Autor Tópico: Analisando o "Perigo Islâmico"  (Lida 74142 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Rhyan

  • Visitante
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #475 Online: 09 de Agosto de 2016, 16:52:10 »
Ela tem 18 anos e encara a praia com roupa comprida por parceira muçulmana

Nada Meawad fez história ao lado de Doaa Elghobashy. Elas se tornaram a primeira dupla do Egito a disputar uma partida de vôlei de praia. As atenções das câmeras e do público ficaram quase todas em cima de Doaa, que usa o hijab, véu sobre a cabeça. Mas Nada, mesmo com os cabelos soltos, também merece atenção.

Ambas são muçulmanas, mas levam a vida seguindo preceitos diferentes do islamismo. Nada, que tem 18 anos, não se preocupa com as regras que impedem que ela mostre seu corpo no vôlei de praia. A garota usa biquíni e atua sem o hijab, o véu sobre a cabeça.

Mas, ela teve de se adaptar aos costumes de sua companheira, que faz o uso do véu e calça para atuar, para poder estar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Na verdade, nós temos que usar o mesmo tipo de roupa. É por isso que eu estou usando calças. Normalmente, eu posso usar uma camiseta e biquínis”, disse Nada depois da partida, lembrando que a Federação Internacional de Vôlei (Fivb) obriga que as duplas usam o mesmo traje.

O uso do véu não é uma obrigação das muçulmanas. Segundo Howyda Mondy, chefe da delegação do Egito, o uso é opcional e essa foi a escolha de Doaa.

REUTERS/Ruben Sprich
Doaa Elghobashy usa o hijab e cobre todo o corpo dentro e fora de quadra
imagem: REUTERS/Ruben Sprich
Nada não tem contato com a praia há muito tempo. São apenas três meses na modalidade. Ela nem conquistou a vaga para a Olimpíada do Rio de Janeiro. Foi na verdade convocada pelo Comitê Olímpíco do Egito, pois Doaa fazia dupla com Lamies Nossie na classificação.

Esse pouco entrosamento entre as atletas explica um pouco o sentimento delas depois da derrota por 2 a 0 para as alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst, por 2 a 0.

“Foi muito rápido o jogo, mas estamos felizes porque estamos em um dos melhores lugares do mundo para se jogar vôlei de praia. Pensamos que, por só jogarmos essa modalidade há um ano e meio, estamos orgulhosas. Se tivéssemos a mesma estrutura e condição do time alemão, teríamos ido melhor”, disse Doaa.

Apesar de terem entrado para a história, tanto Doaa como Nada não têm o futuro garantido no vôlei de praia. Ambas são atletas de quadra e ainda não decidiram se farão uma escolha ou se atuarão nas duas modalidades.

http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/08/ela-tem-18-anos-e-encara-a-praia-com-roupa-comprida-por-parceira-muculmana.htm

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #476 Online: 09 de Agosto de 2016, 18:06:54 »
Comentário de um internauta nesse link acima que o Libertário trouxe:

Citar
Robinson Pereira

Não vejo insanidade nenhuma. São culturas diferentes. Aqui no Ocidente compactuamos com uma cultura de exposição do corpo feminino de uma forma que nem sempre é iniciativa da mulher. O fato das mulheres terem se acostumado com essa exposição não as torna menos submissas. Estive em um país muçulmano e vi mulheres muçulmanas na praia, de short, de biquíni, mulheres andando nas ruas de calça jeans, nada dessa imagem que temos - deturpada - de como se comportam as mulheres nos países islâmicos. Engolimos essa imagem como se fosse assim com todas, da mesma forma como em outros países os estrangeiros acreditam em imagens deturpadas das mulheres daqui e acabam indo para a cadeia como os boxeadores de Marrocos e da Namíbia. Estereotipar está errado, de um lado quanto do outro.



Offline JJ

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.747
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #477 Online: 16 de Agosto de 2016, 08:39:02 »




POR QUE TEMOS MEDO DE OFENDER ISLÂMICOS?

