria aplicar erroneamente a nossa "lógica" a eles?

[DDV]

Quer que eu pense de outra forma? Desde o começo essa coisa está cheirando a politicagem.

Sim, é uma medida "eleitoreira", objetivando criar a ilusão de que o único ou principal problema da saúde pública é a falta de médicos e o governo está resolvendo-o. É parecido com a campanha do desarmamento em relação à segurança pública.

[Barata Tenno]

Eu acho que esse exemplo de Heliópolis não cabe no debate sobre médicos cubanos, a favela ainda fica na capital paulista, onde faltam médicos é no interior do país. A capital paulista tem uma relação médico/paciente bem alta.

[Arcanjo Lúcifer]

Quer que eu pense de outra forma? Desde o começo essa coisa está cheirando a politicagem.

Sim, é uma medida "eleitoreira", objetivando criar a ilusão de que o único ou principal problema da saúde pública é a falta de médicos e o governo está resolvendo-o. É parecido com a campanha do desarmamento em relação à segurança pública.

Acabei de postar acima uma solução muito mais barata que essa do PT, e para falar a verdade não acho que grana seja problema, principalmente depois que o Dilmão andou perdoando uns bilhões em dívidas de ditadores africanos e enterrou alguns bilhões nessas republiquetas da AL a fundo perdido.

Se faltam médicos e condições de atendimento não é só questão de verbas nem de profissionais, é por falta de vergonha na cara.

[Arcanjo Lúcifer]

Eu acho que esse exemplo de Heliópolis não cabe no debate sobre médicos cubanos, a favela ainda fica na capital paulista, onde faltam médicos é no interior do país. A capital paulista tem uma relação médico/paciente bem alta.

O problema não é esse, eu citei como exemplo do que pode ser feito com uma verba muito menor que a que o governo federal vai enfiar no programa "Mais cubanos".

E vc viu o número de atendimentos em 30 dias, até abaixo ainda da capacidade total.

[_Juca_]

Juca, suponha que um país nazista enviasse 4000 técnicos judeus (que teriam familiares e bens retidos no país de origem) para trabalhar no Brasil, em um acordo onde todo o salário pago fosse para o governo nazista e este fornecesse apenas a subsistência aos judeus. Como o Brasil estaria precisando muito desses técnicos e os teria em condições vantajosas, aceitá-los nessas condições seria correto ou compreensível? Não deveríamos criticá-los porque isso seria aplicar erroneamente a nossa "lógica" a eles?

Espantalho DDV, puro espantalho. O governo nazista é socialista? Você não está mandando gente para um campo de concentração, você está fazendo um acordo com um país socialista para mandar médicos que eles tem de sobra para nós que temos em falta. Mas entendo sua dificuldade em aceitar a lógica dos socialistas. Os médicos de lá, tem carências como toda a população de lá, muito pelo embargo econômico americano, muito pela lógica do sistema. Eles não estão sendo obrigados com um revolver na cabeça a ir para todo os cantos do mundo, eles talvez sejam obrigados pela condições do país, ou do sistema, ou da sociedade, nada muito diferente do que acontece aqui.

Tudo sua argumentação tenta camuflar ( ou não) a insatisfação com o fato do governo que agora é petista estar importando médicos da ilha de Fidel. Ano que vem, muito provavelmente o PT sai, e o plano de importar médicos continua, porque o ministro vai seguir a cartilha do Ministério da Saúde, ou vai deixar a situação cada vez mais calamitosa. E vão ser cubanos, porque eles tem de sobra, com qualidade. Não tem outra saída no curto prazo.

[Barata Tenno]

Eu acho que esse exemplo de Heliópolis não cabe no debate sobre médicos cubanos, a favela ainda fica na capital paulista, onde faltam médicos é no interior do país. A capital paulista tem uma relação médico/paciente bem alta.

O problema não é esse, eu citei como exemplo do que pode ser feito com uma verba muito menor que a que o governo federal vai enfiar no programa "Mais cubanos".

E vc viu o número de atendimentos em 30 dias, até abaixo ainda da capacidade total.

Voce deu o exemplo de uma clínica na capital, estamos falando 4 mil médicos espalhados pelo país inteiro. São coisas diferentes.

[Arcanjo Lúcifer]

São 4.000 médicos espalhados pelo país inteiro...sem condições de fazer um exame?

Farão o que sem recursos? Distribuir aspirinas?

[Derfel]

Pelos números (600 procedimentos/mês) com um investimento de 1 milhão, seria possível atender quantas pessoas com os 40 milhões mensais que o governo vai dar para o Fidel?

Sou péssimo em contas, mas não atenderiam pelo menos 20.000 pessoas/mês se vc levar em consideração uma média mensal?

E isso não desafoga o SUS?

1 milhão são os custos de estrutura, não estão incluídos pessoal e insumos, por exemplo. E 600 procedimentos/mês é uma média muito baixa (ainda mais considerando o próprio SUS), significa +- 27 procedimentos/dia. Procedimentos não significa necessariamente pessoas (mais de um procedimento pode ser realizado em uma mesma pessoa), porém se considerarmos 1:1, a média é menor que a média executada por um médico da ESF (16 em cada período = 32/dia). Se pensarmos que a clínica não deve possuir um único médico apenas, então a média torna-se mais baixa ainda. Lembrando que a ESF não faz apenas atendimento da demanda (e que atendimento de demanda espontânea não possui um impacto muito grande na saúde), então o uso dessas clínicas não melhoraria em muito a saúde pública (talvez houvesse um retrocesso para os anos 60/70).