Uma dúvida de um observador externo e levemente desinteressado:
Okay, ainda insistem em experimentos limitados com pessoas para decidir a existência de algo externo a elas? Porque utilizar um tipo de evidência tão evasiva, indireta, ambígua e limitada ("a pegada do Dragão") ao invés de indicar o próprio Dragão que está na Garagem? Que fatores limitam o acesso à evidências diretas de espírito? Por que motivos? Como seria possível contorná-los com o nosso conhecimento atual?
As pesquisas espíritas possuem essa característica. Segundo a doutrina espírita, a comunicação com os espíritos precisa de um intermediário humano, o médium, e consequentemente a pesquisa gera "evidências" evasivas, indiretas, ambíguas e limitadas que só servem à "ciência" espírita. Simplesmente não é possível diferenciar o que é do médium e o que é dos supostos espíritos ou atribuir às mesmas "evidências" outras hipóteses tão extraordinárias quanto à hipótese espirita.
A parapsicologia tenta abordar diretamente o Dragão na garagem apesar de também desgastada por abordagens pseudocientíficas dos fenômenos paranormais, porém sem assumir hipóteses ad hoc sobre a origem dos fenômenos. Recentemente surgiu a psicologia anomalística que tem como proposta explicar crenças e experiências paranormais em termos de fatores físicos e psicológicos conhecidos (ou conhecíveis), sem assumir que há algo paranormal envolvido, utilizando metodologia científica.
Existem muitas dificuldades envolvidas no estudo científico. A primeira é a dificuldade de se reproduzir os fenômenos em laboratório apesar dos relatos anedóticos. O espiritismo justifica esse fato ressaltando a necessidade da colaboração dos espíritos e do médium e a parapsicologia assume dogmaticamente que os fenômenos de origem pararnormal existem e são imprevisíveis e incontroláveis. Diante dessa dificuldade, a parapsicologia tenta usar, por exemplo em alguns casos, a meta-análise como recurso estatístico para abordar em conjunto resultados obtidos em experimentos de pesquisa diferentes, que é amplamente discutido e criticado pela omissão ou ocultamento de dados desfavoráveis para se alcançar um resultado previamente desejado.