Autor Tópico: Pesquisa com médium  (Lida 63471 vezes)

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Offline homemcinza

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #600 Online: 07 de Dezembro de 2016, 12:45:59 »
eu se acordo com passaros cantando tenho vontade de dar um tiro  :histeria:

cada um ve o que quer ver :ok:
Ceticismo é para poucos!

Offline montalvão

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #601 Online: 07 de Dezembro de 2016, 13:05:12 »
Sandro,

Atualizei minhas leituras desse "post" após ter enviado meu último recado. Devo dizer-lho que os estatísticos do setor deram um xou de elucidamento. Creio que já está munido de boas orientações para ou reformatar seu experimento ou abandoná-lo.

Só uma sugesta...

Offline montalvão

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #602 Online: 07 de Dezembro de 2016, 13:16:12 »
Olá Pedro, apenas para deixar registrado, mais uma vez, é que não existe nada capcioso no experimento ou na intenção dele.. a questão é que para testar a hipótese de uma garrafada de agua ter sido fluidificada pelo espiritismo, só ha duas hipóteses, ou foi ou não foi. Se testássemos isso individualmente, não teria como termos boa aferição, por isso colocamos um numero de 10 como padrão para análise...

Primeiro: Sandro, o Pedro está dando excelente aula de estatística. Não sei você, mas eu estou aprendendo à bessa!

De minha parte, enquanto seu assessor voluntário não remunerado, dou-lhe a sugestão: procure responder, estatisticamente ou na prática, a seguinte questão: qual a possibilidade de uma de dez garrafas conter água magnetizada sabendo-se que todos os dedos apontam para a inexistência do magnetismo
animal?

Talvez, se encontrar a resposta,  possa melhor nortear o rumo de suas investigações...

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #603 Online: 07 de Dezembro de 2016, 13:49:18 »
Nessa questão toda poderiam começar por arranjar um outro nome além de "magnetismo" para o que quer que suponham haver como fenômeno real mas extraordinário. Por que "magnetização" de verdade da água seria testada não por sentidos adicionais em humanos, mas por magnetômetros. "Mesmerismo" talvez fosse o termo apropriado.

Ao mesmo tempo, como mencionou o Montalvão, tem um enorme salto lógico em, um cara conseguir adivinhar as garrafas "certas", sem se dar por qualquer truque, falha, ou com consistência compatível com sorte, e isso confirmar toda a teoria espiritóide por trás do fenômeno. Simplesmente não confirma. Você pode inventar inúmeras outras "explicações" extraordinárias que explicam tão bem quanto, se não tem como limitação fenômenos sabidamente reais.

Offline Alquimista

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #604 Online: 07 de Dezembro de 2016, 19:56:32 »
Pedro, o Sandro entende mui pouco dessas coisas...

Citar
''O matemático Alex Bellos escreveu um artigo muito legal no DailyMail sobre como nós seres humanos temos dificuldade de entender a aleatoriedade e como cometemos grandes erros por isso.
Muitos eventos do nosso dia-a-dia são simplesmente fruto do acaso, mas nós tentamos sempre enxergar algum padrão para explicá-los. Em outras palavras, nós concluímos muitas coisas de forma errada porque queremos dar explicação para tudo.
Um exemplo disso é quando o Ipod surgiu e, na opção de tocar músicas aleatoriamente, as pessoas diziam que o aparelho não funcionava direito porque com frequência as músicas repetiam antes mesmo de tocar outras que ainda não haviam sido tocadas. Parece intuitivo que todas as músicas devam ser tocadas antes que uma mesma música se repita duas ou três vezes. Mas estatisticamente é bastante provável que uma música se repita antes de tocar todas.
Foi aí que o Steve Jobs teve que alterar a configuração do aparelho para agradar os clientes. “Nós o fizemos menos aleatório para parecer mais aleatório”, disse.
Outro exemplo é a Falácia do Apostador ou Falácia de Monte Carlo. Monte Carlo é um cassino, e em 1913 a roleta caiu 26 vezes seguida na cor preta. Os apostadores perderam muito dinheiro apostando no vermelho, pois conforme a sequência de vezes que a roleta caia no preto aumentava, intuitivamente as pessoas acreditavam que haveria uma sequência igualmente grande de vezes que cairia no vermelho. Mas acontece que os eventos são independentes, portanto mesmo tendo caído 25 vezes no preto, a chance da 26ª cair no preto ainda era 50%. E, de fato, caiu.
A moral da história é que alguns eventos peculiares podem, a princípio, parecer ter algum padrão, mas na verdade são aleatórios. Mas então, o que é a aleatoriedade?
É uma coisa bastante difícil de definir. Até os dicionários apresentam definições vagas e distintas. Mas, na verdade, a aleatoriedade é uma palavra que usamos para descrever eventos cuja causa nós desconhecemos e por isso PARECEM ser fruto do acaso. A aleatoriedade pura, na verdade, não existe.''
http://bravos.poutz.com/?p=481

Mas EU sabia que a intenção do Sandrinho desde o início era essa (e ele nem acredita ainda que o ALQUIMISTA é VIDENTE!), ou seja, pegar os RESULTADOS ENVIESADOS de suas pesquisas e JOGAR NA CARA dos céticos disfarçadamente como forma de desafio ou pesquisa num vã esforço de tentar desmoralizá-los. EU avisei e aí está!!!!
O mesmo se deu aqui com o caso do homem do galvanômetro.
E se preparem... Pois se o médium ''acertar'' nomes de familiares no experimento que está por vir, aí sim vocês verão o que é um verdadeiro Sandr(U)inho (mistura de Sandro + Arduinho)!!!!!

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

Releia o q eu disse alquimista.. no fundo o que eu disse foi exatamente seu argumento ai...rsrs

Por isso estou propondo que você, o montalvão e o Giga gerem numeros, que serão realmente aleatórios!!  No caso, você super mago (de oz?) poderá acertar ao menos uns 80% se é tao fácil assim.. alias, essa coisa de acertar no bingo, não concordo.. não seria tao fácil como acertar no bingo... por isso vamos para a prática e sair da teoria..

Então a brincadeirinha aqui consiste em chutar pra ver quem acerta mais?????!!!!!!!!!  (Tenho um tio que já ganhou duas vezes na loteria... E daí??!!!!)

Não, meu caro!!!!!  O que você pretende ''provar'' aí é uma FALÁCIA, e ela tem até um nome bonitinho: Falácia de Monte Carlo!!!!!

Outro exemplo é a Falácia do Apostador ou Falácia de Monte Carlo. Monte Carlo é um cassino, e em 1913 a roleta caiu 26 vezes seguida na cor preta. Os apostadores perderam muito dinheiro apostando no vermelho, pois conforme a sequência de vezes que a roleta caia no preto aumentava, intuitivamente as pessoas acreditavam que haveria uma sequência igualmente grande de vezes que cairia no vermelho. Mas acontece que os eventos são independentes, portanto mesmo tendo caído 25 vezes no preto, a chance da 26ª cair no preto ainda era 50%. E, de fato, caiu.
A moral da história é que alguns eventos peculiares podem, a princípio, parecer ter algum padrão, mas na verdade são aleatórios. Mas então, o que é a aleatoriedade?
É uma coisa bastante difícil de definir. Até os dicionários apresentam definições vagas e distintas. Mas, na verdade, a aleatoriedade é uma palavra que usamos para descrever eventos cuja causa nós desconhecemos e por isso PARECEM ser fruto do acaso. A aleatoriedade pura, na verdade, não existe.''


Sua raparigas podem chutar e acertar 8 em 10 garrafas até 10 vezes seguidas que mesmo assim você ainda não PROVARÁ NADA!!!!!!!
A bela aula de estatística que o Pedro deu aqui já refutou tua abordagem, a qual, aliás, precisa ser alterada.
E disso aí pra TENTAR PROVAR o MESMERISMO, como bem lembrou o Buck e o Montalvão, são outros quinhentos!!!!

Então pode desistir, Sandro!!!  Terás que pegar outro caminho se quiser provar a ''realidade'' dos... CARAÍBAS!!!!!!!!!!

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...
"O Alquimista é o supremo alquimista alfa e o ômega das transmutações aurintelectofilosofais."

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #605 Online: 07 de Dezembro de 2016, 21:33:09 »
Uma vez li ou ouvi um fato curioso, uma professora de estatística que, como demonstração de como as intuições sobre estatística dos alunos geralmente estão erradas, ela pede para, em dupla, um anotar numa folha uma seqüência aleatória real de dados ou cara-ou-coroa, e outro, para "inventar" a seqüência aleatória. Ela adivinha consistentemente a aleatoriedade real por ter mais "desvios" do que aquilo que as pessoas geralmente pensam que será o aleatório.

