Autor Tópico: Masculinismo  (Lida 42021 vezes)

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Offline Rostov

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Re:Masculinismo
« Resposta #326 Online: 04 de Dezembro de 2014, 19:47:56 »
É uma satirização.

O tanto de "Viva à putaria!" que vi aqui não fez parecer satirização.

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A promiscuidade é imoral?

Direi que sim, e correrei o risco de ser chamado de conservador, pois os nossos “homens alfa”* de hoje pensam com a cabeça de baixo e não conseguem enxergar quaisquer infortúnios no modo como uma sociedade pratica sua vida sexual. Na verdade, vou mais longe. Arrisco dizer que qualquer promiscuidade – no sentido puro da palavra e não no contexto sexual -  é uma imoralidade. Ora, o que é a promiscuidade senão o caos? Senão uma mistura sem ordem? Senão uma diversidade desgovernada? E por que no contexto sexual há de ser diferente? A promiscuidade é um indício de depravação; uma moral corrompida por alienação social, falta de educação paternal ou transtornos como sociopatia; o que pode ocasionar numa predominante visão de mundo individualista e subjetiva. Uma pessoa promíscua não possui princípios. Entrega-se facilmente a qualquer parceiro. É uma aberração do ponto de vista epidemiológico.

No link que o I'll be back mandou, nota-se que os 12 moleques (termo adequado apesar de serem adultos) não estavam apenas “curtindo” a sessão de putaria. Estavam também tirando sarro do namorado da promíscua. É aquilo que chamamos de schadenfreude: um prazer com o infortúnio alheio. Schadenfreude, como disse Nietzsche – apesar de ateu -, revela o que há de mais diabólico no ser humano.


« Última modificação: 04 de Dezembro de 2014, 19:49:58 por Rostov »

Offline Geotecton

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Re:Masculinismo
« Resposta #327 Online: 04 de Dezembro de 2014, 20:09:26 »
"Orgias, públicas e privadas, praticadas por mulheres libidinosas, geralmente jovens, com o intuito de mostrar ao patriarcado que a lascívia está vencendo os bons costumes praticados pelos homens-de-bem."
E é essa a putaria generalizada que vocês apoiam?

Foi uma resposta satírica a uma pergunta feita pelo forista _Juca_.

E respondendo especificamente a sua pergunta: Eu não ligo a mínima para o que os outros fazem ou deixam de fazer com as suas vidas privadas, incluindo a parte sexual, a menos que isto me afete diretamente.
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Offline Rostov

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Re:Masculinismo
« Resposta #328 Online: 04 de Dezembro de 2014, 20:48:15 »
"Orgias, públicas e privadas, praticadas por mulheres libidinosas, geralmente jovens, com o intuito de mostrar ao patriarcado que a lascívia está vencendo os bons costumes praticados pelos homens-de-bem."
E é essa a putaria generalizada que vocês apoiam?

Foi uma resposta satírica a uma pergunta feita pelo forista _Juca_.

E respondendo especificamente a sua pergunta: Eu não ligo a mínima para o que os outros fazem ou deixam de fazer com as suas vidas privadas, incluindo a parte sexual, a menos que isto me afete diretamente.

Uma visão egocêntrica. Então, você não se importa que a promiscuidade sexual pregada como um direito e muitas vezes valorizada pela midia ocasione o fim da família nuclear; filhos vivendo sem pai ou mãe e fins de relacionamentos conjugais? Talvez, se você fosse o garoto que descobriu que a namorada estava chupando 12 pintos alheios, mudaria de ideia.

É uma questão moral. O libertário é sempre um imoral. Para começar, as crianças deveriam receber educação filosófica desde pequenas. Devem aprender a se comportar na sociedade. Distinguir entre o certo e o errado, entre o adequado e o inadequado, entre o benéfico e o marattléfico. Mas o que vemos são pessoas sem escrúpulos que prezam pela liberdade individual de se fazer o que bem quiser. São individualistas e competitivos. A empatia é quase uma raridade.
« Última modificação: 04 de Dezembro de 2014, 21:00:35 por Rostov »

Offline DDV

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Re:Masculinismo
« Resposta #329 Online: 04 de Dezembro de 2014, 20:57:41 »
"Orgias, públicas e privadas, praticadas por mulheres libidinosas, geralmente jovens, com o intuito de mostrar ao patriarcado que a lascívia está vencendo os bons costumes praticados pelos homens-de-bem."
E é essa a putaria generalizada que vocês apoiam?

Foi uma resposta satírica a uma pergunta feita pelo forista _Juca_.

E respondendo especificamente a sua pergunta: Eu não ligo a mínima para o que os outros fazem ou deixam de fazer com as suas vidas privadas, incluindo a parte sexual, a menos que isto me afete diretamente.

Uma visão egocêntrica. Então, você não se importa que a promiscuidade sexual pregada como um direito e muitas vezes valorizada pela midia ocasione o fim da família nuclear; filhos vivendo sem pai ou mãe e fins de relacionamentos conjugais? Talvez, se você fosse o garoto que descobriu que a namorada estava chupando 12 pintos alheios, mudaria de ideia.

Há espaço para todos. Quem quiser ter uma vida de casado tradicional, tem toda a liberdade para tê-la. Quem quiser ter uma vida de "putaria", também tem toda a liberdade e direito de tê-la. Cada um na sua. Quem quiser ficar pulando de matrimônio em matrimônio, também é escolha e problema da pessoa e seus cônjuges.

Quanto à namorada que chupou falos, isso é problema dela e seu namorado. Eles que se resolvam, ponto.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #330 Online: 04 de Dezembro de 2014, 21:12:48 »
"Sucção fálica" é uma terminologia assaz curiosa, eu diria.

Esse é um assunto em que as preocupações ou prioridades direitistas e esquerdistas se invertem. Os direitistas têm maior preocupação com as conseqüências sociais, e os esquerdistas, com a liberdade individual. (Ao menos o esquerdismo atual; aparentemente há registro de que o socialismo de fato era bastante conservador).

E novamente a moderação centrista é a posição sensata e racional, sem exageros e histeria.



Acho que também é mais um dos assuntos (será que há exceção?) em que o "extremismo" acaba servindo de auto-espantalho e favorecendo o lado oposto.

