Pedro.. não vou adentrar no ponto a ponto senao alongamos muito, mas eu discordo da parte do teste de repetirmos (empiricamente) e precisarmos de muitas e muitas vezes.. Se fizermos um experimento prático, algo como um controle e simularmos 3 rodadas.. o que dará de resultado?
Essa tentativa de irmos para muitas repetições acaba recaindo no quantitativo, perdendo o foco no empírico real..
É como se tivessemos apenas um corvo branco..talvez nem achássemos outro, ou por sorte mais um.. o fato é que, aconteça o que acontecer, o resultado final será o mesmo = nem todos os corvos são pretos.
Pobre William James: se soubesse quanto mau uso fariam de seu corvo...
Não entendi essa de "recair no quantitativo" e "perder foco no empírico real". Se você se contentar com poucos resultados que aparentemente confirmem o que busca corre o risco de, adiante, descobrir que passeava por areia movediça achando fosse solo firme.
Muitos experimentos são necessários sim, principalmente em questões que envolvam o paranormal e a mediunidade: muitos experimentos e variados experimentadores. Basear-se em poucas respostas para proferir juízo tido por seguro não é a melhor pedida: diversas variáveis podem não ser percebidas de primeira e o experimentador imaginar que chegou onde queria quando está distante do objetivo.
Um corvo branco único, em meio a multidão de pretos, não diz grande coisa. Nessa situação ter um corvo branco é altamente perigoso para o raciocínio. Pode ser que seja uma anomalia genética, irrepetível; pode ser uma outra espécie de ave apenas parecida com corvo; pode ser um pássaro que acidentalmente caiu num balde de tinta branca, ou mesmo intencionalmente... se é que me entende.
Em suma, a declaração de que "aconteça o que acontecer, o resultado final será o mesmo = nem todos os corvos são pretos" é a maior armadilha, e a vítima será você, Sandro Fontana