De certa forma, o aleatório imaginado, é artificialmente, improvavelmente, "homogêneo".

Offline Pedro Reis

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #606 Online: 07 de Dezembro de 2016, 22:27:22 »
Citação de: SandroF
Eu não discordo totalmente das suas afirmativas, mas está nítido que tende puxar o acaso a seu favor, pois em termos de probabilidades, tanto teóricas como praticas, seria possível qualquer resultado. Agora você tenta desmerecer os resultados supondo que tudo foi um desvio, algo que realmente poderia ocorrer, fato esse que nos motivou a testar mais de uma vez...

Sobre as chances de acertar 5, eu discordo dos seus cálculos, pois então se os 3 rapazes fizerem 3 jogadas para cada rodada, ou seja, estaremos passando para 15 tentativas para cada vez que a medium fez uma única, então ao menos se teria a chance de acertar 5 em 7.... algo meio paradoxal mesmo.. Bom.. mas dai como isso dificilmente dará certo na pratica (acertar 5 das 10 garrafas), dai se recorre ao acaso..

Em resumo: quando o resultado lhe favorece, então é porque tendeu ao esperado, quando não favorece é porque tendeu ao desvio... isso sim me parece um tanto capcioso... rs

Sandro, claramente, este tempo todo, ainda não consegui me fazer entender.

E a culpa é minha, que não estou sabendo me expressar.

Talvez para isso eu tenha que fazer algo que não me agrada muito, que é ser maçante e tentar explicar tudo bem explicadinho.

Lááááá atrás, quando começamos a analisar este experimento, você o relatou da seguinte forma ( os 'posts' ainda estão aí para quem quer conferir ):

"Testamos 3 médiuns em um experimento X onde a chance de acertar era 1/1024 [cálculo seu!] mas eles acertaram 8 em 10 possibilidades."

Uau! Colocando assim é bem impressionante se a pessoa não parar pra pensar.

Só que assim, não intencionalmente, você está induzindo o leitor a vários erros intuitivos que o levarão a achar que pode ter ocorrido algo além do acaso, porque você PARECE estar relatando um acontecimento cuja chance ao acaso deveria ser ínfima.

Para começar, sejamos honestos, em nenhum momento AFIRMEI que NÃO poderia ter havido algo além do simples acaso. Conjecturei também fraude, truque... e, quem sabe, talvez até algum fenômeno cuja natureza eu desconheça. Mas como a hipótese deste fenômeno implica em contradições com grande parte do que está firmemente estabelecido como real e concreto, eu só me dedicaria a examinar mais a fundo esta hipótese depois que pudessem ser descartadas todas as outras mais ordinárias.

Uma simples questão de bom senso.

Contudo eu me concentrei principalmente em demonstrar qual seria a ordem de grandeza correta da chance do resultado relatado, ao começar a notar, até para minha própria surpresa, que a probabilidade seria muito maior que aquela à princípio sugerida.

Antes de tudo temos que fazer o cálculo da probabilidade de alguém indicar corretamente, ao acaso, o conteúdo de pelo menos 8 das 10 garrafas.

Concorda? Porque se ele tivesse adivinhado mais que 8, alguém sugeriria que o médium é até mais poderoso. Então vamos trabalhar com a chance dele adivinhar NO MÍNIMO 8, pois se ele bater esta marca deve ser considerado ponto para o médium, desautorizando ainda mais a incredulidade dos "céticos-dogmáticos".

Para que não reste dúvidas vou mostrar como fazer este cálculo.

A probabilidade é a proporção entre o número de resultados que determinariam a ocorrência do evento e o número total de resultados possíveis. ( Para o caso mais simples de todos os resultados equiprováveis ).

Exemplo:

Evento - Dar resultado par em um lançamento de um dado. 3 resultados determinariam a ocorrência
deste evento ( 2, 4 e 6 )

Número total de resultados possíveis - As 6 faces do dado.

Probabilidade 3/6 ou 1/2. ( Simples assim. )

Existem 1024 maneiras diferentes ( e isso você já sabia! ) de encher um conjunto de garrafas numeradas de 1 a 10 escolhendo entre água mágica e água de torneira. Por conseguinte existem também 1024 maneiras de "chutar" como esta distribuição possa ter sido feita.

Mas QUALQUER QUE SEJA a configuração das garrafas apresentadas ao médium, dentre as 1024 alternativas que ele tem para chutar, em 45 dessas o sujeito acertaria 8 garrafas. ( Não importando como fossem distribuídos os conteúdos das garrafas! )

Por quê?

Observe que ele poderia, ao acaso, indicar uma sequência qualquer apontando: a 1 é água mágica, a 2 é água mágica, a 3 é água normal, a 4 tem água mágica...

E neste palpite em particular ele poderia ter errado somente a garrafa 3 e a 5. Logo teria acertado 8 em 10.

Mas com outro palpite poderia ter errado apenas as garrafas ( 3 e 4 ), ou ( 5 e 9 ), ou ( 1 e 7 )...

Logo, para sabermos quantos possíveis palpites erram apenas duas garrafas, basta calcular quantos subconjuntos distintos de 2 garrafas podem ser extraídos de um conjunto de 10 garrafas. Isso é dado por C_2%5E%7B10%7D+%3D+45  [Leia-se combinação de 2 a 10]

E são 10 possíveis palpites em que se acerta nove e apenas 1 palpite é possível acertando todas.

Ao todo são 56 possíveis palpites que o médium tem à disposição onde ele indicaria no mínimo 8 garrafas corretamente.

%5Cfrac%7B56%7D%7B1024%7D+%3D+%5Cfrac%7B1%7D%7B+18%2C285%7D

Citação de: SandroF
Sobre as chances de acertar 5, eu discordo dos seus cálculos [...]

Mas agora está fácil encontrar a probabilidade de acertar 5 *.    %5Cfrac+%7BC_5%5E%7B10%7D%7D+%7B1024%7D+%3D+0%2C246+ , aproximadamente  %5Cfrac+%7B1%7D%7B4%7D+

* Errata: havia um erro na primeira postagem. Saiu erradamente combinação de 2 a 10 na expressão supra.

Não é uma questão para discordar de opinião. Ou tá certo ou tá errado.

Contudo não é difícil perceber que no seu experimento 5 seria o resultado com maior probabilidade. Porque a chance de acertar o conteúdo de uma garrafa é a mesma de errar. 50% de chance pra cada. Portanto deve-se esperar que acertar 5 e errar as outras 5 deva ser o resultado mais frequente.

Deveras, não haveria explicação lógica se, ao longo do tempo, observássemos que os erros tendessem a ser mais frequentes que os acertos, ou vice-versa. Assim como não há razão para que o resultado CARA deva ser mais ou menos frequente que o resultado COROA.

Se você ainda não está convencido de que o raciocínio acima exposto é correto, lembre-se que a soma das probabilidades de todos os resultados possíveis ( em qualquer experimento ) deve invariavelmente ser igual a 1.

Portanto,se somarmos, usando o cálculo acima, o número de palpites possíveis com 0 acertos, mais o número de palpites possíveis para 1 acerto, mais o número de palpites possíveis para 2 acertos... e assim por diante até o número de palpites possíveis para 10 acertos, esta soma teria que dar 2¹° = 1024. Exatamente o número total que você encontrou utilizando um raciocínio binário.

De fato,

%5Cdisplaystyle+%5Csum_%7Bi%3D0%7D%5E%7B10%7D+%7B%28C_i%5E%7B10%7D%29%7D+%3D+1+%2B+10+%2B+45+%2B+120+%2B+210+%2B+252+%2B+210+%2B+120+%2B+45+%2B+10+%2B+1+%3D+1024+

Citação de: SandroF
Sobre as chances de acertar 5, eu discordo dos seus cálculos, pois então se os 3 rapazes fizerem 3 jogadas para cada rodada, ou seja, estaremos passando para 15 tentativas para cada vez que a medium fez uma única, então ao menos se teria a chance de acertar 5 em 7.... algo meio paradoxal mesmo.. Bom.. mas dai como isso dificilmente dará certo na pratica (acertar 5 das 10 garrafas), dai se recorre ao acaso..

Isso aqui não entendi. Li várias vezes mas não entendi. Não sei de onde você tirou este "5 pra 7".

Mas se os 3 fariam 4 tentativas cada, então seriam 12 e não 15.

Há vários erros nisso:

1 - Por que dividir os 12 resultados em 3 grupos de 4 e aí examinar a média? Está na contramão do que seria correto, que seria extrair a média em um maior número possível de experimentos.

O Gigaview até já mencionou aqui neste tópico uma metodologia usada em Parapsicologia que busca analisar um grande número de "cobaias" submetidas a experimentos semelhantes, para justamente permitir inferências estatísticas mais confiáveis a partir de um rol de dados mais extenso. Uma ideia concebida exatamente para contornar o tipo de problema que se verifica no seu método.