Cristopher Hitchens

Extraído da revista Época
09/08/2007 - Edição nº 481


O site on faith (sobre fé) dedicou a semana passada a uma discussão sobre o islã. Como sempre, houve uma busca por versões “moderadas” dessa fé antes mesmo de a discussão começar. Se eu fosse muçulmano, essa seria a parte mais “ofensiva”. Por que eu deveria provar que minha crença mais profunda é compatível com moderação? Um muçulmano só precisa afirmar que existe um só Deus e que Maomé foi seu profeta, trazendo as palavras finais de Deus para a humanidade. Dessa forma, a crença islâmica é radical desde o início.



Nenhum ser humano pode afirmar com certeza que Deus existe. Está ainda mais além da capacidade cognitiva de qualquer pessoa afirmar sem problemas que o
senhor da criação disse suas palavras definitivas a um mercador analfabeto na Arábia do século VII. Quem alardeia acontecimentos fantásticos por definição não
tem idéia do que diz (e isso inclui quem afirma que Moisés abriu o Mar Vermelho ou que uma virgem ficou grávida).


Por que, então, deveríamos ser obrigados a “respeitar” os que insistem que só eles sabem algo que não se pode saber? E que, ainda por cima, pode se transformar em permissão para matar? Como de vez em quando desafio a propaganda islâmica publicamente, ouço que teria “insultado 1,5 bilhão de muçulmanos”. Há um tom de ameaça nessa afirmação. Não acho que Maomé tenha feito uma “viagem noturna” a Jerusalém em um cavalo alado. E não importa que 10 bilhões de pessoas digam o contrário. Mas uma ameaça real de violência está por trás da exigência dos muçulmanos por “respeito”.



Um estudante da Pace University, em Nova York, foi preso por crime de ódio porque jogou fora um Alcorão. Nada me causa mais repulsa que maltratar livros. Mas, se eu quiser cuspir sobre uma cópia dos escritos de Ayn Rand, Karl Marx ou James Joyce, é problema meu. Quando entro em um quarto de hotel e jogo pela janela a cópia não-solicitada da Bíblia ou do Livro dos Mórmons, não estou infringindo a lei, exceto talvez em relação ao lixo. Por que fazemos essa distinção para o Alcorão? Por medo. Porque os fanáticos por esse livro provaram mais de uma vez que falam sério quando o assunto é intimidação.



O incidente na Pace University é ainda mais absurdo se lembrarmos que os islâmicos são os atuais líderes no campeonato mundial de queima de livros. Depois dos rumores de que um Alcorão teria sido jogado na privada em Guantánamo, uma turba queimou uma biblioteca antiga no Afeganistão onde (como observou secamente o presidente Hamid Karzai) havia cópias antigas do mesmo livro. Não satisfeitos com incendiar cópias dos Versos Satânicos, linchadores islâmicos pediram que o autor, Salman Rushdie, também fosse queimado. Muitos autores, muçulmanos ou não, estão mortos ou escondidos por escrever sobre afirmações inacreditáveis do islã. E é para aplacar esse fanatismo que um estudante de Nova York foi preso.


É preciso acabar com isso. Quando vamos ver alguém ser preso por defender que livros sejam queimados em nome de Deus? Se a polícia realmente estiver interessada, posso ajudar a identificar pessoas que fizeram ameaças físicas contra a publicação nos Estados Unidos de umas charges dinamarquesas.


É comum dizer que a oposição ao jihadismo só aumenta o recrutamento. Se for verdade, funciona para os dois lados. Que tal lembrar aos islâmicos que sua política na Caxemira fez com que 1 bilhão de hindus se transformassem em inimigos?


Os inimigos da intolerância não podem ser tolerantes ou neutros sem fazer um convite ao próprio suicídio. Os que fazem apologia do fanatismo, da censura e do
assassinato suicida não podem se abrigar sob a sombra do pluralismo que estão abertamente tentando destruir.



http://www.rolim.com.br/2002/_pdfs/hitchens2pqofender.pdf















« Última modificação: 16 de Agosto de 2016, 08:43:23 por JJ »

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #478 Online: 16 de Agosto de 2016, 09:13:32 »
Por falar nisso, como é a produção científica e acadêmica no mundo islâmico?

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #479 Online: 16 de Agosto de 2016, 10:48:22 »
Por falar nisso, como é a produção científica e acadêmica no mundo islâmico?

