Autor Tópico: Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)  (Lida 29948 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline montalvão

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 730
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #500 Online: 09 de Abril de 2019, 00:20:23 »
Citação de: Sergiomgbr
Ah, vai me desculpar, mas são só volteios que apenas desatinam ainda mais do que já estava equivocado.
.
Para nao me estender infinita e improdutivamente em questões até de prosaica semantica, apenas vou me ater a  tentativa errônea de distinção ente sentir e perceber, que remetem a mesmíssima ação de captar com os sentidos, ora, veja, perceber uma luz é o mesmo que sentir a luz, apenas e mais adequado ai ao tipo de ação se referer a captar a luz como percebê -la. E olha, voce nao intui a luz, você intui da luz.
.
Prezado, posso mesmo estar equivocado em minha apreciação, mas se quer discutir produtivamente o tema, sua sentença é por demais resumida para indicar minha falha, ou falhas. Chamar de volteios, por exemplo,  as diferenciações que postei entre raciocínio e intuição e o mesmo que nada dizer.
.
Você diz que sensação e percepção são os mesmos e dá como exemplo a sensação luminosa. Neste caso, realmente, a sensação e a percepção se confundem, mas continuam diferentes. A visão capta o impulso luminoso, mas nada diz a respeito, quem vai dizer é o cérebro.
.
Do jeito que se pronuncia parece entender que é olho quem vê e interpreta! Se for isso que pensa, lamento, mas está esfericamente equivocado.
.
Se quer defender sua tese apresente melhores argumentos, o que faz é apenas descartar, sem exame e contra-argumentos, minhas considerações.
.
Embora estejamos já distantes do que motivou meu comentário ao Jung com "f", estou às ordens para avaliar o que tenha a enriquecer do assunto. Sem volteios...

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #501 Online: 09 de Abril de 2019, 01:15:10 »
Não, no processo de sentir, ou melhor dizendo, de perceber, da visão, o sensor, o aparato que realiza a ação(de perceber), não é so o olho. O olho na verdade é apenas uma das partes de um conjunto sensibilizado oticamente.

Quanto ao olho sentir luminosidade, é uma ação relacionada com uma possível intensidade, mais do que com uma esperada  percepção da luninosidade em si. Talvez a adequacao maior da palavra perceber, em vez de sentir, tenha relação com menos subjetividade assessória, desnecessaria em certos contextos. Mas absolutamente, sentir e perceber tem os mesmíssimos significados num sentido mais amplo.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #502 Online: 09 de Abril de 2019, 01:28:21 »
Quem interpreta o que o sentido da visão percebe é o aparato intelecto cognitivo, quando o sentido da visão "sente", percebe o que é destinado a perceber, o produto disto, do  que esse aparato intelecto cognitivo percebe e expresso como sentimento, por causa do impacto sensual do que é percebido. Sentir difere de perceber apenas no que diz respeito a idéia de sentir carregar essa expressão de dubiedade relacionada com o produto do que é percebido ante ao que e percebido per si, pelo aparato intelecto cognitivo.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #503 Online: 09 de Abril de 2019, 01:36:30 »
Quanto ao volteio,voce decide se ele existe ou não. A pergunta pergunta: Você compreende de uma vez por todas, que intuição não é uma percepção, mas sim uma forma como a percepção ocorre?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline montalvão

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 730
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #504 Online: 09 de Abril de 2019, 12:33:56 »

Citação de: Sergiomgbr
Não, no processo de sentir, ou melhor dizendo, de perceber, da visão, o sensor, o aparato que realiza a ação(de perceber), não é so o olho. O olho na verdade é apenas uma das partes de um conjunto sensibilizado oticamente.
.
Quanto ao olho sentir luminosidade, é uma ação relacionada com uma possível intensidade, mais do que com uma esperada  percepção da luninosidade em si. Talvez a adequacao maior da palavra perceber, em vez de sentir, tenha relação com menos subjetividade assessória, desnecessaria em certos contextos. Mas absolutamente, sentir e perceber tem os mesmíssimos significados num sentido mais amplo.
.
Quanto ao volteio,voce decide se ele existe ou não. A pergunta pergunta: Você compreende de uma vez por todas, que intuição não é uma percepção, mas sim uma forma como a percepção ocorre?
.
Quando aventei a possibilidade de que estivéssemos falando do mesmo por vias diversas via mais concordância que discordância nas opiniões. Continuo pensando assim e esclareço o porquê...
.
Eu estava preparando um arrazoado mais extenso a respeito (cuja parte inicial reproduzo a seguir), mas ao deparar suas últimas considerações achei desnecessário continuar. Faço tão somente pequenas apreciaçõe finais.
./
-------------------------------------
O que é apreendido pelos sentidos é percepcionado no cérebro, responsável por interpretar a impressão sensorial. A “ação intelecto-cognitiva” se dá após o processo de percepção e diz respeito ao modo como a consciência irá tratar o que foi percebido.
.
A intuição passa por outra via. Ela pode lidar com o que é percebido num dado momento, o qual funcionará como um gatilho, ou a “peça que falta”, para que uma ilação aflore à consciência.
.
O raciocínio é mediado, depende de conceitos para ser elaborado; a intuição é imediata.
.
O pensamento racional é cogitativo, passa por diversos volteios até chegar onde pretende; a intuição é emergente, surge num “flash”...
.
O pensamento racional é atividade discursiva, depende da linguagem para ser expresso; a intuição é inexprimível e carece ser, posteriormente à sua gênese, descrita formalmente. Pode-se dizer que a intuição fornece a matéria bruta e o raciocínio a lapida.
[parei por aqui].
---------------------------------
/.
Se bem compreendi seus comentários, você considera que sensação e percepção sinonimizam porque leva em conta a inteira estrutura cognitiva, que vai desde a captação do estímulo à sua interpretação, enquanto eu estou distinguindo as partes desse aparato, o que me pareceu mais adequado.
.
Pelo visto, não estava preocupado em considerar as diferenças entre a intuição e o pensamento, digamos, “comum”, o qual se forma por meio de uma cadeia de raciocínios, enquanto a intuição possui outro caminho gerativo. Entendi que foca apenas o que ocorre a partir do insight, do afloramento,  quando, no seu dizer, a intuição passa a ser “uma forma com a qual se percebe”.
.
Lembre que a divergência começou após ter invalidado meu comentário complementar:
.
-------------------------------------
 
