Autor Tópico: Reforma da Previdência  (Lida 18726 vezes)

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Offline Cinzu

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #325 Online: 07 de Abril de 2019, 11:45:44 »

Quem foi que afirmou que a reforma previdenciária é uma condição suficiente para resolver a questão fiscal brasileira?

Exatamente quem afirmou? Eu que não. Mas se você pesquisar vai achar várias referências do próprio governo sinalizando que sem a reforma da previdência a situação fiscal não será resolvida

Sem a reforma da previdência a situação fiscal não será resolvida. Isso não significa que com a reforma da previdência ela será resolvida.

O mundo não é preto e branco, nem tudo se resume a direita e esquerda, 8 ou 80. É necessário muito mais coisa ALÉM da reforma.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Sergiomgbr

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #326 Online: 07 de Abril de 2019, 13:13:47 »
Na verdade, é o oposto, tudo se resume à dieita e esquerda, quando é adotada a definição de direita apenas por o que nao ser de direita ser de esqurrda 
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #327 Online: 07 de Abril de 2019, 16:37:52 »

Quem foi que afirmou que a reforma previdenciária é uma condição suficiente para resolver a questão fiscal brasileira?

Exatamente quem afirmou? Eu que não. Mas se você pesquisar vai achar várias referências do próprio governo sinalizando que sem a reforma da previdência a situação fiscal não será resolvida, o que é uma falácia óbvia pela questão própria do BC que já mencionei e também porque até mesmo o fato da previdência ser deficitária é uma uma mentira, bastando uma pequena pesquisa sobre o DRU, para ver que o governo vem assaltando os cofres da previdência paulatinamente de 1994.


Necessário =/= suficiente

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #328 Online: 08 de Abril de 2019, 13:29:06 »
Citar
<a href="https://www.youtube.com/v/jBCdL2M7YgE" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/jBCdL2M7YgE</a>

Tchuchuca ou Tigrão, eis a questão: a repórter Mariana Schreiber explina nesse vídeo qual o impacto das mudanças da aposentadoria para os mais pobres, a classe média e os grupos de maior renda. Confira também a reportagem completa - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-41811535

Para quem ficou curioso em saber seu lugar na pirâmide brasileira, essa é a calculadora de renda da Oxfam (não do Banco Mundial, desculpem o engano): https://www.oxfam.org.br/calculadora

E outra discussão importante é se existe ou não o rombo da previdência. Quer saber mais sobre isso? Dá uma lida nessa matéria que produzimos em 2017, quando rolou a CPI da Previdência. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47808320

FORA BBC! NEOLIBERAL!!!!!!!!111111 TEMOS QUE ACABAR COM O NEO-IMPERALISMO MIDIÁTICO!!!!!!!!!!!!!!!111111111111111111


Se fosse o PT ou Ciro Gomes defendendo a mesma coisa, era capaz de conseguirem grande apoio lacrativo.


Offline _Juca_

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #329 Online: 08 de Abril de 2019, 17:02:55 »
https://economia.uol.com.br/reportagens-especiais/apos-um-ano-reforma-trabalhista-nao-criou-empregos-prometidos-e-informalidade-cresceu/index.htm#so-crescimento-economico-gera-emprego-dizem-especialistas

Esses empregos criados não supriram nem mesmo os empregos que sumiram. Os desalentados aumentaram, junto com a informalidade. Quer criar emprego, faça o país crescer,



Primeiro você afirmou que houve queda no nível de emprego, que eu mostrei que era falso, agora você afirma que os empregos criados não supriram os empregos que sumiram, mas isso não é uma anormalidade, dado que passamos pela nossa maior recessão na história recente do país, com a perda de 2,8 milhões de empregos formais, mas ainda assim, como você pôde ver e ignorou antes, os níveis de emprego voltaram a subir dois meses depois da reforma trabalhista e já está em níveis próximos do que era antes da crise:



Ainda é cedo para atribuir esse aumento à expectativa acerca reforma trabalhista, e é certo que o fim da recessão teve um efeito sobre esse aumento do nível de emprego, ademais, o que importa aqui para a análise são os dados do CAGED. Olhando para os dados do CAGED, vemos o seguinte: Os setores de serviço e comércio, que é suposto serem o mais beneficiados pela reforma trabalhista, criaram o maior número de vagas no decorrer do ano de 2018, até em nível recorde comparado a meses de anos anteriores ([1], [2]), e isso apesar do crescimento medíocre do PIB em 2018.

Por sua vez, e ignorando completamente meu post anterior, você afirma que os números de desalentados e de trabalhadores na informalidade aumentou. Juca, os dados do CAGED referem-se justamente aos trabalhadores com carteira assinada, e como você pode ver em [1], houve um aumento do número de pessoas com carteira assinada. Além disso, o aumento no número de desalentados também é consequência direta do aumento de pessoas procurando emprego, que, como você pode ver, de novo, nesse próximo gráfico, se deu por conta da crise:



E como você pode olhar acima, foi justamente a crise que empurrou esse montante de pessoas para o mercado de trabalho. Cada ponto percentual no gráfico acima corresponde a 1 milhão e meio de pessoas, e, no total, 3 milhões e 600 mil pessoas entraram no mercado de trabalho de junho de 2015 a junho de 2018 (fonte, página 4)

Citar
Quer criar emprego, faça o país crescer, quer fazer o país crescer, destrave os investimentos e faça os bancos emprestarem, estimule o fomento.

