Não sei. Acho que temos entendimento diferente do que seja buscar o sentido da vida. O personagem que vc cria, às vezes, para comparação é extremado, tipo, "passa a vida a fazer isso ou aquilo". Este tipo existe, mas não é comum.
mas a crença mística, qualquer que seja, vem carregada de superstições, ideias pré concebidas que interferem no dia a dia, no comportamento, nas relações, no julgamento. Não é como se a crença fosse uma parte isolada da vida do sujeito, ela permeia a vida, a filosofia de vida, sua forma de interpretar a realidade, os fatos e eventos quotidianos, suas ações.
Grande Alien, tomei a liberdade de excluir parcialmente uma parte desta sua consideração acima. Isto porque, afora aquilo sua consideração é perfeita.
É verdade que as pessoas que têm, sinceramente, um tipo de fé qualquer vai impregnar todos os seus atos e pensamentos com aquela crença.
Se conseguirmos excluir do meio destas pessoas os radicais e fanáticos, abençoadas sejam elas.
Por que? Fazem a diferença em muitos ambientes, seja moderando e apaziguando, quanto promovendo a promoção social e a integração.
Mas fique claro que não é somente este tipo de pessoa, pois sempre se escandalizam os céticos e ateus por se verem excluídos no tocante à pratica do Bem. Nada disto, pois essas coisas têm muito a ver com o caráter, bondade e sensibilidade, e não exclusivamente com a religiosidade.,
Para dar um exemplo que você citou em outro tópico - quando eu olho para o negrinho, pele e osso, da Namíbia, nem de longe me passa pela mente que a culpa pela própria sorte é dele, porque numa vida passada deve ter sido um nazista, um comunista ou sei lá quê. Isso, do meu ponto de vista, não transparece compaixão nem generosidade, é uma forma meio cruel até de interpretar a realidade, quando não há o menor indício disso. Pode até trazer algum conforto psicológico, não nego. Se pensasse dessa forma talvez eu fosse, não insensível porque tenho empatia, mas menos sensível às mazelas do mundo, não sei. Não me parece que seja algo compensador, de qualquer forma.
Este seu modo de ver é um erro comum entre os que conhecem apenas superficialmente a tese reencarnacionista da Doutrina dos Espíritos.
Mesmo perante a lei de causa e efeito, a compaixão é essencial, independente de qual seja a razão do sofrimento alheio.
Isto porque os que não estão debaixo das dores mais intensas agora, já estiveram no passado ou terão pela frente.
Ninguém em sã consciência tem o direito de julgar o semelhante pois sabemos, pela DE, que o vício, o crime e as paixões doentias fizeram parte de nossa caminhada no passado. Assim, somos todos, grandes devedores perante a humanidade.
Claro, segundo o entendimento espiritista.