Autor Tópico: Uma refutação da Teoria da Evolução  (Lida 70095 vezes)

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Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #175 Online: 01 de Novembro de 2013, 19:25:19 »
Você quer que eu cite uma lista de zoonoses que indicam que isso não é tão simples?. A interação no ambiente torna MAIS IMPROVÁVEL AINDA a atuação da SELEÇÃO NATURAL.

O fato de não entendermos as interações não quer dizer que não existam...

Por exemplo, o Toxocara cati compete com o gato??

Existem inúmeros modos de se descrever a mesma realidade.

A evolução dos gatos, no que concerne a interações com Toxocara cati, se dará na medida em que alguns genes de gatos conferirem proteção ao parasita. E de Toxocara, na medida em que genes de Toxocara permitirem explorar melhor o gato, ou melhor driblar suas eventuais defesas.

Você ainda pode pensar na evolução dessas espécies em relação com a outra quando esta é inexistente em algum habitat. Se Toxocara cati é absurdamente especializado em gatos, mas esses "acabam", então Toxocara cati se extingue junto, lá. Se houver variados graus de especialização, deverá haver sobrevivência de acordo, bem como maior sucesso em especializações em novos hospedeiros.

Linhagens de gatos vivendo por muitas gerações sem terem tido contato com Toxocara ou qualquer coisa suficientemente parecida, poderão não ter defesas tão boas quanto aquelas onde ocorreu coevolução entre essas espécies, e deverá ser afetada diferentemente, tendo maior risco de extinção, e podendo "encontrar soluções" mais drásticas", compromissos maiores, do que ocorreu em linhagens com coevolução mais gradual.

Isso é "fictício"/ilustrativo apenas, é só o tipo de coisa que se estudaria sobre a evolução dessas espécies "em conjunto", quer se chame sua relação de "competição" ou do que for. De modo geral será mais comum se ouvir falar de genes de gato levando vantagem sobre outros genes de gato em dada situação, ou de genes de Toxocara levando vantagem sobre genes de Toxocara, e mais raramente genes de gato vs genes de Toxocara, embora possa ocorrer de se pensar na coisa assim, ainda que esteja ao mesmo tempo ocorrendo genes de gato vs genes de gato, e de toxocara vs toxocara, que seria o mais apropriado de se pensar, em termos de evolução de uma linhagem.




Citar
E a questão não é essa? A questão é, porque surgiram seres complexos de MENOR SUCESSO REPRODUTIVO?

Porque podiam sobreviver/explorar ambientes ou recursos não explorados por aqueles de maior sucesso reprodutivo numérico. Sucesso reprodutivo em um lugar pode ser desvantagem reprodutiva em outra. É um fenômeno ecológico, e não simplesmente numérico/numerológico/mágico. Conforme tentei ilustrar com as variações de Pseudomonas, que têm diferente sucesso reprodutivo, em diferentes ambientes, há algumas mensagens atrás.

Bactérias que vivem em lagos congelados se reproduzem num ritmo extremamente lento. E vão continuar assim, não importa o quão rapidamente outras bactérias se reproduzem fora de lá. Elas não surgiram no gelo por abiogênese, mas gradualmente se adaptaram a condições cada vez mais geladas, mesmo que às custas de taxas reprodutivas/numerosidade absoluta. Naquelas condições, são as mais aptas.

1-É óbvio que o Toxocara cati compete com o gato- sendo parasita e levando a morte em muitos casos. O gato é comida para ele...

2-Não há nenhum recurso não explorado - isso não existe-teórico sobrando. Quando você entra no habitat compete com indivíduos, espécies e populações. se você se reproduz mais apto, tem mais aptidão, você invade o habitat na concorrência (essa é a teoria da seleção natural...). Exemplo básico é o ser humano. Destrói tudo o que toca...

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #176 Online: 01 de Novembro de 2013, 19:34:47 »
Caros, há 3,5 bilhões até 0,5 bilhões  de anos era tudo uma só e a mesma coisa, pois só existiam bactérias...

Não exatamente (micróbios e bactérias não são sinônimos, e nem bactérias são uma coisa só), mas mais ou menos.