2 - Mas se a ideia é para comparar com o resultado do experimento com o médium, também é um erro porque é inconclusivo. Médias obtidas de poucos experimentos facilitam ocorrência de desvios, de modo que não se conclui nada com esse tipo de comparação.

E sobre ser difícil "na prática" acertar 5 das 10 garrafas... Bom, toda teoria que não é corroborada pela prática é uma teoria errada. Pode jogar no lixo.

Se a Teoria das Probabilidades é difícil "dar certo na prática" então precisamos de outra.

Mas não é culpa da teoria, você que está interpretando de maneira errada. A média deve tender para 5 acertos quanto maior for o número de repetições ( e sim, dá muito certo na prática! ). Por isso que, usando o médium, esta comparação com a média teórica deveria ser feita a partir de um número suficiente de repetições.

Mas eu não sou pessoa indicada para discorrer sobre Probabilidade e Estatística. Não estou capacitado para isso.

Porém se Estatística será uma ferramenta importante nas seus pesquisas, parece boa ideia comprar um livro de Probabilidade e Estatística e dedicar algum tempo a este estudo.
« Última modificação: 07 de Dezembro de 2016, 22:37:51 por Pedro Reis »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #607 Online: 07 de Dezembro de 2016, 22:57:02 »
Um elemento interessante no estudo talvez fosse trocar a água das garrafas.

Mas talvez isso fosse criar um elemento de confusão na possibilidade de mesmerização do plástico em sim também.



Nessa linha, ainda podiam fazer testes em que colocassem animais ou objetos de corpo fechado, e se pediria para identificar quais são.

Offline Gigaview

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #608 Online: 08 de Dezembro de 2016, 01:10:13 »
Do jeito que essa estatística está progredindo, com mais uns 150 anos de discussão e muito estudo, vocês vão acabar descobrindo a estatística não-paramétrica. Não quero dizer que o que foi dito acima esteja errado, mas é inapropriado para o tipo de problema. Isto quer dizer que terão que queimar um pouco mais as pestanas e certamente terão que utilizar um software estatístico para evitar alguns cálculos bem chatinhos e uso de tabelas quase místicas. Sugiro o MatLab ou o SPSS, mas qualquer um serve e nem me perguntem como usá-los porque já faz tempo que parei com esse tipo de cachaça.

Em relação às "garrafas", já disse que é um experimento bem bobinho, mas supondo que queiram resolver o problema, vejo duas saídas.

Primeiro definir um teste de hipóteses baseado numa distribuição binomial (erro/acerto). Suponha que o médium escolhe 710 garrafas magnetizadas num universo de 1000 garrafas. Ele tem poderes paranormais? (o arranjo de grupos de garrafas para facilitar a escolha não importa).

Hipóteses:

H0: p1 = p2 - Não há diferença de probabilidade entre a escolha de uma garrafa com água magnetizada (p1) e de água não magnetizada (p2)

H1: p1 é diferente de p2 - Significa que há diferença de probabilidade, note que o "poder do médium" pode tender a acertar ou por algum motivo também sobrenatural escolher ao contrário conduzindo para um lado ou para o outro a diferença de probabilidade que a rigor neste caso nem interessa, pois basta saber que são diferentes.

Daí é só estimar um alfa (nível de significância), por exemplo, igual a 0.01 e calcular o p-value. Se o p-value for maior que alfa, aceita-se H0, caso contrário, aceita-se a H1. A aceitação da H0 significa que o resultado indica que alguma coisa aumentou a probabilidade da água magnetizada ser escolhida, no caso, algum tipo de poder anômalo, entre eles a mediunidade.

Outra saída é verificar se o resultado é aleatório ou não. Existem testes para isso. Vamos lá...

Suponha que agora o resultado do experimento seja registrado com uma sequência de erros (número zero) e acertos (número 1)


0,0,0,1,1,0,1,1,1,1,0,1,0,0,1,1,1,0,0,0,0,0

n = 22 observações
0 = escolha da garrafa magnetizada, n0=12
1 = escolha da garrafa normal, n1=10
n = n1+n2

r0 = 5 (corrida de zeros)
r1 = 4 (corridas de uns)
R = r0+r1 = 9

Hipóteses:

H0: Zeros e Uns ocorrem de forma aleatória - O médium não possui poderes.
H1: H0 é falsa - O médium possui poderes paranormais.

Agora é o mesma coisa: estima-se uma significância (alfa) e joga-se tudo no MatLab para ele fazer as contas para saber se p está no intervalo de aceitação ou rejeição da hipótese H0.


Lógico que existem outras formas de abordar o problema.

Material de estudo: http://www.amendes.uac.pt/monograf/monograf01estatNparamt.pdf

« Última modificação: 08 de Dezembro de 2016, 01:13:06 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline SandroF

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #609 Online: 08 de Dezembro de 2016, 01:10:25 »

Sandro, claramente, este tempo todo, ainda não consegui me fazer entender.

E a culpa é minha, que não estou sabendo me expressar.  ()....

Olá Pedro (e demais)... Agradeço sua dedicação para explicar nos detalhes e vejo que são importantes.. Infelizmente, por falta de tempo, não poderei dedicar atenção aos demais, mas gostei das suas explicações e vamos alinhar nossos pensamentos no próximo post.. dai eu separo os itens mais específicos e vamos chegar a uma conclusão certamente..
Todo o vício surge de uma recusa inconsciente de encararmos nossos próprios sofrimentos.

Offline SandroF

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #610 Online: 08 de Dezembro de 2016, 01:16:33 »
Giga, entendi seu raciocínio e concordo plenamente com ele.. vamos apenas tentar acertar as questoes estatísticas básicas.. Não sei se vou conseguir terminar isso hj.. mas vou ter q sugerir uma adequação ao simulado do Pedro (programa)..

PS.. O "pião" aqui tem trabalhado com jornadas muito longas, então o cérebro ja não está funcionando na normalidade rs
Todo o vício surge de uma recusa inconsciente de encararmos nossos próprios sofrimentos.

Offline Gigaview

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #611 Online: 08 de Dezembro de 2016, 01:21:37 »
Giga, entendi seu raciocínio e concordo plenamente com ele.. vamos apenas tentar acertar as questoes estatísticas básicas.. Não sei se vou conseguir terminar isso hj.. mas vou ter q sugerir uma adequação ao simulado do Pedro (programa)..

PS.. O "pião" aqui tem trabalhado com jornadas muito longas, então o cérebro ja não está funcionando na normalidade rs

A abordagem está errada. Vocês estão usando estatística paramétrica. Está errado, não é assim que se faz. O correto é utilizar teste de hipóteses. Vocês estão asumindo que a distribuição dos resultados para um grande número de observações é normal, mas na verdade é binomial.

Citar
When to Use a Nonparametric Test

Nonparametric tests are sometimes called distribution-free tests because they are based on fewer assumptions (e.g., they do not assume that the outcome is approximately normally distributed). Parametric tests involve specific probability distributions (e.g., the normal distribution) and the tests involve estimation of the key parameters of that distribution (e.g., the mean or difference in means) from the sample data. The cost of fewer assumptions is that nonparametric tests are generally less powerful than their parametric counterparts (i.e., when the alternative is true, they may be less likely to reject H0).

It can sometimes be difficult to assess whether a continuous outcome follows a normal distribution and, thus, whether a parametric or nonparametric test is appropriate. There are several statistical tests that can be used to assess whether data are likely from a normal distribution. The most popular are the Kolmogorov-Smirnov test, the Anderson-Darling test, and the Shapiro-Wilk test1. Each test is essentially a goodness of fit test and compares observed data to quantiles of the normal (or other specified) distribution. The null hypothesis for each test is H0: Data follow a normal distribution versus H1: Data do not follow a normal distribution. If the test is statistically significant (e.g., p<0.05), then data do not follow a normal distribution, and a nonparametric test is warranted. It should be noted that these tests for normality can be subject to low power. Specifically, the tests may fail to reject H0: Data follow a normal distribution when in fact the data do not follow a normal distribution. Low power is a major issue when the sample size is small - which unfortunately is often when we wish to employ these tests. The most practical approach to assessing normality involves investigating the distributional form of the outcome in the sample using a histogram and to augment that with data from other studies, if available, that may indicate the likely distribution of the outcome in the population.

There are some situations when it is clear that the outcome does not follow a normal distribution. These include situations:

when the outcome is an ordinal variable or a rank,
when there are definite outliers or
when the outcome has clear limits of detection.
http://sphweb.bumc.bu.edu/otlt/MPH-Modules/BS/BS704_Nonparametric/BS704_Nonparametric_print.html

Citar
Para construir o modelo binomial vamos introduzir uma sequência de ensaios de Bernoulli. Tal sequência é definida por meio das seguintes condições:

Em cada ensaio considera-se somente a ocorrência ou não-ocorrência de um certo evento que será denominado sucesso (S) e cuja não-ocorrência será denominada falha (F).
Os ensaios são independentes.