Parecido com a da América Latina e África cristã:


Se o mundo fosse mapeado de acordo com quantos trabalhos de investigação científica cada país produz, assumiria uma aparência bizarra e irregular.

http://hypescience.com/mapa-mundo-ciencia-producao-cientifica/

Mas já foi diferente: por que será?
« Última modificação: 16 de Agosto de 2016, 11:16:36 por Pasteur »

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #480 Online: 17 de Agosto de 2016, 00:08:43 »
Por falar nisso, como é a produção científica e acadêmica no mundo islâmico?

Citar
https://en.wikipedia.org/wiki/Al-Ghazali

Abū Ḥāmid Muḥammad ibn Muḥammad al-Ghazālī (/ɡæˈzɑːli/; Arabic: ابو حامد محمد ابن محمد الغزالي‎‎; c. 1058 – 18 December 1111), shortened as Al-Ghazali and known as Algazelus or Algazel to the Western medieval world, was a Muslim theologian, jurist, philosopher, and mystic of Persian descent.[14][15]

Al-Ghazali has been referred to by some historians as the single most influential Muslim after the Islamic prophet Muhammad.[16] Within Islamic civilization he is considered to be a Mujaddid or renewer of the faith, who, according to tradition, appears once every century to restore the faith of the community.[17][18][19] His works were so highly acclaimed by his contemporaries that al-Ghazali was awarded the honorific title "Proof of Islam" (Hujjat al-Islam).[1] Others have cited his opposition to certain strands of Islamic philosophy as a detriment to Islamic scientific progress.[20][page needed][21][better source needed]

...

Incoherence of the Philosophers[edit]
His 11th century book titled The Incoherence of the Philosophers marks a major turn in Islamic epistemology. The encounter with skepticism led al-Ghazali to embrace a form of theological occasionalism, or the belief that all causal events and interactions are not the product of material conjunctions but rather the immediate and present Will of God.

The Incoherence also marked a turning point in Islamic philosophy in its vehement rejections of Aristotle and Plato. The book took aim at the falasifa, a loosely defined group of Islamic philosophers from the 8th through the 11th centuries (most notable among them Avicenna and Al-Farabi) who drew intellectually upon the Ancient Greeks.

In the next century, Averroes drafted a lengthy rebuttal of al-Ghazali's Incoherence entitled The Incoherence of the Incoherence; however, the epistemological course of Islamic thought had already been set.[25] Al-Ghazali gave as an example of the illusion of independent laws of cause the fact that cotton burns when coming into contact with fire. While it might seem as though a natural law was at work, it happened each and every time only because God willed it to happen—the event was "a direct product of divine intervention as any more attention grabbing miracle". Averroes, by contrast insisted while God created the natural law, humans "could more usefully say that fire cause cotton to burn -- because creation had a pattern that they could discern." [26] [27][28]

...


Offline JJ

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.747
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #481 Online: 17 de Agosto de 2016, 07:33:53 »
Por falar nisso, como é a produção científica e acadêmica no mundo islâmico?
Por falar nisso, como é a produção científica e acadêmica no mundo islâmico?



A sua pergunta foi muito genérica, o chamado mundo islâmico inclui desde países que (ainda) são laicos, com países não laicos  (e não democráticos, incluindo o mais ditatorial deles que é a rica Arábia Saudita ).

E a Arábia Saudita não é um país islâmico qualquer, além de ser um país (relativamente) rico é também o centro de propagação do wahabismo* no mundo (que é a raiz ideológica do ISIS).  E é praticamente um Estado Islãmico. 

Então se queremos saber  o que seria um mundo islâmico "pra valer", e também quisermos saber  sobre a produção científica em um estado islâmico  é interessante saber  sobre a educação científica na Arábia Saudita e a o conteúdo preciso da produção científica, e não uma estatística genérica sobre quantidade de artigos  num "mundo islâmico".


Sem falar que a Arábia Saudita  é amigona do grande irmão  (o que é mais um indicativo de sua  importância).


Decididamente não é um país islâmico (qualquer), é o país islâmico.


A Arábia Saudita é que realmente interessa.





*conf.  http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/2016-01-02/o-que-e-o-wahabismo-a-raiz-ideologica-do-estado-islamico.html



« Última modificação: 17 de Agosto de 2016, 08:17:03 por JJ »

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #482 Online: 17 de Agosto de 2016, 08:27:26 »


Me refiro a qualidade da produção cientifica deles.