Offline Geotecton

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Re:Masculinismo
« Resposta #331 Online: 04 de Dezembro de 2014, 21:18:21 »
"Orgias, públicas e privadas, praticadas por mulheres libidinosas, geralmente jovens, com o intuito de mostrar ao patriarcado que a lascívia está vencendo os bons costumes praticados pelos homens-de-bem."
E é essa a putaria generalizada que vocês apoiam?
Foi uma resposta satírica a uma pergunta feita pelo forista _Juca_.

E respondendo especificamente a sua pergunta: Eu não ligo a mínima para o que os outros fazem ou deixam de fazer com as suas vidas privadas, incluindo a parte sexual, a menos que isto me afete diretamente.
Uma visão egocêntrica.

Porquê?


Então, você não se importa que a promiscuidade sexual pregada como um direito e muitas vezes valorizada pela midia ocasione o fim da família nuclear;

Ela está em risco?


filhos vivendo sem pai ou mãe

De onde você concluiu isto?


e fins de relacionamentos conjugais?

O fato de se defender o respeito à livre escolha e ao direito de não interferência na vida privada põe em xeque o instituto dos 'relacionamentos conjugais'?


Talvez, se você fosse o garoto que descobriu que a namorada estava chupando 12 pintos alheios, mudaria de ideia.

Talvez.


É uma questão moral.

Sim, em parte.

Na realidade, trata-se de querer impor a sua 'moral pessoal' sobre as dos outros.


O libertário é sempre um imoral.

Não. Neste caso, trata-se de respeitar a opinião e atos dos outros, incluindo os que possam trazer algum dano para eles mesmos.


Para começar, as crianças deveriam receber educação filosófica desde pequenas.

Concordo.

E qual é a relação disto com a sua 'visão de mundo', especificamente no caso da sexualidade?


Devem aprender a se comportar na sociedade.

E?


Distinguir entre o certo e o errado, entre o adequado e o inadequado, entre o benéfico e o marattléfico.

E qual é a corrente filosófica que você mostraria para esta criança para que ela assim proceda, especialmente no que concerne aos relacionamentos afetivos e sexuais?


Mas o que vemos são pessoas sem escrúpulos que prezam pela liberdade individual de se fazer o que bem quiser.

Non-sequitur.

A pessoa que preza pela liberdade individual, mesmo como um bem supremo, não implica que ela seja sem escrúpulos.


São individualistas e competitivos.

E?


A empatia é quase uma raridade.

De maneira alguma.
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Offline DDV

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Re:Masculinismo
« Resposta #332 Online: 04 de Dezembro de 2014, 21:19:15 »
Eu vejo tanto no feminismo quanto no masculinismo radicais uma espécie de "moralismo" sexual ou relacional que, no fundo, refletem interesses ou frustrações de pessoas que não conseguem boa colocação no mercado sexual ou conjugal.

No caso das feministas, existe uma queixa de que o sexo "objetifica" a mulher, que os homens só se importam com bunda, peito, beleza e não olham as qualidades da mulher como pessoa, que "sexualizam" demais as mulheres, que a mídia reproduz essa sexualização e objetificação, blá blá blá...

No caso dos masculinistas, a queixa é um pouco diferente. Eles falam que as mulheres são "vagabundas" e interesseiras, que só querem homem rico ou poderoso, que não se importam com o homem enquanto pessoa, mas sim com o que ele pode oferecer de prático e material à mulher, que tentam dominar os homens e fazer dos mesmos capachos ou burros de carga, que fazem cu doce com os homens "bons" e dão para os "ruins", blá blá blá.


Ou seja, ideologia refletindo carências psicológicas.
 
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Offline DDV

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Re:Masculinismo
« Resposta #333 Online: 04 de Dezembro de 2014, 21:21:06 »


Esse é um assunto em que as preocupações ou prioridades direitistas e esquerdistas se invertem. Os direitistas têm maior preocupação com as conseqüências sociais, e os esquerdistas, com a liberdade individual.

Bem pensado. Não tinha percebido isso até agora.  :lol:

Mas acho que os direitistas liberais, que devem a ser a maioria nesse fórum, tendem mais para a liberação sexual mesmo.
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Offline Geotecton

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Re:Masculinismo
« Resposta #334 Online: 04 de Dezembro de 2014, 21:25:22 »
"Orgias, públicas e privadas, praticadas por mulheres libidinosas, geralmente jovens, com o intuito de mostrar ao patriarcado que a lascívia está vencendo os bons costumes praticados pelos homens-de-bem."
E é essa a putaria generalizada que vocês apoiam?

E desculpe a minha omissão.

Seja bem vindo ao fórum, caro Rostov.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #335 Online: 04 de Dezembro de 2014, 21:30:26 »


Esse é um assunto em que as preocupações ou prioridades direitistas e esquerdistas se invertem. Os direitistas têm maior preocupação com as conseqüências sociais, e os esquerdistas, com a liberdade individual.

Bem pensado. Não tinha percebido isso até agora.  :lol:

Mas acho que os direitistas liberais, que devem a ser a maioria nesse fórum, tendem mais para a liberação sexual mesmo.

Tem um cara meio associado ao "libertarianismo", não me lembro o nome do cara... andava sempre por aí com quatro mulheres... :biglol:

Tinham que incluir poligamia naquela colocação, "eu defendo que os casais gays tenham direito de ter armas para defender sua plantação de maconha [e assim eu posso abastecer meu harém]".

Offline DDV

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Re:Masculinismo
« Resposta #336 Online: 04 de Dezembro de 2014, 21:35:53 »
Estive pensando agora: notei uma certa semelhança entre a defesa de regulação da vida sexual alheia, mesmo que esta não traga nenhum prejuízo à pessoa em questão, e uma defesa da regulação da propriedade alheia, nos moldes comunistas, mesmo que a riqueza alheia não traga nenhum prejuízo ao indivíduo que defende essa regulação.

Ambos os casos reflete uma insatisfação com o estado de "desigualdade" que a liberdade pode trazer, tanto na economia quanto no mercado sexual: alguns terão muito dinheiro e parceiros sexuais de qualidade, muitos terão pouco dinheiro e parceiros sexuais*. Ambos gostariam de uma regulação para assegurar uma maior "igualdade" no acesso a riquezas e a sexo. Ambos querem impedir que outras pessoas acumulem riquezas ou levem uma vida de "putaria", com muitos e variados parceiros sexuais. 


