Autor Tópico: Aborto é um assassinato em sua essência?  (Lida 10195 vezes)

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Offline Gangrel

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #125 Online: 04 de Julho de 2018, 09:39:02 »
sem querer ofender só para descontrair, o avatar do alienígena parece uma cabeça de alho enrugada, ao do Buckaro parece uma montagem feita como Ronaldo Esper.
Não teinha pensado nisso, mas... Faz sentido!!!  :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:
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Offline Agnoscetico

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #126 Online: 04 de Julho de 2018, 11:38:06 »


Vida é vida, sofrimento é sofrimento. São duas coisas distintas. Se você tem uma hierarquização de prioridade entre as duas tem que decidir qual.

Mas o sofrimento é inerente aos vivos, os mortos não sofrem (claro tô descartando a suposta existência pós-morte).




Offline AlienígenA

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #127 Online: 04 de Julho de 2018, 12:08:37 »
Enquanto o PJ e o JJ não respondem minhas perguntas no outro tópico, vou respondendo essas suas aqui.

A defesa ética, do que quer que seja, para ser coerente, deve ir às últimas consequências, pois se admite exceções, se torna antiética. Então temos que se aborto é assassinato em sua essência, ele não pode ser admitido em nenhum caso, mesmo em caso de risco de morte da mãe - havendo, por menor que seja, a possibilidade de salvar o feto. Pois, no caso de estupro, estaríamos consentido com o assassinato de um inocente indefeso para o conforto da mãe. Se esta não teve culpa, aquele muito menos. É tão desproporcional que dispensa explicação. E no caso de gravidez planejada, a mulher assumiu os riscos e deve ser a única responsabilizada por suas escolhas, tanto quanto a mulher que se descuida assumindo o risco de um gravidez indesejada, afinal o cerne da questão é o assassinato de um inocente indefeso. Não se pode negar a nobreza do discurso ético, a exaltação do heroísmo, embora as consequências sejam nefastas. Ao passo que o discurso utilitário beira a insensibilidade algumas vezes, mas produz melhores resultados na prática. Disso resulta que a questão está em aberto e somente desprezando o conhecimento sobre o desenvolvimento embrionário é que se pode afirmar que o aborto é assassinato em sua essência. E nesse caso é antiético admiti-lo, qualquer que seja o caso.

Meu caro AlienígenA, eu para fugir um pouco daquela mesmice imóvel do outro tópico (CLTA) me dediquei a dar uma lida nesse. :)  Mas tenho coisas a responder lá também... :sleepy: :lol:

Só quero deixar a observação de que um sistema que não admite exceções é um sistema absolutista e fechado (o que me parece simplesmente não existir), ao passo que a verificação de exceções denota apenas que há princípios superiores em adoção que elimina qualquer suposta "contradição entre os princípios inferiores". Estive lendo o Del Vechio e entendi que ele defende princípios superiores ao "assassinato de um inocente", talvez sem perceber, ele defende a preservação da estabilidade social e das relações humanas, o "não assassinato da sociedade". Dessa forma, há algo mais importante que preservar vidas individuais, que é preservar todas, ou o máximo possível, ou a vida em princípio, o que não invalida de forma alguma o princípio de preservar indivíduos desde que isso não viole a vida da sociedade, da qual todas as outras vidas inseridas e/ou inseríveis nela depende.

Del Vechio, bacana! :ok:

Mas a ética é um sistema superior, absoluto e fechado, por isso não existe na prática, sendo apenas um ideal.

Pode haver sistemas éticos, mas a ética em si é um princípio para todo e cada um deles. Esse princípio pode ser uma idealização de algo "superior, absoluto e não fechado (já que "haveria acesso a ele")", mas os sistemas baseados nessa idealização não.

Por ética me refiro ao estudo dos princípios morais.

Bom acertarmos "nossos significados". :ok: Meramente "estudar" princípios inerentemente arbitrários teria que objetivo? "Mostrar de forma científica qual ou quais são mais certos"? Quem desejar "estudar" ética, fique à vontade, mas não terá aplicação prática alguma seu "estudo".

Para mim, ética é só a ideia de que devemos aplicar princípios morais para vivermos em conjunto.

Que mania de fragmentar os textos. Faz apenas com que o sentido se perca. Isso é para testar a paciência? A resposta às suas perguntas estão no bloco que foi fragmentado. O estudo dos princípios morais serve para construir um sistema ético próprio.

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A empatia nos permite deduzir tais princípios.

Só entre os mutuamente empatizáveis se empatia for a sua "regra para ética", mas ela é arbitrária sua e dos que terão empatia por ou com você e suas ideias. Mas não é só empatia que "permite deduzir tais princípios". Reflexões constantes podem conduzir até ao oposto da empatia como melhor norma.

