Para mim é o seguinte, ninguém relevante no mundo intelectual islâmico faz as alegações que vimos aqui, que a religião muçulmana não tem nada a ver com isso.
Shabyr pode ser que sim, mas a explicação dele para os versos violentes é até ingênua, há trechos de paz, há trechos de violência, logo os de violência estão errados e foram mal escritos/interpretados porque Maomé é bom.
Reza é um defensor ferrenho mas admite, como em sua citação no meu post, que existe um problema atualmente com o mundo islâmico.
Maajid (ex terrorista e atualmente muçulmano) e Feisal (Imã moderado) estão sob ameaça de morte, mencionada depois deles discutirem sobre o enorme risco de ter um discurso moderado e reformador nos países majoritariamente muçulmanos, citou um lider que foi assassinado pelo seu guarda costas por ter uma postura mais progressista (e pelo que li, não era nada que não fosse aceito no século XVIII, quis derrubar a lei da blasfêmia)
A religião tem uma parte enorme do problema. Como disse Ayaan, quando extremistas recrutam seus soldados, não recrutam falando de questões políticas, recrutam falando de Alá e Maomé.
Maajid e Feisal tem um ponto relevante e que todos concordamos aqui, todas os textos são suficientemente estúpidos para justificar atos de terror, então a religião é tão fanática quanto a maioria dos seus seguidores podem ser descritos, e atualmente a visão fundamentalista está longe de ser periférica.
Voltando a Sam Harris que é o dono do "crenças específicas trazem consequências específicas". Isso é uma verdade, que pode ser atenuado, o que Harris não menciona, conforme se é atenuado a crença sendo essa a variável direta, outras variáveis como economia e política são indiretas e podem agir para atenuar essa interpretação, mas a crença é predominante no caso das ações danosas dos muçulmanos extremistas suportados por um enorme número de fundamentalistas.
Existe então um punhado de pessoas engajadas para mudar. São muito corajosos, estão fazendo isso pondo em risco suas vidas.
Outro ponto que deu para pegar no debate, os líderes dos países majoritariamente muçulmanos, adoram criar manchetes de jornais incentivando a visão de uma guerra entre civilizações.
Todos concordam que a diferença entre os cristãos, judeus e muçulmanos é que os religiosamente fundamentalistas nos dois primeiros são periféricos e não se pode dizer o mesmo no mundo majoritariamente muçulmano.