Autor Tópico: Atentado em Paris: terrorismo islamita  (Lida 32023 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Daniel_1993

  • Nível 12
  • *
  • Mensagens: 247
  • Sexo: Masculino
  • Sou ex-socialista
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #150 Online: 10 de Janeiro de 2015, 09:52:33 »
Citação de: Folha
Laerte: no Brasil Charlie Hebdo não existiria


Encerrando o ciclo virtuoso de entrevistas deste blog, decidi visitar a cartunista Laerte em sua agradável casinha no Butantã, para papearmos sobre Charlie Hebdo e os tenebrosos acontecimentos de Paris.

Como se sabe, Laerte é uma das maiores cartunistas do Brasil. Personagens suas como os Piratas do Tietê entraram para a história. Suas tiras, que pelo menos para mim são as mais inspiradas, continuam sendo publicadas diariamente na Folha de S. Paulo.
Por conta das opiniões que andou divulgando a respeito do atentado, Laerte foi ameaçada no facebook e teve que lidar com comentários do tipo, “não deviam ter matado o Glauco. Mataram o cartunista errado”.
De uns tempos pra cá Laerte se percebeu como uma pessoa transgênera e me recebeu, muito bem por sinal, acompanhada de suas duas gatas, vestindo saia e blusa, havaianas rosas e as unhas feitas pintadas de vermelho. A entrevista ocorreu em seu estúdio, entre pilhas de livros, algumas contas a pagar, um computador turbinado e a boa e velha prancheta de desenhos.
Laerte estará presente amanhã no ato em solidariedade aos colegas do Charlie Hebdo, que está sendo organizado pela secretaria de direitos humanos, sindicato dos jornalistas e entidades de cartunistas. A partir das 11 hs, em frente à Praça das Artes, no Centro.
SOBRE O BLOG – é com um certo aperto no coração mas de cabeça erguida que anuncio o fim das atividades deste blog. Queria agradecer primeiramente a Folha e o UOL, que me deram suporte e abriram espaço para que pudesse desenvolver um trabalho independente e autoral, tendo como objeto a produção de entrevistas longas, com espaço de sobra para a reflexão, com personalidades das mais diversas áreas. Foram dezenas delas. Romário, Jean Willys, Marcelo Freixo. Fernando Meirelles, Marcelo Tas. Guilherme Boulos (MTST), Pablo Capilé, MPL. Maria Rita Kehl, Marcio Pochmann. Chacal, Gerald Thomas. Bela Gil. E outros tantos que ajudaram a manter este blog na linha de frente do noticiário com ideias inspiradoras ou polêmicas.
Também queria agradecer Tracy Segal, intrépida atriz carioca que com seu repertório e sensibilidade se tornou parceira frequente nas entrevistas e na concepção do blog.
Por fim, e principalmente, a audiência que demonstrou interesse e fôlego em ler e comentar entrevistas extensas e mais aprofundadas que chegaram a durar mais que três horas.
A todos vocês, um excelente 2015. E para quem quiser continuar acompanhando as ‘kachanices’ deste blogueiro, é ligar a televisão nos sábados à tarde. A gente se encontra no Caldeirão do Huck!! Um grande abraço, Kachani.
*
Qual a influência do humor praticado pelo CH em sua vida?
Pra mim pessoalmente fez parte das informações do final dos anos 60 que me convenceram de que era isso que eu queria fazer.
Nesse final dos anos 60 essas coisas todas, CH, anarquista e porra louca francesa, a contracultura americana, a porra louquice californiana e o Quino, mais essa combinação com o Pasquim, foi o que forjou a gente.

Muitos muçulmanos relataram um choque cultural, com a charge sobre o profeta.
Acho que no Brasil nenhuma dessas capas da Charlie Hebdo teria sido feita. A gente não faria nem Family Guy, a gente não faria nem o South Park, nem Simpsons a gente faria, porque humor tem a ver com a cultura do país. Humor é um vínculo com a população local.
O Charles Hebdo está na França, estão falando com uma população de porra loucas que se julgou durante séculos dona cultural do mundo, e até hoje se acha. Estranham quando você não fala francês. Wolinski não falava uma palavra de inglês ou espanhol.

E por que o Brasil não seria capaz de produzir as capas da Charlie Hebdo?
A formação cultural é outra, tem a ver com compromissos, arranjos de acomodação. Nunca se praticou no Brasil o debate claro. As pessoas tendem, no cotidiano, a acomodar posições, mais que debater ideias. No Brasil o debate vira briga em 2 segundos.
Não que no Brasil não se fale porra louquices ou se deixe de fazer humor agressivo. Mas temo que no Brasil esse tipo de humor só aconteça com pessoas que claramente não têm poder. Chutar cachorro frágil. Digo isso porque lembro de várias situações em que o Danilo Gentili voltou atrás na TV e pediu desculpas: para a comunidade judaica, para a Preta Gil – ele morde e assopra. Aqui existe um negócio que é o respeito a “otoridade”, que é um fato.