Ou seja, fazer que nem a Dilma fez. Deu super certo enquanto durou, mas hoje pagamos a conta por isso.

Citar
Quer fazer reforma trabalhista, ok, só não use uma mentira para isso. O Brasil conviveu mais de uma década com baixo desemprego e criação recorde de carteiras assinadas, porque? Havia crescimento econômico, não porque o Lula era de esquerda ou direita.

Você está certo quanto a isso, Juca, mas acho que você não entende que o crescimento do PIB hoje depende das expectativas quanto a aprovação da reforma da previdência e do futuro controle fiscal do governo. Se soubesse disso, talvez não ficasse contra ela.


Citar
A mesma mentira agora contada para aprovar a reforma da previdência, a de que vai começar a resolver o problema fiscal. Como? Há teto para o governo gastar com despesas correntes, mas não há teto para pagamento de juros e aumento da dívida.

Se aumenta a dívida é porque o governo teve um gasto maior do que arrecadado, e por isso tem que tomar mais dinheiro emprestado emitindo mais títulos da divida. Não "há teto para o pagamento de juros e aumento da dívida" porque nos casos de houver ou não superávit, o governo ainda emite mais títulos para pagar os juros e os títulos em vencimento, e não porque o governo é malvado e gosta de dar dinheiro pra banqueiro. Aliás, para o governo, pouco importa quem compra os títulos públicos.


Citar
Todos os dias o BC toma dinheiro dos bancos repassando para o Tesouro que não faz nada com esse dinheiro, só paga juros e aumenta a dívida e ninguém sabe para quem são pagos esses juros, é sigiloso, porque será?

Citação de:  Faça aqui sua auditoria da dívida pública
4. Nós sabemos quem são os donos da dívida pública?

Sim. Todos os meses, a Secretaria do Tesouro Nacional publica um Relatório Mensal da Dívida com informações significativamente detalhadas, inclusive sobre isso. Quem diz que o governo não sabe quem são os donos da dívida está simplesmente dizendo algo falso. Essas operações são e devem ser públicas e estão registradas junto ao Tesouro Nacional. Você vai perceber pelo gráfico abaixo que a maioria dos títulos está nas mãos de instituições financeiras e fundos de investimento.



E por que isso acontece? Porque, afinal, instituições financeiras e fundos de investimento agem como intermediários entre poupadores e o governo. Bancos e outras instituições financeiras se especializam em fazer investimentos para seus clientes. Logo, os bancos detêm os títulos públicos, são remunerados por eles – e, por sua parte, eles remuneram seus correntistas com parte da remuneração dos títulos.

Em tese, todo mundo que tem uma conta de poupança recebe (ao menos em parte) uma remuneração da dívida pública. Pois todo mundo que tem uma conta no banco é credor do banco (tem uma reivindicação de ativos com o banco).

Alguns críticos dizem que nós deveríamos saber quem são os credores dos bancos. Mas talvez eles não tenham pensado quais as implicações disso. Isso significaria que seria necessário quebrar o sigilo bancário de todos os brasileiros. Esse tipo de operação seria ilegal, pois violaria a privacidade de cidadãos brasileiros comuns. Significaria expor publicamente quanto a Dona Maria, que tem uma conta de poupança na Caixa Econômica Federal, detém em sua conta – e, por consequência, qual a parte proporcional que ela indiretamente detém da dívida.

E note que mesmo isso não resolveria o problema. Quem são os credores da Dona Maria? Cairíamos em um ciclo sem fim. O importante é que as operações do Tesouro Nacional são públicas e nós sabemos exatamente quem detém esses títulos.

fonte




Euller, o aumento de desalentados se dá quando as pessoas param de procurar emprego, não quando elas procuram. Mais gente sem procurar emprego significa menos desempregados pelos calculos estatíscos. E outra coisa, se você procurar os dados econômicos a partir da reforma e correlacioná-los com a  atividade econômica verá que o nível de desemprego e o de emprego continuam acompanhando o ritmo econômico e os dados pós reforma trabalhista não demonstram que ela ajudou a criar mais ou menos empregos.