*Conforme dito em postagem anterior nesse mesmo tópico, existe uma tendência "poligâmica" mesmo entre os casos de sexo casual, com algumas pessoas muito atraentes tendo muitos parceiros, e muitas pessoas não-atraentes tendo poucos ou nenhum.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #337 Online: 04 de Dezembro de 2014, 21:47:15 »
Eu acho que essa parte sexual não tem tanto a ver com "igualdade", ao menos nunca vi ser colocado nesses termos*. Geralmente a questão é ser melhor que as crianças sejam criadas por pai e mãe (aparentemente melhor ainda por "mãe e mãe", mas isso os conservadores preferem deixar de lado) do que por mães solteiras recebendo pensões de diversos homens com quem se relacionaram.


* na verdade, o mais parecido que vi da coisa ser colocada nesses termos era esquerdista, e defendia a prostituição. Até surgiu um meme, "viva a prostituição", não lembro se no RV ou no "realidade". Se não me engano havia até citação à música dos Titãs, "a gente não quer só comida". O Poindexter ficou estarrecido.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #338 Online: 04 de Dezembro de 2014, 22:08:34 »
Eu vejo tanto no feminismo quanto no masculinismo radicais uma espécie de "moralismo" sexual ou relacional que, no fundo, refletem interesses ou frustrações de pessoas que não conseguem boa colocação no mercado sexual ou conjugal.

No caso das feministas, existe uma queixa de que o sexo "objetifica" a mulher, que os homens só se importam com bunda, peito, beleza e não olham as qualidades da mulher como pessoa, que "sexualizam" demais as mulheres, que a mídia reproduz essa sexualização e objetificação, blá blá blá...

No caso dos masculinistas, a queixa é um pouco diferente. Eles falam que as mulheres são "vagabundas" e interesseiras, que só querem homem rico ou poderoso, que não se importam com o homem enquanto pessoa, mas sim com o que ele pode oferecer de prático e material à mulher, que tentam dominar os homens e fazer dos mesmos capachos ou burros de carga, que fazem cu doce com os homens "bons" e dão para os "ruins", blá blá blá.


Ou seja, ideologia refletindo carências psicológicas.
 


Citar
http://en.wikipedia.org/wiki/Sex-positive_feminism

Sex-positive feminism, also known as pro-sex feminism, sex-radical feminism, or sexually liberal feminism is a movement that began in the early 1980s that centers on the idea that sexual freedom is an essential component of women's freedom. Some became involved in the sex-positive feminist movement in response to efforts by anti-pornography feminists to put pornography at the center of a feminist explanation of women's oppression (McElroy, 1995). This period of intense debate and acrimony between sex-positive and anti-pornography feminists during the early 1980s is often referred to as the feminist sex wars. Other less academic sex-positive feminists became involved not in opposition to other feminists but in direct response to what they saw as patriarchal control of sexuality.

Citar
http://en.wikipedia.org/wiki/Sex-positive_masculinism

Wikipedia does not have an article with this exact name. Please search for Sex-positive masculinism in Wikipedia to check for alternative titles or spellings.

Offline Rostov

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Re:Masculinismo
« Resposta #339 Online: 04 de Dezembro de 2014, 22:29:19 »
Citar
Eu não ligo a mínima para o que os outros fazem ou deixam de fazer com as suas vidas privadas, incluindo a parte sexual, a menos que isto me afete diretamente.
Eu realmente preciso provar que isso é ser egocêntrico? "Os egocêntricos são sujeitos dispostos a fazer com que outros suportem as próprias dificuldades sem os ajudar, porque não se preocupam com os pensamentos, sentimentos e problemas das pessoas que os rodeiam enquanto não lhe causar infortúnio.

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Ela está em risco?

Só um cego para não perceber.

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De onde você concluiu isso?

Sou um filho sem pai e sem mãe, ambos se entregaram a uma vida extra-conjugal que levou ao divórcio e hoje vivem trocando de parceiros frequentemente enquanto se arrependem por terem entrado nessa vida e negado atenção aos filhos. Duvido que o sr. não se depare com um caso parecido ao longo de sua vida.

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O fato de se defender o respeito à livre escolha e ao direito de não interferência na vida privada põe em xeque o instituto dos 'relacionamentos conjugais'?

O fato de se defender o "respeito" à livre escolha e ao "direito" (ou seria dever?) de não interferência na vida privada põe em xeque a excelência de um povo em todos os aspectos. Um povo divido é um povo em decadência. Veja, por exemplo, o tanto que as feministas reclamam das cantadas de pedreiro que recebem na rua. Isso é uma consequência de má educação e falta de escrúpulo (novamente, advindo da má educação). Um "homem de bem", ou qualquer homem que tenha recebido uma boa educação familiar, nunca agiria dessa forma, pois sabe que além de ser uma atitude ridícula, é também desrespeitosa com as mulheres.

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Sim, em parte.

Na realidade, trata-se de querer impor a sua 'moral pessoal' sobre as dos outros.

Sim ou não? É ou não é? Vejo aqui um relativista moral. Minha "moral pessoal" se aplica tanto aqui quanto no oriente e só traz benefícios à sociedade. Preciso dizer que não sou o único a compartilha-la?

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Não. Neste caso, trata-se de respeitar a opinião e atos dos outros, incluindo os que possam trazer algum dano para eles mesmos.

Não. Trata-se de viver uma vida individualista que desconsidera as consequências sociais. O sr. também respeita a opinião e os atos de um estuprador? Ou, correndo o risco de ser contraditório, diria que ele é imoral? Que não teve uma boa educação? Que foi desprezado pela família? Não venha me dizer que todos são doentes. A maioria é consciente da sua condição, mas a noção de liberdade absoluta que se prega por aí leva o sujeito à depravação.

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Concordo.

E qual é a relação disto com a sua 'visão de mundo', especificamente no caso da sexualidade?

Amigo, a promiscuidade é frequentemente relacionada com a negação do amor. Promíscuos são, geralmente, pessoas que foram traídas ou sofreram algum trauma durante que os fizeram descrer na monogamia. Você quer que eu prove isso também? Precisa de um silogismo para aceitar?