Citação de: Montalvão
Complemento meu comentário final da postagem anterior, antes que seja mal entendido...
.
"A única “percepção extrassensorial” confirmada é a intuição..."
.
Porém, a base das intuições é sensorial, pois ela se forma a partir de dados contidos na memória, ou seja, sensorialmente captados...
.
Citação de: Sergiomgbr
O que na verdade não complementa, mas invalida a afirmação em questão. Além do que, intuição nem é percepção, mas sim, uma forma com a qual se percebe.
-----------------------------------
.
Afirmei que a intuição era uma “percepção extrassensorial” como provocação ao Jung-F, esperando que objetasse;  não que eu considere que exista esse trem (concordo, e não poderia discordar, que todas as informações captadas pelo cérebro são sensoriais). Oponho-me à realidade de conjeturas quais telepatia, clarividência, telecinesia. Por  isso aspeei a expressão. Queria dizer que, dadas as características da intuição, ela poderia ser tomada por extrassensorial (alguns o fazem),  e o complemento tinha por fito mostrar que não proferira a declaração a sério.
.
Mas, pelo que vejo, entendeu que eu estivesse advogando haver meio de captação de informações que transcendesse os sentidos,  enquanto supus que estivesse a defender que intuição e raciocínio fossem o mesmo, distintos apenas na aparência.
.
Conquanto a conversa tenha sido tempo perdido, não foi perda de tempo: da discussão nasce a luz...
.
E sim, claro que a intuição é um dos vários modos de percepção...

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #505 Online: 09 de Abril de 2019, 13:05:47 »
Sim mas nem isso é rigorosamente fato, se tratando apenas de uma hipérbole, sendo a intuição de fato, apenas um produto do que é percebido, assim como o pensamento. Uma analogia boa seria comparar com a digestão, onde a intuição seria um produto do processo digestivo, não uma forma de digestão.
« Última modificação: 10 de Abril de 2019, 04:22:54 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 4.084
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #506 Online: 09 de Abril de 2019, 19:15:14 »
O Sr. Montalvão precisava saber como funciona o Sergiomgbr antes de gastar tanta saliva. Pra decidir se vale a pena.

O Sergio redefine palavras e conceitos de acordo com alguma interpretação particular que só faz sentido pra ele mesmo, que só ele conhece, e aí entra em discussões para demonstrar que as pessoas estão erradas em não se utilizarem dos resignificados destas palavras que ele acabou de resignificar mas ainda não deu ciência a ninguém.

Assim não existe ideologia de direita. Nenhuma. Qualquer livro de História se referindo ao nazismo como uma ideologia de direita está errado por discordar da redefinição de direita que ele acabou de inventar.

Assim um banquinho é redefinido como uma cadeira sem encosto e qualquer objeto que se use para repousar as nádegas é redefinido como cadeira. Assim ele prova que definição de cadeira é possível.
Por definição.

O Sr. Montalvão está apenas explicando - e muito bem - o que os dicionários entendem por intuição. 

Ao que eu acrescentaria a seguinte conjectura minha: a mente é muito mais do que a mente consciente. A consciência deve responder apenas por uma pequena parte da atividade cerebral que o tempo todo é responsável por controlar processos fisiológicos, processar estímulos sensoriais mil que nem chegamos a perceber, armazenar informações na memória e ainda lidar e processar produtos de atividade da própria mente, como imaginações, lembranças, talvez até mesmo raciocínios realizados a nível subconsciente.

O Banzai uma vez citou um estudo que talvez ajude a esclarecer o que o montalvão está descrevendo como intuição: tomaram algumas pessoas que haviam ficado cegas como resultado de algum avc ou acidente, ou qualquer evento que tenha lesado os centros processadores da visão no cérebro mas não o sistema ocular propriamente dito.

A estas pessoas foi pedido que apontasse com o dedo um determinado ponto colorido em uma folha de papel. Mesmo sem enxergar, o número de acertos destes indivíduos era bem maior do que a mera probabilidade poderia justificar.

Isso é intuição!

O estímulo sensorial do ponto colorido ainda chegava ao cérebro destes cegos do experimento. Apenas eles não estavam mais conscientes deste estímulo, desta informação. Ainda assim os resultados sugerem que a informação estava sendo processada de alguma forma em alguma parte do cérebro.

O conhecimento ou informação intuitiva emerge do conjunto da atividade mental, podendo escapar àquela parte da atividade que se realiza de forma consciente.

Offline Pedro Reis

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 4.084
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #507 Online: 09 de Abril de 2019, 19:25:33 »
Mas o que eu pretendia comentar mesmo quando entrei na página é que aposentadoria de vagabundo é arrumar trabalho.