Nao vejo eles produzindo nada, patenteando nada, apenas comprando tudo e que são bons em áreas como engenharia civil e industria do petróleo

Um biólogo ou astrofísico muçulmano consegue se criar na academia ?

Ou o alto conselho Jedi para a defesa da fé vai riscar tudo nestas disciplinas que estejam contra a escritura?

Offline JJ

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.747
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #483 Online: 17 de Agosto de 2016, 08:38:46 »


Me refiro a qualidade da produção cientifica deles.

Nao vejo eles produzindo nada, patenteando nada, apenas comprando tudo e que são bons em áreas como engenharia civil e industria do petróleo

Um biólogo ou astrofísico muçulmano consegue se criar na academia ?

Ou o alto conselho Jedi para a defesa da fé vai riscar tudo nestas disciplinas que estejam contra a escritura?



Aqui você modificou de forma significativa a sua questão,  pois  produção científica  do "mundo islâmico"   é uma questão significativamente diferente  da produção científica de um muçulmano qualquer.   

Obviamente  nem todo muçulmano é wahabita (ou coisa semelhante), entretanto na Arábia Saudita quase todos os muçulmanos devem ser wahabitas.  Então  a possibilidade  do conjunto possível de  produção científica de um muçulmano na Arábia Saudita  sofrer interferências  da  religião ( e ter sido mais restrito por causa dela)  certamente é muito maior, do que a de um muçulmano na França (nascido e criado na França por pais não wahabitas).




« Última modificação: 17 de Agosto de 2016, 08:47:21 por JJ »

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #484 Online: 17 de Agosto de 2016, 10:19:51 »


Me refiro a qualidade da produção cientifica deles.

Nao vejo eles produzindo nada, patenteando nada, apenas comprando tudo e que são bons em áreas como engenharia civil e industria do petróleo

Um biólogo ou astrofísico muçulmano consegue se criar na academia ?

Ou o alto conselho Jedi para a defesa da fé vai riscar tudo nestas disciplinas que estejam contra a escritura?

Esse alto conselho Jedi para defesa da fé tem atrapalhado também a América Latina e a África cristã também: que droga!

Offline JJ

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.747
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #485 Online: 17 de Agosto de 2016, 10:38:32 »


E a princípio, mesmo na Arábia Saudita pode haver áreas de produção científica em boa quantidade e qualidade,  pois mesmo uma vertente mais radical como o wahabismo não deverá ter conflitos com todas as áreas científicas,  provavelmente apenas algumas áreas poderão ser mais impactadas (de forma significativa) por crenças religiosas.  Para exemplificar uma área que certamente sofre esse impacto é o da biologia evolutiva. Outra área provável de sofrer interferência é a cosmologia.



Offline JJ

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.747
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #486 Online: 17 de Agosto de 2016, 10:45:06 »


Abaixo segue um exemplo que mostra haver, sim,  áreas  com boas  pesquisas científicas  até na  radical Arábia Saudita:


Capacitando a descoberta: O novo Shaheen XC40 da KAUST ocupa o sétimo lugar na classificação dos dez melhores supercomputadores do mundo



THUWAL, Arábia Saudita, 13 de julho de 2015 /PRNewswire/ -- O Shaheen XC40, o novo sistema Cray da KAUST - King Abdullah University of Science and Technology (Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah) é o sétimo supercomputador mais rápido do mundo, de acordo com a lista TOP500 divulgada hoje na International Supercomputing Conference (Conferência Internacional de Supercomputação) em Frankfurt, Alemanha.


Para visualizar o comunicado para a imprensa em multimídia, clique aqui:

http://www.multivu.com/players/English/7572551-kaust-shaheen-XC40-supercomputer/ "O Shaheen XC40 reafirma o compromisso da KAUST capacitando nossos pesquisadores e parceiros com recursos de computação de alto desempenho", disse Jean-Lou Chameau, Presidente da KAUST. "Ele vai aprimorar ainda mais nossa educação e esforços de pesquisa e apoiar nossa visão de sermos um destino para o talento e causarmos impacto global na ciência e
na tecnologia".


O predecessor do Shaheen XC40, um sistema Blue Gene/P chamado Shaheen, é um sistema IBM em uso desde a inauguração da KAUST em 2009. O primeiro Shaheen foi usado em uma vasta série de campos desde modelagem do clima global e investigação de plasmoides causados por vento solar até modelagem de reservas petróleo e bioinformáticas de plantas tolerantes ao sal e à seca.


