vcs tem que tem que entender que a Veja é a revista mais vendida do país. Os caras não irão colocar seus conchavos políticos à frente de suas vendas. A Veja é, antes de ser de direita, popular, e em razão disso maria-vai-com-as-outras. Diferente de Carta Capital, a Veja não se assume ideologicamente. Seu apoio a determinada partido é sempre velado, e ainda, considerando a própria opinião popular à respeito.
Assim, quando o PT estava ascendendo, conquistando suas primeiras prefeituras e governos estaduais, e o próprio Lula visto como única alternativa à presidência, seria queimação de filme sair fazendo ataques diretos ao partido, nadando contra a maré. Exemplo clássico é a primeira eleição do Lula. A Veja embarcou no clima de "Lulinha paz e amor", até que os primeiros escândalos aparecessem, e aí sim essa pôde partir para o ataque. A posição da Veja e de qualquer grande veículo de imprensa na cobertura política deve ser sempre num morde-assopra, sobretudo ao longo dos mandatos(sob pena de cair a máscara da imparcialidade). Já no período eleitoral é a hora de por em prática sua influência, sobretudo em pleitos mais disputados. Isso explica o episódio da bolinha de papel, ou ainda outros mais bizarros, como o "caso da tapioca", que creio ter tido mais cobertura pela imprensa (globo, Veja, folha) que escândalos muito mais vultuosos da era FHC.
Voltando à oscilação da Veja conforme o momento, algo semelhante ocorreu agora com a Copa. Desceu a lenha o tempo todo, e agora que a copa começou, tá lá a capa oportunista. Viram que a população tá apoiando a copa e querem lucrar. Há também outros do passado, como a questão do aborto. criminalidade, Maioridade penal, etc.