Autor Tópico: MBL - Movimento Brasil Livre  (Lida 35538 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1025 Online: 08 de Janeiro de 2018, 08:55:05 »
Eu tinha entendido que a Guararapes não garantia o envio de peças regulares a serem costuradas pelas oficinas, mas mantinha as metas a serem cumpridas de forma constante, o que seria de fato uma injustiça. Partindo do pressuposto que eu me equivoquei, neste caso deve-se apenas analisar se o contrato firmado entre as empresa e as oficinas de costura é justo e seguido a risca.

Não tem que analisar nada, Skeptikós, você se equivocou desde o começo.
Se os próprios trabalhadores estão reclamando do MPT, se os próprios trabalhadores estão satisfeitos nos seus trabalhos, se está todo mundo feliz, como é que chega um ente externo, por sinal estatal e autocrático, com poder de aplicar sanções, sem ter sido provocado, querer desmanchar a festa, acabar com os empregos, fechar a fábrica1 e achar que está do lado do trabalhador?
É uma análise simples demais até para meu totó aqui entender.

1Caso esta não consiga quitar a multa de quase 38 milhões (por danos coletivos!!!).

Peço ao forista Gabarito que evite fazer comparações que sejam (ou possam parecer) depreciativas.
Foto USGS

Offline Gabarito

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1026 Online: 12 de Janeiro de 2018, 15:38:17 »
Abaixo, um bom apanhado do que hoje representa o grupo, permanentemente atacado por todos os lados, principalmente pelas esquerdas.
Mesmo assim, seguindo sempre em frente e cada vez mais presente e significativo no panorama político brasileiro.

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MBL, os jovens gigantes do liberalismo
12 de janeiro de 2018

Por Claudir Franciatto,
publicado pelo Instituto Liberal

Sinceramente, não esperava viver o tempo suficiente para ver isso. Por mais otimista que eu pudesse ser. Um movimento de jovens verdadeiramente liberais. Estudiosos, conscientes, convictos e ativistas dinâmicos. O MBL não é o único, mas o principal e, para mim, o fato mais importante da política brasileira dos últimos 30 ou 40 anos! E não estou exagerando.

Escrevo este artigo no intuito de dar aos nossos leitores uma noção de o quanto o panorama mudou. E o quanto esses jovens significam como o ápice de uma guinada em favor da luta pela liberdade. Vejam só:  há 32 anos, o Estadão me convidou para fazer um livro sobre o Liberalismo. Uma obra ambiciosa.  Eu deveria juntar liberais do Brasil e de outros países, formando um painel crítico sobre o passado, o presente e o futuro dessa filosofia política e visão de mundo. Convidei os principais intelectuais da ala liberal clássica do jornal no país para um debate, que foi transcrito na íntegra no livro. E convenci o peruano Mário Vargas Llosa, o mexicano Octavio Paz e o grande liberal venezuelano Carlos Rangel – que morreu de forma estranha três anos depois – , entre outros, a me enviarem textos exclusivos.

O livro ficou pronto e, aproveitando uma frase do próprio Mário Vargas Llosa, segundo a qual o fato de a liberdade ainda estar até então viva e lutando por ela mesma era um verdadeiro feito, quase um milagre – em face do avanço inexorável do social-estatismo na América Latina –  coloquei o título de A Façanha da Liberdade. Sim, era uma incrível façanha ela sobreviver num grau de resiliência inimaginável. E agora vemos que continua avançando.

Entretanto, tão logo a obra foi publicada, percebemos o tamanho do desafio. À época, o desalento quanto à sobrevivência e progresso do pensamento liberal era tão grande que nem eu, nem o jornal do qual partiu a ideia do livro, tivemos fôlego sequer para divulgar o trabalho. O projeto era iniciar algo com essa obra. Uma série de publicações de conteúdo liberal, forjar discussões para a cultura da liberdade numa sociedade de mercado não desaparecer, etc.. Mas lutávamos com os exageros do regime militar à direita e com o progresso da ideologia socialista à esquerda. A distância que havia entre o discurso dos poucos liberais da época e o resto da sociedade era tão gigantesca, que se tratou de um sonho natimorto. O deserto era desencorajador. E prevaleceu.