É uma coisa básica, quando se fala de emprego, é atividade econômica e não a legislação que faz um empresário ou o até mesmo o setor público contratar e não a legislação trabalhista, e  essa reforma que foi promessa de criação de empregos e aumento da atividade economica não contribuiu em nada com isso, até por questões óbvias como a formalização dos sub empregos que se dão com a terceirização, os trabalhos intermitentes e a pejotização, que não favorecem o trabalhos com carteira assinada.



https://www.dci.com.br/economia/impacto-de-reforma-trabalhista-sobre-gerac-o-de-emprego-continua-incerto-1.781058


Por mais que você argumente de modo correto, ao contrário de outros que acham que qualquer coisa que vá contra os dogmas da direita seja coisa de comunista, e eu respeito muito isso, os fatos e os dados demonstram que a reforma trabalhista não criou e a expectativa que crie algum emprego é muito baixa ou nenhuma.

reforma tralhista criação de empregos


« Última modificação: 08 de Abril de 2019, 17:18:35 por _Juca_ »

Offline -Huxley-

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #330 Online: 09 de Abril de 2019, 13:27:40 »
Juca, bom mesmo não é reforma trabalhista e sim endurecimento das leis trabalhistas:

https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/nao-foi-por-falta-de-aviso-em-tres-anos-total-de-domesticas-com-carteira-cai-15/

PEC das domésticas... Quero ver se você continuará fã dos dados de mera associação estatística depois dessa.

Offline Euler1707

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #331 Online: 11 de Abril de 2019, 18:05:51 »
Juca, essa vai ser minha terceira e ultima resposta para você. A essa altura, tudo que estou fazendo aqui é repetir o que eu já disse antes, mas mesmo assim, espero que você entenda as coisas dessas vez. Perceba você que eu já dei todos os dados estatísticos para o que eu vou falar agora ainda já nos meus posts-resposta anteriores à você. Perceba também que você não deu dados para corroborar o que você afirmou, mas só deu alguns links, um para uma reportagem do UOL e outro para o Google com resultados de pesquisa que dão todos em links com reportagens semelhantes a do UOL. Eu vou tentar ser o mais claro possível aqui e vou tentar mostrar o máximo de dados e de pesquisas para corroborar o que eu afirmo. Pois bem:

Euller, o aumento de desalentados se dá quando as pessoas param de procurar emprego, não quando elas procuram. Mais gente sem procurar emprego significa menos desempregados pelos calculos estatíscos.

Juca, eu já toquei nesse ponto antes, e você parece ter ignorado isso: o aumento do número de desalentados é consequência direta da crise e do aumento do número de pessoas procurando emprego. Em tempos de recessão econômica, a medida que tem mais pessoas procurando emprego, mais pessoas desistirão de procurar emprego. No nosso caso, esse aumento de desalentados foi causado principalmente pela crise econômica. Você pode checar isso diretamente aqui, no gráfico da página 31, que mostra exatamente isso: O aumento do número de pessoas desalentadas vem exatamente da redução da Proporção de pessoas fora da PEA que antes de 2015 (o ano da crise) não trabalhariam:

Citação de: Mercado de Trabalho conjuntura e análise, pg 30
[...] Entre o início de 2015 e o início de 2017, em que houve um acentuado aumento do desemprego, observa-se que o grupo do desalento acompanhou essa subida da desocupação. Nesse período, o montante de desalentados registrou um crescimento de quase 2 pontos percentuais (p.p.) em relação à PIA, confirmando notícias vinculadas na mídia recentemente. A partir desta constatação e mantendo-se tudo mais constante, este movimento deveria resultar em uma queda do fluxo de trabalhadores da inatividade para
a força de trabalho, o que, entretanto, não ocorreu, tendo em vista que a PEA também apresentou expansão.

A aparente contradição é equacionada pelo mesmo gráfico A.1, que mostra uma queda significativa da parcela dos inativos que não gostaria de trabalhar. Esse cenário parece-nos condizente com um aumento do desemprego e uma retração dos rendimentos. Nesse contexto, é possível que indivíduos que se dedicavam exclusivamente a outras atividades (como estudos ou afazeres domésticos) passem a desejar trabalhar para compensar uma perda de renda e/ou de emprego de um familiar e/ou de um outro
membro do domicílio. Mas a simples aspiração a um posto de trabalho não é suficiente para integrar a força de trabalho, e, neste caso, o desalento pode materializar-se como uma barreira para tal transição.

Esse fenômeno não é uma exclusividade do Brasil, embora o nosso caso seja fundamentalmente distinto do da matéria, pois o aumento do número de desalentados foi causado não pelo aumento do desemprego, mas principalmente pela crise que jogou essas pessoas no mercado de trabalho.

E outra coisa, se você procurar os dados econômicos a partir da reforma e correlacioná-los com a  atividade econômica verá que o nível de desemprego e o de emprego continuam acompanhando o ritmo econômico e os dados pós reforma trabalhista não demonstram que ela ajudou a criar mais ou menos empregos.

Juca, é muito cedo para discutir qualquer efeito da reforma trabalhista na criação de empregos formais. Ainda há bastante incerteza jurídica, alguns pontos como a constitucionalidade do trabalho intermitente ainda estão a ser discutidos, e outros pontos como a terceirização para atividade-fim foram aprovados há pouco tempo, justamente os dois pontos que mais podem contribuir com a criação de vagas formais (no caso, formalizar vagas que antes eram da informais).

