O problema não passa por "aluno escolher não cursar física no EM", mas sim enxugar e melhorar o conteúdo dessas disciplinas.
Um aluno do ensino médio não deveria nunca ser ensinado a calcular a dilatação dos líquidos nas CNTP ou a decorar a fórmula de Bhaskara. O ensino médio deveria preparar uma base para que, caso ele decida seguir carreira em física ou matemática, ele tenha as condições de aprender em um ritmo aceitável essas coisas na faculdade, por exemplo.
Nas condições atuais, ninguém realmente aprender nada, todo mundo esquece quase todas essas "decorebas" após o fim do EM, e você tem o quadro atual, onde quase um terço dos alunos de ensino superiores são analfabetos funcionais, pois não tiveram uma educação de base de qualidade no EF e EM, foram apenas forçados a decorar coisas inúteis para o vestibular e agora estão completamente despreparados para a vida acadêmica.
Às vezes fazer o simples é a melhor solução.
No que eu concordo quase 100%. Ajustar o sistema e tentar melhorá-lo. Na prática sempre vão existir matérias obrigatórias e elas sempre vão ser inúteis para parte dos alunos e ser úteis para outra parte. Se for esperar ensinar na escola apenas o que vai ser útil na vida profissional de todos os alunos vai se ensinar apenas a escrever o idioma local e mais nada, pois todo o resto pode ser apontado como inútil por esse ou aquele aluno.
Fora que, como quase ninguém tem certeza da profissão que vai seguir quando adulto, e crianças e adolescentes têm muito tempo livre, não faz nenhum mal elas irem para a escola e provavelmente aprenderem algumas coisas inúteis. Tempo existe de sobra para elas.
Sobre o que deve ou não ser ensinado à um aluno do ensino médio ou fundamental, é complicado. Veja, se tirarmos tudo o que é considerado supérfluo do currículo e formos acrescentando outras coisas(que acabarão sendo consideradas inúteis por alguns, mas whatever), se consegue criar um currículo que preencha 12 anos de aulas?
Isso vai cobrir um leque maior ou menor de alunos que podem aproveitar algo disso futuramente? Sei lá, não é tão simples.
Falar de Brasil é complicado, pois aqui nada funciona como deveria, mas modelos com maior ou menor carga de aulas obrigatórias funciona em diversos países, alguns com currículos mais extensos que o daqui.
Falar de Brasil me desanima...