E o Pasquim?
Tinha a anarquia e um modo de lidar, mas não sei se iriam tão longe. Foram bastante agressivos em várias situações, mas o alvo principal era a ditadura. A França do Charlie Hebdo existia em um contexto em que não tinha ditadura fazia tempo. De Gaulle já estava nos estertores quando essa linguagem começou.
O Porta dos Fundos também faz bastante gozação. Houve bastante reclamação mas eles não pararam, não foram bloqueados. Sinal de que comunidade religiosa talvez não seja tão poderosa por aqui quanto a gente pensa.

E teve o caso do Rafinha Bastos.
Aí não tem a ver com liberdade de expressão. Tem a ver com o papel subalterno da mulher. Wanessa Camargo não abriu a boca durante todo o processo, que foi movido até pelo feto dela. O autor era o marido dela, era uma briga de homem.
Uma briga idiota, que podia ser respondida com um simples “Rafinha, cresça e apareça”. Mas não, virou um processo porque a honra do marido foi ultrajada. E era um cara rico. Uma coisa de poder econômico e de poder machista que envolveu o Rafinha. Acho a piada idiota mas fiquei do lado do Rafinha.

Qualquer tipo de piada é válida no final das contas?
Hugo Possolo falou uma coisa linda. Você pode fazer piada de qualquer coisa, o que importa é saber de que lado da piada você está. Acho isso muito profundo, porque mostra que toda piada é ideológica, não existe piada só piada. Olha as capas do CH: não são só piada, são declarações, é um discurso ideológico, violento, agressivo, muito engraçado também.

A indignação com a charge de Maomé tem razão de ser?
Maomé apareceu pelado de quatro com estrela no cu. Os caras fizeram coisas… a gente não faria isso nunca. Eu não sei o que eu faria pessoalmente se fosse editor do CH. Por muito menos eu caguei nas calças na época do ‘Balão’ em 72. Era um fanzine, Paulo Caruso fez uma história linda, de uma mulher no parque que não queria dar pra ele, uma história linda e engraçada, e eu caguei nas calças. Pensei: meu Deus isso vai atrair a repressão.

É saudável existir um CH para a sociedade.
Não só saudável. É significativo que ele seja francês. Na Inglaterra tem uma liberdade de expressão parecida, mas eles não fariam isso. O humor britânico é diferente. Monty Python fez “ A vida de Brian” que mexe com judaísmo, com religião e um monte de coisa, é violentíssimo também, mas tem essa elegância.

Isso tudo me faz pensar sobre as construções teóricas sobre o humor.
Em primeiro lugar, que o humor é humano, não existe humor que ridicularize coisas ou animais. É sempre humano. Em segundo lugar, é sempre grupal. Não existe humor produzido nem por um indivíduo nem para um indivíduo. Terceira coisa é algo que Bergson falava, que acho interessante, que nunca consegui apreender totalmente, é a ideia de que o alvo da ação humorística é o momento em que o ser humano deixa de ser humano, quando ele age mecanicamente. Quando se coisifica.

Humor e preconceito se cruzam?
Muitas vezes, porque quem faz a piada precisa contar com a sintonia do público. Se você entra com uma informação polêmica, que é nova, você não obtém risadas, obtém estranhamento, agressividade, estupor. Quando os caras invadem a redação do CH não é piada, estão produzindo uma tragédia e nossa reação não é rir. Agora, se alguém atirar sapato na cara do Bush é muito engraçado.
Fiz uma historinha com o Alzheimer kid que adorei na época, um sujeito saindo correndo na cidade avisando que kid veio pra matar. Ele veio pra matar mas não lembrava quem. É engraçado mas um monte gente reclamou, Alzheimer é uma tragédia.

Tem como fazer humor sem isso?
Renato Aragão disse em entrevista que no seu tempo viado e preto não reclamavam quando se fazia piada sobre eles. Não tinha dor? Tinha. Mas socialmente não eram grupos empoderados. Tinham que ser cúmplices das humilhações que estavam sofrendo.

Um humor que desse vazão às ideias de Bolsonaro por exemplo, é legítimo em sua opinião?
Tem o Danilo Gentili por exemplo. É legítimo que exista esse tipo de humor. Mas ele tem que ser criticado, enfrentado. Faz parte de um pensamento que tem que ser enfrentado.
O Gentili faz piada que humilha as pessoas e as conduz a uma situação de perda, como no caso da doadora de leite que ele chamou de vaca e coisas piores possíveis – ela foi ridicularizada em sua cidade, não podia sair na rua, entrou em depressão.

Os fundamentalistas islâmicos também querem enfrentar o humor, só que pegando pesado em armas.
O objetivo real não é enfrentar o ataque humorístico, o objetivo real é político. O objetivo não era atacar a liberdade expressão. Acho que estão cagando pra liberdade expressão.

Você concorda com a colocação, de que o atentado ao Charles Hebdo foi o “11 de setembro da liberdade de expressão”?
Não gosto, acho tola e apressada. Acho que o que foi atacado não foi a liberdade de expressão. É uma tática para um jogo político mais complexo e perigoso. O jihadismo não tem a pretensão de controlar a liberdade de expressão na França. Este é um traço que vem desde a Comuna de Paris.