Supercomputação para colaboração e impacto nacional


Uma série de instituições sauditas usa o sistema Shaheen da KAUST e devem continuar a acelerar suas pesquisas no Shaheen XC40 atualizado. Organizações tais como King Fahd University of Petroleum and Minerals (Universidade de Petróleo e Minerais Rei Fahd), King Saud University (Universidade Rei Saud), King Abdulaziz University (Universidade Rei Abdulaziz) e KACST - King Abdulaziz City for Science and Technology (Cidade da Ciência e Tecnologia Rei Abdulaziz) já utilizam as capacidades de supercomputação da KAUST para desenvolver seu trabalho e examinar novos campos de pesquisa, contribuindo ainda mais para a diversificação econômica da Arábia Saudita.


A indústria petroquímica da nação também continua a ser um dos grandes usuários da HPC – high performance computing (computação de alto desempenho) na região, com companhias tais como a Saudi Aramco e Saudi Basic Industries Corporation (SABIC) usando os recursos de supercomputação da KAUST para melhorar seus negócios de petróleo e gás e na pesquisa química e de catálise química.


"O sistema Shaheen XC40 contribuirá para a melhoria das principais indústrias da Arábia Saudita e facilitará a transição da nação na direção de uma economia baseada no conhecimento", disse Jean M. Fréchet, Vice-Presidente de Pesquisa da KAUST. "O impacto de investimentos tais como o Shaheen e o Shaheen XC40 vai além da HPC e atinge todas as áreas da ciência. A KAUST oferece suas instalações e excepcional especialização científica para ajudar a fortalecer a posição da Arábia Saudita como um centro de rápido crescimento para a pesquisa e a inovação".

Sobre a KAUST

A KAUST - King Abdullah University of Science and Technology – (Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah) é uma universidade internacional de nível de graduação localizada à beira do Mar Vermelho na Arábia Saudita. A KAUST se dedica ao progresso da ciência e tecnologia através da pesquisa, educação e inovação transdisciplinar. http://www.kaust.edu.sa 



http://www.multivu.com/players/English/7572551-kaust-shaheen-XC40-supercomputer/links/7572551-LT-Portuguese.pdf   



« Última modificação: 17 de Agosto de 2016, 10:50:30 por JJ »

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #487 Online: 17 de Agosto de 2016, 13:51:17 »
É fui preconceituoso nessa, admito, achava que a unica produção tecnológica/cientifica dos caras era a de burkas com wi-fi ou pedras teleguiadas e que o resto eles compram com os infiéis do ocidente hedonista.  :(

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #488 Online: 17 de Agosto de 2016, 15:38:15 »


Me refiro a qualidade da produção cientifica deles.

Nao vejo eles produzindo nada, patenteando nada, apenas comprando tudo e que são bons em áreas como engenharia civil e industria do petróleo

Um biólogo ou astrofísico muçulmano consegue se criar na academia ?

Ou o alto conselho Jedi para a defesa da fé vai riscar tudo nestas disciplinas que estejam contra a escritura?

Esse alto conselho Jedi para defesa da fé tem atrapalhado também a América Latina e a África cristã também: que droga!

Como fica a produção científica proporcional ao PIB? Os países muçulmanos ricos ainda são proporcionais aos países mais lenientes a interpretações religiosas moderadas e ao naturalismo?





Produção científica de impacto:



http://www.scimagolab.com/blog/2011/scientific-excellence-georeferenced-the-neighborhood-matters/





Offline JJ

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.747
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #489 Online: 17 de Agosto de 2016, 16:29:34 »


O Buckaroo é o Rei dos Gráficos.   


                                               :rei:     


   :louva:   :louva: :louva: :louva: :louva: :louva: :louva: :louva: :louva:






« Última modificação: 17 de Agosto de 2016, 16:32:27 por JJ »

Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #490 Online: 17 de Agosto de 2016, 17:55:13 »
Citação de: Pasteur

Mas já foi diferente: por que será?

