O PGR tinha todo o poder de barganha numa negociação de delação premiada, mas não o usou.
Por quê?
Só a pressa para derrubar o governo que vinha tirando o país do atoleiro?
Na mesma semana em que saíram notícias de retomada da economia, alta do PIB, queda da inflação?
Com base em quê você afirma isso? Em acordos anteriores? Tem conhecimento de fatos que o resto de nós desconhece? E se foi feito o possível com o que se tinha no momento? Essa não é a mais absurdas das teses.
Ora, com base nos fatos narrados na própria matéria.
Joesley estava atolado até o pescoço com mil crimes. Isso por si só já é o maior poder de negociação que a PGR já começa de partida.
A mesma coisa com Marcelo Odebrecht.
Marcelo segurou o quanto deu até ver que não ia sair sem cumprir uma boa etapa no xilindró.
Bastava a PGR esperar Joesley amolecer. Ele tinha 2.000 (dois mil por extenso) anos de pena no lombo (considerando factível o levantamento feito) por crimes que já estava confessando.
Veja a pressa, o alvoroço, o atabalhoamento da PGR em fechar essa delação.
Por favor veja isso.
E mais ainda! A impunidade plena!
Repetindo:
a impunidade plena no país da impunidade.E prêmios: faturou com dólar e bolsa.
Por que Enganôt agiu com tanta sede nesse pote?
É essa a postura de uma instituição de Estado?
A PGR tinha todo o poder de barganha nessa negociação.
Tudo.
Bastava cruzar os braços e esperar Moro exercitar no lombo de Joesley uma sentença camarada de 30 anos (somadas) como fez com Dirceu ou outras poucas dezenas como fez com Vaccari e Duque.
Ela, a PGR, simplesmente abdicou de negociar. Deu logo tudo de bandeja.
Impunidade plena, caro AlienígenA.
Já pensou o que é isso?
E acabou de arrastar o país para o abismo, que estava dando mostras de recuperação.
Quem está festejando o caos é quem tem salário todo mês, é funcionário público que não tem dor de cabeça para pagar contas, que não está nem aí para o desemprego e para a bancarrota da economia.
O pobre, o que pega ônibus lotado de madrugada, o balconista, o pedreiro, o eletricista, a atendente, a comerciária, o padeiro, o terceirizado, esses aí vão pagar mais pão para o diabo por um bom tempo, pode estar certo.
Tudo isso porque não se pode tentar fazer as reformas essenciais que estavam sendo feitas. E que não serão mais feitas por um bom tempo.
2018 está aí e nenhum candidato vai levar para palanque medidas impopulares.
E aí, meu caro?
Quando algum político, que vive de voto, vai encarar desagradar as massas com reformas e apertos (necessários, diga-se).
Mas quem tem seu salariozinho está nem aí para a explosão do circo.
Quer mais comprar pipoca e ver a derrubada de Temer.
Ele era especial porque não precisava se preocupar com popularidade.
E estava fazendo o trabalho sujo, o desentupimento do esgoto da economia.
Quem agora vai sujar as mãos e queimar os votos?
Quem?
E o PGR vai ficar rindo, todo feliz, entregando o país de volta ao PT, dando a contrapartida por ter fuzilado alguns soldados petistas, mas salvando a batalha final.