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Nananinanot! O túnel não é metáfora, não pode ser! Metáfora é explicar algo por meio de simbolismos.
Nananinanão; Metáfora é designação de um objeto ou qualidade mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de semelhança
Não pensei que precisaria entrar em detalhes para explicar o que seria o Túnel dos relatos da EQM, POIS NÃO É SIMPLES PARA UM LEIGO; vamos lá;
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...pois não é simples para um leigo;...
Engole essa Montalvão...chupa Gorducho...
O cara se acha. Paciência... Dr Raymond Moody
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No livro (não espírita e não religioso, até então) do Dr Raymond Moody e com o auxílio dos depoimentos de cerca de 150 pessoas que sofreram de morte clínica, ou aos quais havia sido diagnosticado que tinham quase morrido, Moody concluiu que existiam nove experiências comuns à maioria das pessoas que passaram pela experiência de quase-morte, tais como
ouvir um zumbido nos ouvidos;
um sentimento de paz e ausência de dor;
ter uma experiência fora do corpo;
sentir-se a viajar dentro de um túnel;
sentir-se a subir pelos céus;
ver pessoas, principalmente familiares já falecidos;
encontrar seres espirituais, por vezes identificados como sendo Deus;
ver uma revisão da própria vida;
sentir uma enorme relutância em voltar à vida.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raymond_Moody
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Reconheço minha leiguice no assunto, portanto, leigamente respondo-lho...
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Não sei se ao citar Moody esteja citando minha citação precedente, ou não a leu... Nada obstante, vejo que destacou itens da relação do Raymond, pelo que entendi, para mostrar que batem com o ensino espírita. Mas, e os outros não destacados, batem com a doutrina ou dela apanham? Em EQMs orientais há relatos de visões de entidades do panteão a que os depoentes veneram. Cá no Ocidente, é comum enxergar (e até falar) com parentes (obviamente, parentes desencarnados), e com entes de luz, às vezes identificado com o Chefão ou seu filho NSJC... Será que toda a gama de imaginados seres espirituais de fato esteja por lá? Desconheço, mas por essa via, vai haver muçulmano a contemplar suas setenta virgens! Provavelmente seja por isso que não queiram retornar, embora não entendo o que um "cristão" faria com tantas imaculadas pela eternidade a dentro: no começo deve ser muuuuuito bão, depois...
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Um dos tópicos sublinhados foi “um sentimento de paz e ausência de dor”, mas isso não contrasta com a descrição que deu do pobre infeliz a viajar para a glória? Mira:
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JUNG-F: “Quanto ao sono nada a estranhar: imagine-se abandonando um corpo, quase sempre em lastimável condição, cheio de apreensões diante do que está por vir, enquanto o perispírito (você, seu espírito)se afasta desligando-se deste corpo. É fenômeno de grande complexidade que se desenvolve em várias etapas, supervisionado por entidades que assistem e operam com eficiência, o desenlace.”
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Na aula que nos passou, ao menos foi o que entendi, o sono seria necessário para evitar o stress da aterrorizante travessia rumo ao desconhecido. Melhor dormir que encarar indizíveis temores. Entretanto, Moody relata que a sensação durante a excursão é de paz e gozo: quem dorme num clima desses? Vai mais querer contemplar a paisagem, enquanto curte a expectativa de quanto se divertirá no destino!
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Outro ponto complicado, e este não é complicação de sua parte, sim da de Moody:
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ter uma experiência fora do corpo
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Se o abençoado está em deslocamento para o reino celeste ele, obrigatoriamente, terá uma experiência extracorpórea! Isso teria que suceder com todos em EQM, não apenas com alguns! Como é que o desinfeliz morre (mesmo tendo a desventura de retornar) e continua dentro dele mesmo? Ah, sei, vai dizer que o despregamento é gradual, que a alma fica um tempo indecisa, matutando... Mesmo que seja assim, quando da viagem, a matutação é finda e o espírito está em trânsito! Portanto desacoplado de seu construto orgânico...
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A não ser que se conclua, com muito bom senso, que “toda viagem fora do corpo ocorre dentro do corpo”...
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Foi dito pelos companheiros que a DE não menciona o Túnel, porém o estudo aprofundado de vários casos de desencarnação, (Obreiros da Vida Eterna, ou Os Mensageiros, p.ex.) com a presença de mentores que explicam cada fase do processo, PERMITE UMA RELAÇÃO COM OS NOVE PONTOS ACIMA SUBLINHADOS, que em parte justificam a menção do Túnel.
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Não foram “nove pontos acima sublinhado”, foram quatro...
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Independentemente da matemática, sua nobre pessoa introduz um problemão para si mesmo, que assim se resume: vai ficar com quem, Kardec ou Chico?
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É deverasmente sabido,
até por leigos, que Chico, em várias partes de sua vasta produção, reescreveu os ensinamentos do patriarca, um bom exemplo se vê nos marcianos: os de Kardec são bestas-feras, os de Chico gente boa pacas, que volita pelo ar e vive de luz...
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A erraticiade kardequiana na imaginação chicoxaveriana transformou-se em complexos projetos arquitetônicos, que boiam sobre as cidades terrenas...
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Então, se não achou Kardec no túnel, ou, melhor, se não achou túnel em Kardec e foi feliz com Chico, primeiro precisa esclarecer a encrenca da falta de tunelamento no codificador e o porquê de abraçar Xavier...
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O Túnel: depois de complexo procedimento, este é o momento em que o Perispírito se desprende de forma mais acentuada de seu corpo e este choque, juntamente com a leveza e a sensação de alivio causam a impressão de uma luz que atrai o iminente desencarnante.
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Deve ser sensação equivalente a de quem tivesse um espinho há longo tempo incrustado na carne, com o qual se acostumara e, de repente, o vê arrancado! E quem é que dorme com um safanão desses?
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Mas o processo da morte não deverá ser concluído, retornam.
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Se o desfecho de uma existência minuciosamente planejada (ou vai dizer que os arquitetos da reencarnação são incompetentes?) produz erros clamorosos como este, de o sujeito morrer e descobrir que não era pra ter morrido, imagina quantas desvios não se registraram pela vida? Como confiar num sistema assim, tão incerto? Por isso é que, quando vim pra cá, deixei lá meu testamento, no qual tive o cuidado de registrar: “à vida não mais quero voltar”!
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Esta situação tem propósitos de profunda repercussão na vida dos encarnados que passam por tal experiência.
Alguns planejavam o suicídio, ou abandonar a família, ou imersos nas drogas, etc. Mas estes companheiros precisariam levar sua existência a termo devido a compromissos de grande importância relacionados a outras pessoas de seu convívio, geralmente.
É isso aí.
Está dizendo que no plano de vida, meticulosamente elaborado na erraticidade, o indivíduo projetou o suicídio? Ou esse plano brotou-lhe cá mesmo na Terra? Viu? Isso é que dá seguir propósito do qual não se recorda: como saber se o erro foi daqui ou de lá? O miserável nem sabe se veio pra viver ou pra morrer...
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A exiguidade das percepções que envolve a muitos, induz a conclusões que permearão a existência destes tais, e então opinarão sobre assuntos que absolutamente desconhecem e, ora vejam, ditando cátedra.
Essa foi pra quem?