Como disse Hélio De La Peña, somos todos brasileiros, com muito engulho, com muito horror...
E não vai nada de vira-latas na frase. Vai uma constatação.
Negá-la, é viver na terra de Poliana, alienado e conivente com a buraqueira que virou a política nacional.
Acho que reconhecer que nós somos parte do problema já é um avanço. Não "o brasileiro", mas "nós, brasileiros".
Não é muita coisa não, isso é só reduzir um gama complexa de problemas ( e também de soluções ) a um determinado povo, ou seja, é reducionismo junto com generalização. Obviamente que fazemos parte do problema, mas também da solução, e não porque simplesmente somos brasileiros, e sim porque vivemos num país que tem problemas graves a serem resolvidos e que devem demorar proporcionalmente para acabar de acordo com o quão grave é o problema . É o mesmo erro grosseiro do ufanismo.
No sul do país tivemos várias correntes migratórias relativamente recentes, e essa cultura mais "europeia", não tão "contaminada"
pode ter algo a ver com o fato das cidades do sul estarem quase todas entre as melhores cidades do país em termos de IDH.
Veja bem, posso estar enganado, mas se riqueza apenas fosse motivo para ter um bom IDH, São Paulo e Rio seriam mais bem cotados.
Se a cultura dos europeus e até japoneses que vieram (onde valorizam estudos e trabalho) pesou pra termos esta disparidade do sul com o resto, então temos aí bons exemplos de problemas e soluções, ou não?