Aviso da moderação, debatam o assunto e não forista, não importa se ele tem 10 anos ou 90, usar isso como argumento é claramente um ad hominem.
Até compreendo onde você quer chegar mas como existe uma coisa chamada contextualização meu realistômetro aqui tá apitando sem parar, então um garoto de 10 anos que nunca teve uma ereção vai poder falar da coisa com a mesma propriedade de quem tem priapismo?
A questão é que, serão os argumentos dele que deverão ser usados como base para serem refutados, e não a sua idade. Se jovens podem superar velhos em uma área qualquer, que o tal velho tenha anos de experiência, é assunto para outro debate, não é o assunto do debate em questão.
Abraços!
Até concordo, mas se fosse só assim, não haveria uma suposta necessidade de argumentos científicos precisarem ter a credibilidade corroborada por fontes "confiáveis" e revisão por pares.
Um nocáute como esse não pode ser contornado senão por alguma enrolação qualquer empapuçadinha de 'hocads' (de-hocads, a versão invertida-upsaidão mussumiana de derrocada de toda e qualquer argumentatividade! hahahahahahahhahahahahaha).
Já vi mais adiante! Não deu outra! hahahahahahahaha... E tinha que ser o nosso caríssimo jovem Skep!
Sempre a perfeição impossível, sonho que é a eterna busca dos filosofadores...
Então pelo jeito, para você evocar o argumento de uma autoridade, como
James Watson e teu trabalho publicado em 1953 na
revista Nature como prova da existência da estrutura de dupla hélice da molécula de DNA, é a mesma coisa que evocar o nome de
Einstein, e sua opinião favorável a implantação de um governo mundial, como prova de que este sistema de governo é o mais indicado?
É óbvio que não, o primeiro exemplo, apesar de ser baseado em um argumento de autoridade, ele respeita ambas as regras enumeradas no artigo passado por mim ao Sérgio, como necessário para que um argumento de autoridade seja um bom argumento, a saber:
- A autoridade em questão, deve ser um especialista na área em questão. Algo presente no primeiro exemplo, mas não no segundo exemplo, o de Einstein, pois apesar de Einstein ser uma autoridade em física, ele não o é em política.
- As autoridades na área não devem discordar significativamente entre si, em relação ao assunto em causa. O primeiro exemplo respeita esta regra, o segundo não.
- Um argumento de autoridade só pode ser aceito, se não houver em sentido oposto, outro argumento de igual ou superior força. Novamente o primeiro exemplo respeita esta regra, e o segundo, não.
- Os especialistas da matéria em causa, não podem ter fortes interesses pessoais na afirmação em causa. O primeiro exemplo, o da afirmação de Watson, cumpri este objetivo na medida que foi confirmado por outros especialistas, que não possuíam interesse na comprovação de tal afirmação.
Isso quer dizer que, citar um estudo científico, de um cientista renomado, que foi publicado em uma reputada revista científica, que trabalha com revisão por pares, estudo este, que foi replicado por diversos outros especialistas, e que em ambos os resultados de ambas as fontes, a afirmação em causa é por eles corroborada, não é o mesmo que dizer que, por eu ser mais velho, e supostamente mais experiente do que um jovem adolescente, a minha opinião deve valer mais que a dele no assunto em causa.
No primeiro exemplo, existem muitos fatores além da simples autoridade do individuo para dar suporte ao argumento, em suma, ele respeita as 4 regras por mim enumeradas acima. O mesmo não acontece com o segundo exemplo, que se baseia simplesmente na suposta autoridade do individuo, como prova de que sua afirmação é a correta, não respeitando por isso, nenhuma das 4 regras que devem ser respeitadas, para que um argumento de autoridade seja considerado válido.
Além das 4 regras acima levantadas, existem obstáculos que nos impedem de testarmos por nós mesmo um afirmação em causa, o que nos forçam a aceitar esta afirmação em causa, como verdadeira, ao confiar em um argumento de autoridade:
Vamos usar como exemplo, a afirmação da existência da estrutura em dupla hélice da molécula de DNA, abaixo, os três tipos de impedimentos que nos impossibilita de a testarmos por nós mesmo, forçando-nos a aceitar a opinião de uma autoridade:
- Não possuir os recursos intelectuais necessários para testar a afirmação; Eu não possuo formação em biologia molecular para conduzir com razoável eficiência um inquérito deste tipo
- Não possuir recursos materiais necessários para testar a afirmação: Talvez eu possua a formação intelectual necessária para testar a afirmação, mas não possuo o material laboratorial e demais instrumentos e recursos materiais necessários para desenvolver uma pesquisa deste tipo.
- Não possuir tempo suficiente para se dedicar a testar a afirmação em causa; Talvez eu possua os recursos intelectuais e materiais necessários para testar a afirmação em causa, mas não disponho de tempo para testa-la, por por exemplo já estar comprometido com outros estudos e pesquisas da área.
Quando um argumento não pode ser provado por outros meios mais diretos, como é o caso da existência da estrutura de dupla hélice da molécula de DNA, que exige muito recurso e trabalho, aceita-se a opinião de uma autoridade no assunto (se esta estiver de acordo com as 4 regras elencadas acima), e isso por simplesmente impossibilidade de a testarmos por nós mesmos (como devido aos três tipos de impedimentos levantados acima).
Desta forma, é claro que se, respeitado algumas regras, argumentos de autoridade são úteis, necessários e válidos. O que não é o caso de como ele vem até o momento sendo usado aqui neste tópico, para qualificar a opinião de uns e desqualificar a de outros, como base simplesmente na idade dos foristas.*
* Que na verdade, como já observado por mim, não é exatamente sobre autoridade, mas sim sobre idade e uma suposta maior experiência por parte dos mais velhos, em relação ao mais novo.