O Francisco Cuoco é um ator aposentado. Se uma pessoa for muito inteligente ela pode avançar o vídeo para o minuto 13 e pescar a dica.



Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #508 Online: 09 de Abril de 2019, 19:32:23 »
Quanta conjectura sem a menor ponderação sobre os fatos quanta conclusão precipitada sem a devida apreciação de todas as possibilidades e imponderabilidades possíveis. Quanto ad hoc só pelo imperativo de despejo enviesado de subjetividades aos borbotões! Fala sério.
« Última modificação: 09 de Abril de 2019, 19:34:41 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 4.084
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #509 Online: 09 de Abril de 2019, 19:35:13 »
Não quer acrescentar também a clássica alegação de falácia?

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #510 Online: 09 de Abril de 2019, 20:01:27 »
Auto evidente? Nem precisa mais já foi gerada jurisprudência suficiente com tanto precedente.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #511 Online: 09 de Abril de 2019, 22:18:09 »
Não sabia que o Sergiomgbr toca bateria.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline montalvão

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 730
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #512 Online: 10 de Abril de 2019, 00:27:01 »
Sim mas nem isso é rigorosamente fato, se tratando apenas de uma hipérbole, sendo a intuição de fato, apenas um produto do que e percebido, assim cimo o pensamento. UMA ANALOGIA VOA seria comparar com a digestão, onde a intuição seria um produto do processo digestivo, não UMA FORMA DE DIGESTÃO.
.
Sei não se a analogia é boa... categorizadamente, são dois os produtos do processo digestivo: nutrientes e resíduos, se a intuição é um deles, qual seria?
.
Também desconheço que existam várias formas de digestão...
.
Concordei e concordo que “ a intuição é um dos vários modos de percepção”, no sentido de ser um produto reconhecido conscencialmente, quer dizer, que sensibiliza a consciência. Creio que sabemos que a mór parte dos processos orgânicos (o que inclui o psiquismo) opera no “automático” e deles a consciência não toma conhecimento.
.
Por outro lado, não entendi qual é a hipérbole...

Offline montalvão

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 730
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #513 Online: 10 de Abril de 2019, 01:37:53 »
Citação de: Pedro Reis
Ao que eu acrescentaria a seguinte conjectura minha: a mente é muito mais do que a mente consciente. A consciência deve responder apenas por uma pequena parte da atividade cerebral que o tempo todo é responsável por controlar processos fisiológicos, processar estímulos sensoriais mil que nem chegamos a perceber, armazenar informações na memória e ainda lidar e processar produtos de atividade da própria mente, como imaginações, lembranças, talvez até mesmo raciocínios realizados a nível subconsciente.
.
Concordo, conforme falei para o Sérgio: a maior parte do funcionamento de nosso corpo escapa à consciência, especulo que 99% dos processos orgânicos/psíquicos seja extraconsciencial. Se não fosse assim, se tivéssemos de controlar conscientemente parte expressiva dos trabalhos do organismo nada mais faríamos e talvez não déssemos conta da empreitada.
.
Citação de: Pedro Reis
O Banzai uma vez citou um estudo que talvez ajude a esclarecer o que o montalvão está descrevendo como intuição: tomaram algumas pessoas que haviam ficado cegas como resultado de algum avc ou acidente, ou qualquer evento que tenha lesado os centros processadores da visão no cérebro mas não o sistema ocular propriamente dito.
.
A estas pessoas foi pedido que apontasse com o dedo um determinado ponto colorido em uma folha de papel. Mesmo sem enxergar, o número de acertos destes indivíduos era bem maior do que a mera probabilidade poderia justificar.
.
Isso é intuição!
.
O estímulo sensorial do ponto colorido ainda chegava ao cérebro destes cegos do experimento. Apenas eles não estavam mais conscientes deste estímulo, desta informação. Ainda assim os resultados sugerem que a informação estava sendo processada de alguma forma em alguma parte do cérebro.
.
O conhecimento ou informação intuitiva emerge do conjunto da atividade mental, podendo escapar àquela parte da atividade que se realiza de forma consciente.
.
Possivelmente, o desempenho dos testados possa ter a ver um tanto com a intuição, porém, a ilustração se presta mais a demonstrar a diferença entre sensação e percepção. No caso em pauta, os cegos sofriam de agnosia visual, situação em que os órgãos sensitivos estão preservados mas a área do cérebro responsável pela recepção do estímulo foi lesada. O sinal é captado e enviado, entretanto não é reconhecido (interpretado), consequentemente, não chega à consciência (em alguns casos chega incompleto ou deturpado). O fato deles conseguirem apontar corretamente os pontos, além do esperado pelo acaso, talvez se explique pela preservação de áreas adjacentes à parte prejudicada que, em certos casos, podem suprir parcialmente a deficiência.
« Última modificação: 10 de Abril de 2019, 01:41:37 por montalvão »