Isso nos diz que, apenas a seleção natural não fará que haja "instantâneamente" uma evolução de uma escalada de complexidade resultando nos picos de complexidade "atuais"/pós-cambrianos. Conforme foi dito ao longo do tópico, conforme ilustram algumas das imagens que você postou, a maioria dos cientistas não supõem que maior complexidade seja sempre mais adaptativa, mesmo que alguns biólogos tenham pensado assim, ou ainda pensem.

Apenas situações particulares vão conduzir ao acúmulo de complexidade adicional, em algumas linhagens. Isso pode até se tornar fator seletivo em outras linhagens que existam no mesmo ambiente, mas não se espera que seres mais simples sejam universalmente extintos, dando lugar a mais complexos. Nem que a simplificação também não possa ser muitas vezes favorecida pela seleção natural. É algo que se atesta ter ocorrido, também.




Vamos pensar num organismo se desenvolvendo no ambiente bacteriano há 500 milhões de anos atrás, lutando contra o nosso ancestral comum...
1-Qual o habitat que ele ocuparia e que teoricamente não estaria ocupado-onde haveria um lugar isolado geograficamente ou geneticamente que ele poderia se reproduzir?
2-Que recurso ele utilizaria melhor que as bactérias e que ainda não estivesse explorado?
3-Como ele poderia ser melhor adaptado e ter melhor sucesso reprodutivo que as bactérias?

essas são as questões que você facilmente responde tirando recursos e e fictícias possibilidades da manga, sem DAR NENHUM EXEMPLO PRÁTICO.  Mesmo porque evolução é lenta e não se vê...

Offline Osler

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #177 Online: 01 de Novembro de 2013, 19:38:31 »

Numa briga direta pelo habitat, quem é MAIS APTO, homem ou vírus?
?

Não existe tal competição direta por habitat.

"Viagem insólita" e "viagem fantástica" eram filmes de ficção científica, não documentários.

 :histeria:

“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #178 Online: 01 de Novembro de 2013, 19:43:07 »

Numa briga direta pelo habitat, quem é MAIS APTO, homem ou vírus?
?

Não existe tal competição direta por habitat.

"Viagem insólita" e "viagem fantástica" eram filmes de ficção científica, não documentários.

 :histeria:



Eu posso "floodar" o sistema com patologias médicas, sua história, até cansar... Pode não ser o conceito biológico, mas Medicina tem sua prática própria,e também seu entendimento próprio...

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #179 Online: 01 de Novembro de 2013, 19:46:26 »


O retrovírus invade o próprio DNA. Há competição por habitat ou não?

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #180 Online: 01 de Novembro de 2013, 19:47:04 »
Tirado do Talkorigins...

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #181 Online: 01 de Novembro de 2013, 19:52:19 »
A coisa é tão complicada a esse nível que se eu vacino para gripe, posso estar provocando o surgimento de cepas de gripe piores. A vacina BCG facilita o aparecimento da TBC por uma cepa chinesa, muito mais virulenta e mortal...

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #182 Online: 01 de Novembro de 2013, 21:57:18 »


O retrovírus invade o próprio DNA. Há competição por habitat ou não?

Não. Os organismos não "habitam" suas próprias células. O habitat dos primatas em questão são as selvas e savanas, e o habitat dos retrovírus são as células e genomas desses primatas (talvez de outros seres mais distantes também), no qual eles se inserem de maneira que convenientemente acaba evidenciando essa sua relação de parentesco, conforme ilustrado aí.

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #183 Online: 01 de Novembro de 2013, 22:02:02 »


O retrovírus invade o próprio DNA. Há competição por habitat ou não?

Não. Os organismos não "habitam" suas próprias células. O habitat dos primatas em questão são as selvas e savanas, e o habitat dos retrovírus são as células e genomas desses primatas (talvez de outros seres mais distantes também), no qual eles se inserem de maneira que convenientemente acaba evidenciando essa sua relação de parentesco, conforme ilustrado aí.

Então a Seleção natural não ocorre a nível de genes?

