
Como assim, não há competição de nichos/habitat entre os menos complexos e os mais complexos?
Você estava pretendendo questionar seleção natural, mas essa ilustração não se refere a isso, mas à teia de relações ecológicas entre espécies. São coisas diferentes.
Ela impacta na seleção natural, mas não é a mesma coisa.
Novamente, não há "nicho/habitat". São coisas diferentes. Aí cada espécie tem seu nicho, diferente (com alguma sobreposição, como predadores que tenham as mesmas presas principais), mesmo que seja o mesmo habitat.
A seleção natural está se dando dentro de cada espécie/população.
Sapos de uma espécie, que tiverem características que os deixem mais a salvo da raposa (pode ser mais ou menos complexidade), serão selecionados em algum grau, e essa variação poderá vir a se fixar (ser presente em praticamente todos os indivíduos, após várias gerações) na espécie de sapos. Isso pode ocorrer até mesmo se ela implicar ou requerer reprodução menos numerosa dos sapos.
Mas pode ser também que características que façam os sapos se reproduzir mais, mesmo apesar de serem ainda mais predados por raposas, é que tenham vantagem reprodutiva -- significando substituirem outras variações de sapos da mesma espécie, não de musaranhos, de falcões, de minhocas, de pulgões ou cenouras.
E assim por diante, com cada espécie. A seleção natural se dá dentro da espécie/população, e não é largamente afetada pelo organismo ser mais simples ou mais complexo. E nem essas "categorias" atuam conjuntamente e incidentalmente como que "times" adversários, os mais complexos contra os mais simples e vice-versa.
Pragas, que podem ser espécies simples ou complexas, podem ter um efeito vagamente parecido, mas ainda não é a mesma coisa "seleção natural", não se pode misturar as coisas.
É uma confusão meio como de apoptose, morte celular programada, e natural no desenvolvimento, com morte em si. E então dizer que há um paradoxo, sendo que o organismo está morrendo, se matando propositalmente, e isso é bom, ao passo que câncer, que é o contrário, células vivendo e proliferando, levam à morte do indivíduo, então há todo um "paradoxo" na ontologia, oncologia, medicina, na forma de encarar vida e morte, e que precisamos de uma nova visão, que a atual é pura fraude e propaganda. Quando claro que não é, é só uma confusão categórica por estar se lidando com termos como "morte" e "reprodução celular", falhando em enxergar os contextos, fazendo generalizações toscas.