É uma coisa básica, quando se fala de emprego, é atividade econômica e não a legislação que faz um empresário ou o até mesmo o setor público contratar


Juca, nisso você está errado, e o Brasil, com seu sempre enorme contingente de trabalhadores na informalidade, com uma parte significa (32% em 2012) desse contingente recebendo menos que um salário mínimo, mostra o quão errado você está. Quanto mais restritivas são as leis trabalhistas, mais trabalhadores irão para a informalidade. Sugerir o contrário, como o título da reportagem do UOL fez, é canalhice.

e não a legislação trabalhista, e  essa reforma que foi promessa de criação de empregos e aumento da atividade economica não contribuiu em nada com isso, até por questões óbvias como a formalização dos sub empregos que se dão com a terceirização, os trabalhos intermitentes e a pejotização, que não favorecem o trabalhos com carteira assinada.

Aham, Juca. Tá sabendo legal. O mais incrível disso é você conseguir se contradizer em duas linhas.

Mas me diga, Juca, o que há de errado em regulamentar e trazer para a formalidade empregos que antes eram informais? É tão errado assim garantir alguns direitos para pessoas que antes trabalhavam e não tinham nenhum?


Por mais que você argumente de modo correto, ao contrário de outros que acham que qualquer coisa que vá contra os dogmas da direita seja coisa de comunista, e eu respeito muito isso, os fatos e os dados demonstram que a reforma trabalhista não criou e a expectativa que crie algum emprego é muito baixa ou nenhuma.

Como eu já disse, o poder da reforma trabalhista está em criar vagas formais. Ainda é muito cedo para afirmar qualquer sobre a reforma, você não acha?

Offline _Juca_

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #332 Online: 12 de Abril de 2019, 10:00:03 »
Juca, eu já toquei nesse ponto antes, e você parece ter ignorado isso: o aumento do número de desalentados é consequência direta da crise e do aumento do número de pessoas procurando emprego. Em tempos de recessão econômica, a medida que tem mais pessoas procurando emprego, mais pessoas desistirão de procurar emprego. No nosso caso, esse aumento de desalentados foi causado principalmente pela crise econômica. Você pode checar isso diretamente aqui, no gráfico da página 31, que mostra exatamente isso: O aumento do número de pessoas desalentadas vem exatamente da redução da Proporção de pessoas fora da PEA que antes de 2015 (o ano da crise) não trabalhariam:

Sim, o numero de desalentados é consequencia da crise, aqui concordamos, mas o aumento de desalentados se dá porque essas pessoas cansaram de procurar empregos, são desempregados que desistiram de um emprego formal. Essa é causa desse fenômeno, o desemprego e a falta de geração de empregos e não porque mais pessoas estão procurando empregos, talvez tenham relação, mas não vejo correlação, não é causa em si. Não sei se fui claro.





Juca, é muito cedo para discutir qualquer efeito da reforma trabalhista na criação de empregos formais. Ainda há bastante incerteza jurídica, alguns pontos como a constitucionalidade do trabalho intermitente ainda estão a ser discutidos, e outros pontos como a terceirização para atividade-fim foram aprovados há pouco tempo, justamente os dois pontos que mais podem contribuir com a criação de vagas formais (no caso, formalizar vagas que antes eram da informais).

Mais de um ano depois, qualquer pessoa esperaria ver algum resultado prático, uma pequena evidência talvez. Alguém tem? Até agora tudo que eu pesquisei, todos os especialistas dizem que a reforma não contribuiu com a geração de empregos, e que a geração de empregos depende da retomada da economia ( isso eu já sabia antes). Mais de uma ano pode ser cedo para o país sentir o efeito da reforma, como você diz, pode ser que daqui 2, 3 ou 10 anos isso seja fato, e estajamos errados, mas não se esqueça, tem que provar que a geração de empregos se deu acima dos índices  que historicamente aconteceram nas ultimas décadas no Brasil. Se hipoteticamente crescendo 5% se gerou 1.000.000 de empregos, nesses novos tempos esses índices terão que ser visivelmente melhores, mas até agora nada.  :umm:



Juca, nisso você está errado, e o Brasil, com seu sempre enorme contingente de trabalhadores na informalidade, com uma parte significa (32% em 2012) desse contingente recebendo menos que um salário mínimo, mostra o quão errado você está. Quanto mais restritivas são as leis trabalhistas, mais trabalhadores irão para a informalidade. Sugerir o contrário, como o título da reportagem do UOL fez, é canalhice.

Euler, você como bom debatedor se apega bastante nos dados históricos, então deveria pesquisar sobre o período do boom econômico da década passada e a criação de empregos formais, e veria que quem está errado é você, e o que cria empregos formais é o crescimento econômico e a evolução da renda. Existem países com leis trabalhistas enxutas como os EUA e muito mais complexas e que previligiam muito os trabalhadores como os países nórdicos ou muitos europeus, e eu não consegui encontrar nenhuma relação entre isso e a criação de empregos.





Aham, Juca. Tá sabendo legal. O mais incrível disso é você conseguir se contradizer em duas linhas.

Mas me diga, Juca, o que há de errado em regulamentar e trazer para a formalidade empregos que antes eram informais? É tão errado assim garantir alguns direitos para pessoas que antes trabalhavam e não tinham nenhum?

Não ás custas de precarizar todos os outros empregos, ainda mais sem garantia nenhuma que esses outros empregos formais que até agora não foram criados, sejam de fato criados.