Provavelmente porque no início a cultura pré-islâmica predominava entre os povos conquistados (persas, judeus, hindus, gregos, etc), e a "arabização" ou mesmo "islamização" plena dessas sociedades levou séculos para ser completada.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #491 Online: 17 de Agosto de 2016, 18:06:20 »
<a href="https://www.youtube.com/v/Fl1nJC3lvFs" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/Fl1nJC3lvFs</a>

Mike Neil DeGrasse Tyson - The Intellectual Collapse of Islam


https://www.theguardian.com/commentisfree/belief/2009/nov/27/islam-science-ghazali

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #492 Online: 17 de Agosto de 2016, 20:32:48 »


Me refiro a qualidade da produção cientifica deles.

Nao vejo eles produzindo nada, patenteando nada, apenas comprando tudo e que são bons em áreas como engenharia civil e industria do petróleo

Um biólogo ou astrofísico muçulmano consegue se criar na academia ?

Ou o alto conselho Jedi para a defesa da fé vai riscar tudo nestas disciplinas que estejam contra a escritura?

Esse alto conselho Jedi para defesa da fé tem atrapalhado também a América Latina e a África cristã também: que droga!

Como fica a produção científica proporcional ao PIB? Os países muçulmanos ricos ainda são proporcionais aos países mais lenientes a interpretações religiosas moderadas e ao naturalismo?




Humm, não sei se essa foi uma boa estratégia sua de distração: Luxemburgo está atrás até do Egito em produção científica...  :no:

http://www.nature.com/nature/journal/v522/n7556_supp/fig_tab/522S34a_T1.html

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #493 Online: 17 de Agosto de 2016, 20:35:31 »

Produção científica de impacto:




Sem novidades, esse gráfico tem mensagem semelhante a esse:


Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #494 Online: 17 de Agosto de 2016, 20:39:02 »


O Buckaroo é o Rei dos Gráficos.   


                                               :rei:     


   :louva:   :louva: :louva: :louva: :louva: :louva: :louva: :louva: :louva:

Pensei que ele iria me explicar por que a América Latina e a África Cristã são raquíticas em produção científica... :sleepy:

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #495 Online: 17 de Agosto de 2016, 20:40:48 »
Citação de: Pasteur

Mas já foi diferente: por que será?

Provavelmente porque no início a cultura pré-islâmica predominava entre os povos conquistados (persas, judeus, hindus, gregos, etc), e a "arabização" ou mesmo "islamização" plena dessas sociedades levou séculos para ser completada.

Mas a era de ouro da ciência no Islã superou o Ocidente em produção científica: as invasões externas devem ter minado o progresso da região.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #496 Online: 17 de Agosto de 2016, 20:48:14 »
Conforme coloquei na mesma mensagem, acho a defasagem dos países islâmicos não é tão equiparável a essa quando se considera também o PIB.

Mas deve haver uma correlação negativa com qualquer religião, com alta religiosidade, muito embora o islâ pareça ser mesmo inerentemente mais afetado devido a essa influência anti-científica de Al-Gazali, segundo em influência depois de Maomé. Tal como seriam sub-divisões do cristianismo mais medievalescas.

https://en.wikipedia.org/wiki/Islamic_attitudes_towards_science


Humm, não sei se essa foi uma boa estratégia sua de distração: Luxemburgo está atrás até do Egito em produção científica...  :no:

http://www.nature.com/nature/journal/v522/n7556_supp/fig_tab/522S34a_T1.html

Luxemburgo é cherry-picking por definição, e o Egito é um dos países islâmicos com maior número de não-religiosos. O ranking que você usou ainda considera quantidade.




Citação de: Pasteur

Mas já foi diferente: por que será?

Provavelmente porque no início a cultura pré-islâmica predominava entre os povos conquistados (persas, judeus, hindus, gregos, etc), e a "arabização" ou mesmo "islamização" plena dessas sociedades levou séculos para ser completada.

Mas a era de ouro da ciência no Islã superou o Ocidente em produção científica: as invasões externas devem ter minado o progresso da região.

Acho que de modo geral não houve tanta produção científica quanto os apologistas gostam de afirmar, mas mais assimilação do que já existia. Exemplo clássico são os algarismos árabes, que são na verdade indianos.