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #514 Online: 10 de Abril de 2019, 04:50:45 »
Sim, mas nem isso é rigorosamente fato, se tratando apenas de uma hipérbole, sendo a intuição de fato, apenas um produto do que e percebido, assim como o pensamento. UMA ANALOGIA BOA seria comparar com a digestão, onde a intuição seria um produto do processo digestivo, não UMA FORMA DE DIGESTÃO.
.
Sei não se a analogia é boa... categorizadamente, são dois os produtos do processo digestivo: nutrientes e resíduos, se a intuição é um deles, qual seria?
Seu critério não procede, analogia so precisa funcionar. A categorização formal para validar a analogia nao foi expressa em termos de variedades dos peodutos do processo digestivi mas apenas o processo.
.
Citar
Também desconheço que existam várias formas de digestão...
Ué, googleie  "formas de digestão".
.
Citar
Concordei e concordo que “ a intuição é um dos vários modos de percepção”, no sentido de ser um produto reconhecido conscencialmente, quer dizer, que sensibiliza a consciência. Creio que sabemos que a mór parte dos processos orgânicos (o que inclui o psiquismo) opera no “automático” e deles a consciência não toma conhecimento.
Pois é concordou logo no que seria inerentemente inconsistente...
Citar
Por outro lado, não entendi qual é a hipérbole...
Um exagero, em termos factuais, por incorreção tomar o que é produto do que é percebido como a própria ação intelecto cognitiva de perceber. O exemplo, de mensurar algo mentalmente sem o uso de um instrumento de medição já havia sido apresentado.
« Última modificação: 10 de Abril de 2019, 05:01:39 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 4.084
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #515 Online: 10 de Abril de 2019, 07:59:27 »

Possivelmente, o desempenho dos testados possa ter a ver um tanto com a intuição, porém, a ilustração se presta mais a demonstrar a diferença entre sensação e percepção.


Sim, mas o que a gente geralmente chama de intuição pode se dar (é uma conjectura) por meio de algum processo mental  mais ou menos análogo a esse evidenciado pelo experimento.

Há duas conotações comuns para "intuição" ligeiramente distintas mas relacionadas. Uma tem a ver com a forma como nós esperamos que as coisas aconteçam quando nossa mente faz julgamentos a partir da experiência acumulada, prescindindo de uma análise mais cuidadosa. Na maioria das vezes estão corretas as previsões, mas esse tipo de intuição também pode nos levar a errar feio.

Um exemplo seria perguntar a alguém que probabilidade ele chutaria para, em um jogo de futebol, pelo menos duas pessoas entre as 23 (jogadores mais o juiz) comemorarem aniversário no mesmo dia. Intuitivamente a maioria chutaria uma probabilidade pequena, afinal um ano representa 365 possibilidades de datas enquanto temos apenas 23 pessoas para que pelo menos duas tenham nascido no mesmo dia do ano.

Acredito que o cérebro, comparando este problema com outros exemplos em que chances são estimadas, foca intuitivamente na desproporção entre 23 e 365 para chutar uma probabilidade bem menor que 50%, quando surpreendentemente é mais provável este evento ocorrer do que não ocorrer.

Semelhantemente a Teoria da Evolução é contra-intuitiva pois a intuição nos faz parecer que algo tão complexo como um ser vivo deva ser resultado de projeto. E mais uma vez estamos usando a experiência prévia que remete a sistemas complexos criados intencionalmente pelo homem em contraste com a dinâmica caótica de fenômenos naturais ocorrendo ao acaso. Não estamos habituados a ver organização surgir espontaneamente da desorganização, e é isso que torna a T.E. não intuitiva.

Este tipo de intuição é o nome que damos ao conhecimento imediato, não processado pela razão.

Mas outro significado comum para "intuição" se refere àquela sensação que às vezes a gente tem de saber alguma coisa, mas não saber explicar como e porque a gente sabe. "Minha intuição me diz para não confiar em fulano". Ou "minha intuição me diz que vou me dar bem fazendo este negócio."

Na impossibilidade de uma análise mais rigorosa vale confiar na intuição que geralmente acerta mais do que erra.

E esse tipo de intuição - que fica soprando coisas no seu ouvido - pode ocorrer de modo semelhante àquilo que induziu o cego a apontar algo que conscientemente ele não enxergou. Sua mente pode perceber e processar mais informações sobre uma dada situação do que a análise consciente é capaz de fazer, e a isto também chamamos de intuição.

Detalhes muito sutis podem estar me mostrando que certos "posts" são de um antigo pentelho que criou uma nova conta e eu nem sei que detalhes são estes. Ou talvez ele seja apenas um péssimo ator repetindo de maneira tosca sempre os mesmos cacoetes... É só um exemplo hipotético, é claro. Nada mais que isso.

Porém não hipotéticas são situações em que eu às vezes resolvo um problema pouco antes de desenvolver com clareza o raciocínio da solução. O link abaixo leva ao tópico onde eu escrevi um código que solucionava um problema. E de fato rascunhei esse código um pouco antes de ter enxergado a solução.

../forum/topic=3879.525.html#msg980913

Coisas assim me acontecem com frequência: outro dia mesmo também postei aqui um código que tira partido do fato de que todos os inteiros menores que n² são primos ou múltiplos de primos menores que n. (Por exemplo, os inteiros menores que 49 são primos ou múltiplos de 2, 3 e 5). E eu sabia antes de desenvolver a prova.

Alguma parte no meu cérebro raciocina "antes de mim".
« Última modificação: 10 de Abril de 2019, 08:02:06 por Pedro Reis »