Não é raro também mães colocarem na cabeça das filhas desde pequenas que homens não prestam. Eu mesmo já namorei uma moça que pensava assim por influência da mãe. Acabou que fui trocado por trata-la bem demais.  Eu não concluí isso sozinho. Ouvi a própria dizer. Vai me dizer que isso não é culpa da falta de moralidade?

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E qual é a corrente filosófica que você mostraria para esta criança para que ela assim proceda, especialmente no que concerne aos relacionamentos afetivos e sexuais?

Não é essa a intenção. O objetivo é ensina-la a pensar. É fazê-la entender que existe uma co-responsabilidade no mundo em que vivemos. Veja um documentário demonstrando um novo modelo educacional feito na França: https://www.youtube.com/watch?v=0Tkyg3I8R9Y

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Non-sequitur.

A pessoa que preza pela liberdade individual, mesmo como um bem supremo, não implica que ela seja sem escrúpulos.

Implica exatamente isso. Se você diz que não existe certo ou errado, você não tem escrúpulos. Se você defende o direito de uma pessoa ser imoral e não faz nada para que ela deixe de ser, então, você é imoral, e por ser imoral, não tem escrúpulos. Gostaria de ver o sr. respeitar o direito de um pedófilo abusar de sua filha quando ele o fez comprovadamente com consciência das consequências, apenas não achou errado o que fez. Aí está o seu relativismo moral que implica em amoralidade.

"Orgias, públicas e privadas, praticadas por mulheres libidinosas, geralmente jovens, com o intuito de mostrar ao patriarcado que a lascívia está vencendo os bons costumes praticados pelos homens-de-bem."
E é essa a putaria generalizada que vocês apoiam?

E desculpe a minha omissão.

Seja bem vindo ao fórum, caro Rostov.

Obrigado, caro Geotecton.
« Última modificação: 04 de Dezembro de 2014, 22:52:05 por Rostov »

Offline Georg Hagedorn

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Re:Masculinismo
« Resposta #340 Online: 04 de Dezembro de 2014, 23:01:23 »
Se os índios vivem todos pelados, isso não seria uma questão de adaptação?

« Última modificação: 04 de Dezembro de 2014, 23:06:11 por Georg Hagedorn »
"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Offline Rostov

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Re:Masculinismo
« Resposta #341 Online: 04 de Dezembro de 2014, 23:19:57 »
Se os índios vivem todos pelados, isso não seria uma questão de adaptação?

Não entendi o que você quis dizer. Mas lembrei disto:
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Aqui no Brasil, algumas tribos indígenas ainda praticam um ritual abjeto que consiste em enterrar viva uma criança, sempre que ela for gêmea.

Por incrível que pareça, esse ritual bestial é defendido com unhas e dentes por antropólogos e políticos esquerdistas, os quais acham que o homem civilizado não tem o direito de interferir na cultura silvícola (tenho certeza de que o gêmeo sacrificado deve pensar diferente no momento em que está sendo coberto por terra). Esses esquerdistas estão sempre dispostos a atacar membros da Igreja e da sociedade que condenam a prática assassina dos índios.

O que os esquerdistas não sabem é que a origem deste ritual deve-se à desconfiança masculina. Isso porque, de acordo com a cultura indígena, sempre que uma mulher der à luz gêmeos, ela foi infiel, pois para eles um homem só é capaz de engravidar sua mulher com um único filho. Se a mulher estiver grávida de gêmeos, eles acreditam que ela necessariamente teve relação sexual com dois homens diferentes.

Com isso, vemos que independente da cultura, e de qualquer outro fator, o homem instintivamente não aceita promiscuidade.

Para saber mais, pesquise sobre infanticídio indígena. - See more at: http://omarxismocultural.blogspot.pt/2013/01/o-previsivel-lamento-da-mulher-promiscua.html

Offline Geotecton

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Re:Masculinismo
« Resposta #342 Online: 04 de Dezembro de 2014, 23:31:49 »
Citação de: Geotecton
Eu não ligo a mínima para o que os outros fazem ou deixam de fazer com as suas vidas privadas, incluindo a parte sexual, a menos que isto me afete diretamente.
Eu realmente preciso provar que isso é ser egocêntrico? "Os egocêntricos são sujeitos dispostos a fazer com que outros suportem as próprias dificuldades sem os ajudar, porque não se preocupam com os pensamentos, sentimentos e problemas das pessoas que os rodeiam enquanto não lhe causar infortúnio.

Sim, precisa demonstrar que a minha postura de não-interferência na vida privada das pessoas sem ser solicitado, em especial sobre as opções sexuais dela, representa uma manifestação de egocentrismo ("exaltação da própria personalidade").


Citação de: Geotecton
Ela está em risco?
Só um cego para não perceber.

É mesmo? Que interessante porque não percebi (e não percebo) isto.

No meu 'círculo de amizade', no segmento de casais, por exemplo, não houve nenhum caso de separação nos últimos 15 anos.


Citação de: Geotecton
De onde você concluiu isso?
Sou um filho sem pai e sem mãe, ambos se entregaram a uma vida extra-conjugal que levou ao divórcio e hoje vivem trocando de parceiros frequentemente enquanto se arrependem por terem entrado nessa vida e negado atenção aos filhos. Duvido que o sr. não se depare com um caso parecido ao longo de sua vida.

A separação de seus pais ocorreu por causa da busca por promiscuidade de um deles?

Ou aconteceu por outros motivos (que aqui não vem ao caso), mesmo que pequenos e que foram se acumulando?


Citação de: Geotecton
O fato de se defender o respeito à livre escolha e ao direito de não interferência na vida privada põe em xeque o instituto dos 'relacionamentos conjugais'?
O fato de se defender o "respeito" à livre escolha e ao "direito" (ou seria dever?) na vida privada põe em xeque a excelência de um povo em todos os aspectos.

Não, não coloca de modo algum. Mas a ideia de que podemos interferir e controlar o que as pessoas desejam para as suas vidas privadas é que põe em risco o próprio conceito de liberdade individual e da própria democracia.

 
Um povo divido é um povo em decadência.

