Só de ver esse pedaço já fica claro que é mais um tópico que se tornou palco de falácias crentes a rodo.
Assumindo que uma pessoa seja acusada formalmente, investigada e julgada por autoridades competentes de ter cometido um crime cuja uma das penas previstas é a pena de morte/execução. Essa pessoa foi sentenciada à pena de morte, seja por um juiz ou por um grupo de jurados (assuma o arranjo jurídico e o crime que desejar). E sua sentença foi levada à cabo e foi executada (digamos, por agentes prisionais ou policiais). Posteriormente, foi descoberto que a pessoa que foi executada era inocente.
Nessas circunstâncias, seria algum dos responsáveis por sua execução (o juiz, o jurado, o executor, os policiais que investigaram, o promotor que defendeu a execução - à sua escolha) punido por esse ato? Sim ou Não? Caso seja punido, que punição receberia?
Eu perguntaria antes: O novo fato que inocentou o apenado era possível de ser evidenciado antes? A razão para a pena de morte foi "suficiente" à época de sua decretação? Algo do tipo moral/religioso, como legítima defesa ou defesa da honra, ou então alegações médicas do tipo psicopatia, mas que depois sob nova interpretação pudesse ser vista de "outro modo"?
Não é tão extenso. É só a mesma questão de se cometeu-se crime ou não contra um cidadão inocente, não é mesmo?
A facilidade de se condenar (ou não) não deve ser limitada por apenas uma 'consciência (pesante)', mas por responsabilidade e incriminabilidade. A condenação errada foi criminosa, relapsa, irresponsável? Temos, então, um caso de assassinato e todos os participantes diretos **pela sentença** concorreram. Logo, qual a pena para assassinato?... Como se vê, só máquinas filosofadoras têm dificuldade para descartar filosofices ridículas. E o terrível é que elas são a maioria, o problema, e acusam as outras de serem o problema. Por isso, quase pouco se pode esperar desse sistema porque ele é implementado pelos preceitos filosofistas dessas máquinas, o resultado é a bosta toda que aí está e elas, que são as responsáveis por isso, prosseguem a filosofar filosofações sobre filosofações porque as filosofações sob filosofações estão dando m. Quase pouco se pode esperar porque máquinas filosofosas são as maiores conversas fiadas do mundo -- elas manifestam um discurso só para discurso; na hora de meter bala em qualquer suspeita de perigo adiante, usam um míssil nuclear para garantir.
Mas podemos simplificar ainda mais dizendo que o primeiro negritado ali esclarece o necessário do problema. E o segundo é dito da forma funcional crente típica, sempre esquecedora de que a mesma confiabilidade de uma conclusão vale para a outra. O que garantiu que o "descoberto inocente a posteriori" é inocente mesmo?
É assim que se vê em claro as manipulações que a mente mágica crê que pode fazer sobre a realidade para "torná-la em favor próprio".
É tudo bem pior que piada.
Acho que de qualquer forma tudo remete ao Grande Leviatã. De qualquer jeito, a sociedade como um todo é sempre responsável, logo a responsabilização por esse tipo de ato sempre será relativizável.
Que grande Leviatã que nada. A sociedade pode ser "responsável", mas não incriminável. A sociedade é a favor do aerotrasporte. Isso a incrimina por um mecânico que falha, ou por aquele copiloto lunático que atirou o avião ao rochedo? As sociedades, sejam privadas ou a grande sociedade pública, põem empregaDINHOS (nada de "autoridades") para trabalhar. Esses lacaios devem cumprir suas tarefas com eficácia. Se não são capazes, não se arrisquem. Eles recebem suficientes benefícios para serem competentes, o que inclui, principalmente, não serem crentes/serem científicos.