A probabilidade de sucesso, que denotaremos por p é a mesma para cada ensaio. A probabilidade de falha será denotada por 1-p.

Para um experimento que consiste na realização de $ n $ ensaios independentes de Bernoulli, o espaço amostral pode ser considerado como o conjunto de n-uplas, em que cada posição há um sucesso (S) ou uma falha (F).

...

http://www.portalaction.com.br/probabilidades/51-distribuicao-binomial
« Última modificação: 08 de Dezembro de 2016, 01:30:31 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline AlienígenA

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #612 Online: 08 de Dezembro de 2016, 09:57:48 »
Oito acertos em dez, três vezes seguidas, repetido duas vezes, é macumba, sorte ou trapaça. Embora, como alguém já comentou, sendo um teste de "visão" não deveria haver erros. Seja lá o que se "vê" na água de macumba, não se "vê" na água de beber. Mas, claro, sempre se pode alegar "deficiências de visão" ou outra desculpa, para não descartar a macumba. Sorte se testa repetindo o teste mais vezes, mas havendo trapaça, o resultado se repete. Então, é preciso partir do princípio de trapaça, para elaborar o teste. Essa história de levar as garrafas para casa, numerar e tal, é suspeita. As garrafas não podem sair do local do teste. Eu deixaria dez garrafas em um cômodo. Me reuniria com um macumbeiro e um vidente, que não se conhecessem, para que não pudessem se comunicar entre o convite e o teste, em outro. Iria com o macumbeiro no cômodo das garrafas, anotaria a sequência da macumba e voltaria com ele para o junto do vidente. Então, levaria o vidente até as garrafas para conferir o resultado. E repetiria o teste algumas vezes, inclusive, trocando o macumbeiro ou convidando atores para fazer o papel, caso o resultado fosse surpreendente. E por surpreendente eu quero dizer sem erros. 

Offline SandroF

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #613 Online: 08 de Dezembro de 2016, 10:54:50 »
Pedro, seguem os comentários:

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Sandro, claramente, este tempo todo, ainda não consegui me fazer entender.

E a culpa é minha, que não estou sabendo me expressar.

Talvez para isso eu tenha que fazer algo que não me agrada muito, que é ser maçante e tentar explicar tudo bem explicadinho.


Que nada meu amigo.. eu agradeço a atenção dada a questão, que não vem sendo facil de lidar..


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Lááááá atrás, quando começamos a analisar este experimento, você o relatou da seguinte forma ( os 'posts' ainda estão aí para quem quer conferir ):

"Testamos 3 médiuns em um experimento X onde a chance de acertar era 1/1024 [cálculo seu!] mas eles acertaram 8 em 10 possibilidades."

Uau! Colocando assim é bem impressionante se a pessoa não parar pra pensar.

Só que assim, não intencionalmente, você está induzindo o leitor a vários erros intuitivos que o levarão a achar que SÓ pode ter ocorrido algo além do acaso, porque você PARECE estar relatando um acontecimento cuja chance ao acaso deveria ser ínfima.


Bom não era bem isso, mas está, digamos, dentro de uma boa compreensão.. Quando me referi a 1/1024, me referia as combinações possíveis.. No meu entender, embora admito a divergência, era de que a chance de 8 acertos seria cerca de 1/256 (28).
Concordo com você que o leitor pode se induzir a achar que as chances seriam "extremas" (vou trabalhar isso no artigo), mas deve admitir comigo, que devido o comentário dos demais colegas aqui, que eles (alguns) parecem não reconhecer que o índice de 8 acertos está muito alem do acaso para o experimento. Pensar que o "desvio" explica esse "acaso" seria forte demais, pior ainda em comparar com um caso raro de um cassino que funciona 24hs por dia durante anos...  mas tudo bem... estou com o Giga dentro das probabilidades e nem estamos conjecturando aqui se é mediunidade ou paranormalidade, apenas analisando uma hipótese.



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Para começar, sejamos honestos, em nenhum momento AFIRMEI que NÃO poderia ter havido algo além do simples acaso. Conjecturei também fraude, truque... e, quem sabe, talvez até algum fenômeno cuja natureza eu desconheça. Mas como a hipótese deste fenômeno implica em contradições com grande parte do que está firmemente estabelecido como real e concreto, eu só me dedicaria a examinar mais a fundo esta hipótese depois que pudessem ser descartadas todas as outras mais ordinárias.

Uma simples questão de bom senso.

Sim Pedro.. você não disse, por isso mantenho nossa conversa de alto nível, observando sua imparcialidade ao caso.. A problemática surgiu quando os demais parecem não perceber que os resultados foram realmente expressivos, não podendo até o momento serem explicados senao por uma ínfima hipótese de distorção, fato que também não contraponho, tanto que conversamos com a médium e ela aceitou fazer mais rodadas de experimento.

Vale comentar que você tem a noção das chances quando se replicou 3x o experimento, algo muito superior estatisticamente falando..

Por isso eu sugeri de fazermos um experimento empírico e prático com eles, mas podemos fazer no computador.. só depois tenho que lhe passar alguns detalhes que percebi no algoritmo que deveriam ser alterados para melhor representar a realidade..

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Antes de tudo temos que fazer o cálculo da probabilidade de alguém indicar corretamente, ao acaso, o conteúdo de pelo menos 8 das 10 garrafas.

Concorda? Porque se ele tivesse adivinhado mais que 8, alguém sugeriria que o médium é até mais poderoso. Então vamos trabalhar com a chance dele adivinhar NO MÍNIMO 8, pois se ele bater esta marca deve ser considerado ponto para o médium, desautorizando ainda mais a incredulidade dos "céticos-dogmáticos".


Concordo plenamente!

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Existem 1024 maneiras diferentes ( e isso você já sabia! ) de encher um conjunto de garrafas numeradas de 1 a 10 escolhendo entre água mágica e água de torneira. Por conseguinte existem também 1024 maneiras de "chutar" como esta distribuição possa ter sido feita.

Mas QUALQUER QUE SEJA a configuração das garrafas apresentadas ao médium, dentre as 1024 alternativas que ele tem para chutar, em 45 dessas o sujeito acertaria 8 garrafas. ( Não importando como fossem distribuídos os conteúdos das garrafas! )


Ok.. não vou adentrar nos cálculos, mas veja que em posts anteriores o entendimento era erróneo, entendi que você tinha dito em 18 tentativas seria possível acertar ao acaso as 8 das 10. Agora são 45 (ou 56). Claro que mesmo assim, os resultados obtidos, foram ainda muito acima do acaso, uma vez que as médiuns acertaram numa única tentativa 3 x consecutivas..

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Contudo não é difícil perceber que no seu experimento 5 seria o resultado com maior probabilidade. Porque a chance de acertar o conteúdo de uma garrafa é a mesma de errar. 50% de chance pra cada. Portanto deve-se esperar que acertar 5 e errar as outras 5 deva ser o resultado mais frequente.

Ok.. então o "acaso" seria de 50% de acertos para a médium, é isso? Mas em quantas tentativas? Lembre-se que elas tem apenas 1 chance.


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1 - Por que dividir os 12 resultados em 3 grupos de 4 e aí examinar a média? Está na contramão do que seria correto, que seria extrair a média em um maior número possível de experimentos.

O Gigaview até já mencionou aqui neste tópico uma metodologia usada em Parapsicologia que busca analisar um grande número de "cobaias" submetidas a experimentos semelhantes, para justamente permitir inferências estatísticas mais confiáveis a partir de um rol de dados mais extenso. Uma ideia concebida exatamente para contornar o tipo de problema que se verifica no seu método.

Aqui eu peço desculpas pois devo ter errado em minha intenção na hora de escrever.. O que eu propus era sair do pseudo-aleatório e ir para gerador aleatórios humanos, onde teriamos um resultado mais realista em vez de números falsos-aleatórios gerados pelo computador.
Mas tudo bem, já vi que a "gurizada" fugiu do teste por achar (e sacar) que as chances deles são mínimas de acertar como a médium, alias, fizeram exatamente o que muito médium faz...rs.. chega na hora de fazer  a "verdade" dai fogem... rs


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2 - Mas se a ideia é para comparar com o resultado do experimento com o médium, também é um erro porque é inconclusivo. Médias obtidas de poucos experimentos facilitam ocorrência de desvios, de modo que não se conclui nada com esse tipo de comparação.