Offline montalvão

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 730
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #516 Online: 10 de Abril de 2019, 11:31:47 »
Citação de: Sergiomgbr
Sim, mas nem isso é rigorosamente fato, se tratando apenas de uma hipérbole, sendo a intuição de fato, apenas um produto do que e percebido, assim como o pensamento. UMA ANALOGIA BOA seria comparar com a digestão, onde a intuição seria um produto do processo digestivo, não UMA FORMA DE DIGESTÃO.
.
Citação de: montalvão
Sei não se a analogia é boa... categorizadamente, são dois os produtos do processo digestivo: nutrientes e resíduos, se a intuição é um deles, qual seria?
Citação de: Sergiomgbr
Seu critério não procede, analogia so precisa funcionar. A categorização formal para validar a analogia nao foi expressa em termos de variedades dos peodutos do processo digestivi mas apenas o processo.
.
Correto, só precisa funcionar... funcionar dentro do fim colimado, que é o de melhor esclarecer... Sua analogia é do tipo “A está para B, assim como C para D”. O intento seria explicar um processo complexo (ou desconhecido pelo destinatário) por meio de outro mais facilmente compreensível. O que não me parece tenha sido alcançado...
.
Ou mal entendi ou a analogia focou sim o “produto”, ao menos é o que se depreende da frase: “A INTUIÇÃO SERIA UM PRODUTO DO PROCESSO DIGESTIVO” (entendi que o “processo digestivo” na sentença esteja no lugar de “processamento cerebral”).
.
 Considerando o tipo da analogia utilizada (A para B, assim como C para D), fica entendido de sua analogia: “assim como o processo digestivo produz dois produtos (ou dois resultados): nutrientes e resíduos; de igual modo, o processamento cerebral resulta em dois retornos (um produtivo, outro descartável), sendo a  intuição é um desses resultantes”.  Ficou, portanto, faltando informar se a intuição é o nutriente ou o excremento...
.
Mesmo que os resultados do processamento cerebral consciente pudessem ser categorizados em duas respostas, uma “imediata” (a intuição), outra mediada (o raciocínio discursivo), embora não seja só isso, obviamente a analogia com a digestão não facilita a melhor compreensão do tema em pauta...
.
Citação de: montalvão
Também desconheço que existam várias formas de digestão...
.
Citação de: Sergiomgbr
Ué, googleie  "formas de digestão".
.
Ok, ganhou essa, mas não me parece que estivesse se referindo a tais modos digestivos quando utilizou a expressão “a intuição seria um produto do processo digestivo, não UMA FORMA DE DIGESTÃO”.
.

Citação de: montalvão
Concordei e concordo que “ a intuição é um dos vários modos de percepção”, no sentido de ser um produto reconhecido conscencialmente, quer dizer, que sensibiliza a consciência. Creio que sabemos que a mór parte dos processos orgânicos (o que inclui o psiquismo) opera no “automático” e deles a consciência não toma conhecimento.
Citação de: Sergiomgbr
Pois é concordou logo no que seria inerentemente inconsistente...
.
Agora ficou complicado (mais!): qual seria a inconsistência? Lembre-se de que, se minha suspeita está correta, nossa conversa partiu de compreensões diversas do que foi falado por um e outro. Devemos ter o cuidado de não continuar a discutir a mesma coisa com focos distintos... E aqui me parece supor que misturo o produtor com a produção, mas não imagino o que posso ter falado para levá-lo a tal entendimento...
.
Citação de: montalvão
Por outro lado, não entendi qual é a hipérbole...
.
Citação de: Sergiomgbr
Um exagero, em termos factuais, por incorreção tomar o que é produto do que é percebido como a própria ação intelecto cognitiva de perceber. O exemplo, de mensurar algo mentalmente sem o uso de um instrumento de medição já havia sido apresentado.
.
Está confundindo o que seria um equívoco de apreciação, ou de compreensão (tomar a coisa produtora pela coisa produzida) com hipérbole, que é uma ampliação extremada por ênfase (ex.: comer até explodir), ou para melhor alumiar a fraqueza de argumento que se quer combater (qual fez Descartes com a alegação cética de que não havia base para conhecimento seguro).
.
A figura que citou, de mensurar mentalmente ilustrava, pensei ao examiná-la, corretamente,  caso de resposta intuitiva. Existem múltiplos exemplos da espécie: o mecânico que sabe o defeito do carro com uma olhadela; médico que acerta no diagnóstico apenas contemplando o paciente; mãe que “sente” o filho envolvido com drogas... agora, mãe que “adivinha” que o filho que parte para a balada se envolverá num acidente mortal não é  intuição, nem precognição, mas isso é outra conversa...

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #517 Online: 10 de Abril de 2019, 12:52:37 »
Francamente, objeções pontuais que nao devem acrescentar dinamica alguma ao processo de esclarecinento dos fatos, muito nó pra pouca corda. Ainda mais quanto seja apenas de refletir se sobre o que foi posto pode ser compreendido, apesar de tudo, caríssimo Pedro Reis Montalvão. :|
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JungF

  • Nível 19
  • *
  • Mensagens: 588
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #518 Online: 10 de Abril de 2019, 17:43:32 »
Eusápia Palladino????  :histeria: Lombroso? Outro lunático de carteirinha.... :stunned:

Eusápia era vigarista. Nota zero. Tente outra vez.

Que tal Mrs Piper? Pelo menos era uma "médium" honesta. Estude o caso e tente nos convencer.... :histeria:
Por que, meu caro, você se esqueceu de citar Florence Cook? Há uma excelente citação sobre ela aqui: 
https://en.wikipedia.org/wiki/Florence_Cook

Esta é fonte não espírita -  em inglês, mas parece não ser problema para você.. E cita também como fonte uma revista científica.

Crookes, William. 1874. "Notes of an Enquiry into the Phenomena called Spiritual during the Years 1870–1873." Quarterly Journal of Science. January 1874.


Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #519 Online: 10 de Abril de 2019, 21:05:51 »
Eusápia Palladino????  :histeria: Lombroso? Outro lunático de carteirinha.... :stunned:

Eusápia era vigarista. Nota zero. Tente outra vez.

