Simplesmente não consigo enxergar analogia.
Analogia maior deve haver simplesmente com licença para dirigir como tentativa de reduzir acidentes de tráfico.
Não tem nada que faça de qualquer pessoa "por default" inerentemente, permamentemente, análoga a um "armado sóbrio", e nunca um "armado bêbado". Se fosse assim, "não existiriam bêbados".
Eu entendi a analogia. É que no Brasil, o Estatuto do Desarmamento desarmou cidadãos cumpridores da lei
Pelo que eu entendi, o "desarmamento" em si foi voluntário.
O que aconteceu foi se aumentar os requisitos para poder comprar armas. Acho que especificamente "relatar ter necessidade". O que eu não nego que é arbitrário.
Uma vez vi brevemente um vídeo de um militar no youtube relatando que o problema não é tanto a lei, mas enrolação que os responsáveis fazem para retardar ao máximo a compra ou obtenção de arma.
mas não desarmou os bandidos.
Essa parte da analogia eu entendi. Mas ao mesmo tempo fica uma vaga sugestão de que não devesse haver praticamente qualquer restrição. Ou só algo como, "se bebeu, não compre arma", "se bebeu, não ande armado". "Se é criminoso, não compre arma"...
É uma solução de gerico, pois todos sabem que uma lei só é cumprida por cidadãos de bem, bandidos jamais entregariam suas armas.
O que não significa que não vão se reduzir mesmo assim fatalidades dessas armas, seja por criminalidade incidental ou suicídio. Se a pessoa quer se livrar de arma, não vejo por que não devesse poder fazê-lo tal como foi oferecido. Especialmente considerando que, se bem me lembro, fizeram uma anistia para armas ilegais.
Seria como se um governo quisesse criar um estatuto do "desautomobilismo", mas apenas quem cumpre a lei entregasse os carros. É uma forçação de barra das bravas essa analogia, vamos combinar.
Até o Lula enxerga que os bandidos não vão entregar as armas, tendo feito exatamente esse mesmo ponto contra a campanha do desarmamento, acho que ninguém espera isso.