Sim, e nem um momento eu disse que não, mas há de convir comigo que há muita diferença entre um "cara-e-coroa" ou o preto e vermelho do cassino comparado as chances de 10 combinações de "sim ou não"..
Veja que o argumento do Alquimista é todo errado ao caso, e parece que ele acha correto, o fato de ter ocorrido coincidentemente somente um cor na roleta, ele compara com o referido experimento das aguas..  Ora, isso totalmente descabido, pois ele poderia supor, na mesma "ordem" que as 10 aguas apontassem aleatoriamente para um "sim" ou para um "não", mas isso nada tem a ver com com as chances do experimento em si.

Em resumo:

Tente perceber que não estou discordando de você, mas apenas analisando todos os lados possíveis. Veja que estamos falando a mesma coisa com interpretações levemente diferentes.. O que me parece é que a forma como você expôs induz os demais colegas a negativarem os resultados pois dao rumo ao ceticismo-dogmático.
Todo o vício surge de uma recusa inconsciente de encararmos nossos próprios sofrimentos.

Offline SandroF

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #614 Online: 08 de Dezembro de 2016, 11:02:36 »
Giga, entendi seu raciocínio e concordo plenamente com ele.. vamos apenas tentar acertar as questoes estatísticas básicas.. Não sei se vou conseguir terminar isso hj.. mas vou ter q sugerir uma adequação ao simulado do Pedro (programa)..

PS.. O "pião" aqui tem trabalhado com jornadas muito longas, então o cérebro ja não está funcionando na normalidade rs

A abordagem está errada. Vocês estão usando estatística paramétrica. Está errado, não é assim que se faz. O correto é utilizar teste de hipóteses. Vocês estão asumindo que a distribuição dos resultados para um grande número de observações é normal, mas na verdade é binomial.

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When to Use a Nonparametric Test

Nonparametric tests are sometimes called distribution-free tests because they are based on fewer assumptions (e.g., they do not assume that the outcome is approximately normally distributed). Parametric tests involve specific probability distributions (e.g., the normal distribution) and the tests involve estimation of the key parameters of that distribution (e.g., the mean or difference in means) from the sample data. The cost of fewer assumptions is that nonparametric tests are generally less powerful than their parametric counterparts (i.e., when the alternative is true, they may be less likely to reject H0).

It can sometimes be difficult to assess whether a continuous outcome follows a normal distribution and, thus, whether a parametric or nonparametric test is appropriate. There are several statistical tests that can be used to assess whether data are likely from a normal distribution. The most popular are the Kolmogorov-Smirnov test, the Anderson-Darling test, and the Shapiro-Wilk test1. Each test is essentially a goodness of fit test and compares observed data to quantiles of the normal (or other specified) distribution. The null hypothesis for each test is H0: Data follow a normal distribution versus H1: Data do not follow a normal distribution. If the test is statistically significant (e.g., p<0.05), then data do not follow a normal distribution, and a nonparametric test is warranted. It should be noted that these tests for normality can be subject to low power. Specifically, the tests may fail to reject H0: Data follow a normal distribution when in fact the data do not follow a normal distribution. Low power is a major issue when the sample size is small - which unfortunately is often when we wish to employ these tests. The most practical approach to assessing normality involves investigating the distributional form of the outcome in the sample using a histogram and to augment that with data from other studies, if available, that may indicate the likely distribution of the outcome in the population.

There are some situations when it is clear that the outcome does not follow a normal distribution. These include situations:

when the outcome is an ordinal variable or a rank,
when there are definite outliers or
when the outcome has clear limits of detection.
http://sphweb.bumc.bu.edu/otlt/MPH-Modules/BS/BS704_Nonparametric/BS704_Nonparametric_print.html

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Para construir o modelo binomial vamos introduzir uma sequência de ensaios de Bernoulli. Tal sequência é definida por meio das seguintes condições:

Em cada ensaio considera-se somente a ocorrência ou não-ocorrência de um certo evento que será denominado sucesso (S) e cuja não-ocorrência será denominada falha (F).
Os ensaios são independentes.

A probabilidade de sucesso, que denotaremos por p é a mesma para cada ensaio. A probabilidade de falha será denotada por 1-p.

Para um experimento que consiste na realização de $ n $ ensaios independentes de Bernoulli, o espaço amostral pode ser considerado como o conjunto de n-uplas, em que cada posição há um sucesso (S) ou uma falha (F).

...

http://www.portalaction.com.br/probabilidades/51-distribuicao-binomial

Giga não discordo de você.. isso q sugere é exatamente o caminho que a parapsicologia foi para testar a telepatia, o atual problema é que um grupo de céticos fica batendo na tecla das estatísticas, similarmente o que estamos debatendo aqui nas probabilidades..

Antigamente se cobrava exatamente o que estamos comentando, elevar o numero de amostras para reduzir um possível desvio, mas isso nunca é o suficiente.. Veja, no caso do experimento Ganzfeld, o acaso estaria em 25%, ou seja, p=0.25 (se não estou enganado)... Os atuais índices com milhares de amostras fornecem uma média geral de 33% a 36% (não estou lembrado exatamente), bom no entanto qualquer um dos dois aponta para a hipótese de que a telepatia existe, mesmo assim há céticos brigando que não.. a desculpa de que são poucas amostras já não funciona mais, dai vem sempre outras possibilidades..

Então simplesmente testar a hipótese, embora eu concorde com você, não exime pesadas criticas em outros aspectos..
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Offline SandroF

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #615 Online: 08 de Dezembro de 2016, 11:33:36 »
Olá Pedro, apenas para deixar registrado, mais uma vez, é que não existe nada capcioso no experimento ou na intenção dele.. a questão é que para testar a hipótese de uma garrafada de agua ter sido fluidificada pelo espiritismo, só ha duas hipóteses, ou foi ou não foi. Se testássemos isso individualmente, não teria como termos boa aferição, por isso colocamos um numero de 10 como padrão para análise...

Primeiro: Sandro, o Pedro está dando excelente aula de estatística. Não sei você, mas eu estou aprendendo à bessa!

De minha parte, enquanto seu assessor voluntário não remunerado, dou-lhe a sugestão: procure responder, estatisticamente ou na prática, a seguinte questão: qual a possibilidade de uma de dez garrafas conter água magnetizada sabendo-se que todos os dedos apontam para a inexistência do magnetismo
animal?

Talvez, se encontrar a resposta,  possa melhor nortear o rumo de suas investigações...

Caro Moizes, me desculpe por não poder lhe responder as outras questões por falta de tempo.. Se está aproveitando a aula do Pedro, use-a com atenção e leia meu ultimo post feito a ele.. vai ver que você está muito enganado, gerando sugestões que fogem do sentido da investigacao..

Sobre os dados apontarem para uma inexistência do "magnetismo animal" eu discordo e acho que (e outros aqui) estão profundamente enganados... principalmente ainda sobre os resultados obtidos que estão muito elevados dentro de uma causistica, e esse é um dos pontos debatidos...

Vamos por partes e já elucido para o Alquimista e demais:

Essa historia de que não há evidencia alguma sobre a real existência do passe, ou de alguma energia que sai das maos dos médiuns (curandeiros ou o que for) é um engano... há sim inúmeros estudos que vem demonstrando existir algo.

Temos de muito tempo atras um experimento do Monezi, onde ele demonstrou, usando o reiki, que um grupo de ratos tinha seu imunológico alterado para a melhor depois de receber a imposição das mãos. Controvérsias a parte, temos que admitir que existiu dados que sustentara isso.
Depois temos um estudo onde se testou a possibilidade de seres humanos emitirem algum tipo de energia pelas mãos, Baumann (e outros) fizeram um experimento em cabine blindada duplamente para testar a emissão de fótons pelas maos.. Os resultados (com 100 pessoas) apontaram que existe sim uma diferença na emissão de fótons/s entre pessoas.. Das 100 testadas apenas as ditas médiuns ou curandeiros atingiram emissão de cerca de 100 mil vezes mais fótons por segundo que as demais.. isso ja era um bom sinal..

Na medicina temos vários estudos sobre isso e os termos "fluidificada", magnetização ou mesmerizacao nem são mais utilizados mas sim emissão de biophoton..

Artigo testando isso:

https://www.dropbox.com/s/0kbokpuhqapefen/ELECTROMAGNETIC%20EMISSION%20FROM%20HUMANS.pdf?dl=0


Para ajudar-lhe forneço alguns links de estudos publicados na PubMed que vão explicar o que estou falando..