Como eu já disse, o poder da reforma trabalhista está em criar vagas formais. Ainda é muito cedo para afirmar qualquer sobre a reforma, você não acha?

Ainda está por se provar, e não tenho nenhuma esperança que isso aconteça fora da curva do crescimento econômico.

« Última modificação: 12 de Abril de 2019, 10:46:55 por _Juca_ »

Offline _Juca_

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #333 Online: 12 de Abril de 2019, 10:07:00 »
Juca, bom mesmo não é reforma trabalhista e sim endurecimento das leis trabalhistas:

https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/nao-foi-por-falta-de-aviso-em-tres-anos-total-de-domesticas-com-carteira-cai-15/

PEC das domésticas... Quero ver se você continuará fã dos dados de mera associação estatística depois dessa.

Claro, toda uma categoria deveria estar hoje ainda sem garantias trabalhistas, sem FGTS, sem férias, sem carteira assinada, porque isso é ruim para a geração de empregos que previlegiam a classe média alta brasileira. É uma lógica que diz muito sobre o nosso país.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #334 Online: 12 de Abril de 2019, 10:21:53 »
Gostaria de conseguir entender esse tipo de pensamento; "é melhor que haja uma fração maior de desempregados na categoria, não desfrutando nem de um salário, a fim de que os demais tenham estas garantias." Isso é um espantalho?

O que seria o real, não-espantalho? "Não, eu queria que todos continuassem empregados, mas... bem... hã... er... o que importa é que agora está na lei as garantias conquistadas que vão dar melhores condições aos empregados. É só agora todos conseguirem emprego de novo".

Não enxerga isso como uma proibição de trabalhar/empregar, só como um ganho.

Offline _Juca_

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #335 Online: 12 de Abril de 2019, 10:46:17 »
Gostaria de conseguir entender esse tipo de pensamento; "é melhor que haja uma fração maior de desempregados na categoria, não desfrutando nem de um salário, a fim de que os demais tenham estas garantias." Isso é um espantalho?

O que seria o real, não-espantalho? "Não, eu queria que todos continuassem empregados, mas... bem... hã... er... o que importa é que agora está na lei as garantias conquistadas que vão dar melhores condições aos empregados. É só agora todos conseguirem emprego de novo".

Não enxerga isso como uma proibição de trabalhar/empregar, só como um ganho.


A lógica é, alguém prova que a precarização das leis trabalhistas criam mais empregos formais? Até agora não. Mas no caso das empregadas domésticas, que era uma categoria totalmente marginalizada quanto às leis trabalhistas e de modo justo passaram a ser um trabalhador comum, como qualquer outra categoria, porque teríamos que fazer qualquer distinção para elas, independente das leis trabalhistas, porque teriam que continuar como uma subclasse, para que todas continuassem marginalizadas? Quantas empregadas domésticas tem mais direitos hoje do que antes da PEC, mesmo tendo caído o numero de carteiras assinadas? Agora te digo mais, e a reforma, teoricamente não deveria reverter esse quadro para mais empregadas com carteira assinada?


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #336 Online: 12 de Abril de 2019, 10:57:17 »
Gostaria de conseguir entender esse tipo de pensamento; "é melhor que haja uma fração maior de desempregados na categoria, não desfrutando nem de um salário, a fim de que os demais tenham estas garantias." Isso é um espantalho?

O que seria o real, não-espantalho? "Não, eu queria que todos continuassem empregados, mas... bem... hã... er... o que importa é que agora está na lei as garantias conquistadas que vão dar melhores condições aos empregados. É só agora todos conseguirem emprego de novo".

Não enxerga isso como uma proibição de trabalhar/empregar, só como um ganho.


A lógica é, alguém prova que a precarização das leis trabalhistas criam mais empregos formais? Até agora não.

O que você consideraria como "prova"?



Citar
Mas no caso das empregadas domésticas, que era uma categoria totalmente marginalizada quanto às leis trabalhistas e de modo justo passaram a ser um trabalhador comum, como qualquer outra categoria, porque teríamos que fazer qualquer distinção para elas, independente das leis trabalhistas, porque teriam que continuar como uma subclasse, para que todas continuassem marginalizadas?

Como o desemprego maior entre a categoria representa uma vantagem com relação a essa "marginalização" burocrática?


Citar
Quantas empregadas domésticas tem mais direitos hoje do que antes da PEC, mesmo tendo caído o numero de carteiras assinadas?

Não sei, quantas? E quantas estão desempregadas?

Qual é a conta feita que te dá o resultado desse maior desemprego imposto à categoria valer a pena para o ganho dos demais?

Em que outras situações maior desigualdade e maior desemprego são vistos como algo positivo?



Citar
Agora te digo mais, e a reforma, teoricamente não deveria reverter esse quadro para mais empregadas com carteira assinada?

Não sei, e, no mínimo, não necessariamente. Partindo apenas do princípio que barateamento de X tende a aumentar demanda por X, há uma tendência nessa direção, mas como isso não é o único fator determinante da demanda, então pode ser apenas que a demanda de X após um barateamento apenas seja maior do que seria sem ele, mesmo que não atingindo um patamar anterior, em um outro contexto, com outras variáveis.