Não houve ataque à liberdade de expressão?
Houve um ataque à liberdade de expressão, mas não é este o objetivo estratégico. Por que não atacam a direita anti-islâmica? Porque não interessa. Querem criar uma confusão que visa comprometer todo o sistema. Se atacassem só os fascistas seria uma espécie de limpeza, que até interessaria (risos). Mas o que os terroristas querem é movimentar a opinião massiva. Eles sabem que o sentimento xenófobo vai se exacerbar, e isso pode gerar políticas militaristas de intervenção no Oriente Médio – isso tudo interessa ao Estado Islâmico, um grupo que não está ligado à idéia de construir um Estado, está ligado em construir guerra.

Por que os ataques contra o fascismo não acontecem?
É improdutivo dentro do ponto vista da tática de gerar o terror, a confusão é o que interessa, o irracionalismo. O que embasa o desejo terrorista não é uma construção racional de um coletivo árabe de uma liberdade de expressão, a ideia é outra, de propor uma ideia de guerra jihadista contra o mundo. É uma ideia louca, que é alimentada por Bushes da vida, Olavos de Carvalho da vida. Tentar construir a ideia de um choque de culturas, onde um precisa prevalecer dentro dessa lógica. ‘O que deve prevalecer é o nosso lado, precisamos destruir o outro’.

Qual sua conclusão sobre o atentado ao Charlie Hebdo?
Não existe ainda, tenho procurado ligar os pontos. É aterrorizante o suficiente para abalar as convicções da gente. Agora quais convicções, não sei. De princípio tenho visto que nas exibições de força no facebook, as pessoas se aferram às posições delas e fazem trincheiras de onde atiram.
Tenho tentado entender fora da dor e do sentimento de perda, pois amava e admirava o CH, tento entender politicamente o que está acontecendo. Começam os ataques às mesquitas e restaurantes árabes, ou aos minimercados judaicos… Isso que vai gerar, é um padrão estimulado por grupos de direita que querem construir uma política de exclusão dentro da Europa.

E sobre os acontecimentos de hoje?
A morte dos irmãos? Não tenho o que comentar, sério. Acho que continua em marcha o projeto de irracionalismo.

Como assim?
11/9 salvou a vida do Bush, um político medíocre e desprestigiado que vinha de uma eleição contestada. Foi transformado em herói e abraçou as táticas militaristas e intervencionistas.
Penso porque esses fdp fizeram isso. É que no final das contas o fundamentalismo e os grupos de ultra-direita xenófobos se alimentam. Foram feitos um para o outro. Haja entendimento real ou não, na prática a porra louquice atende ao clamor da porra louquice.
Mas não sei isso é coisa de malucos. Pode ser um jogo muito mais frio do que a gente pensa, e é isso que me aterroriza – ver que não é maluquice. Esse jogo frio pode envolver dinheiro, poder político e controle militar.

Consegue associar este atentado a um fato político da história brasileira?
No Brasil as pessoas foram presas, matou-se gente, pessoas ficaram acuadas. Mas a reação historicamente determinante à ocupação ditatorial se deu quando mataram um jornalista. Na mesma ocasião Manoel Fiel Filho, militante ativista operário foi morto. Todo mundo se comoveu mas não foi decisivo. Decisivo foi terem matado Vladimir Herzog, que era jornalista. Isso foi importantíssimo no jogo cultural que a ditadura estava tentando fazer naquele momento. Hoje sabemos que houve uma tentativa de golpe dentro do golpe, da linha dura, que foi frustrado porque eles foram mais longe do que podiam. Ao mesmo tempo podiam ir menos longe? A lógica deles é de montar canastra. Era o jeito que sabiam jogar.

http://blogdomorris.blogfolha.uol.com.br/2015/01/09/laerte-no-brasil-charlie-hebdo-nao-existiria/
“You will never be happy if you continue to search for what happiness consists of. You will never live if you are looking for the meaning of life.”
― Albert Camus

“The way to love anything is to realize that it may be lost.”
― G.K. Chesterton

“The first duty of a man is to think for himself”
― José Martí

Não sou mais um marxista-stalinista: ../forum/topic=30157.0.html

Rhyan

  • Visitante
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #151 Online: 10 de Janeiro de 2015, 16:07:16 »
Quando acho que o Laerte vai defender algo interessante ele acaba se contradizendo absurdamente por causa do politicamente correto.

Rhyan

  • Visitante
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #152 Online: 10 de Janeiro de 2015, 16:25:59 »
Pagão e Sparke, vocês estão pensando em termos de lei atual, eu não sou positivista pra achar que as leis atuais (estatais) são uma baliza eficiente pra determinar do que é certo e errado.

No libertarianismo baseado no princípio da não-agressão, na propriedade privada e na auto-propriedade, a liberdade de expressão é absoluta se dentro da sua propriedade, mas isso não inclui ameaças e incentivo à violência, pois essas coisas violam a não-agressão.

Sobre calúnia e difamação:

Citação de: Walter Block
O caluniador e o difamador



É fácil ser um advogado da livre expressão, quando ela se aplica aos direitos daqueles com quem estamos de acordo.  Mas o teste crucial refere-se ao discurso controverso - declarações que podemos considerar viciosas e sórdidas.