Foram necessárias uma sequência de descalabros intervencionistas nos governos pós-redemocratização e mais a tragédia dos 13 anos da malfadada experiência dos socialistas no poder para que muita gente acordasse. E esses jovens liberais representam hoje o sopro de vida de que o liberalismo necessitava. Diferentemente dos libertários e anarcocapitalistas (que, em minha opinião, são úteis no combate ao gigantismo do Estado, mas querem ser os mesmos intelectuais descritos por Thomas Sowell que se colocam acima da ordem espontânea definida por Hayek, tanto quanto os racionalistas-socialistas), os meninos do MBL apresentam uma lucidez de pensamento verdadeiramente espantosa.

Kim Kataguiri, Fernando Holiday e Artur Moledo do Val (que criou o canal “Mamãe, Falei” e tem tanta identificação com o MBL que a este se juntou em várias empreitadas) – principalmente estes – se posicionam sobre todas as matérias cujo conteúdo representa mais um risco à liberdade da sociedade civil. E o fazem com argumentos irrefutáveis. É constrangedor para políticos, intelectuais e estudantes socialistas quando se veem derrotados num debate diante de garotos de 20 a 30 anos de idade.

Os garotos sob ataque permanente

Eles escaparam da armadilha criada pelo regime militar de 1964 que involuntariamente favoreceu fortemente a trama cultural-socialista do gramiscismo. Eles fundamentam seus argumentos, com surpreendente desenvoltura, nos grandes mestres da escola austríaca, referendam teses econômicas de Milton Friedman e Roberto Campos da mesma forma que a minha geração de universitários adolescentes, desafortunados ideologicamente,  mencionávamos máximas de Marx, Lênin e Trotski.

É evidente que seria até infantilidade mitificá-los a ponto de afirmar que não cometem erros. Sim, eles erram, mas na direção certa. É notório que seria melhor uma proposta de “Escola sem tutela estatal” – pulverizar o MEC, uma ingerência absurda no ensino-aprendizado da sociedade civil –  do que a Escola sem Partido, uma lei desnecessária; talvez mais transparência em suas atividades, para sossegar os tresloucados adversários, etc. Mas nada disso supera a coragem de seguir em frente no bom combate, estando eles com a verdade soberana da defesa da ordem espontânea existente na cultura, na tradição, na moral e no mercado de um capitalismo liberal.

Nós, os liberais de todas as idades, precisamos estar atentos e denunciar firmemente toda e qualquer tentativa de perseguir e calar esses jovens. Como fez recentemente, por exemplo, Rodrigo Constantino no artigo “Auditores fiscais pedem investigação contra MBL por defender reforma da Previdência”, em 12 de dezembro passado. Nesse título está escrito tudo. É surreal! Os privilegiados funcionários públicos se revoltam contra os garotos que apoiam a luta para acabar com os privilégios!

Há uns meses, num grupo de mídia social do qual faço parte porque ali compartilhamos opiniões entre amigos de muitos anos, postei um vídeo em que um dos líderes do MBL dá uma aula de economia liberal para parlamentares petistas. Um show. Digno de se tirar o chapéu. Diante disso, um dos integrantes do grupo, esquerdista empedernido, respondeu: “Esses fascistas do MBL são financiados pela CIA”. :)

Isso nada mais é que a ampliação da falácia conhecida em epistemologia por argumentum ad hominem. Por falta de argumento contra o conteúdo, ataca-se o ser humano que se quer contestar. A cada mês surgem novos boatos sobre os “financiamentos interesseiros” ao MBL. Dou risada. E eles também riem diante dessas barbaridades. Assim também quando, inexoravelmente, seus entrevistadores questionam se não sabem que, entrando na política – o que pretendem fazer, em 2018, pelo voto -, irão fatalmente se corromper. Como se houvesse outro caminho senão o da política para mudar os rumos do país. Como se as assembleias parlamentares fossem pocilgas contagiosas. Em meu novo livro, O Círculo do Bem (ainda infelizmente sem editora), faço um mergulho mais fundo na questão do liberalismo nos dias de hoje e sua importância, adotando uma linguagem para os jovens. De uma forma inédita. As crianças do MBL me inspiraram.

Sobre o autor: Claudir Franciatto é jornalista e escritor, foi vice-presidente do Grupo Manager, do Grupo Catho, é diretor da Ridual Comunicação e autor de 11 livros.