O povo alemão, entre 1932 e 1944, foi muito unido em torno de ideias 'moralizantes' e controladoras, de forma autoritária. E todos sabemos o que aconteceu.


Veja, por exemplo, o tanto que as feministas reclamam das cantadas de pedreiro que recebem na rua. Isso é uma consequência de má educação e falta de escrúpulo (novamente, advindo da má educação). Um "homem de bem", ou qualquer homem que tenha recebido uma boa educação familiar, nunca agiria dessa forma, pois sabe que além de ser uma atitude ridícula, é também desrespeitosa com as mulheres.

Sim.

E qual é a relação entre a má-educação das pessoas supra, exposta em ambiente público, com o fato das pessoas terem o direito de manter uma vida privada que só concerne a elas, no que toca a questão sexual?


Citação de: Geotecton
Sim, em parte.

Na realidade, trata-se de querer impor a sua 'moral pessoal' sobre as dos outros.
Sim ou não? É ou não é? Vejo aqui um relativista moral.

Sim, é uma questão moral, como já afirmei antes.

Assim como, já mencionei que se trata de você querer impor a sua moral (sexual) para os outros.


Minha "moral pessoal" se aplica tanto aqui quanto no oriente e só traz benefícios à sociedade.

Você pode demonstrar que ela só traz benefícios?

E aproveito e pergunto: Ela tem alguma base religiosa?


Preciso dizer que não sou o único a compartilha-la?

E?

A não ser que você queira dizer com isto, que por existirem várias pessoas que compartilham a sua moral, você está "certo" de maneira automática.

Se for isto temos um ad populum.


Citação de: Geotecton
Não. Neste caso, trata-se de respeitar a opinião e atos dos outros, incluindo os que possam trazer algum dano para eles mesmos.
Não. Trata-se de viver uma vida individualista que desconsidera as consequências sociais.

De maneira alguma. Caso alguém traga algum dano a outrem, que seja julgado e condenado conforme a legislação aplicável.


O sr. também respeita a opinião e os atos de um estuprador?

Falsa analogia.

Em minha defesa dos atos inerentes às liberdades individuais privadas jamais englobou a aceitação de atos criminosos, como é o caso de estupro, porque é justamente uma violação de uma liberdade de uma pessoa por parte de outra pessoa.


Ou, correndo o risco de ser contraditório, diria que ele é imoral? Que não teve uma boa educação? Que foi desprezado pela família? Não venha me dizer que todos são doentes. A maioria é consciente da sua condição, mas a noção de liberdade absoluta que se prega por aí leva o sujeito à depravação.

Tirando os casos patológicos, os estupradores são, sem exceção, violadores conscientes da liberdade de outrem. Parece que você está confundindo as situações Rostov, na medida que a defesa da liberdade de escolha dos atos privados (incluindo os sexuais) não é um 'ato de consentimento' para que pessoas pratiquem atos criminosos, assim definidos em lei.


Citação de: Geotecton
Concordo.

E qual é a relação disto com a sua 'visão de mundo', especificamente no caso da sexualidade?
Amigo, a promiscuidade é frequentemente relacionada com a negação do amor.

Mesmo que fosse o caso geral, o fato de existirem exceções já seria o suficiente para reconhecer que a 'promiscuidade' pode ser um "ingrediente sexual" para algumas pessoas, casais inclusive.


Promíscuos são, geralmente, pessoas que foram traídas ou sofreram algum trauma durante que os fizeram descrer na monogamia.

Sem dúvida que há pessoas assim.

Mas não generalize, porque há casais que (até o momento pelo menos) vivem bem com as suas opções sexuais 'heterodoxas'.


Você quer que eu prove isso também? Precisa de um silogismo para aceitar?

Se desejar...


Não é raro também mães colocarem na cabeça das filhas desde pequenas que homens não prestam. Eu mesmo já namorei uma moça que pensava assim por influência da mãe. Acabou que fui trocado por trata-la bem demais.  Eu não concluí isso sozinho. Ouvi a própria dizer. Vai me dizer que isso não é culpa da falta de moralidade?

Ela o trocou porque você a tratou como uma senhorita 'prendada'?

Ou isto aconteceu porque ela não o amava?


Citação de: Geotecton
E qual é a corrente filosófica que você mostraria para esta criança para que ela assim proceda, especialmente no que concerne aos relacionamentos afetivos e sexuais?
Não é essa a intenção. O objetivo é ensina-la a pensar. É fazê-la entender que existe uma co-responsabilidade no mundo em que vivemos. Veja um documentário demonstrando um novo modelo educacional feito na França: https://www.youtube.com/watch?v=0Tkyg3I8R9Y

Tudo bem.

Cada um educa os seus filhos conforme as suas convicções.


Citação de: Geotecton
Non-sequitur.

A pessoa que preza pela liberdade individual, mesmo como um bem supremo, não implica que ela seja sem escrúpulos.
Implica exatamente isso.

Não, não implica.


Se você diz que não existe certo ou errado, você não tem escrúpulos.

Aqui você deu outro 'salto lógico' no vazio. Em momento algum, foi dito que não há um 'certo ou errado' em relação às múltiplas situações da vida e sim de que o que acontece no foro íntimo somente interessa às próprias pessoas e não aos demais indivíduos, especialmente àqueles que desejam controlar os outros.


Se você defende o direito de uma pessoa ser imoral e não faz nada para que ela deixe de ser, então, você é imoral, e por ser imoral, não tem escrúpulos.

Outro non-sequitur.


Gostaria de ver o sr. respeitar o direito de um pedófilo abusar de sua filha quando ele o fez comprovadamente com consciência das consequências, apenas não achou errado o que fez. Aí está o seu relativismo moral que implica em amoralidade.

Mais um equívoco analítico seu.

A pedofilia é um comportamento definido em lei como de natureza criminosa porque implica em violação de uma liberdade pessoal por parte de outra pessoa.

Ou seja, vai contra aquilo que defendo.

 
E desculpe a minha omissão.

Seja bem vindo ao fórum, caro Rostov.

Obrigado, caro Geotecton.

Não há de que, meu caro Rostov.
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Offline Geotecton

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Re:Masculinismo
« Resposta #343 Online: 04 de Dezembro de 2014, 23:35:47 »
Se os índios vivem todos pelados, isso não seria uma questão de adaptação?