Agora, não há, talvez, nada mais repugnante ou vicioso do que a difamação.  Portanto, temos de tomar especial cuidado ao defender o direito de livre expressão dos difamadores, pois, se ele puder ser protegido, os direitos de todos os demais - que não ofendem tanto - certamente estarão mais assegurados.  Mas, se o direito de livre expressão dos difamadores e caluniadores não for protegido, os direitos dos outros estarão menos assegurados.

A razão de os libertários civis até hoje não terem se envolvido na proteção dos direitos dos difamadores e caluniadores é evidente - a difamação é ruinosa para as reputações.  São abundantes as histórias cruéis sobre empregos, amizades etc., perdidos.  Longe de se preocuparem com o direito de livre expressão do difamador e do caluniador, os libertários civis têm se preocupado em proteger aqueles que tiveram suas reputações destruídas, como se isso fosse, por si próprio, imperdoável.  Mas, obviamente, proteger a reputação de uma pessoa não é um valor absoluto.  Se fosse, ou seja, se as reputações fossem realmente sacrossantas, então teríamos de proibir a maior parte dos tipos de comunicação que podem denegrir a reputação de alguém, mesmo as verdadeiras.  A crítica desfavorável e a sátira ao cinema, teatro, música ou a critica literária não poderiam ser permitidas.  Qualquer coisa que depreciasse a reputação de qualquer indivíduo ou instituição teria de ser proibida.

Naturalmente, os libertários civis negariam que sua objeção à calúnia e à difamação compromete-os com a visão aqui colocada.  Eles reconheceriam que a reputação de uma pessoa nem sempre pode ser protegida, que às vezes ela tem de ser sacrificada.  Mas isso, diriam eles, não isenta o difamador.  Pois a reputação de uma pessoa não é algo com que se possa lidar de forma leviana, não pode ser prejudicada sem bons motivos.

Mas o que é a "reputação" de uma pessoa? Que coisa é essa que não pode ser "tratada com leviandade"? Sem dúvida, não é uma possessão que se possa dizer que pertence a ela da mesma forma como lhe pertencem suas roupas.  Na verdade, a reputação de uma pessoa sequer "pertence" a ela.  A reputação de uma pessoa é o que os outros pensam dela; consiste dos pensamentos "que outras pessoas têm a seu respeito".
Um homem não possui sua reputação, da mesma forma como não possui os pensamentos dos outros - porque isso é tudo do que consiste sua reputação.  A reputação de um homem não lhe pode ser roubada, da mesma forma como não lhe podem ser roubados os pensamentos de outras pessoas.  Se sua reputação "lhe foi tirada", de um modo ou de outro, pela verdade ou pela falsidade, antes de tudo, ele não a possuía e, portanto, não deveria poder recorrer à lei por danos.
O que, então, estamos fazendo, quando objetamos ou proibimos a difamação? Estamos proibindo alguém de afetar ou tentar afetar os pensamentos de outras pessoas.  Mas o que significa o direito de livre expressão, senão que somos livres para tentar afetar os pensamentos dos que nos rodeiam? Então, temos de concluir que a difamação e a calúnia são consistentes com o direito de livre expressão.
Por fim, por mais paradoxal que possa ser, as reputações provavelmente ficariam mais seguras sem as leis que proíbem o discurso difamatório! Com as leis atuais proibindo a difamação, há uma tendência natural de se acreditar em qualquer mácula que seja lançada a público sobre o caráter de alguém.  "Se não fosse verdade, não seria publicado", argumenta o público crédulo.  No entanto, se a difamação e a calúnia fossem permitidas, o público não seria tão facilmente enganado.  Choveriam tantos ataques, que teriam de ser substanciados, antes que pudessem ter algum impacto.  Poderiam ser organizados órgãos como o Consumers Union ou o Better Business Bureau* para atender a demanda do público por informações precisas sobre as "indecências".

O público logo aprenderia a considerar e avaliar as afirmações dos difamadores e caluniadores - se a estes últimos fossem dadas rédeas soltas.  Um difamador ou caluniador não mais teria o poder de arruinar a reputação de uma pessoa.

 

*Sindicato dos Consumidores e Bureau para Melhores Negócios.  (N.T.)

Fonte: Defendendo o Indefensável
Capítulo III - LIVRE EXPRESSÃO- 2. O caluniador e o difamador
http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=170

Rhyan

  • Visitante
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #153 Online: 10 de Janeiro de 2015, 16:32:08 »


Citação de: Libertarianismo Facebook
Iyad El-Baghdadi se define como um muçulmano libertário. Nascido na Palestina e criado nos Emirados Árabes Unidos, foi colocado para fora do país sob ameaça de prisão perpétua se permanecesse, após fazer discursos contra as ditaduras que circundam o mundo árabe.

Em três tuítes ele deixou claro a posição da maior parte dos muçulmanos sobre os atentados de hoje.