Offline -Huxley-

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #337 Online: 12 de Abril de 2019, 11:21:32 »
Juca, a PEC das domésticas surgiu antes da reforma trabalhista e a queda na demanda por empregadas formais também; ademais, a reforma trabalhista não reverteu o o aumento de custo de mão de obra de empregada doméstica. Segundo sua lógica, as empregadas domésticas não-diaristas deveriam estar em situação melhor depois da PEC, isto é, o mesmo número delas deveriam estar usufruindo os maravilhosos direitos trabalhistas endurecidos, mas o que se viu foi o contrário, isto é, uma queda de 15% na demanda por elas. Você só usa o reducionismo da associação estatística quando te convém.

Offline _Juca_

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #338 Online: 12 de Abril de 2019, 11:36:55 »
Juca, a PEC das domésticas surgiu antes da reforma trabalhista e a queda na demanda por empregadas formais também; ademais, a reforma trabalhista não reverteu o o aumento de custo de mão de obra de empregada doméstica. Segundo sua lógica, as empregadas domésticas não-diaristas deveriam estar em situação melhor depois da PEC, isto é, o mesmo número delas deveriam estar usufruindo os maravilhosos direitos trabalhistas endurecidos, mas o que se viu foi o contrário, isto é, uma queda de 15% na demanda por elas. Você só usa o reducionismo da associação estatística quando te convém.

Então as mulheres estavam em melhor situação antes da PEC, é isso? Sério mesmo?  E também a crise e máximo desemprego, que veio logo depois da PEC não tem nada haver com a diminuição de carteiras assinadas? No máximo que eu vejo é o seguinte, continuamos com as mesmas trabalhadoras informais, mas temos muito mais trabalhadoras asseguradas com FGTS, férias, décimo terceiro, etc... Pra mim isso é um puta de um ganho para elas, sem que tenha mudado nem para mais nem para menos a questão dos empregos. Isso só demonstra  uma coisa, que é a economia que gera empregos (e desempregos), e não a lei. Se estivessemos com a economia bombando e o desemprego baixo, queria ver alguém achar uma diarista com preços módicos para fazer a faxina da sua casa. O que você sugere é combater a crise com menos garantias e direitos aos trabalhadores, o que até agora não se concretizou como fato.

https://exame.abril.com.br/economia/tres-anos-depois-de-lei-70-das-domesticas-estao-na-informalidade/
« Última modificação: 12 de Abril de 2019, 11:47:31 por _Juca_ »

Offline Geotecton

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #339 Online: 12 de Abril de 2019, 11:43:28 »
Juca, a PEC das domésticas surgiu antes da reforma trabalhista e a queda na demanda por empregadas formais também; ademais, a reforma trabalhista não reverteu o o aumento de custo de mão de obra de empregada doméstica. Segundo sua lógica, as empregadas domésticas não-diaristas deveriam estar em situação melhor depois da PEC, isto é, o mesmo número delas deveriam estar usufruindo os maravilhosos direitos trabalhistas endurecidos, mas o que se viu foi o contrário, isto é, uma queda de 15% na demanda por elas. Você só usa o reducionismo da associação estatística quando te convém.

Então as mulheres estavam em melhor situação antes da PEC, é isso? Sério mesmo?  E também a crise e máximo desemprego, que veio logo depois da PEC não tem nada haver com a diminuição de carteiras assinadas? No máximo que eu vejo é o seguinte, continuamos com as mesmas trabalhadoras informais, mas temos muito mais trabalhadoras asseguradas com FGTS, férias, décimo terceiro, etc... Pra mim isso é um puta de um ganho para elas, sem que tenha mudado nem para mais nem para menos a questão dos empregos. Isso só demonstra  uma coisa, que é a economia que gera empregos (e desempregos), e não a lei.

https://exame.abril.com.br/economia/tres-anos-depois-de-lei-70-das-domesticas-estao-na-informalidade/

O custo para os empregadores de funcionárias domésticas 'explodiu' após a PEC.

Entre os meus clientes, só mantiveram funcionárias aqueles que realmente não podem prescindir delas. Todos os demais demitiram as funcionárias e as 'contrataram' como diaristas ou simplesmente dispensaram os serviços delas e passaram a se revezar nos afazeres do lar.
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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #340 Online: 12 de Abril de 2019, 11:45:53 »
[...]
Existem países com leis trabalhistas enxutas como os EUA e muito mais complexas e que previligiam muito os trabalhadores como os países nórdicos ou muitos europeus, e eu não consegui encontrar nenhuma relação entre isso e a criação de empregos.
[...]

Existe um efeito de correlação entre ambos mas não de causação.
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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #341 Online: 12 de Abril de 2019, 11:47:30 »
Eu já mencionei antes e volto a reafirmar:

As MEIs são uma 'boma-relógio' que ajudará a destroçar as contas públicas.
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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #342 Online: 12 de Abril de 2019, 11:56:43 »
[...]
Existem países com leis trabalhistas enxutas como os EUA e muito mais complexas e que previligiam muito os trabalhadores como os países nórdicos ou muitos europeus, e eu não consegui encontrar nenhuma relação entre isso e a criação de empregos.
[...]