Citar
Islam and science
The road to renewal

After centuries of stagnation science is making a comeback in the Islamic world



http://www.economist.com/news/international/21570677-after-centuries-stagnation-science-making-comeback-islamic-world-road

THE sleep has been long and deep. In 2005 Harvard University produced more scientific papers than 17 Arabic-speaking countries combined. The world’s 1.6 billion Muslims have produced only two Nobel laureates in chemistry and physics. Both moved to the West: the only living one, the chemist Ahmed Hassan Zewail, is at the California Institute of Technology. By contrast Jews, outnumbered 100 to one by Muslims, have won 79. The 57 countries in the Organisation of the Islamic Conference spend a puny 0.81% of GDP on research and development, about a third of the world average. America, which has the world’s biggest science budget, spends 2.9%; Israel lavishes 4.4%.

Many blame Islam’s supposed innate hostility to science. Some universities seem keener on prayer than study. Quaid-i-Azam University in Islamabad, for example, has three mosques on campus, with a fourth planned, but no bookshop. Rote learning rather than critical thinking is the hallmark of higher education in many countries. The Saudi government supports books for Islamic schools such as “The Unchallengeable Miracles of the Qur’an: The Facts That Can’t Be Denied By Science” suggesting an inherent conflict between belief and reason.

[...]


Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #497 Online: 17 de Agosto de 2016, 23:43:32 »
A esperança de uma explicação é a última que morre: por que a AL e África Cristã produzem pouco e quase não ganharam prêmios nobels? Peçam ajuda para Neil DeGrasse Tyson. Quem sabe ele se saia melhor do que no campo dele...

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #498 Online: 17 de Agosto de 2016, 23:55:23 »
A esperança de uma explicação é a última que morre: por que a AL e África Cristã produzem pouco e quase não ganharam prêmios nobels? Peçam ajuda para Neil DeGrasse Tyson. Quem sabe ele se saia melhor do que no campo dele...

Não é tão pouco Nobel assim...
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laureados_com_o_Nobel_por_pa%C3%ADs

É pouco se compararmos com os países de primeiro mundo.

A AL produz mais artigos científicos que o OM. O Brasil é o 15º país que mais produz. O primeiro país islâmico que mais produz é a laica(até bem pouco tempo atrás) Turquia. O Irã,que tem um controverso programa nuclear, também está bem no ranking em 22º. É importante frisar que o Brasil produz muito mais que esses dois países e somente somando que os dois passam o  Brasil.
http://www.scimagojr.com/countryrank.php

OM:
http://www.scimagojr.com/countryrank.php?region=Middle%20East
AL(praticamente o Brasil leva nas costas):
http://www.scimagojr.com/countryrank.php?region=Latin%20America
África(África do Sul produz praticamente mais que os islâmicos juntos):
http://www.scimagojr.com/countryrank.php?region=Africa

Os melhores países para a ciência:
http://www.scientificamerican.com/article/the-worlds-best-countries-science/
« Última modificação: 17 de Agosto de 2016, 23:59:20 por Gauss »
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #499 Online: 18 de Agosto de 2016, 00:05:24 »
A esperança de uma explicação é a última que morre: por que a AL e África Cristã produzem pouco e quase não ganharam prêmios nobels? Peçam ajuda para Neil DeGrasse Tyson. Quem sabe ele se saia melhor do que no campo dele...

Não é tão pouco Nobel assim...
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laureados_com_o_Nobel_por_pa%C3%ADs

É pouco se compararmos com os países de primeiro mundo.

A AL produz mais artigos científicos que o OM. O Brasil é o 15º país que mais produz. O primeiro país islâmico que mais produz é a laica(até bem pouco tempo atrás) Turquia. O Irã,que tem um controverso programa nuclear, também está bem no ranking em 22º. É importante frisar que o Brasil produz muito mais que esses dois países e somente somando que os dois passam o  Brasil.
http://www.scimagojr.com/countryrank.php

OM:
http://www.scimagojr.com/countryrank.php?region=Middle%20East
AL(praticamente o Brasil leva nas costas):
http://www.scimagojr.com/countryrank.php?region=Latin%20America
África(África do Sul produz praticamente mais que os islâmicos juntos):
http://www.scimagojr.com/countryrank.php?region=Africa

Os melhores países para a ciência:
http://www.scientificamerican.com/article/the-worlds-best-countries-science/

O país com o maior número de católicos do mundo nunca ganhou um nobel! Qual seria a explicação??  :stunned:

Pau que bate em...

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!