1) Um desenho jamais será tão ofensivo para um muçulmano quanto matar pessoas inocentes em nome do Islã;

2) Extremistas amam esse tipo de coisa. A Frente Nacional provavelmente está com um sorriso de orelha-a-orelha. Isso vai gerar mais confrontos, mais escalada de ódio, que alimentarão ainda mais confrontos e ódio em um círculo vicioso;

3) Isso está longe de representar o que a maioria dos muçulmanos pensa, mas nós sabemos muito bem que existem monarquias absolutistas no Oriente Médio que pregam exatamente isso e fazem montantes de dinheiro chegarem em grupos extremistas. E pior, são os governos com mais apoio das potências ocidentais na região.

Não se deixe levar por aqueles que querem simplificar todo um problema geopolítico com base na religião. Inúmeros países, inclusive o Brasil, tem comunidades árabes e muçulmanas (São coisas diferentes. É algo óbvio. Mas em períodos de desinformação constante para pregar-se o ódio é bom lembrar.) que de tão pacíficas não tem sua existência notada. Outros países - como a Indonésia - são majoritariamente muçulmanos e você nunca viu grupos terroristas de lá sendo exportados para outra parte do mundo. Do mesmo modo, que até mesmo a Síria não era o celeiro do ISIS até as potências ocidentais acharem que deveriam derrubar o ditador de plantão.

Como Guga Chacra falou mais cedo: "Noto que os principais grupos islâmicos da França e do mundo condenaram o atentado terrorista de hoje. E associar genericamente o ataque de hoje aos muçulmanos é um erro. Lembro que os dois atiradores possivelmente são muçulmanos e franceses. Mas Zidane, Ribery, Nasri e Benzema (literalmente, quatro dos melhores jogadores da história da França) também são muçulmanos e franceses. Você pode classificar muçulmanos franceses como terroristas ou como craques de futebol melhores do que os brasileiros. Mas ambas classificações seriam erradas. Cada indivíduo é de um jeito. O certo é que ninguém merece morrer por uma piada, mesmo se for racista. Basta não dar risada ou, melhor ainda, reagir com bom humor."

#estagiário

Fonte: https://www.facebook.com/liberplus/photos/pb.217022305022202.-2207520000.1420914547./872766332781126/?type=3&theater


Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #154 Online: 10 de Janeiro de 2015, 16:53:40 »
Só 20% dos muçulmanos são árabes.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Rhyan

  • Visitante
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #155 Online: 10 de Janeiro de 2015, 17:12:42 »
Isso é muito ou pouco?


Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #156 Online: 10 de Janeiro de 2015, 17:44:11 »
Só é desproporcional. Acontece um ataque terrorista cometido por islâmicos e o mundo se volta pra meia dúzia de países do Oriente Médio e condenam 1.3 bilhões de pessoas QUE NÃO VIVEM ALI e não têm nada a ver com o movimento chiita, que é minoria mesmo dentro do islamismo.

Eu convivo diariamente com cristãos com ideias extremistas. E eles estão armados. Basta um empurrão pra caírem pro radicalismo e começarem a executar pessoas que não agradam eles.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Jack Carver

  • Nível 25
  • *
  • Mensagens: 1.198
  • Sexo: Masculino
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #157 Online: 10 de Janeiro de 2015, 18:22:37 »
Também fico surpreso com o número de seguidores de Olavo e Malafaia indiferentes c/ o atentado.
 

no mais...
Citar
Ministro espanhol diz que 600 jihadistas retornaram à Europa

Ministro do Interior espanhol afirma que, dos 3 mil europeus que saíram para zonas de conflito, sobretudo no Iraque e na Síria, 600 retornaram à Europa e podem realizar atentados a qualquer momento.

O ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, afirmou nesta sexta-feira (09/01) que cerca de 3 mil europeus saíram para zonas de conflito, principalmente no Iraque e na Síria, para combater em nome da Jihad Islâmica, e 600 deles já regressaram ao continente.

"Centenas estão neste momento pela Europa, e podem agir a qualquer momento, como atores solitários ou integrados em células ou grupos com pouca estrutura, e realizar atentados tão trágicos como o que vimos nesta quarta-feira em Paris", disse o ministro em entrevista à emissora Telecinco.
Segundo Díaz, 80% dos europeus que se juntaram ao terrorismo jihadista se uniram ao "Estado Islâmico" (EI) no Iraque e na Síria. Muitos outros aderiram a ramificações da Al Qaeda.

Na Espanha, cerca de 70 cidadãos teriam partido para as zonas de conflito. Dez deles já estariam de volta ao país, metade na prisão na Espanha e no Marrocos, afirma o ministro.

As declarações foram dadas no mesmo dia em que o Ministério do Interior espanhol divulgou que em 2014 foram detidos 43 supostos terroristas islâmicos no país. Mas, segundo o ministro, um só deles já representa "um risco potencial".

Díaz participará do encontro internacional antiterrorismo convocado pela França no próximo domingo, em reação ao ataque ao semanário parisiense Charlie Hebdo. "Se compartilhamos a ameaça, devemos compartilhar também os mecanismos de resposta", afirma Díaz.