Offline Gabarito

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1027 Online: 25 de Janeiro de 2018, 10:02:56 »
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MBL News bate recorde de audiência em live no Youtube e fica em primeiro lugar nos vídeos em alta do mundo

Por Francine Galbier -
24 de Janeiro de 2018

MBL — Nesta quarta-feira, 24, o jornal diário do Movimento Brasil Livre, MBL News, ficou em primeiro lugar nos vídeos em alta no Youtube no mundo todo, batendo o recorde de live mais assistida da rede social, atingindo o pico de 72 mil espectadores durante a tarde e finalizando com 1.131.761 visualizações até o momento desta matéria.

Com apresentação de Alexandre Santos e Renato Battista, o jornal cobriu todo o julgamento do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda instância, com comentários dos apresentadores durante os intervalos.

A transmissão durou 13 horas e fez toda a cobertura das manifestações, que estão ocorrendo por todo o país, em comemoração a condenação do ex presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, que foi julgado pelo TRF-4, nesta quarta, 24, e condenado – por unanimidade – a 12 anos e 1 mês de cadeia.

Ao fim da tarde, Renato, um dos apresentadores, declarou ao Diário: “Iremos continuar a transmissão até a noite, comentando todas as notícias relativas ao julgamento do Lula e as comemorações que estão acontecendo pelo Brasil inteiro. É a condenação do maior bandido desse país.”

O MBL News vai ao ar de segunda a sexta, às 19:00.

Assista:

<a href="https://www.youtube.com/v/o_j-gbe5mQM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/o_j-gbe5mQM</a>


Offline Gabarito

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1028 Online: 25 de Janeiro de 2018, 10:05:20 »
O Brasil agradece à Lava-Jato e aos juízes:


Offline Gabarito

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1029 Online: 25 de Janeiro de 2018, 10:07:32 »
Não é whisky, Lula.


Offline Buckaroo Banzai

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1030 Online: 25 de Janeiro de 2018, 16:27:14 »
Em que pé estão as acusações/investigações de caixa 2 de Holiday?

O que que me lembro de ter visto antes foi isso:

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/03/17/mp-eleitoral-analisa-denuncia-de-caixa-2-contra-vereador-ligado-ao-mbl.htm

Isso é o que eu tinha visto inicialmente. Depois, ou talvez antes, teve o caso de uma advogada que postou algo explicando como aquilo que ele mesmo admitia na verdade se configurava já como caixa 2. Acho que postei notícia. Procurando agora, a última "novidade" parece ser esta:

Citar
https://noticias.r7.com/sao-paulo/ex-assessor-estima-em-r-30-mil-caixa-dois-em-campanha-de-holiday-05112017
...
“Eu estimo que foi gasto mais R$ 25 mil, R$ 30 mil, além do que foi declarado”, diz Teixeira, agora ex-integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) desde o ano passado.
...

De novembro passado.

Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1031 Online: 30 de Janeiro de 2018, 13:28:15 »

Escola não é lugar para política partidária, mas para matemática e português.


A maioria das pessoas, no exercício de suas profissões,  não precisa da maior parte da  matemática  que é imposta pelo Estado aos alunos nas escolas.  Pouca coisa do extenso programa de matemática (principalmente a do EM)  é realmente útil nas profissões e nas vidas da maioria das pessoas.  Portanto, a verdade que não falam ou que não querem enxergar é que  grande parte deste ensino de matemática não passa de um grande desperdício de tempo, dinheiro e recursos econômicos e humanos.  Uma parte das profissões precisa de matemática (mas não é a maioria).



Offline Lorentz

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1032 Online: 30 de Janeiro de 2018, 14:01:59 »

Escola não é lugar para política partidária, mas para matemática e português.


A maioria das pessoas, no exercício de suas profissões,  não precisa da maior parte da  matemática  que é imposta pelo Estado aos alunos nas escolas.  Pouca coisa do extenso programa de matemática (principalmente a do EM)  é realmente útil nas profissões e nas vidas da maioria das pessoas.  Portanto, a verdade que não falam ou que não querem enxergar é que  grande parte deste ensino de matemática não passa de um grande desperdício de tempo, dinheiro e recursos econômicos e humanos.  Uma parte das profissões precisa de matemática (mas não é a maioria).




Você não estuda matemática para utilizá-la em uma profissão, mas também para exercitar o raciocínio e a lógica.