Offline docdeoz

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Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #185 Online: 01 de Novembro de 2013, 22:04:50 »
In fact, natural selection often leads to ever greater simplicity. And, in many cases, complexity may initially arise when selection is weak or absent.

Essa é a minha ideia...

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #186 Online: 01 de Novembro de 2013, 22:16:25 »
The human eye evolved gradually, with natural selection favoring intermediate forms, but studies indicate that complexity may also emerge by other means.
https://www.simonsfoundation.org/quanta/20130716-the-surprising-origins-of-lifes-complexity/

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #187 Online: 01 de Novembro de 2013, 22:23:36 »
Vamos pensar num organismo se desenvolvendo no ambiente bacteriano há 500 milhões de anos atrás, lutando contra o nosso ancestral comum...
1-Qual o habitat que ele ocuparia e que teoricamente não estaria ocupado-onde haveria um lugar isolado geograficamente ou geneticamente que ele poderia se reproduzir?

Você pode pensar em algo como o observado nas bactérias atuais mesmo, que não são uma coisa só, mas adaptadas diferentemente a diferentes habitats/nichos. Bactérias que proliferam num ambiente não proliferam em outro, e vice-versa. Elas divergiram, acumulando modificações hereditárias que conferem essas diferenças.


Citar
2-Que recurso ele utilizaria melhor que as bactérias e que ainda não estivesse explorado?

Eu não sei responder essa pergunta com a especificidade relativa à vida antiga, mas, novamente, é algo nas linhas da divergência das próprias bactérias e outros organismos unicelulares que conseguem sobreviver "apesar da" existência de bactérias no ambiente, ou até possibilitados por isso.


Citar
3-Como ele poderia ser melhor adaptado e ter melhor sucesso reprodutivo que as bactérias?

Mais ou menos como diferentes espécies de bactérias são melhor adaptadas a diferentes situações, ou outros microorganismos são melhor adaptados a diferentes tipos de situação.

O "sucesso reprodutivo" não pode ser entendido de forma estritamente numérica/numerológica, mas tem que ser visto como sucesso reprodutivo em um dado ambiente/situação.


Citar
essas são as questões que você facilmente responde tirando recursos e e fictícias possibilidades da manga, sem DAR NENHUM EXEMPLO PRÁTICO.  Mesmo porque evolução é lenta e não se vê...

"Exemplos práticos" são toda a diversidade de microbial que não é constituída apenas de uma espécie de "bactéria", mas de toda a diversidade de vírus, bactérias, arqueobactérias, e eucariotos unicelulares.

Embora evolução possa ser lenta, não é bem o caso de "não se ver", ainda que em alguns casos seja necessário somar as observações e a partir delas fazer a assunção de que estamos observando "estágios evolutivos" ou algo análogo, em vez de "criações separadas". Eu não conheço nada de ecologia microbiana, praticamente nada além de que isso existe; não é o caso de haver só uma espécie de bactéria-micróbio universal em todo o planeta, em todos os nichos/um único nicho gigante e imutável.

Possivelmente você encontraria por aí exemplos detalhados do tipo de coisas que quer ver. E muito provavelmente deve haver quem já tenha feito especulações mais educadas de análogos evolutivos, em vez de simplesmente documentar a ecologia e evolução de micróbios atuais ou mais recentes. Com sorte, teorias propriamente ditas.

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #188 Online: 01 de Novembro de 2013, 22:25:17 »
Vamos pensar num organismo se desenvolvendo no ambiente bacteriano há 500 milhões de anos atrás, lutando contra o nosso ancestral comum...
1-Qual o habitat que ele ocuparia e que teoricamente não estaria ocupado-onde haveria um lugar isolado geograficamente ou geneticamente que ele poderia se reproduzir?

Você pode pensar em algo como o observado nas bactérias atuais mesmo, que não são uma coisa só, mas adaptadas diferentemente a diferentes habitats/nichos. Bactérias que proliferam num ambiente não proliferam em outro, e vice-versa. Elas divergiram, acumulando modificações hereditárias que conferem essas diferenças.


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2-Que recurso ele utilizaria melhor que as bactérias e que ainda não estivesse explorado?

