Aliança eu entendo que não existe. Mas não há como negar que o desejo de todos os fundamentalistas islâmicos é o de converter ou 'varrer' os "infiéis", porque o seu "livro sagrado" assim manda.
Aqui você cai na mesma falácia do Madiba. Grupos diferentes, objetivos diferentes. O Hammas tem por objetivo o reconhecimento do território Palestino, a Al Qaeda, a destruição do Ocidente, o Hezbolah quer a expulsão dos pacificadores, A PFLP, estabelecer um regime marxista na Palestina, a PLF turca, instalar o marxismo na Turquia e cortar relações com os EEUU.
Esse é o argumento majoritariamente usado. A heterogeneidade dos países muçulmanos, mas não fala nada do que eles têm em comum, que é o que se está debatendo aqui. Na turquia por exemplo, há forças cada vez mais fortes contra o estado laico.
TODOS os citados por você, TODOS, têm em comum uma enorme inércia em movimento ao fanatismo. Focar nas diferenças não desfaz as similaridades.
Grupos formados por islâmicos não são necessariamente motivados por religião. É o mesmo que dizer que os grupos católicos dominicanos da ditadura militar que atuaram armados eram grupos de radicais católicos.
Não é. Existe um perfil muito bem formado que pode ser facilmente classificado como radicais islâmicos armados com objetivos no que concerne ao status da religião e ao desprezo aos apóstatas muito bem definidos.
Se eles depois se matarem por sua outras 1M de diferenças, é outro papo.
Durante as décadas de 60 e 70, os grupos terroristas formados por islâmicos não tinham ainda embutido o discurso religioso, mas sim o anti-colonialista, por isso esse período é conhecido como de 3ª onda, de anti-colonialismo.
Não é o que ocorre hoje.
Por fim o duplipensar que acomete os cristãos é amplificado nos muçulmanos. O cristianismo já surgiu como uma derivação mais suave do judaísmo. E ao se desenvolver na Europa sob a influência de diversos fatores, incorporou elementos que propiciaram uma certa auto-contestação de suas ações. Não conheço nada similar no islamismo.
Por séculos o "mundo islâmico", como vocês gostam de dizer, esteve à frente do desenvolvimento cultural e científico, bem como quanto a tolerância a outras culturas e religiões. O fundamentalismo que vemos hoje é resposta direta do envolvimento dos países colonialistas que fizeram com que o discurso radical de "nós contra eles" ganhasse força e passasse a influenciar tanto a política.
Por séculos não vale muito. Uma hora isso vira passado e esse tipo de discussão não traz nada de prático, sempre podemos voltar a um tempo quando esses povos exploraram outros e assim por diante.
Mas claro... lá se vão 40...60 anos... isso é praticamente pré-história e não explica nada. 
Sessenta anos... em um mundo com a evolução (modificações) rápida como o nosso significa centenas de anos em tempos mais antigos. A quantidade de acontecimentos, correntes é simplesmente incomparável.
Mas o problema hoje é claro.
Podemos filosofar sobre o passado, sempre. Na verdade, mesmo que a afirmação "parte significativa dos muçulmanos se tornaram radicais 100% por culpa dos ocidentais devido ao processo de colonização" fosse verdade (o que não é), ainda teríamos o problema do "parte significativa dos muçulmanos se tornaram radicais" que é o desafio que enfrentamos.