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Abstract
BACKGROUND:
Biophoton emission is the spontaneous emission of ultraweak light emanating from all living systems, including man. The emission is linked to the endogenous production of excited states within the living system. The detection and characterisation of human biophoton emission has led to suggestions that it has potential future applications in medicine.
OBJECTIVES:
An overview is presented of studies on ultraweak photon emission (UPE, biophotons) from the human whole body.
METHODS:
Electronic searches of Medline, PsychLit, PubMed and references lists of relevant review articles and books were used to establish the literature database. Articles were then analysed for their main experimental setup and results.
RESULTS:
The, mostly, single case studies have resulted in a collection of observations. The collection presents information on the following fields of research: (1) influence of biological rhythms, age, and gender on emission, (2) the intensity of emission and its left-right symmetry in health and disease, (3) emission from the perspective of Traditional Chinese and Korean Medicine, (4) emission in different consciousness studies, (5) procedures for analysis of the photon signal from hands, (6) detection of peroxidative processes in the skin. Of each article the main findings are presented in a qualitative manner, quantitative data are presented where useful, and the technological or methodological limitations are discussed.
CONCLUSION:
Photon emission recording techniques have reached a stage that allows resolution of the signal in time and space. The published material is presented and includes aspects like spatial resolution of intensity, its relation to health and disease, the aspect of colour, and methods for analysis of the photon signal. The limited number of studies only allows first conclusions about the implications and significance of biophotons in relation to health and disease, or to mental states, or acupuncture. However, with the present data we consider that further research in the field is justified.
PMID: 15947465 DOI: 10.1159/000083763
[PubMed - indexed for MEDLINE]

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Proc Natl Acad Sci U S A. 2016 Aug 2;113(31):8753-8. doi: 10.1073/pnas.1604855113. Epub 2016 Jul 18.
Human high intelligence is involved in spectral redshift of biophotonic activities in the brain.
Wang Z1, Wang N1, Li Z1, Xiao F2, Dai J3.
Author information
Abstract
Human beings hold higher intelligence than other animals on Earth; however, it is still unclear which brain properties might explain the underlying mechanisms. The brain is a major energy-consuming organ compared with other organs. Neural signal communications and information processing in neural circuits play an important role in the realization of various neural functions, whereas improvement in cognitive function is driven by the need for more effective communication that requires less energy. Combining the ultraweak biophoton imaging system (UBIS) with the biophoton spectral analysis device (BSAD), we found that glutamate-induced biophotonic activities and transmission in the brain, which has recently been demonstrated as a novel neural signal communication mechanism, present a spectral redshift from animals (in order of bullfrog, mouse, chicken, pig, and monkey) to humans, even up to a near-infrared wavelength (∼865 nm) in the human brain. This brain property may be a key biophysical basis for explaining high intelligence in humans because biophoton spectral redshift could be a more economical and effective measure of biophotonic signal communications and information processing in the human brain.
KEYWORDS:
biophoton imaging; brain slices; glutamate; intelligence; ultraweak photon emissions
PMID: 27432962 PMCID: PMC4978290 DOI: 10.1073/pnas.1604855113
[PubMed - in process]

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Mol Biol Rep. 2016 Feb;43(2):73-89. doi: 10.1007/s11033-015-3940-4. Epub 2016 Jan 11.
Proteins involved in biophoton emission and flooding-stress responses in soybean under light and dark conditions.
Kamal AH1, Komatsu S2.
Author information
Abstract
To know the molecular systems basically flooding conditions in soybean, biophoton emission measurements and proteomic analyses were carried out for flooding-stressed roots under light and dark conditions. Photon emission was analyzed using a photon counter. Gel-free quantitative proteomics were performed to identify significant changes proteins using the nano LC-MS along with SIEVE software. Biophoton emissions were significantly increased in both light and dark conditions after flooding stress, but gradually decreased with continued flooding exposure compared to the control plants. Among the 120 significantly identified proteins in the roots of soybean plants, 73 and 19 proteins were decreased and increased in the light condition, respectively, and 4 and 24 proteins were increased and decreased, respectively, in the dark condition. The proteins were mainly functionally grouped into cell organization, protein degradation/synthesis, and glycolysis. The highly abundant lactate/malate dehydrogenase proteins were decreased in flooding-stressed roots exposed to light, whereas the lysine ketoglutarate reductase/saccharopine dehydrogenase bifunctional enzyme was increased in both light and dark conditions. Notably, however, specific enzyme assays revealed that the activities of these enzymes and biophoton emission were sharply increased after 3 days of flooding stress. This finding suggests that the source of biophoton emission in roots might involve the chemical excitation of electron or proton through enzymatic or non-enzymatic oxidation and reduction reactions. Moreover, the lysine ketoglutarate reductase/saccharopine dehydrogenase bifunctional enzyme may play important roles in responses in flooding stress of soybean under the light condition and as a contributing factor to biophoton emission.
KEYWORDS:
Biophoton emission; Dark; Flooding stress; Light; Proteomics
PMID: 26754663 DOI: 10.1007/s11033-015-3940-4
[PubMed - indexed for MEDLINE]

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Para ver mais basta colocar a palavra biophoton na pubmed e vai achar muita coisa...

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=biophoton




Todo o vício surge de uma recusa inconsciente de encararmos nossos próprios sofrimentos.

Offline Pedro Reis

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #616 Online: 08 de Dezembro de 2016, 14:30:10 »


A abordagem está errada. Vocês estão usando estatística paramétrica. Está errado, não é assim que se faz. O correto é utilizar teste de hipóteses. Vocês estão asumindo que a distribuição dos resultados para um grande número de observações é normal, mas na verdade é binomial.


Mas Giga, este não seria o caso de, por exemplo, vaquinhas estarem sendo tratadas com um determinado hormônio e então começam a nascer bezerrinhos com uma certa má formação genética... Má formação genética esta da qual já havia registro antes nos anais veterinários e zootécnicos.

Então se desejaria testar a hipótese de se o hormônio está contribuindo para a incidência da má formação e em que taxa.

Não seria este o caso da aplicação de estatística não paramétrica?

É uma pergunta, não uma afirmação.

Porque referente ao experimento do SandroF, o que fizemos até agora, foi apenas estimar quais as probabilidades corretas de determinados resultados surgirem ao acaso. Não estamos levando em consideração a existência ou não de fluídos espirituais ou poderes mediúnicos.

Muito menos estimando ( quantitativamente ) como a confirmação de tais hipóteses poderiam influir sobre os resultados.

O caso é que, se você puser um macaco em vez de um médium para indicar o conteúdo das garrafas, espera-se que o macaco vá acertar no mínimo 8 das 10 em uma proporção de 1 uma vez  para cada 18 tentativas, desde que haja uma quantidade de bananas suficientes para estimular o símio a repetir suficientemente o procedimento.

Podemos usar o macaco, ou uma moeda para escolher no cara-coroa o que tem na garrafa, ou usar um computador ( como eu fiz ), o resultado vai convergir para esta razão calculada com base nos postulados da probabilidade.

Mas se o médium está consistentemente obtendo uma média muito acima do que seria esperado caso ele estivesse apenas chutando, então pelo menos o chute pode ser descartado.

E eu acho que a intenção do SandroF é esta: inicialmente apenas descartar a hipótese de chute.

É claro que isto não provará a existência de água mágica. E haverá ainda um leque de outras possibilidades a serem pesquisadas antes de se poder concluir pela ação de entes espirituais: fraude, distorção dos dados pela própria equipe de pesquisa, truque, fenômenos parapsicologicos, telepatia... infinitas possibilidades.

Na verdade me parece difícil, ou até impossível, provar a hipótese espírita com esse tipo de abordagem estatística, mas o intuito parece ser o de tão somente descartar ou confirmar a hipótese de mero acaso. O que é razoável, já que este é o passo inicial mais simples que pode ser dado.

Porque se os resultados são semelhantes a resultados aleatórios, então nem há porque prosseguir na pesquisa do suposto fenômeno. Pelo menos deste fenômeno específico.

Por exemplo, na Inglaterra uma universidade fez uma pesquisa para testar a Astrologia. Foram apresentados um certo número de mapas astrais a renomados astrólogos britânicos e foi solicitado que, apenas de posse do mapa, sem outras informações, respondessem a questões sobre as pessoas representadas naqueles mapas. Perguntas típicas que os astrólogos alegam ser possíveis de identificar em um mapa astral.

Os mesmos mapas e as mesmas questões foram apresentados a grupos de estudantes universitários voluntários.

Verificou-se que a taxa de acerto dos astrólogos profissionais não diferia significativamente daquela apresentada pelo grupo de controle.

Pronto. Fim de papo. Não há mais razão para continuar pesquisando a Astrologia.
 


Offline Pedro Reis

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #617 Online: 08 de Dezembro de 2016, 14:35:16 »
Oito acertos em dez, três vezes seguidas, repetido duas vezes, é macumba, sorte ou trapaça.

8 acertos em 10, 3 vezes seguidas. Porém sem repetição.

Mas e se tivessem sido apenas 2 acertos em 10, e 3 vezes seguidas. Você ficaria impressionado?

