Sim, o processo é virtuoso nesse sentido, pois quanto mais o rico gera, mais acumula, e portanto, mais capacidade tem de incrementar o processo.
Acumulação de riquezas não é diretamente associada a geração delas.
Quanto mais a população se vê forçada a comprar algo, mais quem vende esse algo pode tirar delas, sem que esteja produzindo mais.
Exemplo praticamente caricato, porém real, foi postado num vídeo há pouco tempo, de um curso para landlords americanos educando sobre como podem espremer os locatários, reféns da pobreza. Gente que recebe cheque de invalidez do governo, etc.
-Maliciosamente não contam os impostos feitos diretamente para a previdência
Acho esse um dos argumentos mais bizarros dos anti-reforma.
Até é perfeitamente justificável argumentar que, no decorrer dos anos, o correto seria ter destinado a arrecadação desses impostos especificamente a um fundo previdenciário, retardando ou talvez anulando a crise previdenciária, contanto que o fundo rendesse o suficiente e que impostos adicionais fossem criados para dar conta dos demais gastos (junto com melhor uso dos recursos já existentes).
Mas sem isso, fica parecendo um negacionismo orçamentário, completamente alheio ao que deixará de poder se pagar dessa maneira, e mesmo a própria insustentabilidade mesmo num regime de "estado mínimo + previdência." Estado mínimo ou até "estado previdenciário e o que der com o resto", abdicando de parte de elementos mínimos geralmente listados.
Parece meio como implicitamente dizer, "vamos pegar todo o dinheiro nominalmente devido às aposentadorias, pagar as aposentadorias, e o resto que se dane."
Acho que nunca vi o argumento se apresentado junto de algo mais completo, sugestão de uma reforma tributária que de alguma forma compensasse isso, o que ainda de qualquer forma tem o problema de viabilidade econômica de aumentar ainda mais a carga tributária.