Existe um efeito de correlação entre ambos mas não de causação.

Pois é, concordo, por isso eu digo que não existe relação entre as leis trabalhistas e a criação ou a diminuição de empregos formais ou não . Até agora ninguém me evidenciou isso. A flexibilização das leis trabalhistas e sua consequente perda de direitos, é só isso, perda de direitos e não um ganho para o trabalhador.

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #343 Online: 12 de Abril de 2019, 12:00:29 »
[...]
Existem países com leis trabalhistas enxutas como os EUA e muito mais complexas e que previligiam muito os trabalhadores como os países nórdicos ou muitos europeus, e eu não consegui encontrar nenhuma relação entre isso e a criação de empregos.
[...]

Existe um efeito de correlação entre ambos mas não de causação.

Pois é, concordo, por isso eu digo que não existe relação entre as leis trabalhistas e a criação ou a diminuição de empregos formais ou não . Até agora ninguém me evidenciou isso. A flexibilização das leis trabalhistas e sua consequente perda de direitos, é só isso, perda de direitos e não um ganho para o trabalhador.

Direitos trabalhistas não são 'direitos naturais'.

São o resultado de um longo processo de embate e discussões da sociedade.

Não deveriam, jamais, permanecer intocáveis porque as condições históricas mudam.
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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #344 Online: 12 de Abril de 2019, 12:04:27 »
[...]
Existem países com leis trabalhistas enxutas como os EUA e muito mais complexas e que previligiam muito os trabalhadores como os países nórdicos ou muitos europeus, e eu não consegui encontrar nenhuma relação entre isso e a criação de empregos.
[...]

Existe um efeito de correlação entre ambos mas não de causação.

Pois é, concordo, por isso eu digo que não existe relação entre as leis trabalhistas e a criação ou a diminuição de empregos formais ou não . Até agora ninguém me evidenciou isso. A flexibilização das leis trabalhistas e sua consequente perda de direitos, é só isso, perda de direitos e não um ganho para o trabalhador.

Direitos trabalhistas não são 'direitos naturais'.

São o resultado de um longo processo de embate e discussões da sociedade.

Não deveriam, jamais, permanecer intocáveis porque as condições históricas mudam.

Concordo plenamente. Assino embaixo. Só não venham com mentiras para tentarem mudar as leis.

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #345 Online: 12 de Abril de 2019, 12:06:25 »
[...]
Existem países com leis trabalhistas enxutas como os EUA e muito mais complexas e que previligiam muito os trabalhadores como os países nórdicos ou muitos europeus, e eu não consegui encontrar nenhuma relação entre isso e a criação de empregos.
[...]

Existe um efeito de correlação entre ambos mas não de causação.

Pois é, concordo, por isso eu digo que não existe relação entre as leis trabalhistas e a criação ou a diminuição de empregos formais ou não . Até agora ninguém me evidenciou isso. A flexibilização das leis trabalhistas e sua consequente perda de direitos, é só isso, perda de direitos e não um ganho para o trabalhador.

Direitos trabalhistas não são 'direitos naturais'.

São o resultado de um longo processo de embate e discussões da sociedade.

Não deveriam, jamais, permanecer intocáveis porque as condições históricas mudam.

Concordo plenamente. Assino embaixo. Só não venham com mentiras para tentarem mudar as leis.

E quais são as mentiras?
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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #346 Online: 12 de Abril de 2019, 12:10:14 »
[...]
Existem países com leis trabalhistas enxutas como os EUA e muito mais complexas e que previligiam muito os trabalhadores como os países nórdicos ou muitos europeus, e eu não consegui encontrar nenhuma relação entre isso e a criação de empregos.
[...]

Existe um efeito de correlação entre ambos mas não de causação.

Pois é, concordo, por isso eu digo que não existe relação entre as leis trabalhistas e a criação ou a diminuição de empregos formais ou não . Até agora ninguém me evidenciou isso. A flexibilização das leis trabalhistas e sua consequente perda de direitos, é só isso, perda de direitos e não um ganho para o trabalhador.

Direitos trabalhistas não são 'direitos naturais'.

São o resultado de um longo processo de embate e discussões da sociedade.

Não deveriam, jamais, permanecer intocáveis porque as condições históricas mudam.

Concordo plenamente. Assino embaixo. Só não venham com mentiras para tentarem mudar as leis.

E quais são as mentiras?

Velho, não leu meus posts?

A de que mais ou menos leis trabalhistas são prejudiciais ou não para o nível de empregos.

Offline -Huxley-

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #347 Online: 12 de Abril de 2019, 12:12:35 »
Juca, a PEC das domésticas surgiu antes da reforma trabalhista e a queda na demanda por empregadas formais também; ademais, a reforma trabalhista não reverteu o o aumento de custo de mão de obra de empregada doméstica. Segundo sua lógica, as empregadas domésticas não-diaristas deveriam estar em situação melhor depois da PEC, isto é, o mesmo número delas deveriam estar usufruindo os maravilhosos direitos trabalhistas endurecidos, mas o que se viu foi o contrário, isto é, uma queda de 15% na demanda por elas. Você só usa o reducionismo da associação estatística quando te convém.