Talvez você não tenha prestado atenção em como foi feito. Porque a chance do cara acertar só duas em 10 é a mesma de acertar 8.




Offline Alquimista

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #618 Online: 08 de Dezembro de 2016, 15:36:49 »
Oito acertos em dez, três vezes seguidas, repetido duas vezes, é macumba, sorte ou trapaça.

8 acertos em 10, 3 vezes seguidas. Porém sem repetição.

Mas e se tivessem sido apenas 2 acertos em 10, e 3 vezes seguidas. Você ficaria impressionado?

Talvez você não tenha prestado atenção em como foi feito. Porque a chance do cara acertar só duas em 10 é a mesma de acertar 8.

Sem dúvida alguma temos que admitir que pelo menos bastante suspeito é.
Não podemos descartar a hipótese da ''clarividente'' ter obtido acesso ás informações antes do teste por indubitavelmente manter contato com as principais casas espíritas (picaretas ajudam picaretas). Hodiernamente, com a ajuda de telemóveis (estes sim tem ora que se manifestam como os genuínos videntes! rss...), quase tudo é possível.


Vamos por partes e já elucido para o Alquimista e demais:

Essa historia de que não há evidencia alguma sobre a real existência do passe, ou de alguma energia que sai das maos dos médiuns (curandeiros ou o que for) é um engano... há sim inúmeros estudos que vem demonstrando existir algo.

Isso já foi refutado há muito tempo!!!!!!!
Você deveria fazer um breve exame sobre o histórico da HIPNOSE. 
Em 1784, uma comissão composta por importantes cientistas, dentre eles Benjamin Franklin e Lavoisier, chegou à conclusão de que não existia qualquer indício de magnetismo animal nos tratamentos de Mesmer e os casos de ''cura'' simplesmente poderiam ser explicados como mera imaginação (SUGESTÃO). Foi um golpe duro para Mesmer.
No entanto, um de seus discípulos mais cultos, o Marquês de Puységur, aceitou tratar um certo garoto camponês chamado Victor Race.
Victor, que nada conhecia sobre a moda do ''mesmerismo'' e nunca tinha visto uma demonstração do ''fenômeno'', era ignorante à respeito de que deveria passar por uma crise convulsiva para que se pudesse obter a cura necessária (os mesmeristas ACREDITAVAM que as crises eram o efeito visível da influência do fluido universal sobre o corpo).
O que ocorreu em seguida foi que o garoto simplesmente ''adormeceu'', entrou em ''transe'' frente aos passes magnéticos que o marquês executava, demonstrando consequentemente uma alta susceptibilidade à todas as sugestões do ''magnetizador''. Puységur, então, segundo a sua visão, acabara de descobrir um novo estado psíquico nomeado por ele como ''sonambulismo''.
Claro que não podemos deixar de mencionar, segundo as observações do próprio marquês, da ocorrência de clarividência e telepatia durante o ''estado de sonambulismo'' nos seus pacientes.     
Daí temos um certo Abadia Faria (sim, é aquele do ''Conde de Monte Cristo'') estudando profundamente o mesmerismo e chegando ás mesmas conclusões de que tudo não passava de pura SUGESTÃO. E, finalmente, James Braid, que, inicialmente cético quanto ao mesmerismo, acatou o ''fenômeno'', mas não a teoria, ao se deixar convencer por uma demonstração pública do magnetizador La Fontaine. Porém, após apurados estudos, Braid TAMBÉM descobriu que aquilo nada mais era do que SUGESTÃO (foi ele quem cunhou o termo HIPNOSE).
Diante de tudo isso, ficou impossível do mesmerismo ser levado a sério por qualquer pessoa que estude mais profundamente a HIPNOSE? Não!! Por increça que parível, o mesmerismo nunca sumiu e hoje existe um grupo de hipnotistas que se autodenominam mesmeristas e que acreditam piamente na existência do tal do fluido magnético universal (do reino de deus!).   


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Temos de muito tempo atras um experimento do Monezi, onde ele demonstrou, usando o reiki, que um grupo de ratos tinha seu imunológico alterado para a melhor depois de receber a imposição das mãos. Controvérsias a parte, temos que admitir que existiu dados que sustentara isso.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA... Não duvido, meu caro!!! Os ratos são animaizinhos espertos e mais sensíveis a receberem influências mágicas e planetárias. Afinal, você não se lembra do famoso conto ''O Flautista de Hamelin''????

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK... 


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Depois temos um estudo onde se testou a possibilidade de seres humanos emitirem algum tipo de energia pelas mãos, Baumann (e outros) fizeram um experimento em cabine blindada duplamente para testar a emissão de fótons pelas maos.. Os resultados (com 100 pessoas) apontaram que existe sim uma diferença na emissão de fótons/s entre pessoas.. Das 100 testadas apenas as ditas médiuns ou curandeiros atingiram emissão de cerca de 100 mil vezes mais fótons por segundo que as demais.. isso ja era um bom sinal..

Na medicina temos vários estudos sobre isso e os termos "fluidificada", magnetização ou mesmerizacao nem são mais utilizados mas sim emissão de biophoton..


Bio-Fótons????!!!!!!!!!!!!!!

Mas era só o que faltava!!!!  Só se forem fótons totalmente diferentes, do tipo que se impregnam aos líquidos deixando-os então com propriedades curativas...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA... Não, meu caro. Está vendo aí onde levam estes ''estudos'' pseudocientíficos. Às mais mirabolantes conclusões que em nada diferem do que os homeopatas tanto alegam.  Tsc, tsc, tsc...
« Última modificação: 08 de Dezembro de 2016, 15:51:20 por Alquimista »
"O Alquimista é o supremo alquimista alfa e o ômega das transmutações aurintelectofilosofais."

Offline Pedro Reis

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #619 Online: 08 de Dezembro de 2016, 15:49:39 »

Concordo com você que o leitor pode se induzir a achar que as chances seriam "extremas" (vou trabalhar isso no artigo), mas deve admitir comigo, que devido o comentário dos demais colegas aqui, que eles (alguns) parecem não reconhecer que o índice de 8 acertos está muito alem do acaso para o experimento. Pensar que o "desvio" explica esse "acaso" seria forte demais, pior ainda em comparar com um caso raro de um cassino que funciona 24hs por dia durante anos...  mas tudo bem... estou com o Giga dentro das probabilidades e nem estamos conjecturando aqui se é mediunidade ou paranormalidade, apenas analisando uma hipótese.


Acho que a maioria percebe que está além do acaso. Tanto que todas as conjecturas são sobre que tipo de falha pode ter acontecido ou que truque pode ter usado o pesquisado.

Cara, eu não estou aqui tentando "triturar" números só para desacreditar o espiritismo. Os números que calculei são aqueles mesmo, não há outros.

E em nenhum momento eu afirmei que o resultado estava dentro da média. Você pode verificar, até usei expressões como "claramente fora da curva", "acima da média", etc...

Ninguém, muito menos eu, argumentou de outra forma. O que eu disse, e mantenho até demonstrarem que estou errado, é que o seu resultado, devido a um formato de experimento peculiar, apresenta a aparência de ser imensamente mais improvável do que realmente é. E também que médias, se obtidas em um número pequeno de amostras, são menos confiáveis.

Imagine você concluir que uma pessoa que jogou apenas uma vez na mega sena e ganhou é por isso capaz de prever o futuro. Isso já ocorreu mais de uma vez, alguém ganhar na primeira vez que joga na loteria, só que esta pessoa não continua ganhando para o resto da vida, não ganha toda semana. Ela deu uma cagada fenomenal e pronto. Mas se alguém estiver acertando em todos os sorteios da loteca, aí sim... a gente tem que começar a procurar por fraude, truque, paranormalidade, espíritos...

Sobre o exemplo da roleta, ele na verdade ilustra que nem sempre se deve procurar causa extraordinária em um evento com probabilidade ínfima. Porque qualquer resultado que tivesse dado nas 26 rodadas consecutivas da roleta teria a mesma probabilidade ínfima dos 26 pretos. Só que intuitivamente as pessoas nem sempre percebem isto, sem motivo lógico, têm a impressão que resultados que não pareçam ter algum significado especial devam ser mais prováveis.

Isso acontece também no seu experimento. Porque qualquer resultado, qualquer um, teria probabilidade pequena.

Mas se você tivesse escolhido uma garrafa com fluído mágico, e misturado a outras 9, e então solicitado ao médium que apontasse qual das garrafas tinha recebido o passe, aí seria diferente. Porque haveria resultados altamente prováveis e resultados ALTAMENTE improváveis. Errar teria a chance de 90% enquanto que acertar teria a chance de apenas 10%. Não é?