Não entendi o que você quis dizer. Mas lembrei disto:
Citar
Aqui no Brasil, algumas tribos indígenas ainda praticam um ritual abjeto que consiste em enterrar viva uma criança, sempre que ela for gêmea.

Por incrível que pareça, esse ritual bestial é defendido com unhas e dentes por antropólogos e políticos esquerdistas, os quais acham que o homem civilizado não tem o direito de interferir na cultura silvícola (tenho certeza de que o gêmeo sacrificado deve pensar diferente no momento em que está sendo coberto por terra). Esses esquerdistas estão sempre dispostos a atacar membros da Igreja e da sociedade que condenam a prática assassina dos índios.

O que os esquerdistas não sabem é que a origem deste ritual deve-se à desconfiança masculina. Isso porque, de acordo com a cultura indígena, sempre que uma mulher der à luz gêmeos, ela foi infiel, pois para eles um homem só é capaz de engravidar sua mulher com um único filho. Se a mulher estiver grávida de gêmeos, eles acreditam que ela necessariamente teve relação sexual com dois homens diferentes.

Com isso, vemos que independente da cultura, e de qualquer outro fator, o homem instintivamente não aceita promiscuidade.

Para saber mais, pesquise sobre infanticídio indígena. - See more at: http://omarxismocultural.blogspot.pt/2013/01/o-previsivel-lamento-da-mulher-promiscua.html

Caro Rostov

Você sabe que as igrejas cristãs, ao longo da história, apoiaram muitos atos genocidas, não é mesmo?

E que os 'textos sagrados' das três principais religiões monoteístas estão repletos de passagens genocidas, misóginas e xenófobas?

Então nenhum segmento religioso, especialmente da religião cristã, tem esta 'autoridade moral' para condenar atos de povos primitivos, sob o ponto de vista civilizacional e dos direitos humanos.
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Offline Rostov

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Re:Masculinismo
« Resposta #344 Online: 04 de Dezembro de 2014, 23:59:18 »
Se os índios vivem todos pelados, isso não seria uma questão de adaptação?

Não entendi o que você quis dizer. Mas lembrei disto:
Citar
Aqui no Brasil, algumas tribos indígenas ainda praticam um ritual abjeto que consiste em enterrar viva uma criança, sempre que ela for gêmea.

Por incrível que pareça, esse ritual bestial é defendido com unhas e dentes por antropólogos e políticos esquerdistas, os quais acham que o homem civilizado não tem o direito de interferir na cultura silvícola (tenho certeza de que o gêmeo sacrificado deve pensar diferente no momento em que está sendo coberto por terra). Esses esquerdistas estão sempre dispostos a atacar membros da Igreja e da sociedade que condenam a prática assassina dos índios.

O que os esquerdistas não sabem é que a origem deste ritual deve-se à desconfiança masculina. Isso porque, de acordo com a cultura indígena, sempre que uma mulher der à luz gêmeos, ela foi infiel, pois para eles um homem só é capaz de engravidar sua mulher com um único filho. Se a mulher estiver grávida de gêmeos, eles acreditam que ela necessariamente teve relação sexual com dois homens diferentes.

Com isso, vemos que independente da cultura, e de qualquer outro fator, o homem instintivamente não aceita promiscuidade.

Para saber mais, pesquise sobre infanticídio indígena. - See more at: http://omarxismocultural.blogspot.pt/2013/01/o-previsivel-lamento-da-mulher-promiscua.html

Caro Rostov

Você sabe que as igrejas cristãs, ao longo da história, apoiaram muitos atos genocidas, não é mesmo?

E que os 'textos sagrados' das três principais religiões monoteístas estão repletos de passagens genocidas, misóginas e xenófobas?

Então nenhum segmento religioso, especialmente da religião cristã, tem esta 'autoridade moral' para condenar atos de povos primitivos, sob o ponto de vista civilizacional e dos direitos humanos.

Não sou religioso, caro Geotecton.  A moral da qual falo não tem cunho religioso.
Não entendo o que você quer dizer com isso. Ao mesmo tempo em que o sr. despreza a moral, também faz apologia à virtude. Ou negará que despreza os bons costumes em detrimento de liberdade individual? Então, por ser uma instituição de virtude duvidosa, a igreja católica não pode se adentrar em questões de rituais ilegais que ocorrem em território nacional por "respeito" à povos "primitivos" que vivem em tempos modernos? É melhor que continuem a matar crianças por ignorância?

Offline Geotecton

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Re:Masculinismo
« Resposta #345 Online: 05 de Dezembro de 2014, 00:41:37 »
Não sou religioso, caro Geotecton.  A moral da qual falo não tem cunho religioso.

Entendido.

 
Não entendo o que você quer dizer com isso.

Eu não quis dizer nada.


Ao mesmo tempo em que o sr. despreza a moral, também faz apologia à virtude.

Eu não desprezo a moral.

Eu questiono a existência de uma 'moral sexual absoluta', especialmente para os atos de foro íntimo.


Ou negará que despreza os bons costumes em detrimento de liberdade individual?

Defina, por favor, "bons costumes".


Então, por ser uma instituição de virtude duvidosa, a igreja católica não pode se adentrar em questões de rituais ilegais que ocorrem em território nacional por "respeito" à povos "primitivos" que vivem em tempos modernos?

Ela pode opinar sobre o que quiser, desde que não interfira nas questões internas dos povos indígenas, porque o único que pode fazê-lo é o estado brasileiro, visto que eles (indígenas) são a ele tutelados.

E, como já escrevi, a igreja católica não tem qualquer autoridade moral para discorrer seja sobre 'moralidade sexual', seja sobre 'defesa da vida'.


É melhor que continuem a matar crianças por ignorância?

Se fossem povos livres, com território e leis próprias, sem tutela de um estado nacional, a resposta poderia ser "sim", com base no princípio de 'livre autodeterminação dos povos'.

Mas, no caso em tela, a decisão cabe ao estado brasileiro.

