Se a resposta for "sim", eu concordo integralmente com você, meu caro Skeptikós.
A resposta é não, me parece improvável que uma pessoa vá cumprimentar a todos que por ele passar, e ainda por cima com o mesmo grau de humor.
Então, você acha que é apenas coincidência que alguns homens cumprimentem efusivamente apenas mulheres bonitas e jovens?
Não, acho que o fato de serem bonitas e jovens pode ter contribuído para eles terem se sentido motivados a cumprimenta-la.
Você acha que pode ter contribuído? Que bom...
Só não entendo por que isso seria um problema.
Quem defende isto sem reconhecer que o cumprimento está ocorrendo por interesse e não por generosidade/carinho humano ou é um hipócrita ou é ingênuo.
Seria hipócrita se esta mesma tivesse discursos contraditórios com suas ações, pode ter certeza que este não é o meu caso. Seria inocente se esta pessoa não soubesse que a aparência e o sexo da outra pessoa são fatores influenciadores neste tipo de situação, e de fato eu reconheço que são.
No entanto, nada disso me faz acreditar que cumprimentar ou saudar uma pessoa, mesmo que com interesses românticos, não seja um ato de educação.
No mais, não continuo vendo problemas algum em cumprimentar ou saudar uma pessoa também pelo fato dela ser atraente.
Mas se a reposta for "não", a resposta do Barata pode ser considerada válida.
Então você concorda com ele em dizer que cumprimentar pessoas estranhas na rua é um ato de idiotice?
Não é isto que está em discussão. A questão central é saber se estas saudações ocorrem por pessoas que estão de muito bem com a vida e que querem exteriorizar a sua felicidade ou se são galanteios dirigidos a pessoas bonitas, mesmo que estas não gostem deste tipo de comportamento.
A pessoa pode estar de bom humor, mas isso não exclui o fato da jovem ser bonita também poder contribuir (para motiva-lo a cumprimenta-la). Ou será que agora ter suas ações influenciadas pelo que se acha bonito devera ser condenado-vetado?
Alguém cumprimenta um quadro ou um monumento geológico por serem belos? Não!
Talvez por que não existe esperança de que elas respondam a isso.
Quando alguém o faz para uma pessoa bonita pode ser ou por uma sincera admiração da beleza dela ou porque há algum interesse, geralmente sexual. Qual você acha que é o mais comum em nossa sociedade na relação homem (flertador) e mulher ("alvo")?
Mesmo que haja atração sexual, não vejo mal algum em um cumprimento ou saudação em situações dessas.
No mais, em relação aos cumprimentos e saudações do vídeo, como dito ao Barata, a não ser que a mulher demonstrasse evidentemente estar interessada sexualmente na outra pessoa, parando-a e iniciando um papo entre eles, provavelmente a outra pessoa ficaria satisfeita em receber uma resposta ao seu cumprimento ou saudação, e seguiria o caminho no qual já estava. Isso só muda no caso onde houve clara demonstração de atração sexual, como nos casos das cantadas. Que também não vejo mal algum.
Sobre a outra pessoa não gostar de ser cumprimentada por estranhos, por mais que ela odeie isso, a maioria da sociedade lida bem com esta situação, e por este motivo provavelmente lei ou campanha alguma irá mudar este quadro.
Então agora temos um ad populum?
O fato da maioria da sociedade aceitar algo não torna isto correto e nem desejável.
Na verdade torna sim (para a maioria), todas as leis e regras de conduta não são afinal, feitas mediante um acordo entre a maioria, visando o bem da maioria?
Mesmo que esta maioria seja um grupo especial separado do todo, dentro deste grupo a aprovação de uma lei ou regra de conduta é feito mediante a aprovação da maioria.
Por tanto seria saudável ela aprender a lidar de forma saudável com situações dessas (como a maioria das pessoas lidam), situações essas que são extremamente comuns numa sociedade onde é natural que pessoas estranhas se interagem na rua.
Por Odin.
A questão não está na interação entre pessoas estranhas na rua e sim no respeito ao que a outra pensa em foro íntimo sobre galanteios, sejam eles refinados ou grosseiros.
Ou somente a sua vontade é suficiente?
Neste caso a vontade dela se apresenta aos meus olhos com algo absurdo. Se me fosse convencido de que é algo sensato, ai eu a levaria em consideração.
Eu conheço muitas mulheres, de diferentes idades, que não gostam de ser importunadas, mesmo que seja por um simples "olá, tudo bem?".
Como disse o Madiba, elas deveriam aprender a conviverem em sociedade, pois ao se estressar com simples cumprimentos de estranhos, quem sai perdendo é ela mesmo.
Ou aquele que faz galanteios deveria entender que existindo muitas pessoas que não gostam deste tipo de manifestação, deveria se comportar de maneira mais adequada (com prudência e cautela), mesmo que isto vá contra o seu desejo, ainda mais se no caso não for possível reconhecer claramente o grau de receptividade.
Não se pode proibir tudo aquilo onde não existe consenso, tomando com premissa a inação como regra onde ação e inação é a geradora do conflito. Se assim fosse feito, tudo o mais seria proibido, pois em nenhum assunto que seja existe consenso.
Então dissolva a sociedade porque não existe nada que seja consenso absoluto.
É exatamente isso que estou dizendo, com o adendo que considerar a inação como a melhor resposta, sempre que não existir o consenso, levaria-nos a inação completa, em todo e qualquer assunto de debate. Será que se pode imaginar o desastre que isso provocaria?
O bom senso neste caso me leva a considerar o pedido destas moças absurdo, proibir pessoas estranhas de se falarem na rua? é sério? é neste nível de politicamente correto que chegamos?
Cara, eu estou começando a considerar que você ou está trollando ou tem um déficit cognitivo. Ninguém está proibindo a conversa entre as pessoas mas, do jeito que você escreve, dá a entender que uma 'cantada' disfarçada de "bom dia" é o mesmo que pedir uma informação sobre um endereço.
Cantada disfarçada de bom dia? é isso que você viu no vídeo?
Sou contra a proibição de cantadas também, mas nem é esta a questão, a questão é que estas campanhas feministas interpretam distorcidamente qualquer cumprimento ou saudação como um exemplo evidente de assédio sexual. E também sou contra este extremismo distorcido, transvestido de causa justa.
Abraços!