Eu não sei responder essa pergunta com a especificidade relativa à vida antiga, mas, novamente, é algo nas linhas da divergência das próprias bactérias e outros organismos unicelulares que conseguem sobreviver "apesar da" existência de bactérias no ambiente, ou até possibilitados por isso.


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3-Como ele poderia ser melhor adaptado e ter melhor sucesso reprodutivo que as bactérias?

Mais ou menos como diferentes espécies de bactérias são melhor adaptadas a diferentes situações, ou outros microorganismos são melhor adaptados a diferentes tipos de situação.

O "sucesso reprodutivo" não pode ser entendido de forma estritamente numérica/numerológica, mas tem que ser visto como sucesso reprodutivo em um dado ambiente/situação.


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essas são as questões que você facilmente responde tirando recursos e e fictícias possibilidades da manga, sem DAR NENHUM EXEMPLO PRÁTICO.  Mesmo porque evolução é lenta e não se vê...

"Exemplos práticos" são toda a diversidade de microbial que não é constituída apenas de uma espécie de "bactéria", mas de toda a diversidade de vírus, bactérias, arqueobactérias, e eucariotos unicelulares.

Embora evolução possa ser lenta, não é bem o caso de "não se ver", ainda que em alguns casos seja necessário somar as observações e a partir delas fazer a assunção de que estamos observando "estágios evolutivos" ou algo análogo, em vez de "criações separadas". Eu não conheço nada de ecologia microbiana, praticamente nada além de que isso existe; não é o caso de haver só uma espécie de bactéria-micróbio universal em todo o planeta, em todos os nichos/um único nicho gigante e imutável.

Possivelmente você encontraria por aí exemplos detalhados do tipo de coisas que quer ver. E muito provavelmente deve haver quem já tenha feito especulações mais educadas de análogos evolutivos, em vez de simplesmente documentar a ecologia e evolução de micróbios atuais ou mais recentes. Com sorte, teorias propriamente ditas.

Leia os artigos que estou colocando que centralizam o assunto. Estamos tergiversando...

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #189 Online: 01 de Novembro de 2013, 22:27:39 »
A visão de que a complexidade aumenta na evolução é incontroverso, ainda pouco se sabe sobre as possíveis causas de tal tendência. Uma hipótese, a Força Lei Evolutiva Zero (ZFEL), prevê um forte impulso para a complexidade, embora tal tendência pode ser dominado pela seleção e restrições. Na ausência de uma forte oposição, variação hereditária acumula e complexidade aumenta. A fim de investigar essa afirmação, podemos avaliar a complexidade morfológica bruta de mutantes de laboratório em Drosophila melanogaster , que representam organismos que surgem em um contexto onde as forças seletivas são muito reduzidas. Complexidade foi medida com relação a tipos de peças, forma e cor ao longo de dois níveis focais independentes. Comparado com o tipo selvagem, descobrimos que D. melanogaster mutantes são significativamente mais complexo. Quando as peças de mutantes são classificados por grau de restrição, descobrimos que as partes fracamente restrições são muito mais complexas do que as partes mais restritas. Estes resultados suportam a hipótese de ZFEL. Eles também representam um primeiro passo para estabelecer o domínio de aplicação da ZFEL e mostra um modo no qual uma investigação empírica maior do princípio pode prosseguir.

Drosophila mutants suggest a strong drive toward complexity in evolution

Leonore Fleming1,*, Daniel W. McShea2
Article first published online: 20 JAN 2013

DOI: 10.1111/ede.12014

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ede.12014/full

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #190 Online: 01 de Novembro de 2013, 22:42:15 »


O retrovírus invade o próprio DNA. Há competição por habitat ou não?

Não. Os organismos não "habitam" suas próprias células. O habitat dos primatas em questão são as selvas e savanas, e o habitat dos retrovírus são as células e genomas desses primatas (talvez de outros seres mais distantes também), no qual eles se inserem de maneira que convenientemente acaba evidenciando essa sua relação de parentesco, conforme ilustrado aí.

Então a Seleção natural não ocorre a nível de genes?