Que tal Mrs Piper? Pelo menos era uma "médium" honesta. Estude o caso e tente nos convencer.... :histeria:
Por que, meu caro, você se esqueceu de citar Florence Cook? Há uma excelente citação sobre ela aqui: 
https://en.wikipedia.org/wiki/Florence_Cook

Esta é fonte não espírita -  em inglês, mas parece não ser problema para você.. E cita também como fonte uma revista científica.

Crookes, William. 1874. "Notes of an Enquiry into the Phenomena called Spiritual during the Years 1870–1873." Quarterly Journal of Science. January 1874.



Utilizando a sua fonte...obrigado

É como diz o ditado. Diga-me com que andas...

Citar
On one occasion, at a joint seance in Crookes's home in March 1874, Katie King was seen in company with "Florence Maple", a spirit materialised by the medium Mary Showers who was exposed as a fraud shortly thereafter.

Citar
After studying the reports science historian Sherrie Lynne Lyons wrote "Katie" was Florence herself and at other times an accomplice. Regarding Crookes, Lyons wrote "Here was a man with a flawless scientific reputation, who discovered a new element, but could not detect a real live maiden who was masquerading as a ghost."[15]

 :histeria:

Até Conan Doyle admitiu que Florence Cook trapaceava.

Sir Arthur Conan Doyle said that the exposure of the medium Florence Cook did more damage to Spiritualism than any other



Até com a diferença de idade, dá para perceber claramente que "espírito" e médium são a mesma pessoa, igual no caso Otília Diogo (Irmã Josefa) que teve Chico Xavier como cúmplice na fraude. https://www.sedentario.org/colunas/duvida-razoavel/a-medium-que-enganou-chico-xavier-42845

Citar
All the fuss around the spirit of Katie King just caused damage to the Spiritualist movement and as Arthur Conan Doyle said – this “exposure” did more damage to Spiritualism than any other exposure of the period (Doyle 1926: volume 1, 269-277). :histeria:

Só Crookes era "incapaz" de ver as fraudes da sua suposta paixão. Até faz sentido, afinal o amor é cego.... :lol:

https://www.thevintagenews.com/2016/12/03/sir-arthur-conan-doyle-said-that-the-exposure-of-the-medium-florence-cook-did-more-damage-to-spiritualism-than-any-other/
« Última modificação: 10 de Abril de 2019, 21:12:02 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #520 Online: 10 de Abril de 2019, 21:27:37 »
Citação de: JungF
Esta é fonte não espírita -  em inglês, mas parece não ser problema para você.. E cita também como fonte uma revista científica.

Crookes, William. 1874. "Notes of an Enquiry into the Phenomena called Spiritual during the Years 1870–1873." Quarterly Journal of Science. January 1874.

 :histeria:

Olha só quem assina o artigo....

Agora veja os comentários sobre esse artigo "científico":


Citar
The title alone carries all the official, upright skepticism of the Royal Society—from which Crookes was nearly ejected, when he started writing on this subject in earnest—and the scientific method. For all its seeming caution, its every page is grossly erroneous. Crookes divides the “phenomena” into thirteen increasingly vague classes, e.g., “The Appearance of Hands, either Self-Luminous or Visible by Ordinary Light”; “Special Instances Which Seem to Point to the Agency of an Exterior Intelligence”; “Miscellaneous Occurrences of a Complex Character.” He swears up and down that he’s scrupulous and objective, but he seldom mentions the specifics of his methodology; instead, he writes with evident rapture about the seemingly impossible (read: impossible) marvels he’s seen. And heard, for that matter:

I have heard delicate ticks, as with the point of a pin; a cascade of sharp sounds as from an induction coil in full work; detonations in the air; sharp metallic taps; a crackling like that heard when a fractional machine is at work; sounds like scratching; the twittering of a bird, etc. … In the case of Miss Fox it seems only necessary for her to place her hand on any substance for loud thuds to be heard in it, like a triple pulsation, sometimes loud enough to be heard several rooms off … I have tested them in every way that I could devise, until there has been no escape from the conviction that they were true objective occurrences not produced by trickery or mechanical means.

Elsewhere, he writes, “Under the strictest test conditions, I have more than once had a solid, self-luminous, crystalline body placed in my hand by a hand which did not belong to any person in the room.” And he introduces a section called “The Levitation of Human Beings” like so: “This has occurred in my presence on four occasions in darkness.”

All of this says disquieting things about our capacity to be deceived. When you read Crookes’s paper in light of his brother’s early death, it’s hard not to be affected by lines like this: “To the touch, the hand sometimes appears icy cold and dead, at other times, warm and life-like, grasping my own with the firm pressure of an old friend.”
https://www.theparisreview.org/blog/2014/06/17/true-objective-occurrences/

E quem era de fato Crookes?

Citar
William Crookes, born today in 1832, was a deft scientist—in Britain, he identified the first sample of helium, discovered thallium, invented a radiometer, and developed a vacuum tube to study cathode rays. But he was also a total naïf.

Swayed by spiritualism and the faddish pseudoscience of the day, Crookes regularly attended séances and joined both the Theosophical Society and the Ghost Club—still extant, should you care to sign up. The Hermetic Order of the Golden Dawn, perhaps the best-named misguided occultist group in the history of misguided occultist groups, inducted him in 1890.

What drew someone of Crookes’s occupation into such fraudulent circles? Some say it was grief—Crookes’s brother had died from yellow fever at only twenty-one, and the scientist presumably yearned to speak with him again. Whatever the case, Crookes’s research papers on the paranormal, and thus whole years of his life, are swathed in a kind of dramatic irony. He was one of the few men in his profession who bought into these shaky accounts of the otherworldly. His writing on supernatural phenomena, so outwardly rigorous, shines with melancholy when you realize how deeply he wanted to believe. It’s bad science on good faith.
https://www.theparisreview.org/blog/2014/06/17/true-objective-occurrences/



Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #521 Online: 10 de Abril de 2019, 21:38:35 »
Não tem jeito não....Crookes era um crente ingênuo como quase todos os espíritas e está tudo documentado.