Se for pensar assim, estudar história, ciências, literatura, educação física, é mais perda de tempo ainda. A ideia é exercitar e aprender um pouco o que nos rodeia e a base de nossa, cultura, civilização, leis, etc.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Skeptikós

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1033 Online: 30 de Janeiro de 2018, 14:38:39 »
Neste caso aprender sobre política também é importante. O que o JJ não entende é que um professor de escola (principalmente pública) deveria ser imparcial, principalmente ao se falar de política, assunto tão subjetivo e abstrato.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1034 Online: 30 de Janeiro de 2018, 14:39:54 »
Por exemplo, eu sou agnóstico, mas se fosse dar aula de religião, usar apenas autores ateus e agnósticos e concentrar a minha aula apenas nas críticas a religião seria uma doutrinação ateísta feia de se ver, uma aula completamente parcial.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1035 Online: 30 de Janeiro de 2018, 16:01:06 »
Escola não é lugar para política partidária, mas para matemática e português.
A maioria das pessoas, no exercício de suas profissões,  não precisa da maior parte da  matemática  que é imposta pelo Estado aos alunos nas escolas.  Pouca coisa do extenso programa de matemática (principalmente a do EM)  é realmente útil nas profissões e nas vidas da maioria das pessoas.  Portanto, a verdade que não falam ou que não querem enxergar é que  grande parte deste ensino de matemática não passa de um grande desperdício de tempo, dinheiro e recursos econômicos e humanos.  Uma parte das profissões precisa de matemática (mas não é a maioria).

Você não estuda matemática para utilizá-la em uma profissão, mas também para exercitar o raciocínio e a lógica.


Para exercitar o raciocínio há coisas que muitas  pessoas considerariam muito mais uteis.

Com relação a raciocínio lógico a matéria mais útil, e que não é dada, seria a lógica. Uma disciplina de lógica básica, e com um básico sobre falácias seria muito mais útil e eficaz para a capacidade de  raciocinar corretamente/pensar direito (se este for um objetivo).



Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1036 Online: 30 de Janeiro de 2018, 16:01:27 »
Se for pensar assim, estudar história, ciências, literatura, educação física, é mais perda de tempo ainda.

Se não for realmente útil para a profissão da pessoa, então será igualmente perda de tempo e desperdício de dinheiro e recursos, principalmente se for algo imposto de forma autoritária, se os alunos não tiverem real e suficiente interesse.

« Última modificação: 30 de Janeiro de 2018, 16:11:09 por JJ »

Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1037 Online: 30 de Janeiro de 2018, 16:01:45 »

A ideia é exercitar e aprender um pouco o que nos rodeia e a base de nossa, cultura, civilização, leis, etc.

A religião nos rodeia, e a cultura é composta de qualquer atividade humana, inclusive a culinária ou navegar na internet,  ou sambar ou jogar sinuca, ou beber cerveja, etc.


Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1038 Online: 30 de Janeiro de 2018, 16:07:48 »
Escola sem Estado

22/09/2016 CATEGORIA


Maria tem uma escola para crianças. Nela só se ensinam duas matérias: português e matemática. Os professores não têm diploma nem são sindicalizados. São no entanto pessoas com conhecimento amplo em sua disciplina e experiência de sala de aula. Diante do baixo custo e dos excelentes resultados obtidos nessas duas disciplinas, várias famílias resolveram matricular seus filhos lá, ao invés de fazê-lo em uma escola regular. Elas acreditam que as outras matérias são menos relevantes ou podem ser aprendidas fora da escola.


Marcos é professor de matemática e Luis é professor de português. Eles nunca fizeram faculdade, mas aprenderam os conteúdos de suas disciplinas com muito estudo e dedicação. Orientados por professores experientes, dedicaram-se também à Pedagogia e com eles, desde cedo estagiaram. Ambos ensinam na escola de Maria.


João acredita que a aprendizagem de uma criança deve se dar de maneira natural, a partir das demandas espontâneas dos alunos. Por isso, matriculou seu filho em uma escola em que não há um currículo fixo de disciplinas. Apenas atividades que despertam o interesse e a curiosidade dos alunos, que então são atendidos e trabalhados com o professor e a turma.