Quando se fala em "seleção natural ao nível de genes" o que está se dizendo é que indivíduos (ou vírus) com certos alelos/variantes genéticas têm maior ou menor sucesso reprodutivo do que outros indivíduos na mesma população/linhagem. E isso pode ser também contabilizado/expresso como que certos alelos têm maior ou menor sucesso reprodutivo.

Não se trata (se tratando de genes do próprio organismo) de haver mais cópias do mesmo gene numa mesma célula ou genoma. Duplicações genéticas ocorrem, mas isso não é considerado como "sucesso reprodutivo" do gene. Os genes não estão competindo "lá dentro" da célula, mas "através" do organismo. O seu sucesso reprodutivo é o aumento em sua freqüência ao longo das gerações.

No caso de vírus sim, o sucesso reprodutivo vai ter a ver com reprodução nesse nível genético, dentro da célula, ou, gerações do vírus, mas relativamente independentemente das gerações do indivíduo hospedeiro.

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #191 Online: 01 de Novembro de 2013, 22:47:54 »
De qualquer maneira, esse é o seu ponto de vista, enquanto para o meu apresento artigo científico- não ausência de SN a complexidade aumenta...

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ede.12014/full

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #192 Online: 01 de Novembro de 2013, 22:49:44 »
Evolução neutra construtivo (CNE) sugere que a evolução neutra pode seguir um caminho gradual de extravagância. Seja ou não CNE é comum, a mera possibilidade levanta questões provocantes sobre causalidade: no pensamento neo-darwinista clássica, a seleção é a única fonte de criatividade e direção, a única força que pode causar tendências ou construir características complexas. No entanto, grande parte da genética evolutiva contemporânea afasta da concepção de evolução subjacente a neo-darwinismo, resultando em um fosso cada vez maior entre o que os modelos formais permitem, e que a visão predominante das causas da evolução sugere. Em particular, a uma concepção mutacionista da evolução como um processo de origem de fixação 2-passo tem sido uma fonte de inovação teórica durante 40 anos, aparecendo não só na teoria neutra, mas também nas descobertas recentes na modelagem de adaptação (a "paisagem mutacional" modelo) e, em software prático para análise de sequência. Nesta concepção, a mutação não é uma fonte de matérias-primas, mas um agente que introduz novidade, enquanto a selecção não é um agente que apresenta formas, mas uma peneira estocástica. Essa visão, que agora reivindica resultados teóricos, experimental e prático importantes, exige a nossa atenção. CNE fornece uma maneira de explorar suas implicações mais significativas sobre o papel da variação na evolução.

Mesmo outras opções dependem da SN...

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3534586/

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #193 Online: 01 de Novembro de 2013, 23:03:39 »
In fact, natural selection often leads to ever greater simplicity. And, in many cases, complexity may initially arise when selection is weak or absent.

Essa é a minha ideia...

Isso não é tremendamente controverso, exceto talvez para alguns defensores mais radicais/ortodoxos da "nova síntese moderna", ou qualquer um que tenha apenas sido exposto apenas a estas noções.

E explicações satisfatórias/não puramente abstratas da evolução da complexidade vão envolver mais do que "seleção natural", mas deverão lidar com a natureza da variação, mutação.

Não só será interessante, ou até "necessário" se procurar saber exatamente o que uma mutação faz no fenótipo/desenvolvimento (evo-devo), como pode ser o caso dela ser em alguns casos muito importantes algo mais distante da "variação normal" do pool genético tomada como ponto de partida nos modelos da teoria sintética. Sem no entanto ser um "salto" fantástico como nos espantalhos do "saltacionismo"/"mutacionismo", como galinhas nascendo de ovos de tartarugas. Apenas uma variação mais incomum. Até mesmo Dawkins, que seria da "corrente" mais aversa a fugir de "variação normal" como matéria prima de toda adaptação, aceita que variações mais anômalas possam ter seu papel, e dá alguns exemplos, em ao menos um de seus livros.

Além de variação não tão ordinária, tendências de mutação não-aleatória podem ter seu papel na evolução, ainda que não signifique não-aleatório no sentido dela ser "adaptativa", apenas quimicamente enviesada. Ou "dados viciados". O que os resultados dos dados viciados vão pender a representar pode variar bastante de acordo com as linhagens e todo o "contexto" em que isso ocorre.