Florence Cook, a mãe, a irmã e demais envolvidos era uma quadrilha de vigaristas que tinha amizades com outros médiuns que foram desmascarados.

Faça uma pesquisa séria e livre-se dessas baboseiras espiritóides que o mantém afastado da verdade dos fatos.

Faça uma busca aqui no CC. Existe muita coisa discutida e documentada com fontes.

Não vou repetir de novo, chover no molhado, o que já ficou provado nos últimos 150 anos.

Sorry.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Fenrir

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.149
  • Sexo: Masculino
  • Cave Canem
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #522 Online: 10 de Abril de 2019, 21:54:31 »
Mas a Florence não convenceu nem o arqui-crédulo overlord do Conan Doyle, o que não obstante ter criado o sherlock, acreditava piamente em fadas, que tomavam "banhos magnéticos restauradores" e praticavam a inédia (ou breatarianismo).** ?

Isso diz muito do Crookes.

** quote tirado de
The Coming of the Fairies  (1922)  by Arthur Conan Doyle
vide CHAPTER VIII THE THEOSOPHIC VIEW OF FAIRIES
em https://en.m.wikisource.org/wiki/The_Coming_of_the_Fairies
 
Citar
FOOD.--There is no food taken, as we should regard it. Nourishment, usually abundant and ample for sustenance, is absorbed directly by a rhythmic breathing or pulse. Resource to the magnetic bath on occasion appears to be their only special restorative. The perfume of flowers is delighted in, and, reversely, disagreeable odours repel. This is one of many reasons, besides timidity, why human society is usually avoided, there being little that is inviting in that connection for them, and much that is obnoxious.
« Última modificação: 10 de Abril de 2019, 22:10:24 por Fenrir »
"Nobody exists on purpose. Nobody belongs anywhere. Everybody's gonna die. Come watch TV" (Morty Smith)

"The universe is basically an animal. It grazes on the ordinary. It creates infinite idiots just to eat them." (Rick Sanchez)

Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #523 Online: 10 de Abril de 2019, 22:09:17 »
Esse é o artigo "científico" que você certamente não leu mas assim mesmo citou porque pertence ao folclore espiritóide.

http://chem125-oyc.webspace.yale.edu/125/history99/8Occult/CrookesPsychic.pdf

Note que de "científico" não tem nada, apenas relatos anedóticos da experiência de Crookes com o "paranormal". Veja como ele descreve os "raps" de Kate Fox. Sinceramente, isso é coisa de cientista?

Citar
The popular name of "raps" conveys a very erroneous impression of this class of phenomena. At different times, during my experiments, I have heard delicate ticks, as with the point of a pin; a cascade of sharp sounds as from an induction coil in full work; detonations in the air; sharp metallic taps; a crackling like that heard when a fractional machine is at work; sounds like scratching; the twittering of a bird, etc.

These sounds are noticed with almost every medium, each having a special peculiarity; they are more varied with Mr. Home, but for power and certainty I have met with no one who at all approached Miss Kate Fox.

For several months I enjoyed almost unlimited opportunity of testing the various phenomena occurring in the presence of this lady, and I especially examined the phenomena of these sounds. With mediums, generally it is necessary to sit for a formal séance before anything is heard; but in the case of Miss Fox it seems only necessary for her to place her hand on any substance for loud thuds to be heard in it, like a triple pulsation, sometimes loud enough to be heard several rooms off. In this manner I have heard them in a living tree - on a sheet of glass - on a stretched iron wire - on a stretched membrane - a tambourine - on the roof of a cab - and on the floor of a theatre. Moreover, actual  is not always necessary; I have had these sounds proceeding from the floor, walls, etc., when the medium's hands and feet were held - when she was standing on a chair-when she was suspended in a swing from the ceiling- when she was enclosed in a wire cage - and when she had fallen fainting on a sofa. I have heard them on a glass harmonic on - I have felt them on my own shoulder and under my own hands. I have heard them on a sheet of paper, held between the fingers by a piece of thread passed through one corner. With a full knowledge of the numerous theories which have been started, chiefly in America, to explain these sounds, I have tested them in every way that I could devise, until there has been no escape from the conviction that they were true objective occurrences not produced by trickery or mechanical means.

 :histeria: Foi enganado...Margareth Fox confessou como o truque era realizado.

Também foi enganado por D.D. Home e Florence Cook.
« Última modificação: 10 de Abril de 2019, 22:17:07 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline montalvão

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 730
Re:Festival de bizarrices e esquisitices espíritas (livros e palestras)
« Resposta #524 Online: 11 de Abril de 2019, 00:11:43 »
 
Citação de: montalvão
Possivelmente, o desempenho dos testados possa ter a ver um tanto com a intuição, porém, a ilustração se presta mais a demonstrar a diferença entre sensação e percepção.

Citação de: Pedro Reis
Sim, mas o que a gente geralmente chama de intuição pode se dar (é uma conjectura) por meio de algum processo mental  mais ou menos análogo a esse evidenciado pelo experimento.
.

