Mas não há outra explicação razoável. Os gênios, cada um em seu campo, são obviamente homens adiante de seu tempo. Desde Aristóteles a Olavo de Carvalho.
E como um homem poderia estar a frente do próprio tempo não viesse ele de um tempo a frente?
Estes luminares que aqui aportam só podem ser oriundos de civilizações muito mais avançadas, que para cá são enviados com a missão de impulsionar o progresso intelectual e material, já que o espiritual é um processo.
Mas aí algum metido a espertinho questionaria: "E de onde vêm, então, os gênios nestes mundos mais avançados? Todos os gênios destes mundos que estavam a frente de seu tempo?"
Obviamente de outros mundos. Ainda muito mais avançados.
uai Pedro, será que não há "terráqueos" que atingiram certa evolução em todo esse tempo?
do jeito que dizes a impressão que dá é que "tem que vir alguém de fora para o negócio andar"...
tá parecendo empresa : zezinho e luisinho trabalham com afinco, conhecem tudo em 15 anos e vem um camarada, o huguinho, e entra como chefe do zezinho e luisinho...
Pois é, você, como quase todo cético, trabalha no campo das hipóteses: "será que não há, que não há de haver?"
Porém Espiritismo não é religião e não se permite a estes luxos. Diferentemente das religiões, incluindo-se aí a talvez mais dogmática de todas, a religião cética, Espiritismo é revelação e Ciência. A Doutrina estabelece-se apenas com base em fatos comprováveis. E embora os espíritas tenham como princípio ético respeitar todas as crenças e suas motivações subjacentes, até mesmo a crença cética, o fato de sermos complacentes com os crentes não nos faz condescendentes com a crendice.
Que fato sustenta sua hipótese? Sem fato só há crença ou menos que crença, o desejo de crer.
Como fato científico firmemente estabelecido temos apenas que o Homo Sapiens Sapiens não apresentou evolução significativa desde sua espetacular aparição neste mundo. De modo que o homem moderno de maneira alguma supera em potencialidades seus ancestrais de 100... 200 mil anos atrás. O mesmo primata que hoje faz planos de viagens a Marte um dia ambicionou não mais que dominar o fogo que afugentaria as mais abomináveis feras.
Então como você explicaria esta assombrosa e única evolução de uma espécie que na verdade não evoluiu (enquanto espécie) de forma alguma? Como você poderia explicar tão anacrônico fenômeno sem o auxílio providencial de uma crença cética que se vale de um ad hoc após outro, na esperança de salvar um materialismo mágico cada vez mais acuado pelas evidências científicas?
Anacrônico porque para a Ciência este não é um fenômeno natural, uma vez que a Natureza não o reproduz e nunca o reproduziu. Mágico porque não pode acontecer como consequência de leis naturais.
Se não fosse anacrônico nem mágico, verificaria-se tal fenômeno em outras espécies também dotadas de potencialidades cognitivas, ainda que em níveis mais modestos, como seria o caso de nossos primos símios.
Guardadas as necessárias proporções, onde estão os "Mozarts", os "Da Vincis", os "Newtons",
os "Olavos de Carvalho" dos chimpanzés? Mesmo o mais fanático dos céticos teria que reconhecer que o chimpanzé de hoje vive exatamente como um chimpanzé de um milhão de anos atrás. Nunca, nunquinha, nem em um milhão de anos aparece uma macaquinho mais esperto para mostrar pros outros como se faz uma ferramenta de pedra... A Ciência, fundamento e norte da doutrina espírita, demonstra que Evolução é essencialmente um processo de mutação genômica, e não alguma forma mágica de transmutação dos saberes e habilidades coletivas sem que para tais progressos se encontrem correspondências biológicas justificantes.
Pois se a evidência científica inquestionavelmente aponta que a matéria não pode ser a causa de um tal fenômeno, por exclusão devemos procurar a explicação nas afluências espirituais que nos distinguem dos outros seres da Criação.
Assim procede a Ciência, assim trabalha o Espiritismo: observação, problematização, formulação e experimentação. Para a Ciência Espírita a formulação de hipóteses não admite contradições internas, ao contrário do que você está demonstrando ser usual na religião cética. Portanto não há como aceitar esta sua hipótese mágica de "evolução sem Evolução" que materialisticamente se auto refuta. E o Espiritismo nem mesmo aceitaria suas próprias formulações apenas por serem internamente coesas - como demonstravelmente o são -, se antes não tivessem sobrevivido ao crivo da mais rigorosa experimentação.
Etapa esta deixada a cargo de médiuns pesquisadores que verificaram as procedências dos espíritos de mais de 700 destacados heróis do conhecimento humano, constatando que, em todos os casos, estes assim considerados gênios nunca descobriram nada além do que aprenderam nos bancos escolares como seres encarnados de avançadíssimas civilizações.