Nossos
jornaleiros jornalistas tendem a apimentar a relação com manchetes chamativas, lá na terra do Tio Sam não é diferente.
Nas discussões que o forista Skeptikós traz ao fórum para debates geralmente a balança tende para um dos lados, incitando a contraparte a uma reação; longe de pensar que exista uma batalha épica entre feminazi e porcos chauvinistas, vejo apenas a mídia desocupada tentando colocar lenha em fogo morto.
A opinião pública, essa coisa amorfa e via de regra ignara, forma-se como se íntima fosse dos envolvidos em casos assim, não raro denegrindo e injuriando antes mesmo de saber de toda a história, como vemos no tópico aqui no fórum sobre os
inocentados que ainda eram considerados como culpados, devido à grande irresponsabilidade de uma mídia que condena em praça pública, mas raramente absolve da mesma maneira. Aliada a um público ávido de notícias escabrosas, temos uma ópera bufa onde ninguém está livre de ser acusado de qualquer coisa e às vezes até morto por isso, como a dona de casa linchada e morta no meio da rua por suspeita de sacrifício de crianças em atos de magia negra.

A apuração dos fatos e a devida apreciação dos mesmos pelos órgãos competentes deveria ser acompanhada pelos divulgadores de notícias, os quais se responsabilizariam pelos esclarecimentos sobre o assunto. Eu sei, é um sonho, não é? Vivemos a Idade Mídia, como já ouvi dizerem...
Mesma coisa as fotos de pessoas famosas sem ou com pouca roupa que vazam na Internet: seria um complô misógino acusando as belas de humilhação por serem belas e ganharem dinheiro com isso? Seriam "prostitutas mesmo" e que "merecem" ser expostas para que vejam como são todas umas "vadias" (palavras apanhadas por mim na rua) e que não merecem ser consideradas mulheres "honestas"?
Se há violência, já disse, não adianta ficar criando leis para tentar enquadrar o ato violento quando este já está tipificado, mas fazer valer de maneira eficaz o que já está previsto para cada caso, ouvidas as partes e conhecidas as evidências, condenando a quem de direito, seja homem, mulher ou menor de idade, pelo crime em si.