DW

O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline Pagão

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.690
  • Sexo: Masculino
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #158 Online: 10 de Janeiro de 2015, 18:24:54 »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #159 Online: 10 de Janeiro de 2015, 18:26:35 »
Curiosidade: Ali Kamel, diretor geral de jornalismo da Globo é muçulmano.

E a Globo uma emissora católica.

Uma emissora espírita de uma família católica.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Daniel_1993

  • Nível 12
  • *
  • Mensagens: 247
  • Sexo: Masculino
  • Sou ex-socialista
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #160 Online: 10 de Janeiro de 2015, 18:50:52 »
Também fico surpreso com o número de seguidores de Olavo e Malafaia indiferentes c/ o atentado.
 


Mas a vítima era ateu e de esquerda, não é de se surpreender que os Olavetes não façam tanto barulho.

Falando em Olavete:
Citar
10/01/2015 13h56 - Atualizado em 10/01/2015 14h12
‘Eu não sou Charlie’, declara ex-líder da extrema direita na França
Jean-Marie Le Pen fez declaração em vídeo publicado em seu blog.
'Eu sou Charlie' é lema de apoio a vítimas de atentado a jornal.


http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/eu-nao-sou-charlie-declara-ex-lider-da-extrema-direita-na-franca.html
“You will never be happy if you continue to search for what happiness consists of. You will never live if you are looking for the meaning of life.”
― Albert Camus

“The way to love anything is to realize that it may be lost.”
― G.K. Chesterton

“The first duty of a man is to think for himself”
― José Martí

Não sou mais um marxista-stalinista: ../forum/topic=30157.0.html

Offline Dr. Manhattan

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.342
  • Sexo: Masculino
  • Malign Hypercognitive since 1973
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #161 Online: 10 de Janeiro de 2015, 18:51:21 »
Só é desproporcional. Acontece um ataque terrorista cometido por islâmicos e o mundo se volta pra meia dúzia de países do Oriente Médio e condenam 1.3 bilhões de pessoas QUE NÃO VIVEM ALI e não têm nada a ver com o movimento chiita, que é minoria mesmo dentro do islamismo.

Eu convivo diariamente com cristãos com ideias extremistas. E eles estão armados. Basta um empurrão pra caírem pro radicalismo e começarem a executar pessoas que não agradam eles.

Na verdade, creio que esses malucos em questão eram sunitas. Pelo menos o EI é. Não é de surpreender que o Irã e o Hezbolah tenham condenado o ataque. Aliás, as pessoas tendem a esquecer o ângulo político dessas histórias: os radicais sunitas (xiitas) odeiam tanto ou mais os xiitas (sunitas) que o Ocidente.

A propósito: atualmente, moro numa cidade da Holanda em um bairro de maioria muçulmana, marroquinos na maior parte. Geralmente os muçulmanos daqui interagem bem com os holandeses nativos e com os demais imigrantes. A exceção é justamente o caso dos marroquinos. Estes são mal vistos por todos - até pelos outros imigrantes, por se envolver com crimes e arruaças. Mas nesses meses todos aqui nunca tivemos problemas. Meu único temor na verdade é que algum maluco venha fazer algum ataque à mesquita perto daqui.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Skeptikós

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.125
  • Sexo: Masculino
  • Séxtos Empeirikós
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #162 Online: 10 de Janeiro de 2015, 20:55:03 »
Isso é muito ou pouco?


Números reais (que contradizem os de cima) segundo a própria fonte:



Obs: Muslims around the world strongly reject violence in the name of Islam. Asked specifically about suicide bombing, clear majorities in most countries say such acts are rarely or never justified as a means of defending Islam from its enemies.

Fonte: Pew Research - Religion & Public Life Project,  The World’s Muslims: Religion, Politics and Society, Extremism Widely Rejected

Como eu imaginei, aquilo divulgado aqui estava completamente distorcido (e maquiado) em relação aquilo dito na fonte.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #163 Online: 10 de Janeiro de 2015, 23:12:00 »
Cuidado com os dados vindos do PEW Research Center. Já li várias críticas de que este think tank, sob uma roupagem de neutralidade, faz uma consistente campanha de contra-informação favorável às religiões, especialmente o cristianismo.
Foto USGS

Rhyan

  • Visitante
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #164 Online: 10 de Janeiro de 2015, 23:17:34 »
Isso é muito ou pouco?


Números reais (que contradizem os de cima) segundo a própria fonte:



Obs: Muslims around the world strongly reject violence in the name of Islam. Asked specifically about suicide bombing, clear majorities in most countries say such acts are rarely or never justified as a means of defending Islam from its enemies.

Fonte: Pew Research - Religion & Public Life Project,  The World’s Muslims: Religion, Politics and Society, Extremism Widely Rejected

Como eu imaginei, aquilo divulgado aqui estava completamente distorcido (e maquiado) em relação aquilo dito na fonte.

Foi colocado o raramente do outro lado também.