E pessoalmente, eu diria que "não".
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #346 Online: 05 de Dezembro de 2014, 01:25:23 »
Eu já tinha ouvido outra explicação bem diferente para esse ritual de infanticídio entre alguma(s) tribo(s) indígena(s). Seria de que achavam que um era bom e o outro mau, ou até algo mais abstrato, um sendo "o bem" e outro "o mal", e então matavam acho que os dois, por não ter como distinguir. Mas não lembro onde vi e sempre suspeitei de ser piada com a noção de gêmeo bom e mal, que deve ser algo "ocidental"/europeu/hollywoodiano.

Mas de qualquer forma essa explicação dada no blog é curiosamente bastante contrastante com a crença de diversas tribos em paternidade compartilhada, que mais de um homem pode ser pai biológico do mesmo filho. Acho que é especialmente entre índios americanos (ou sulamericanos) que isso existe, não unicamente, mas onde é mais comum.

Offline Rostov

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Re:Masculinismo
« Resposta #347 Online: 05 de Dezembro de 2014, 02:02:14 »
Citar
Sim, precisa demonstrar que a minha postura de não-interferência na vida privada das pessoas sem ser solicitado, em especial sobre as opções sexuais dela, representa uma manifestação de egocentrismo ("exaltação da própria personalidade").

Parece-me que o sr. é bastante politicamente correto.

Primeiro é preciso entender o que é egocentrismo. Sempre achei que exaltação da própria personalidade fosse narcisismo. Até porque "ego" é diferente de "persona".

Conceito:

adjective
1.
having or regarding the self or the individual as the center of all things:
an egocentric philosophy that ignores social causes.
2.
having little or no regard for interests, beliefs, or attitudes other than one's own; self-centered:
an egocentric person; egocentric demands upon the time and patience of others.
noun
3.
an egocentric person.

Ou seja, egocêntrica é a pessoa que preza somente a si, e não ao Estado, ou a uma comunidade, ou qualquer comportamento de um povo até que descubra que há uma co-responsabilidade social no mundo em que vive. Ainda acredita que seu desinteresse pela vida "privada" das pessoas - a forma como elas trabalham, como se reproduzem, como educam seus filhos, como se interelacionam - não trazem prejuízos à nação e a si? Um povo que não educa seus filhos cria marginais, malandros, corruptos, depravados, sociopatas e politicamente corretos.

Citar
É mesmo? Que interessante porque não percebi (e não percebo) isto.

No meu 'círculo de amizade', no segmento de casais, por exemplo, não houve nenhum caso de separação nos últimos 15 anos.

Parece-me que terei que buscar estatísticas.

Citar
A separação de seus pais ocorreu por causa da busca por promiscuidade de um deles?

Ou aconteceu por outros motivos (que aqui não vem ao caso), mesmo que pequenos e que foram se acumulando?

Promiscuidade de ambos. Depois de tantos relacionamentos extra-conjugais, o sentimento de um pelo outro aparentemente acabou.

Citar
Não, não coloca de modo algum. Mas a ideia de que podemos interferir e controlar o que as pessoas desejam para as suas vidas privadas é que põe em risco o próprio conceito de liberdade individual e da própria democracia.

O que? Você acha que conscientizar um povo moralmente, ensinando-os a honra, a virtude, a empatia, a compaixão, a erudição e outros valores benéficos é uma ousadia nefasta que põe em risco o conceito de liberdade individual e a democracia?

Citar
O povo alemão, entre 1932 e 1944, foi muito unido em torno de ideias 'moralizantes' e controladoras, de forma autoritária. E todos sabemos o que aconteceu.

Sim. Todos sabemos que ali reinava uma autocracia. E isso não nega o que eu disse anteriormente. Por acaso eu disse que o Brasil deve aderir a um regime totalitário? Compare a excelência cultural e intelectual dos alemães com a dos brasileiros; compare também o nível de marginalidade, crime e educação. Guiar um povo moralmente não é ferir sua liberdade. Quando digo que um povo não deve ser totalmente livre, é porque prezo a virtude dos cidadãos. E é dessa virtude que o Brasil necessita. É algo tão simples que me surpreende a ignorância com a qual é tratado.



Citar
- Quando jovem (dos 18 aos 30 anos), a mulher moderna quer viver "la vida loka", namorando, ficando e transando com vários e diferentes homens, em especial mulherengos, adúlteros, promíscuos, cafajestes, conquistadores, bad boys e etc., rejeitando os homens bons, fiéis, corretos e honestos que desejam levá-las a sério e constituir uma família;
- Nessa fase dos 18 aos 30 anos a mulher crê na existência de um estoque infinito de homens, ou seja, que sempre haverá homens disponíveis para o casamento num estalar de dedos;
- Quando a mesma mulher moderna chegar na faixa dos 30 anos, estiver bem rodada e o Sr. Cronos bater à porta, ela muda de postura, diz que "sossegou", que "já se divertiu bastante", que "cansou daquela vida" e então passa a procurar um "homem bom" (leia-se "otário provedor") pra casar;
- Ocorre que então os homens bons (do tipo que ela rejeitou durante a fase "loka") já estarão compromissados (namorando/ casados), e aí começará o conhecido chororô e o mimimi das mulheres de que "não há homens bons no mercado", que " ninguém quer nada sério";
- Quando a ex-promíscua, por sorte, consegue fisgar um desavisado, ela mente, esconde e omite sua vida passada, se dizendo uma "moça de família" que teve "poucos relacionamentos", tudo pra não perder o valor perante os olhos do trouxa;
- Se o infeliz se casar com ela, o coitado estará condenado a uma vida de infernizações, cobranças e exigências absurdas e insanas, pois o pobre marido nunca conseguirá proporcionar à esposa (ex-promíscua) as emoções com as quais ela se acostumou na fase "loka";
- Daí a mulher ou trairá o marido (o adultério gera enormes emoções, pois trata-se de um pecado, uma proibição, e diante do risco de ser descoberta) e/ou então pedirá divórcio (que foi facilitado/simplificado pela legislação feminista), levando metade dos bens do coitado, ganhando a guarda dos filhos e uma bela pensão.

Citar
Uma mulher não querendo seguir "carreira de mãe"? Nenhum problema. O problema é quando a maioria não o deseja, ou apenas deseja parir e continuar a vida carreirista. Resultado: declínio quantitativo e qualitativo populacional [e a ruína econômica futura duma nação].