Os filhos de Marcelo e Joana não frequentam nenhuma escola. Quem define as matérias, o material, o ritmo e a avaliação de sua aprendizagem são os pais. Professores particulares são encarregados de dar aulas presenciais e online às crianças. No turno oposto, elas fazem esportes e artes, podendo assim socializar com outras crianças.


Luisa também quer ensinar sua filha em casa, mas prefere comprar o currículo que é dado via internet por uma das inúmeras empresas dedicadas a isso. Sua filha faz esportes com os filhos de Marcelo e Joana.


Clóvis acredita na importância da literatura na formação humana. Escolheu pra seus filhos uma escola onde só as disciplinas humanas são tratadas. E o são, exclusivamente através da leitura dos clássicos do cânone literário. Línguas, história, geografia, antropologia, religiões, etc.; tudo é aprendido através de Chaucer, Shakespeare, Eça de Queiroz, Machado, etc.


José é farmacêutico, Laura é médica e Mário é sociólogo. Todas as matérias estritamente teóricas dos seus cursos — no caso de Mário, o curso praticamente inteiro — foram feitas a distância com profissionais e especialistas gabaritados do mundo inteiro. Os prédios de suas universidades atendem apenas às matérias práticas e à pesquisa. Isto quando estas não são conduzidas em empresas cujos fins sejam relacionados às matérias sendo estudadas. Por exemplo, aulas práticas e/ou pesquisas de bioquímica às vezes são conduzidas em laboratórios comerciais. Sem diploma, seu currículo e capacidade técnica são garantidos por uma das várias agências credenciadoras profissionais privadas, que prestam contas a seus clientes.



Infelizmente, minhas historinhas não são reais. E não são porque o Estado não deixa. Não porque significariam um atraso educacional à população brasileira. Ou porque os profissionais assim formados representariam riscos à sociedade. Ou porque seria mais caro para a população (na verdade seria muito mais barato). Não deixa porque não quer perder o controle do que NÃO lhe compete e porque quer sustentar a gorda burocracia que o mantém no poder. Muito se tem falado de Escola Sem Partido. Gosto de pensar em Escolas no plural. Com ou sem partido. Se for com partido, que este seja transparentemente ofertado e voluntariamente escolhido. Escolas para pessoas diferentes, com objetivos, crenças, pensares diferentes. Não é necessariamente de escolas sem partido o que precisamos. O que precisamos urgentemente é de uma Educação sem Estado.


Anamaria Camargo

Educadora e Membro do Conselho do Instituto Liberdade e Justiça

#LiberdadeJustica


http://ilj.com.br/2016/09/22/escola-sem-estado/


« Última modificação: 30 de Janeiro de 2018, 17:50:48 por JJ »

Offline Lorentz

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1039 Online: 30 de Janeiro de 2018, 16:12:53 »

Se for pensar assim, estudar história, ciências, literatura, educação física, é mais perda de tempo ainda.

Se não for realmente útil para a profissão da pessoa, então será igualmente perda de tempo e desperdício de dinheiro e recursos.



Eu sou um grande crítico de várias disciplinas que considero inúteis, mas sempre sugiro substituir essas por outras menos inúteis, e não eliminar tempo de aula tirando disciplinas sem colocar outras no lugar.

Acho que o principal é entender as linguagens, incluindo o idioma nativo, inglês (ou outro idioma para os anglófonos) e matemática (que é uma linguagem). Depois vem as ciências, história e metodologia científica, e depois um pouco sobre política, leis, direitos.

Seriam, digamos, 3 ou 4 grupos/disciplinas, que são importantes para as pessoas aprenderem independente da profissão, por se tratarem da base de todas as profissões e do próprio funcionamento do Estado/nação/civilização.
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Offline Pedro Reis

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1040 Online: 30 de Janeiro de 2018, 16:34:35 »

[...]

Infelizmente, minhas historinhas não são reais. E não são porque o Estado não deixa. Não porque significariam um atraso educacional à população brasileira. Ou porque os profissionais assim formados representariam riscos à sociedade.

O idílico paraíso cor de rosa prometido pelo anarcocapitalismo.

Agora, um pouco da vida real:

Citar
Cursos de medicina sem estrutura crescem e chegam a custar R$ 11 mil

Dados do Conselho Federal de Medicina mostram que nenhuma faculdade de medicina do país tirou a nota máxima na última avaliação do Inep.