Offline O Grande Capanga

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.872
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #165 Online: 11 de Janeiro de 2015, 11:21:40 »
Leiam abaixo a entrevista. E veja que uma muçulmana dessas vive no Brasil. O que esperar de uma que vive numa teocracia islâmica?

http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2015/01/quatro-perguntas-para-maha-abdelaziz-professora-do-centro-islamico-de-brasilia.html

Quatro perguntas para... Maha Abdelaziz, professora do Centro Islâmico de Brasília

Gabriel Garcia

Como a comunidade muçulmana avalia os ataques radicais, como o ocorrido na França?

Claro que eu não sou favorável ao terrorismo, à matança, ao derramamento de sangue, mas morrem nove pessoas e o mundo vira de ponta a cabeça. Morreu um milhão de pessoas no Egito, na Síria, na Palestina, em Borno (Nigéria), mas ninguém fala nada. Um dia antes do acontecimento na França, morreram milhares de muçulmanos em Borno. Os muçulmanos estão sendo perseguidos.

Qual a orientação a respeito das críticas feitas à religião?

Não pode haver agressão, não aceitamos que se agrida moralmente ninguém. Isso é uma agressão. Eles (jornalistas do Charlie Hebdo) tiveram um ato violento moralmente. Foi uma crítica moral ao nosso profeta.

Ataques radicais não comprometem a credibilidade muçulmana?

Claro. A religião muçulmana é uma religião da paz. Quando respondi a primeira pergunta, demonstrei indignação com a opinião do mundo. Quando morre meia dúzia de não muçulmanos, o mundo vira de ponta a cabeça, sendo que estão morrendo milhares de muçulmanos e o mundo fica olhando de camarote.

Como separar os muçulmanos fieis, aqueles pacíficos, dos radicais?

Tais termos são plantados para denegrir a imagem dos muçulmanos. Não existe terrorista, radical. Todo mundo tem o sangue quente. Como massacram os muçulmanos no mundo inteiro e não querem uma reação? Cada ação tem uma ação do mesmo tamanho e no sentido contrário. Seria tolo e idiota tanta violência, tanto massacre e ficarmos olhando. Esses ataques que vocês chamam de terrorista é uma resposta a tanta barbaridade que acontece contra os muçulmanos. Nossa religião não incentiva violência, jamais incentiva derramamento de sangue, só que infelizmente essa é a resposta à crueldade. Vocês podem esperar coisa pior.

Offline O Grande Capanga

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.872
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #166 Online: 11 de Janeiro de 2015, 11:27:58 »
Também fico surpreso com o número de seguidores de Olavo e Malafaia indiferentes c/ o atentado.

Você tem alguma fonte disso?

O que eu vi foi um monte de esquerdinha pensando mais no aumento da extrema-direita europeia do que preocupados com as vítimas.

Offline Skeptikós

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.125
  • Sexo: Masculino
  • Séxtos Empeirikós
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #167 Online: 11 de Janeiro de 2015, 16:50:19 »
Cuidado com os dados vindos do PEW Research Center. Já li várias críticas de que este think tank, sob uma roupagem de neutralidade, faz uma consistente campanha de contra-informação favorável às religiões, especialmente o cristianismo.
Concordo, o fato é que o cara do vídeo que trouxe esta pesquisa atona, por ter dito ter se baseado justamente neste estudo, apresentou informações contraditórias em relação ao próprio estudo que disse ter se baseado,* isto é, ele fez comprovadamente o mesmo daquilo que PEW Research Center é acusada de supostamente fazer em suas pesquisas.

* Neste caso enviesadamente desfavorável a imagem da religião islâmica.

Isso é muito ou pouco?


Números reais (que contradizem os de cima) segundo a própria fonte:



Obs: Muslims around the world strongly reject violence in the name of Islam. Asked specifically about suicide bombing, clear majorities in most countries say such acts are rarely or never justified as a means of defending Islam from its enemies.

Fonte: Pew Research - Religion & Public Life Project,  The World’s Muslims: Religion, Politics and Society, Extremism Widely Rejected

Como eu imaginei, aquilo divulgado aqui estava completamente distorcido (e maquiado) em relação aquilo dito na fonte.

Foi colocado o raramente do outro lado também.
Notei, mas não encontrei eta mesma informação na fonte, ou seja, aonde foi que eles tiveram acesso a esta informação, se a mesma não está na fonte indicada (suspeito, não)?

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Jack Carver

  • Nível 25
  • *
  • Mensagens: 1.198
  • Sexo: Masculino
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #168 Online: 11 de Janeiro de 2015, 18:53:36 »
Você tem alguma fonte disso?

O que eu vi foi um monte de esquerdinha pensando mais no aumento da extrema-direita europeia do que preocupados com as vítimas.
Sinceramente? Não acho que seja preciso uma fonte de alguma pesquisa. O que não falta são comentários relativizando a causa dos ataques("Foram ofender o deus dos outros..."), e com certeza a maioria são de cristãos, seja evangélico ou protestante, este é o Brasil. Eu já tive minha prova.
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline O Grande Capanga

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.872
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #169 Online: 11 de Janeiro de 2015, 19:48:40 »
Você tem alguma fonte disso?