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Ok.. não vou adentrar nos cálculos, mas veja que em posts anteriores o entendimento era erróneo, entendi que você tinha dito em 18 tentativas seria possível acertar ao acaso as 8 das 10. Agora são 45 (ou 56). Claro que mesmo assim, os resultados obtidos, foram ainda muito acima do acaso, uma vez que as médiuns acertaram numa única tentativa 3 x consecutivas..


Não, é isso mesmo. A chance de acertar pelo menos 8 ao acaso é de 1 uma para 18.

Significando que os resultados devem tender para esta proporção quando repetidos grande número de vezes.

45 é o número de palpites possíveis em que se acerta exatamente 8.

56 é o número de palpites possíveis em que se acerta pelo menos 8.

É porque existe 56 chances de acertar no mínimo 8 em 1024 chutes possíveis que a probabilidade é 1/18.

Por isso eu coloquei o cálculo mais detalhadamente no último "post" para você poder verificar de onde estes números saíram.

Citação de: SandroF
Ok.. então o "acaso" seria de 50% de acertos para a médium, é isso? Mas em quantas tentativas? Lembre-se que elas tem apenas 1 chance.

Se você apostar em COROA, o "acaso" é de 50% de acertos. Mas... em quantas tentativas?

Se a moeda só é jogada uma vez, se você só tem UMA CHANCE, então o que significaria esta probabilidade?

Se a moeda é lançada 3 vezes, dar CARA 3 vezes seguidas não é nada extraordinário, concorda? Mas quando repetimos isto 500 vezes a proporção deverá ficar próxima dos 50%.

A única coisa que podemos afirmar com absoluta convicção baseado na probabilidade, é que se a médium estiver apenas chutando, em um grande número de repetições a média de acertos tenderá para 5 garrafas.

Citação de: SandroF
Aqui eu peço desculpas pois devo ter errado em minha intenção na hora de escrever.. O que eu propus era sair do pseudo-aleatório e ir para gerador aleatórios humanos, onde teriamos um resultado mais realista em vez de números falsos-aleatórios gerados pelo computador.
Mas tudo bem, já vi que a "gurizada" fugiu do teste por achar (e sacar) que as chances deles são mínimas de acertar como a médium, alias, fizeram exatamente o que muito médium faz...rs.. chega na hora de fazer  a "verdade" dai fogem... rs

Pode ser isto mesmo, porque faz parte da dinâmica das discussões que depois de um tempo ninguém está  mais interessado na discussão em si, mas somente em vencê-la.

A verdade se torna mero detalhe.

Mas você não precisa deles para o seu teste. Você pode fazer no computador, e se acha que o computador não retorna um resultado confiável, pode usar uma moeda para chutar se a garrafa é isso ou aquilo. Dá no mesmo.

De qualquer forma que seja, obter o mesmo resultado do experimento será improvável. No sentido de que você vai obter muito mais resultados diferentes daquele, do que resultados idênticos.

Mas isto também, se quisermos analisar por uma ótica de quem não quer fugir da verdade, precisa ser interpretado corretamente.

Citação de: SandroF
Sim, e nem um momento eu disse que não, mas há de convir comigo que há muita diferença entre um "cara-e-coroa" ou o preto e vermelho do cassino comparado as chances de 10 combinações de "sim ou não"..
Veja que o argumento do Alquimista é todo errado ao caso, e parece que ele acha correto, o fato de ter ocorrido coincidentemente somente um cor na roleta, ele compara com o referido experimento das aguas..  Ora, isso totalmente descabido, pois ele poderia supor, na mesma "ordem" que as 10 aguas apontassem aleatoriamente para um "sim" ou para um "não", mas isso nada tem a ver com com as chances do experimento em si.

Eu tenho impressão que o artigo que ele citou tinha mais a intenção de ilustrar que a probabilidade aponta para direções que muitas vezes são contra-intuitivas. Que muitas vezes não se pode confiar na intuição quando se estima a probabilidade de alguma coisa.

Pelo menos é isto que o artigo em si tenta demonstrar. As pessoas perderam dinheiro na roleta porque estavam usando a intuição, e as pessoas se queixavam do funcionamento do Ipod porque o aleatório não parecia nada aleatório.

Não foi uma comparação direta com o seu experimento, mas apenas ilustrando com outros exemplos que, assim como no seu experimento, uma percepção intuitiva das chances pode diferir muito daquela que os números irão indicar.

Citação de: SandroF
Em resumo:

Tente perceber que não estou discordando de você, mas apenas analisando todos os lados possíveis. Veja que estamos falando a mesma coisa com interpretações levemente diferentes.. O que me parece é que a forma como você expôs induz os demais colegas a negativarem os resultados pois dao rumo ao ceticismo-dogmático.

Como eu disse, no final das contas as pessoas só querem ter razão.

E esse é um grande problema quando se tenta estudar coisas como parapsicologia ou mediunidade, pela dificuldade de propor experimentos realmente replicáveis de maneira independente.

Apesar de ter gente que até hoje não aceita uma mesma origem para a diversidade de vida na Terra, e até mesmo gente que não aceita a Terra redonda, quando algo pode ser verificado independentemente, quando não precisamos ter fé em textos sagrados ou no conhecimento das autoridades no assunto, a realidade prevalece.

A não ser para aqueles que se refugiam na irracionalidade e na loucura.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #620 Online: 08 de Dezembro de 2016, 17:14:07 »
Outra linha de teste que poderiam fazer seria pegarem "placas de petri" fechadas com água benta e usarem como píxeis em meio a água não-mágica, e dessa forma, criarem imagens como em testes para daltonismo ou sinestesia. Aqueles capazes de enxergar a água mágica devem poder ver o que se construir com os "píxeis" de maneira instantânea, enquanto que os humanos normais só veriam um monte de potes de água completamente indistintos.








Esse super-poder é como o daquela menina com visão de "raio-X", que funciona até com fotos, ou a água benta não é distinguível numa fotografia?


Offline AlienígenA

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #621 Online: 08 de Dezembro de 2016, 20:28:08 »
Oito acertos em dez, três vezes seguidas, repetido duas vezes, é macumba, sorte ou trapaça.

8 acertos em 10, 3 vezes seguidas. Porém sem repetição.

Mas e se tivessem sido apenas 2 acertos em 10, e 3 vezes seguidas. Você ficaria impressionado?

Talvez você não tenha prestado atenção em como foi feito. Porque a chance do cara acertar só duas em 10 é a mesma de acertar 8.

Uai, estou desaprendendo a ler. Jurava, ainda juro, mas estou com preguiça de conferir, que o Sandro disse que tinham repetido o teste com a vidente e obtido resultado semelhante. 8 em 10, 3x, em dois testes.

Sim, não diria impressionante, mas tão suspeito quanto. Nesse caso suspeitaria que trollaram a vidente.  :hihi:

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #622 Online: 08 de Dezembro de 2016, 20:51:58 »
Se não tem nenhuma água benta no total, mas eu quero dar uma de vidente e chuto que deve ser umas duas em cada rodada de dez, também vou ter acertado aproximadamente o mesmo, só porque a maioria das águas não são bentas.

Offline AlienígenA

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #623 Online: 08 de Dezembro de 2016, 21:02:01 »
Se não tem nenhuma água benta no total, mas eu quero dar uma de vidente e chuto que deve ser umas duas em cada rodada de dez, também vou ter acertado aproximadamente o mesmo, só porque a maioria das águas não são bentas.

Por isso eu suspeitaria que trollaram a vidente. Ou isso, ou te passaram informação errada.  :hihi:
Dois e oito em dez são igualnente suspeitos.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #624 Online: 08 de Dezembro de 2016, 21:04:57 »
Ainda mais se nós nem sabemos quanta água benta havia para poder se fazer qualquer tipo de conta.

Será que se você mistura água benta com água da sabesp, sanitária, ou aguardente, em diferentes proporções (não ingerindo-as), eles conseguem ver "gradações" de benção na água? Ou é um super-poder meio "daltônico" mesmo em seu melhor nível de desenvolvimento?

Ou ainda, será que o contato da água benta com a não-benta faz perder o abençoamento? Nesse caso, é importante a benção da água em embalagens já muito bem lacradas, a fim de evitar o contato até com a umidade não-benta do ar.



Eu fico sempre meio pasmo em ter que ficar imaginando esses métodos alternativos para convencer aos pseudo-céticos. Novamente, se a água benta não existisse, como se esperaria ter o efeito que tem contra os vampiros?

(No espiritismo, nem todos os vampiros são hematófagos, há os que apenas se alimentam de energia, cujo exemplo maior seria o planeta Chupão em si. Mas o espiritismo explica também ao vampiro "clássico", como reencarnações de espírios com maior proximidade o freqüência de encarnações em seres também hematófagos. As transformações dos vampiros em morcegos e outros seres, por sua vez, têm o mesmo mecanismo da materialização via sessão espírita, mas sem intermédio de médiuns)

 

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