A seleção natural continua tendo um papel inescapável, crucial, não é como se esses fatores pudessem de alguma forma sgnificativa agir contra ela, isso é impossível, por definição.


Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #194 Online: 01 de Novembro de 2013, 23:08:25 »
Complexidade estrutural caracteriza as nossas representações de estruturas dissipativas. Como um conceito mecanicista, quando se refere aos sistemas naturais que gera perplexidade em face dos modelos de lógica de som. A seleção natural é um conceito mecanicista simples, cuja lógica é bem exemplificado em algoritmos genéticos. Enquanto as características e funções biológicas que parecem ter sido submetido a abate selectivo, atual teoria neo-darwinista é incapaz de explicar a evolução de características ou funções, quando muitos deles são tomados como objetos separados de funções de aptidão independentes. Seleção suave, atuando de forma holística fenotipicamente, tem seleção de modelos atuando sobre sistemas estruturalmente complexos, com muitas características e funções, mas não leva em conta a evolução de características ou funções específicas. É ainda sugerido que a seleção não pode ser senão uma força fraco nos estágios iniciais geradoras de histórias de vida complexas, e que isso é uma coisa boa, preservando a sua generatividade. Concluo que a teoria da seleção natural por si só não pode ser responsável por aumento da complexidade estrutural.

eu estou fundamentando tudo...

http://www.mitpressjournals.org/doi/abs/10.1162/artl.2008.14.3.14309?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%3dpubmed&

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #195 Online: 01 de Novembro de 2013, 23:11:51 »
A visão de que a complexidade aumenta na evolução é incontroverso, ainda pouco se sabe sobre as possíveis causas de tal tendência. Uma hipótese, a Força Lei Evolutiva Zero (ZFEL), prevê um forte impulso para a complexidade, embora tal tendência pode ser dominado pela seleção e restrições. Na ausência de uma forte oposição, variação hereditária acumula e complexidade aumenta. A fim de investigar essa afirmação, podemos avaliar a complexidade morfológica bruta de mutantes de laboratório em Drosophila melanogaster , que representam organismos que surgem em um contexto onde as forças seletivas são muito reduzidas. Complexidade foi medida com relação a tipos de peças, forma e cor ao longo de dois níveis focais independentes. Comparado com o tipo selvagem, descobrimos que D. melanogaster mutantes são significativamente mais complexo. Quando as peças de mutantes são classificados por grau de restrição, descobrimos que as partes fracamente restrições são muito mais complexas do que as partes mais restritas. Estes resultados suportam a hipótese de ZFEL. Eles também representam um primeiro passo para estabelecer o domínio de aplicação da ZFEL e mostra um modo no qual uma investigação empírica maior do princípio pode prosseguir.

Drosophila mutants suggest a strong drive toward complexity in evolution

Leonore Fleming1,*, Daniel W. McShea2
Article first published online: 20 JAN 2013

DOI: 10.1111/ede.12014

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ede.12014/full

Minha tese é que a SN impede a complexidade... Ai um artigo que corrobora minha intuição...

Offline docdeoz

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #196 Online: 01 de Novembro de 2013, 23:24:53 »
Evolução da complexidade biológica

http://www.pnas.org/content/97/9/4463.full

Vou dar um tempo para a leitura.

Offline Geotecton

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #197 Online: 01 de Novembro de 2013, 23:41:42 »
Citar
[...]
Drosophila mutants suggest a strong drive toward complexity in evolution

Leonore Fleming1,*, Daniel W. McShea2
Article first published online: 20 JAN 2013

DOI: 10.1111/ede.12014

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ede.12014/full

Minha tese é que a SN impede a complexidade... Ai um artigo que corrobora minha intuição...

Você realmente leu o artigo?

Se a resposta for "sim", me diga porque os autores concluem, entre outras coisas que

Citação de: Fleming and McShea
[...]
(d) raises the possibility that this complexity may be the stuff out of which adaptive complexity is constructed by natural selection.
[...]

e que traduzindo

Citação de: Fleming and McShea
[...]
(d) levanta a possibilidade de que essa complexidade pode ser o material da qual a complexidade adaptativa é construída pela seleção natural.
[...]

