Tenta ser irônico e não consegue entender a ironia dos outros?
A ironia (ou incoerência) não está na minha posição, mas na sua.
tenta contrariar a natureza sugerindo que ela pare de descartar óvulos na menstruação
Isso simplesmente não é contrariar a natureza, a contracepção, planejamento familiar, mesmo que através do celibato, que é.
e que espermas não sejam descartados em sonhos eróticos ou por masturbação
Isso foi colocado apenas por você.
Minha colocação é apenas de que se o óvulo fecundado já deve ser considerado uma pessoa que deve ter sua vida legalmente protegida, é coerente que também seja o caso um instante antes dele absorver um espermatozóide. A menos que este seja considerado
que o esperma sagrado dá o poder da vida, o que sabemos não ser o caso.
que insanamente propõe procriação irresponsável! sua sabedoria se perde dentro da natureza que voce acredita ser burra!
Isso não é "proposta" minha, decorre logicamente de se considerar o óvulo como pessoa, que é algo lógico a partir de se considerar o óvulo fecundado como pessoa.
quem diz que deve ser resguardado a vida humana acima de tudo "doa a quem doer" se não me engano foi Gangrel ou Alienigena , eu mesmo que tenho ..tenho medo, de querer idealizar sonhos de uma justiça ideal absoluta, no mundo real a sociedade necessita sacrificar inocentes para tentar manter a funcionalidade do coletivo, é o caso de vitimas inocentes em confrontos policiais, existem leis falhas feitas por pessoas limitadas que devem ser alteradas e interpretadas atenuantes e agravantes conforme as circunstância vigentes.
Pode haver eventual
necessidade de sacrificar inocentes, mas de modo geral não é considerado como parte regular dos processos de uma sociedade funcional, mas algo que deu errado, que escapou do alcance do poder de evitar.
Não é o caso quanto a execução de crianças concebidas em atos de estupro.
só começaremos a existir no útero materno partir da união com a célula masculina
Errado. O óvulo que fomos existia antes de absorver um espermatozóide e o continua sendo após esse fenômeno, ele não desaparece e é substituído por uma coisa completamente nova. Dizer o contrário é tão arbitrário quanto dizer que "só começamos a existir" a partir do momento em que temos batimentos cardícos ou que abrimos os olhos. É falso, estávamos lá antes, muito antes. Antes até de nossas mães conhecerem nossos pais.
Isso é uma realidade inegável; o zigoto é o óvulo, que estava lá antes. Não há espaço para discussão.
Quando o indivíduo em fase ovular absorve um espermatozóide, ele não se desmaterializa para então surgir em seu lugar um zigoto; o zigoto ainda é o óvulo, são o mesmo corpo, aquele que todos nós já fomos, sem exceção.
és panteísta?
ninguém aqui ta falando que um ovo é gente, ou que um pinto não possa ser sacrificado na forma de um delicioso omelete!
Estou falando que o homem sai da união de um pinto com ovos + óvulo
E é essa a inconerência que estou apontando.
A "vida humana" a ser protegida sendo apenas a partir de um momento completamente arbitrário.
Mas, como comentei mais tarde, obviamente em seu julgamento não se trata de qualquer preocupação com a vida humana, mas sim com as pessoas fazendo sexo, ato pelo qual devem ser punidas com crianças.
racionalmente só posso defender a unica contracepção 100% eficaz não ter relações sexuais ,nem ficar de muito ti..ti...ti .. com o anjo Gabriel, porque o espirito santo tasca fogo na piriquita sem dó
nem piedade depois José que balance o berço.
Agora emocionalmente sim defendo as tentativas de contracepção emocionais visando apenas prazer sexual sem intenção de assumir sacrifícios maternais,mas sem essa de " fiolhos desculpem as nossas falhas, não queríamos que você nascesse, era apenas uma brincadeirinha, então agora vaza descarga a fora!"
fico a imaginar o diario dos abortados dizendo: "sua vaca, se só tava afim de brincar por que não ficou brincando apenas esfregando dedo na piriquita, por que teve que chamar o pinto de outro moleque para brincar com voce, cambada de irresponsavelmente se não sabem brincar com o sexo então não brinquem?"
Você acredita que há essa consciência já no zigoto, proveniente da entrada do espermatozóide, de foram que faça sentido essa consideração sobre os pensamentos dos abortados?
É curioso se for mesmo isso que pensa, uma vez que não faz a mesma consideração para aqueles concebidos em estupro. Posição esta que reforça a aparência de que o que realmente importa é punir/responsabilizar as pessoas pela prática sexual, e não de fato uma preocupação com as crianças que podem se originar dela.
Mais errados do que aqueles que querem que as crianças, bebês, sofram as conseqüências? Por que? Elas são completamente inocentes!
se são completamente inocentes não terão como se queixar, a lei diz que sem acusação sem punição!
Hã?
Como é que isso não é justificativa para qualquer aborto?
E na verdade seria até para qualquer assassinato que não fosse denunciado...
...de onde se até questiona a inocência da vítima...
Carma? As vítimas escolheram esse destino?
Repito a pergunta, o que é pior, o aborto em estágios anteriores ao início da atividade cerebral, ou o sofrimento de uma criança indesejada, fruto de irresponsabilidade?
a lei não pode impedir mas tem obrigação racional de tentar coibir reincidências de aborto resultado de sexo irresponsável.
como sou otimista considero sempre melhor existir do que inexistir
Novamente, disso decorreria que qualquer contracepção deveria ser moralmente evitada.
E novamente, você não respondeu o que considera pior.
Essa preocupação contra o aborto como "responsabilidade pelo sexo" me parece uma versão cultural daquele conto do experimento com os chimpanzés que perpetuam uma punição mesmo depois de deixar de haver sentido nela:
[...] Numa experiência científica, um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e batiam muito nele.
Mas um tempo depois, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira atitude do novo morador foi subir a escada. Mas foi retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu – tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas, então, ficaram com o grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles por que eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
“Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui”. [...]
http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/fbula-os-macacos-e-as-bananas/
Onde o que devia ser condenado originalmente era trazer crianças ao mundo e não se responsabilizar por elas, ou seja, visando proteger as crianças. Sem contracepção ou aborto, isso é inerentemente ligado ao sexo. Havendo esses recursos, é desfeita essa conexão, ao menos no que tange a responsabilidade em trazer crianças ao mundo. Mas continua havendo a condenação moral, mesmo que equivocada, perdendo o objetivo de vista.
Pior até, já que a legalização do aborto é a posição mais responsável tendo o bem-estar das crianças e da sociedade em geral. Não é só uma restrição desnecessária, mas contrária ao objetivo original.