Não é culpa das mulheres a destruição da família tradicional? Quem vem promovendo mudanças nos costumes, na família e no mercado do trabalho, os homens? Ou as mulheres, que querem destruir uma estrutura sem substitui-la por algo melhor?

Sei o que vai mudar com a destruição da família tradicional: a destruição da sociedade tradicional [=criminalidade, promiscuidade, impiedade, gente desorientada e insegura, etc.]. Claro que muitos se "adaptarão": eles se tornarão criminosos, promíscuos, impiedosos, etc. Que mudança maravilhosa! Isso já está acontecendo!

"Este é o meu corpo". O problema é achar que um bebê hospedado em seu corpo pode ser extirpado e assassinado livremente. O problema de se fazer o que quiser é fazer da vontade própria uma lei tirânica a violar a liberdade alheia. Muitas usam os corpos como bem o querem e depois fazem fila para terem os filhos sustentados pelo Estado ou pelos avós da criança [=irresponsabilidade].

Citar
Você pode demonstrar que ela (a moral sexual) só traz benefícios?

E aproveito e pergunto: Ela tem alguma base religiosa?

Posso sim. Sobra menos crianças para o Estado ou a família cuidarem, diminui o número de divórcios e de contaminados com doenças sexualmente transmissíveis (Menos fila nos hospitais públicos); além de um menor índice de abortos praticados ilegalmente.

Citar
E?

A não ser que você queira dizer com isto, que por existirem várias pessoas que compartilham a sua moral, você está "certo" de maneira automática.

Se for isto temos um ad populum.

Refire me a sua afirmação de que minha moral é pessoal. Acredito que com isso queira dizer que a moral também é subjetiva.

Citar
De maneira alguma. Caso alguém traga algum dano a outrem, que seja julgado e condenado conforme a legislação aplicável.

Mas medidas proativas são repudiáveis, não é? Como disse antes: politicamente correto. O sr. dá muito valor à lei e negligência a moral. Prefere encher os presídios de marginais a pregar uma moral absoluta que condiz com a realidade e evita prejuízos ao Estado.  Há inúmeros danos que não puníveis pela lei, mas podem ser evitados pela moral.

Citar
Tirando os casos patológicos, os estupradores são, sem exceção, violadores conscientes da liberdade de outrem. Parece que você está confundindo as situações Rostov, na medida que a defesa da liberdade de escolha dos atos privados (incluindo os sexuais) não é um 'ato de consentimento' para que pessoas pratiquem atos criminosos, assim definidos em lei.

Discordo. A defesa da liberdade de escolha dos atos privados é um 'ato de consentimento', pois quem quer que seja o individuo que cometa o delito, pensa que a única forma de punição é a lei; mas burlar a lei é fácil hoje, não é? Agora, numa sociedade educada moralmente, que entende que é parte de uma estrutura orgânica e que seu comportamento influência o status quo da mesma, o individuo percebe que praticar um delito é mais que infringir a lei, é também ser contra o Estado. Criminosos não deveriam ser chamados de crimonosos, mas de inimigos do estado, imorais, falsos patriotas.

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Ela o trocou porque você a tratou como uma senhorita 'prendada'?

Ou isto aconteceu porque ela não o amava?

Trocou-me porque para ela "homens são descartáveis"*. Quando se enjoa de um, parte para outro.  Disse-me que me amava, mas fui tolo em acreditar que ela tivesse virtude para entender o quão desonrosa é a mentira.

* Palavras da própria.

Citar
Tudo bem.

Cada um educa os seus filhos conforme as suas convicções.

Ou melhor, uns educam e outros não.



   
Citar
Se você defende o direito de uma pessoa ser imoral e não faz nada para que ela deixe de ser, então, você é imoral, e por ser imoral, não tem escrúpulos.


Citar
Outro non-sequitur.

Lembro de uma palestra d'um professor de psicologia de Yale que contava uma anedota ao discursar sobre moralidade.
Um rapaz estava numa boate com o amigo, e o amigo levou um menina de 14 anos para o banheiro e a estuprou. O rapaz, ao ser questionado porque não impediu o amigo de fazer isso, disse: "Eu não tenho nada a ver com ele. A vida é dele. Não me senti culpado. Estávamos em um país diferente e não conheço as leis de lá."

Lembro também de um video que mostra um rapaz sendo espancado por um grupo de skinheads. Depois da fuga do grupo, as pessoas em volta se aproximaram, mas ao invés de ajudarem, roubaram-no e saíram correndo enquanto o rapaz sangrava.

E por que isso acontece se há leis explícitas que condenam esse tipo de atitude? Porque não há moral. Porque ao invés de pregar moral, prega-se a liberdade individual. Isso pode acontecer tanto na questão sexual da vida privada das pessoas quanto em qualquer outra.

« Última modificação: 05 de Dezembro de 2014, 02:14:41 por Rostov »

Offline Rostov

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Re:Masculinismo
« Resposta #348 Online: 05 de Dezembro de 2014, 02:12:26 »
Eu já tinha ouvido outra explicação bem diferente para esse ritual de infanticídio entre alguma(s) tribo(s) indígena(s). Seria de que achavam que um era bom e o outro mau, ou até algo mais abstrato, um sendo "o bem" e outro "o mal", e então matavam acho que os dois, por não ter como distinguir. Mas não lembro onde vi e sempre suspeitei de ser piada com a noção de gêmeo bom e mal, que deve ser algo "ocidental"/europeu/hollywoodiano.

Mas de qualquer forma essa explicação dada no blog é curiosamente bastante contrastante com a crença de diversas tribos em paternidade compartilhada, que mais de um homem pode ser pai biológico do mesmo filho. Acho que é especialmente entre índios americanos (ou sulamericanos) que isso existe, não unicamente, mas onde é mais comum.

Não sei se está correta, mas é uma boa anedota para discursar sobre a moralidade.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #349 Online: 05 de Dezembro de 2014, 02:13:18 »
Não dá para afirmar que a posição de "não-interferência" é inerentemente egocêntrica.

A pessoa pode inclusive basear sua defesa da não-interferência no respeito da liberdade ou autonomia alheia, como é muito provavelmente o caso.

E não havendo isso, pode ser ainda apenas apática.

 

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