Então as mulheres estavam em melhor situação antes da PEC, é isso? Sério mesmo?  E também a crise e máximo desemprego, que veio logo depois da PEC não tem nada haver com a diminuição de carteiras assinadas? No máximo que eu vejo é o seguinte, continuamos com as mesmas trabalhadoras informais, mas temos muito mais trabalhadoras asseguradas com FGTS, férias, décimo terceiro, etc... Pra mim isso é um puta de um ganho para elas, sem que tenha mudado nem para mais nem para menos a questão dos empregos. Isso só demonstra  uma coisa, que é a economia que gera empregos (e desempregos), e não a lei.

https://exame.abril.com.br/economia/tres-anos-depois-de-lei-70-das-domesticas-estao-na-informalidade/

O custo para os empregadores de funcionárias domésticas 'explodiu' após a PEC.

Entre os meus clientes, só mantiveram funcionárias aqueles que realmente não podem prescindir delas. Todos os demais demitiram as funcionárias e as 'contrataram' como diaristas ou simplesmente dispensaram os serviços delas e passaram a se revezar nos afazeres do lar.

O Juca diz que correlação não é causação. Deixe o desemprego aumentar depois de uma reforma trabalhista para ver se ele não muda de ideia. Dirá que a teoria dos seus oponentes foi refutada.

Mas se houver aumento significativo do número de empregadas domésticas desempregadas ou sem emprego formal depois de uma PEC de endurecimento das leis trabalhistas, aí tudo bem, isso não é nada. Correlação não é causação.

Offline Geotecton

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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #348 Online: 12 de Abril de 2019, 12:16:53 »
[...]
Existem países com leis trabalhistas enxutas como os EUA e muito mais complexas e que previligiam muito os trabalhadores como os países nórdicos ou muitos europeus, e eu não consegui encontrar nenhuma relação entre isso e a criação de empregos.
[...]

Existe um efeito de correlação entre ambos mas não de causação.

Pois é, concordo, por isso eu digo que não existe relação entre as leis trabalhistas e a criação ou a diminuição de empregos formais ou não . Até agora ninguém me evidenciou isso. A flexibilização das leis trabalhistas e sua consequente perda de direitos, é só isso, perda de direitos e não um ganho para o trabalhador.

Direitos trabalhistas não são 'direitos naturais'.

São o resultado de um longo processo de embate e discussões da sociedade.

Não deveriam, jamais, permanecer intocáveis porque as condições históricas mudam.

Concordo plenamente. Assino embaixo. Só não venham com mentiras para tentarem mudar as leis.

E quais são as mentiras?

Velho, não leu meus posts?

A de que mais ou menos leis trabalhistas são prejudiciais ou não para o nível de empregos.

Mas são, _Juca_, mas são.

Não como condição suficiente, mas como condição necessária e dependendo do tipo de atividade econômica.

Você pode argumentar sobre a qualidade do emprego, do valor da remuneração e, no final, sobre a qualidade de vida.

Mas é óbvio que se há um ambiente de menor custo operacional e não-automatizado, é muito mais propício ter mais empregados.
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Re:Reforma da Previdência
« Resposta #349 Online: 12 de Abril de 2019, 12:30:44 »
[...]
Existem países com leis trabalhistas enxutas como os EUA e muito mais complexas e que previligiam muito os trabalhadores como os países nórdicos ou muitos europeus, e eu não consegui encontrar nenhuma relação entre isso e a criação de empregos.
[...]

Existe um efeito de correlação entre ambos mas não de causação.

Pois é, concordo, por isso eu digo que não existe relação entre as leis trabalhistas e a criação ou a diminuição de empregos formais ou não . Até agora ninguém me evidenciou isso. A flexibilização das leis trabalhistas e sua consequente perda de direitos, é só isso, perda de direitos e não um ganho para o trabalhador.

Direitos trabalhistas não são 'direitos naturais'.

São o resultado de um longo processo de embate e discussões da sociedade.

Não deveriam, jamais, permanecer intocáveis porque as condições históricas mudam.

Concordo plenamente. Assino embaixo. Só não venham com mentiras para tentarem mudar as leis.

E quais são as mentiras?

Velho, não leu meus posts?

A de que mais ou menos leis trabalhistas são prejudiciais ou não para o nível de empregos.

Mas são, _Juca_, mas são.

Não como condição suficiente, mas como condição necessária e dependendo do tipo de atividade econômica.

Você pode argumentar sobre a qualidade do emprego, do valor da remuneração e, no final, sobre a qualidade de vida.

Mas é óbvio que se há um ambiente de menor custo operacional e não-automatizado, é muito mais propício ter mais empregados.

Evidências, é tudo que o que eu peço. O óbvio é o seguinte, se a empresa precisa de dois empregados ela contrata os dois empregados, independente da lei. Isso eu posso evidenciar.

 

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