Há duas conotações comuns para "intuição" ligeiramente distintas mas relacionadas. Uma tem a ver com a forma como nós esperamos que as coisas aconteçam quando nossa mente faz julgamentos A PARTIR DA EXPERIÊNCIA ACUMULADA, prescindindo de uma análise mais cuidadosa. Na maioria das vezes estão corretas as previsões, mas esse tipo de intuição também pode nos levar a errar feio.
.
[...]
.
Mas outro significado comum para "intuição" se refere àquela sensação que às vezes a gente tem de saber alguma coisa, mas não saber explicar como e porque a gente sabe. "Minha intuição me diz para não confiar em fulano". Ou "minha intuição me diz que vou me dar bem fazendo este negócio."
.
Na impossibilidade de uma análise mais rigorosa vale confiar na intuição que geralmente acerta mais do que erra.
.
E esse tipo de intuição - que fica soprando coisas no seu ouvido - pode ocorrer de modo semelhante àquilo que induziu o cego a apontar algo que conscientemente ele não enxergou. Sua mente pode perceber e processar mais informações sobre uma dada situação do que a análise consciente é capaz de fazer, e a isto também chamamos de intuição.
.
[...]
.
Porém não hipotéticas são situações em que eu às vezes resolvo um problema pouco antes de desenvolver com clareza o raciocínio da solução. O link abaixo leva ao tópico onde eu escrevi um código que solucionava um problema. E de fato rascunhei esse código um pouco antes de ter enxergado a solução.
.
../forum/topic=3879.525.html#msg980913
.
Coisas assim me acontecem com frequência: outro dia mesmo também postei aqui um código que tira partido do fato de que todos os inteiros menores que n² são primos ou múltiplos de primos menores que n. (Por exemplo, os inteiros menores que 49 são primos ou múltiplos de 2, 3 e 5). E eu sabia antes de desenvolver a prova.
.
Alguma parte no meu cérebro raciocina "antes de mim".
.
Bem, praticamente não tenho o que acrescentar à sua bela reflexão... achei importante e interessante ter citado que a intuição advém de experiências armazenadas: o que comunga contra a ideia de que seja um evento de natureza mística, conforme haja quem assim o considere, inclusive fala-se em “intuição mística”. Suas intuições matemáticas ocorrem porque lida amiúde com a matéria. Quanto maior a experiência (mais dados armazenados) mais férteis serão as intuições. Conquanto não baste só dispor dos dados, deve-se acrescentar  uma boa capacidade de concatená-los. Quer dizer, tem que dispor de informes suficientes e condição de trabalhá-los produtivamente. Isso serve tanto para o raciocínio consciente quanto para as ilações intuitivas. Visto que esse trabalho acontece fora do âmbito da consciência, cabe bem a frase: “Alguma parte no meu cérebro raciocina "antes de mim".”
.
Por outro lado as intuições também lidam com elementos colhidos no momento de um evento. Se me vejo num caminho escuro e percebo alguém andando em minha direção de um modo que me soe suspeito posso intuir que serei assaltado. O que não será necessariamente verdadeiro... de qualquer modo, na dúvida corra, eu certa vez não o fiz e me dei mal...
.
A verdade é que temos intuições a todo momento, somos seres intuitivos por natureza e os animais também, porém, dadas suas limitações cerebrais são incapazes de intuições equiparáveis às humanas. Até mesmo para atravessar a rua a intuição é requerida. Embora o mecanismo que me informa que posso cruzar a via provavelmente seja o mesmo que me diz que a tia Maria está morrendo, ou que me disponibiliza uma equação matemática inédita, geralmente a modalidade de intuição que enseja discussão é dos dois últimos exemplos:  aquela que aflora à mente como um insight revelativo,  que vai além das inferências, digamos, triviais.
.
Quando se diz que a intuição disponibiliza conhecimento, não significa que todo conhecimento assim obtido seja verdadeiro, ou correto. Aliás, você também pontuou isso: podemos ter intuições muito produtivas ao lado de fracassadas. Por isso que os insights que parecem trazer novo saber precisam ser submetidos à análise racional para conferir-lhes legitimidade.
.
No que diz respeito aos agnósicos que percebiam (com dificuldade) os pontos amarelos, continuo a defender a hipótese de circuitos parcialmente preservados, ou reconstituidos precariamente. Nesta suposição, o sistema funciona mui discretamente, jogando na consciência tênues vislumbres do objeto, quase imperceptíveis, mas suficientes para possibilitar acertos acima do acaso. Supor que os tiros no alvo foram por intuição me parece mais complicado de admitir, conquanto não seja de todo descartável.
.
Aliás, essa conversa sobre intuição medrou a partir de eu ter falado ao Jung que a intuição é “extrassensorial”, isso provocativamente, não que a admita seja concebida por essa imaginada via. Contudo,  minha pontaria está ruim, mirei no Jung acertei no Sérgio...
.
Falando no Jung (no que tem “f”), ao examinar o link que citou, deparei o dito dizendo:
.
Citação de: jung-F
Já disse outras vezes: meus queridos amigos do fcc têm enorme facilidade de criar debates paralelos que pouco ou nada têm com o tema central.
Debates paralelos costumam enriquecer, pois desenvolvem interessantes perspectivas; mas alguns afastam definitivamente do assunto que promete a possibilidade de bela argumentação.
.
Jung-f, se estiver me ouvindo: caso tivesse respondido à minha beliscada a estas horas estaríamos, provavelmente, discutindo a suposição de que os espíritos comunicassem depositando na mente dos médiuns recados intuitivos, o que explicaria como o circuito mediúnico fecha contato, quer dizer, nem mesmo com intuições estaríamos descasados da conversa principal... mas, parece que não realiza cogitações por esse caminho...

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!