Não existe espírito
... na elaboração da DE.
As teses dela são feitas por terrícolas, encarnados, em geral anteriores ao Kardec começar a estudar o assunto. Não há motivos pra supor que sejam oriundas de lápis amarrados na ponta de corbeilles toupies ou de mesas que saltitassem sozinhas.
Claro: falaremos das teses básicas desde a pluralidade dos mundos habitados até o código penal dos defuntos. Ou os "passes" que são tomados do terrícola mesmerismo; &c.
Claro que não se pode provar que não existam "espíritos".
O que não se tem motivos pra pensar que é que tais seres, acaso existam, mantenham comércio com a humanidade terrícola.
Lhe proponho um debate mais profícuo que aquele sobre o LE pro qual me desafiou quando achou que eu não entendia de espiritismo; qual seja: me cite ponto da DE e eu lhe mostro a real origem, humana, imaginada por vivos.
Ou se não, chegaremos a acordo que foram ultramundanos que ditaram o ponto.
Não sei de onde vc tira essas bobagens de que os espíritas tentam provar isso e aquilo.
Nega que espíritas - não todos, claro, se S/Pessoa não, ótimo! - tentam "achar" "provas" de reencarnação nas escrituras "sagradas" judaico-cristãs
Nos registros de um fórum de debates, como o fcc, alguns assuntos vão e voltam constantemente como disse o Fernando.
E ele mesmo traz à tona a questão fundamental que gera esta maré de mensagens
e este tipo de desentendimento.
Deus.
Escrevi num tópico de ficção aqui no fcc, uma historinha em que Deus jogava xadrez com seu alter ego e depois de muitas partidas empatadas descobriu que para sentir o gosto da vitória ou da derrota teria que criar algo mais inspirado que sua ideia do alter ego. Foi assim que surgiu o Livre-Arbítrio.
E é este Larbítrio que está na base de todas as teosofias e de todos os argumentos prós e contra a existência de Deus, e isto porque até hoje não compreendemos corretamente o que seja tal coisa(Larb.).
Ele cresce com a inteligência e a responsabilidade mas as consequências também. Mais influente o homem, mais capaz de interferir ou formar opiniões, maior o peso no acerto de contas perante a vida.
A origem do Mal, por exemplo, e que sempre estará relacionado com o Larbítrio, está também na origem do Bem. Desde o primitivismo humano sempre se praticou o bem e o mal alternativamente. O crescimento destes é proporcional ao desenvolvimento das paixões, por um lado, e do respeito ao próximo, do outro, e isto porque enquanto se desenvolve a inteligência também cresce a sensibilidade e as percepções sobre o certo e o errado.
Por isto, ante os sofrimentos e desacertos, quando dizemos
não ter pedido para nascer, evidentemente desconhecendo a tese reencarnacionista, não nos atentamos para o fato de que o apego a vida é uma evidência de que algo em nós, como que, pediu sim, para nascer.
Levemos em conta o fato de que os suicídios se dão em meio a extremas situações da mente perturbada ou num desesperado ato de covardia ante as consequências das ações que se prefere não arrostar.
Não pomos fim à vida mesmo perante um câncer ou quejandos.
Então, concluímos: apego indiscutível à vida.
Se existe uma verdade absoluta à qual se submeterão todas as verdades parciais, tanto nas ciências, nas filosofias, ou em todas as esferas do conhecimento, esta verdade será encontrada, ainda que mimetizada, apenas como vestígios, indícios, porque nossa mente não se preparou para aceitar que tal coisa pode existir.
Sobre o Ceticismo:
Um de nossos ilustres foristas traz em sua assinatura, o dizer:
mais que saber, o duvidar me agrada. Louvo tal atitude intelectual, pois ele deve ter percebido que há grande diferença entre duvidar e negar sistematicamente.
O cético é como alguém que em longa viagem gradualmente se aproxima de seu destino: uma convicção, qualquer que seja.
O negativista também está em viagem, mas sem o notar, se afasta cada vez mais de seu destino.