E sim, o Diego e o Barata se importam com a honestidade intelectual, nisso eu concordo.
Você não consegue perceber que independente do número total a chance de uma mulher ser morta pelo parceiro é 6,6 vezes maior do que o inverso? Você entende o que é uma chance 6,6 vezes maior?
Pensa, é fácil, um homem tem 94% de chance de morrer de qualquer outra maneira que não seja assassinado pela parceira.94%
Pensa assim, se eu disser que você tem chance 6% de chance perder seu investimento no plano A e 40% de chance de perder ser investimento no plano B. Em qual plano voce investiria?
Pombos enxadristas, velho... desiste. 
Veja bem, o estudo que tomaram como fonte, foi o "Mapa da Violência de 2009" (Relatório oficial de assassinatos cometidos no Brasil no ano de 2009, que tem como fonte o SIM [Sistema de Informação de Mortalidade] do governo brasileiro)
Dos assassinatos TOTAIS cometidos contra mulheres (pouco mais de 4 Mil), 40% (cerca de 1.8 Mil) são cometidos dentro de suas residências, e dos assassinatos TOTAIS cometidos contra homens (pouco menos de 50 Mil), 6% (cerca de 2.7 Mil) são cometidos dentro de suas residências. MAS, sobre quem são os autores, não existem informações absolutas e precisas, NO ENTANTO, nas manchetes de noticias, presumiu-se (arbitrariamente, sem evidências a favor) que estes crimes são cometidos por seus/suas parceiros(as). O que já torna a informação apresentada pouco confiável. Mas, vamos supor (imaginar) que os noticiários neste ponto estejam certos em sua inferência.
Logo, tomando como base, a própria inferência imprecisa e pouco confiável dos noticiários, chega-se a conclusão, em números absolutos, de que 1.8 Mil mulheres e 2.7 Mil homens foram assassinadas por suas/seus parceiros(as) no Brasil, no ano de 2009.
2.7 é um número 66% por cento maior do que 1.8. O que leva a conclusão de que, segundo as próprias informações e dados divulgadas nos noticiários, o número de homens assassinados por suas parceiras no ano de 2009 é 66% maior do que o inverso.
Agora, porque as mulheres não possuem 6,6 vezes mais chances de serem assassinadas por seus parceiros do que o inverso? Por que o que deve-se analisar são os números absolutos e não a porcentagem isolada das mulheres em comparação com a porcentagem isolada dos homens, pois o número de homens mortos é muito maior do que o das mulheres (em todas as áreas, inclusive nos assassinatos cometidos dentro de suas residências), e muito mais espelhado, nas diversas áreas.
Então, da mesma maneira como no exemplo das frutas que o Donatello nos passou, e no exemplo dos doces que o Dr. Manhattan formulou, o que é importante é o número absoluto daquele casos especifico a se analisar (excluindo por tanto os demais fatores (irrelevantes) da conta a ser feita).
Logo, o que os autores da noticia que o Barata nos passou noticiaram, é simples e pura distorção de analise dos dados estatísticos, provavelmente com o intuito tendencioso de manipular a opinião pública.
Abraços!
Donatello, chama o Dr. Manhattan aqui para explicar isso para eles, quem sabe com o argumento de uma autoridade eles não reconheçam os seus erros.
Barata, o relatório da ONU é feito com base em relatórios nacionais dos países analisados. Logo, se analisaram o Brasil, a provável e única fonte de maior credibilidade a ser pesquisada só poderia ser o "Mapa da Violência" e/ou o próprio SIM. Então, qualquer inferência feita, em qualquer noticiário e ou passagem do relatório da ONU, que passe a imagem de certeza de que os autores dos crimes de assassinatos cometidos dentro das residências das vítimas, fossem os/as seus/suas parceiros(as) continuará a não passar de uma simples inferência arbitrária e imprecisa. Onde por isso (e outros motivos) já fora defendido por mim e pelo Donatello, que estas conclusões tornam estes dados apresentados na mídia, não só irrelevantes, mais também fraudulentos e tendenciosos, devido a maneira (tendenciosa) e inferência (arbitrária) de como eles foram apresentados.