Que médicos estão sendo formados pelas faculdades de medicina? Um levantamento inédito do Conselho Federal de Medicina mostrou que elas viraram um balcão de negócios. A qualidade do ensino fica em segundo plano. O Fantástico percorreu o país e encontrou escolas sem nenhuma estrutura para formar um médico. E até estudantes atendendo pacientes sozinhos, sem a supervisão de professores.

Não é Natal, nem réveillon. Mas a rodoviária da pequena Mineiros, no interior de Goiás, está lotada. É fim de julho e quem chega com as malas são todos jovens, com uma mesma expectativa. O objetivo é um só: fazer vestibular para medicina.

Mais de três mil alunos vieram de longe pro vestibular da faculdade particular Fama.

Há dois anos, Marcela tenta entrar em medicina. Já encarou mais de vinte vestibulares.
E quando soube de um curso novo em Goiás, ficou animada e viajou 1.200 quilômetros. O vestibular é só o primeiro passo de uma longa carreira. Mas o que esses estudantes podem encontrar pela frente está longe de ser um sonho.

Um estudo inédito do Conselho Federal de Medicina fez uma radiografia do ensino médico no Brasil. E expôs uma realidade preocupante: o número de faculdades disparou nos últimos anos. São instituições em sua maioria particulares, com mensalidades muito altas, que chegam a R$ 11 mil. Só que preço nem sempre quer dizer qualidade.

“Lamentavelmente hoje virou um balcão de negócios a abertura de cursos médicos. Isso é triste. A medicina brasileira está em decadência”, afirma José Hiram Gallo, conselheiro do Conselho Federal de Medicina.

http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/08/cursos-de-medicina-sem-estrutura-crescem-e-chegam-custar-r-7-mil.html

Offline Lorentz

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1041 Online: 30 de Janeiro de 2018, 16:55:50 »
O idílico paraíso cor de rosa prometido pelo anarcocapitalismo.

Agora, um pouco da vida real:

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Cursos de medicina sem estrutura crescem e chegam a custar R$ 11 mil

Dados do Conselho Federal de Medicina mostram que nenhuma faculdade de medicina do país tirou a nota máxima na última avaliação do Inep.

O anarcocapitalismo não promete um paraíso, mas o Estatismo sim, e já sabemos o que entrega. Outra coisa, o CFM não é uma instituição do Estado. Os conselhos poderiam existir normalmente num país sem o Estado.

Mas só para deixar claro, eu não acho que um país ancap funcionaria, só tento rebater certas críticas quando possível.
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Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1042 Online: 30 de Janeiro de 2018, 17:48:58 »

[...]

Infelizmente, minhas historinhas não são reais. E não são porque o Estado não deixa. Não porque significariam um atraso educacional à população brasileira. Ou porque os profissionais assim formados representariam riscos à sociedade.

O idílico paraíso cor de rosa prometido pelo anarcocapitalismo.

Agora, um pouco da vida real:

Citar
Cursos de medicina sem estrutura crescem e chegam a custar R$ 11 mil

Dados do Conselho Federal de Medicina mostram que nenhuma faculdade de medicina do país tirou a nota máxima na última avaliação do Inep.

Que médicos estão sendo formados pelas faculdades de medicina? Um levantamento inédito do Conselho Federal de Medicina mostrou que elas viraram um balcão de negócios. A qualidade do ensino fica em segundo plano. O Fantástico percorreu o país e encontrou escolas sem nenhuma estrutura para formar um médico. E até estudantes atendendo pacientes sozinhos, sem a supervisão de professores.

Não é Natal, nem réveillon. Mas a rodoviária da pequena Mineiros, no interior de Goiás, está lotada. É fim de julho e quem chega com as malas são todos jovens, com uma mesma expectativa. O objetivo é um só: fazer vestibular para medicina.

Mais de três mil alunos vieram de longe pro vestibular da faculdade particular Fama.

Há dois anos, Marcela tenta entrar em medicina. Já encarou mais de vinte vestibulares.
E quando soube de um curso novo em Goiás, ficou animada e viajou 1.200 quilômetros. O vestibular é só o primeiro passo de uma longa carreira. Mas o que esses estudantes podem encontrar pela frente está longe de ser um sonho.

Um estudo inédito do Conselho Federal de Medicina fez uma radiografia do ensino médico no Brasil. E expôs uma realidade preocupante: o número de faculdades disparou nos últimos anos. São instituições em sua maioria particulares, com mensalidades muito altas, que chegam a R$ 11 mil. Só que preço nem sempre quer dizer qualidade.