Resumindo: A sua intuição está errada.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #198 Online: 01 de Novembro de 2013, 23:47:44 »
De qualquer maneira, esse é o seu ponto de vista, enquanto para o meu apresento artigo científico- não ausência de SN a complexidade aumenta...

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ede.12014/full

O que eu comentei no post anterior não era "meu ponto de vista", e nem era relativo à emergência ou acúmulo de complexidade, foi só uma explicação do que é seleção "ao nível de genes".

Relaxamento de seleção natural vai sim permitir a manutenção de maior variação, isso não é "sua idéia", e não é algo conflitante com o papel da seleção natural na adaptação. No máximo, com a noção de que a evolução da complexidade se dê sempre em uma escalada com "degraus" provenientes apenas de variação "normal" do pool genético da população. Mas essa idéia é contestada desde a "redescoberta" da genética, na virada do século passado, embora também seja largamente aceita.

E mais importante, não corrobora em absolutamente nada a noção de só se esperaria haver bactérias, sendo isso uma só espécie homogênea de ser. Ao contrário, inviabiliza ainda mais o cenário, absolutamene inveríridico, de bactérias serem só uma espécie homogênea e onipresente, e dos ancestrais comuns de todos os seres não poderem divergir adaptativamente.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma refutação da Teoria da Evolução
« Resposta #199 Online: 02 de Novembro de 2013, 00:07:15 »
1-É óbvio que o Toxocara cati compete com o gato- sendo parasita e levando a morte em muitos casos. O gato é comida para ele...

Meu deus... como tentei explicar. Você pode frasear as coisas de diferentes formas, algumas que levam confusão, na medida que se usa a mesma terminologia para expressar coisas diferentes.



A "competição evolutiva" é mais comumente entendida como competição entre organismos de uma espécie. Outras espécies, incluindo parasitas, ou hospedeiros, fazem parte do que se considera o ambiente dessa espécie.

Essas interações, ou "competições", vão representar diferenciais reprodutivos nos genótipos de cada espécie. Uns genes/genótipos da espécie A se reproduziram mais do que outros genes da espécie A -- isso foi a evolução da espécie A, num ambiente com os parasitas B, C, D e E, as presas F, G, H e I, e tantas outras interações menores de J a Z.

E no parasita B, houveram genótipos que tiveram maior ou menor sucesso reprodutivo que outros genótipos do parasita B. Essa foi a evolução do parasita/espécie B.


Simplesmente não se mistura com comparações com o sucesso reprodutivo de ambas, ou com outras espécies ainda, da mesma forma que não se fala de diferenciais do sucesso de times de futebol, vôlei, basquete, e títulos de jogos de videogame como se competissem um contra o outro na mesma quadra, mesmo que se possa vê-los como "adversários" na economia ao todo.

O mais próximo pode ser falar de relações ecológicas de espécies adaptadas ao mesmo nicho, no mesmo habitat, ou pragas, que ameaçam destruir a própria base de sua existência.



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2-Não há nenhum recurso não explorado - isso não existe-teórico sobrando. Quando você entra no habitat compete com indivíduos, espécies e populações. se você se reproduz mais apto, tem mais aptidão, você invade o habitat na concorrência (essa é a teoria da seleção natural...). Exemplo básico é o ser humano. Destrói tudo o que toca...

Veja o exemplo com Pseudomonas que eu dei há algumas mensagens atrás. Pense também como num mesmo habitat há seres que vivem de formas diferentes, não comendo só as mesmas plantas ou presas, mas tendo aquelas a que é mais apto a explorar. Como também se defendem de diferentes formas. Exemplo clássico são as sementes de variados tamanhos e os tentilhões de Galápagos, mas ocorre em praticamente todo lugar que imaginar. Pense na África. Leões, guepardos, gazelas, hipopótamos. Cada um não pode sempre fazer tudo o que o outro faz, tem outras relações.

 

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