Eu conheço várias pessoas usuárias de crack que trabalham, vivem uma vida parecida normal, eu só sei que eles são usuários porque os conheço, então tem muita gente usando essa droga que não estão à margem. Outra coisa, esse pilantra travestido de prefeito, o Dória, nunca pensou em ajudar estas pessoas, deu errado, então para não ficar na mira de Alckimin, foi logo dizendo que todos queriam ouvir.
Eu não entendi direito como o fato de você conhecer várias pessoas que usam crack e que, ainda assim, vivem uma vida "normal", tem a ver com o debate aqui. Será mesmo que aqueles drogados escolheram viver na crackolandia, isto é, eles estão agindo por livre arbítrio, ou, sendo viciados em crack, sentem a extrema necessidade de satisfazer o seus desejos pela droga? Quantas dessas pessoas que vivem nessas condições matariam e roubariam por uma pedra de crack, mesmo sendo pessoas boas? O que faria uma pessoa boa matar outro alguém, senão por que sentem a necessidade disso?
Está claro que esses drogados não estão de perfeito juízo mental, isto porque o crack, e especialmente o crack, é uma droga que afeta profundamente o cérebro e sua química.
Onsigbare, quanto desses drogados que vivem (ou viviam) na crackolandia eram como seus amigos, que tinham uma casa, um emprego, uma família, mas acabaram piorando no vício e hoje estão lá?
O crack é uma questão de saúde pública, não somente porque põe em risco a vida dos seus usuários, mas sim porque ele afeta a família e os amigos do usuário. O tratamento do crack deve ser feito de modo compulsório, pelas mesmas razões que a vacinação de doenças deve ser compulsória, pois o não tratamento, assim como a não vacinação, afeta a sociedade de uma maneira geral.