O que eu vi foi um monte de esquerdinha pensando mais no aumento da extrema-direita europeia do que preocupados com as vítimas.
Sinceramente? Não acho que seja preciso uma fonte de alguma pesquisa. O que não falta são comentários relativizando a causa dos ataques("Foram ofender o deus dos outros..."), e com certeza a maioria são de cristãos, seja evangélico ou protestante, este é o Brasil. Eu já tive minha prova.

Quem quer que comece um artigo dizendo "Eu condeno o atentado, MAS..." é PARTE INTEGRANTE do esquema terrorista internacional.
Se um cristão ou judeu invadisse a sede do Charlie Hebdo, não para matar os redatores mas apenas para jogar neles um balde de merda, seria UNIVERSALMENTE CONDENADO por "crime de ódio", sem nenhum "mas".
Se você acha que falar contra o terrorismo, sem atenuantes, é crime de ódio, e se você se sente, em contraste, cheio de amor para dar, então dê, meu filho. O mundo está repleto de pirocas famintas.


https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/432055693613177

Offline Pagão

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.690
  • Sexo: Masculino
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #170 Online: 11 de Janeiro de 2015, 19:57:42 »
Uma alta percentagem de islamitas apoiando o recurso a atentados suicidas em "defesa do Islão" apenas torna patente a sua enorme fraqueza..., senão venceriam sem se suicidar... Nada neste terrorismo revela efetiva força...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Skeptikós

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.125
  • Sexo: Masculino
  • Séxtos Empeirikós
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #171 Online: 11 de Janeiro de 2015, 23:00:10 »
Uma alta percentagem de islamitas apoiando o recurso a atentados suicidas em "defesa do Islão" apenas torna patente a sua enorme fraqueza..., senão venceriam sem se suicidar... Nada neste terrorismo revela efetiva força...
Segundo o estudo supracitado, ao menos na maioria dos países a porcentagem de muçulmanos inclinados a apoiar ações terroristas como objetivo de salvar o islã representa uma minoria dentro desta religião.

Se o estudo é confiável ou não é outra história. A questão é que o autor do vídeo encovado aqui, cujo discurso afirma que a mensagem de que o apoio a atentados terroristas ou criminosos por praticantes do islã constitui uma minoria radical, é um mito, mentiu.  Segundo ele, dados do tal estudo (aqui mencionado) comprovam que a maioria dos islâmicos apoiam tais atos, e são por isso radicais. Esta afirmação de que a maioria dos islâmicos são radicais no entanto foi aqui refutado pelo próprio estudo que o tal autor disse ter se baseado. Ou seja, ele mente quando confrontado com o estudo que disse ter usado como fonte.

Abraços!
« Última modificação: 11 de Janeiro de 2015, 23:02:43 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #172 Online: 11 de Janeiro de 2015, 23:54:49 »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #173 Online: 11 de Janeiro de 2015, 23:56:34 »
Vejam esse vídeo...

Brigitte Gabriel nasceu no seio de uma família Maronita-Cristã libanesa. Declarou por várias vezes nos meios de comunicação que durante a Guerra Civil Libanesa militantes muçulmanos lançaram um ataque em uma base militar libanesa na região onde vivia, atingindo também a sua casa e destruindo-a. Brigitte tinha apenas dez anos de idade na ocasião e foi gravemente atingida, passando dois meses e meio recuperando-se em um hospital israelense. WIKI

Ou seja, Brigitte é uma outra fonte não confiável.

Você não questionou em nada o argumento dela
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #174 Online: 12 de Janeiro de 2015, 00:16:06 »
Eu não me lembro bem a partir de quando eu deixei de achar o Bill Maher um cara engraçado e passei achá-lo extremamento arrogante e babaca. Ele se acha uma autoridade em todo e qualquer assunto e quando discordam dele, age feito uma criança.

Foi bem antes de ele se juntar ao movimento antivacinação. Os "documentários" dele e a argumentação em geral se baseiam em generalizações muito grosseiras e em números completamente deturpados, cheios de informações erradas que ele apresenta como verdade e não dá oportunidade de se contestar.

No ano passado, o Reza Aslan já deu uma sentada nele e em dois repórteres da CNN que deixou eles sem rumo...

<a href="https://www.youtube.com/v/PzusSqcotDw" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/PzusSqcotDw</a>

Bom, primeiro o Reza não pode debater com repórteres, ele irá comê-los com bolachas porque se tratam de gente com conhecimento bem razo.

Para debater com o Reza tem que ser um cara como o Sam Harris
Outro ponto.. não acho que o Reza está com a razão, nem tampouco os repórteres. O Reza dá a entender algo como "sim, há alguns problemas em alguns países islâmicos mas notem a turquia* e a Indonésia e blabla". Se os repórteres soubessem de algo iriam responder que a turquia é (ou está) secular apesar do islam e não por causa dele. O Reza já foi pego em alguns debates sobre esse ponto e prefere ignorar e repetir sempre a mesma coisa.

Para mim está bem claro que os países de religião islâmica são de longe os que tem mais tendência ao extremismo. Isso é fruto de religião estúpida, pobreza e ignorância.

Existe essa nata de debatedores islâmicos que querem fazer a coisa pender para um lado que definitivamente não está. Como sempre, o caminho do meio..
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!