“Lamentavelmente hoje virou um balcão de negócios a abertura de cursos médicos. Isso é triste. A medicina brasileira está em decadência”, afirma José Hiram Gallo, conselheiro do Conselho Federal de Medicina.

http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/08/cursos-de-medicina-sem-estrutura-crescem-e-chegam-custar-r-7-mil.html



Apesar dos MECs da vida,  a ocorrência de erros médicos é grande, e instituições estatais e de fiscalização de atividade profissional como os CRMs geralmente agem de forma corporativa.


Mas, de qualquer forma  minhas mensagens  anteriores ao post do texto do  ILJ   focavam no ensino fundamental e médio, 






« Última modificação: 30 de Janeiro de 2018, 18:08:54 por JJ »

Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1043 Online: 30 de Janeiro de 2018, 17:53:05 »
O idílico paraíso cor de rosa prometido pelo anarcocapitalismo.

Agora, um pouco da vida real:

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Cursos de medicina sem estrutura crescem e chegam a custar R$ 11 mil

Dados do Conselho Federal de Medicina mostram que nenhuma faculdade de medicina do país tirou a nota máxima na última avaliação do Inep.

O anarcocapitalismo não promete um paraíso, mas o Estatismo sim, e já sabemos o que entrega. Outra coisa, o CFM não é uma instituição do Estado. Os conselhos poderiam existir normalmente num país sem o Estado.

Mas só para deixar claro, eu não acho que um país ancap funcionaria, só tento rebater certas críticas quando possível.



Entre  o anarcocapitalismo  e o alto grau de estatismo e regulamentação  que  temos  há  muitas gradações de possibilidades.  Não é uma questão de ou o que temos, ou o anarcocapitalismo.



Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1044 Online: 30 de Janeiro de 2018, 18:04:50 »
Por exemplo, eu sou agnóstico, mas se fosse dar aula de religião, usar apenas autores ateus e agnósticos e concentrar a minha aula apenas nas críticas a religião seria uma doutrinação ateísta feia de se ver, uma aula completamente parcial.


E se os pais quiserem que seja parcial ?  E se os pais  tiverem, por exemplo,  valores liberais e quiserem que seus filhos sejam educados com princípios liberais ?



Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1045 Online: 30 de Janeiro de 2018, 18:10:43 »

[...]

Infelizmente, minhas historinhas não são reais. E não são porque o Estado não deixa. Não porque significariam um atraso educacional à população brasileira. Ou porque os profissionais assim formados representariam riscos à sociedade.

O idílico paraíso cor de rosa prometido pelo anarcocapitalismo.


1) Entre o anarcapitalismo e o atual elevado grau de estatismo há muitas possibilidades possíveis.


2) Qual o perigo irremediável e insanável que há se o mercado puder ofertar educação privada de ensino médio e fundamental de forma bem mais livre ?



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Offline Pedro Reis

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1046 Online: 30 de Janeiro de 2018, 18:22:59 »



2) Qual o perigo irremediável e insanável que há se o mercado puder ofertar educação privada de ensino médio e fundamental de forma bem mais livre ?



De quanta liberdade você está falando? Sabia que há escolas que vendem diplomas?

Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1047 Online: 30 de Janeiro de 2018, 18:29:10 »
De quanta liberdade você está falando?


A princípio estava pensando numa ampla liberdade de escolher o que ensinar .



Offline JJ

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1048 Online: 30 de Janeiro de 2018, 18:32:15 »
Sabia que há escolas que vendem diplomas?


Sim. Já vi caso desse tipo mostrado na TV.


Offline Lorentz

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Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #1049 Online: 30 de Janeiro de 2018, 19:01:48 »



2) Qual o perigo irremediável e insanável que há se o mercado puder ofertar educação privada de ensino médio e fundamental de forma bem mais livre ?



De quanta liberdade você está falando? Sabia que há escolas que vendem diplomas?

Escolas tem todo direito de venderem diploma. Os péssimos profissionais que ela jogará no mercado de trabalho será uma propaganda negativa, e com o tempo o mercado saberá selecionar. Aliás, saberá não, sempre selecionou profissionais baseado na qualidade do curso que ele fez.
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