Talvez você tenha sido infeliz na escolha, porque a ideologia de gênero é uma questão polêmica, mesmo os contrapontos são questionáveis. A realidade não coopera com nenhum dos lados.
Os documentários NÃO SE REFEREM A "IDEOLOGIA DE GÊNERO"
Sim, eu sei, já conhecia os vídeos, o assunto, os contrapontos, estou só usando a expressão errada em lugar de, sei lá, ideologia da igualdade de gêneros.
Na verdade, sua teoria é que isso se deve a abundância.
Claro: a superprodução gerou a superpopulação e a aniquilação biológica das espécies do planeta.
Agora tá começando o degelo dos polos.
Ouvi dizer - nunca estive lá... - que na Indonésia não tem nem mais lugar pra plantarem o arroz...
Está ficando confuso. Você defende que não há progresso moral apenas uma conformidade às condições e que revertidas as condições todo o "aparente" progresso moral se reverteria. Eu defendo que isso é chute, porque a abundância nos forneceu meios de desenvolver paralelamente diversos potenciais, inclusive, o de auto aniquilação, que só poderá ser contido, na falta de abundância, pelo progresso moral. Ou seja, se você estiver certo e não há progresso moral, estamos mais próximos da extinção do que do regresso moral ao período pré-abundância.
Você vê a possibilidade das armas de destruição em massa serem destruídas pacificamente? A mim, no momento, parece que essa é uma condição permanente.
Claro que é permanente e nem armas são o problema. O "problema" real é a superpopulação e o correspondente superconsumo.
Ou encontramos uma solução para isso ou as armas terminarão sendo a única solução, e no caso, provavelmente, uma solução definitiva.
Vai depender do tamanho da festa. Arsenal para isso, temos.
Europa, America, Rússia e China são lugares sensatos. Então guerra de verdade, pra valer em escala mundial não vai acontecer em horizonte temporal previsível.
Veja que faz todo comício esse on-line a imprensa mas as mortes na guerra contra o Califado - e.g. tomada de Mosul + Raqqa ainda em curso - não perfazem acho que nem 1 semana siquer duma guerra pra valer de verdade como as WWs (I ou II).
Exato. Há um século talvez não fosse algo tão chocante. Se hoje causa tanto estupor é justamente por ferir nosso atual senso moral.
Nos adaptamos rapidamente a revolução agrícola, científica, industrial, urbana, tecnológica. Saímos da condição de bandos de algumas dezenas de nômades caçadores-coletores para viver em grandes centros urbanos com milhões de indivíduos convivendo de forma relativamente pacífica em um curtíssimo espaço de tempo na escala evolutiva. Não vejo como isso teria sido possível sem um progresso moral, inclusive. A propriedade privada, as instituições democráticas, entre outras coisas, são, do meu ponto de vista, uma prova inquestionável disso. Se duradouros, concordo com você, difícil saber, mas não vejo muitas alternativas no horizonte, sob o risco de dizimar a vida no planeta, do que investir no progresso moral. O que não foi capaz de impedir conflitos locais, bolsões de miséria, crises. Mas, pela primeira vez na história, estão ao nosso alcance, não dependem de fatores externos.
Não: o "progresso moral" é que foi consequência da revolução tecnológica.
1° teve a explosão tecnológica - prática, ainda sem Ciências formais por detrás dela - e só depois o ocidente se livrou dos sacerdotes por exemplo e portanto da Inquisição.
Lembra e.g. no reinado do Henrique VIII aquela nobre que botaram um rapazote com machado mal afiado pra decapitar ela e o cara arrebentou com os ombros de tudo da coitada (que até inocente era se bem me lembro...)
Essa era a "evolução moral" imediatamente pré-explosão tecnológica.
Ou talvez tenha sido consequência necessária de cada uma das revoluções, desde a agrícola, para nossa adaptação a cada uma delas. Nunca antes, como indivíduos, estivemos mais seguros, livres da fome, das pestes, das guerras, em escala global, apesar dos problemas locais, nem tão ameaçados, como espécie, de extinção.