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar dos outros. Não precisamos ter simpatia com os outros para supor que tenham sensações semelhantes às nossas. O que só pode ser feito através de reflexão - note o sentido desta palavra, quer dizer projetar suas impressões no outro. Reflita melhor!  :)

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Se não desejo que os outros decidam por mim, a não ser no caso de não poder fazê-lo, posso estender isso aos outros para chegar a um sistema superior (o melhor possível no presente momento, mas claro, sempre sujeito a evolução conforme o aprendizado), absoluto (intelectualmente honesto) e fechado (pessoal e intransferível) para me orientar.

 :hein: "absoluto = intelectualmente honesto"?! :o É bom mesmo que acertemos "nossos significados"... Creio que absoluto seja o imutável e inquestionável. A tal expressão "honestidade intelectual" creio que se refira a coerência e consistência interna de pensamentos, ou, na falta dessas, que não seja intencional, só isso. Não entendo o que poderia ser ou haver de "absoluto" nisso.

Se não existe uma fonte externa em que possamos confiar, um deus, para nos fornecer bases morais, ela só pode vir da honestidade intelectual que, para cumprir sua função, precisa ser absoluta ou intransigente, inflexível, se preferir. A coerência ou consistência interna de pensamento vai depender disso - do questionamento sincero de nossas crenças, dos interesses por trás delas, apesar do desconforto que isso pode gerar, ou seja, do quanto queremos ser honestos com nós mesmos. Não há outra forma de compreender porque algo que nos parece instintivamente correto e por isso é aceito, é racionalmente errado e deve ser revisto, ou vice-versa. E, portanto, fechado ou pessoal e intransferível, só serve e se aplica a nós mesmos. Eu não posso cobrar do outro a minha ética, porque ela se baseia na minha experiência, no máximo, compartilhá-la. Tudo que posso cobrar do outro é coerência com sua própria ética.       

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Peço desculpas se dei a entender que falava de um sistema universal. Longe disso. Admito, inclusive, que possa haver quem prefira adotar um sistema pronto, pensando por terceiros.

Que isso?! Não precisa se desculpar por nada, meu caro! Para mim isso é um debate livre! :ok: :)

Ademais, quem falava de um "sistema universal" era eu mesmo quando me referia a absoluto, no sentido de que seria um sistema moral para o qual inevitavelmente evoluiria qualquer sociedade num tempo infinito de existência.

Isso só seria possível se houvesse uma fonte universal.

Abrir exceções significa relativizar.

Não necessária ou obrigatoriamente, pode significar expandir mais o sistema de apreensões, recursos e possibilidades, aprimorar mais. Relativizar ocorre quando se detém nos limites do sistema, ou seja, tomando-o ou determinando-o como absoluto. Quando se reconhece que o sistema é limitado de universo maior, admite-se não ter em momento algum todas respostas e soluções para tudo, abrindo-se a permanente possibilidade de ajustes aprimorativos.

Absoluto é o processo pelo qual o sistema é construído, através honestidade intelectual, não o sistema que, logicamente, para ser intelectualmente honesto deve estar sempre sujeito a aprimoramento.

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Por abrir exceções eu me refiro a sacrificar a honestidade intelectual por conveniência.
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Fica realmente estranho entender isso como "sacrificar o absoluto por conveniência"... :?

Mas entendi dessa forma mesmo ("relativizar por conveniência") e só tenho a repetir o que eu já disse: nem sempre!

Discordo, pelo que expliquei acima.

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Disso resulta que não somente o indivíduo, mas a própria sociedade, da qual o indivíduo depende, fica sob ameaça, pois está aberto o precedente.


Parabéns por ter descrito tão bem a realidade da vida e de tudo! :)

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E como isso não interessa a ninguém,

O pehojof não é ninguém?! :'( :lol:


Você entendeu que o que não interessa a ninguém é abrir o precedente?

Creio que sim (do que você quis dizer). Mas eu quero o precedente, a permanente possibilidade deles, quero viver sob ameaça deles!


O que, para mim, pelo explicado acima, ou é incoerente ou não foi suficientemente esclarecido.

disso resulta o utilitarismo, não o ideal utilitarista, que resulta daquele - o maior benefício possível para o maior número de pessoas.

Com certeza não se pode terminar tudo nesse "remate". Não é um sistema superior absoluto.

Longe de ser um remante. Na prática, isto é, no conflito de interesses, de pontos de vista, de princípios morais divergentes, o utilitarismo é o único sistema ético universal, ou seja, que admite divergências éticas, desde que essas sejam coerentes, pacificamente. Eu posso discordar do seu ponto de vista, mas desde que ele não apresente contradições internas, não posso condená-lo - desde que, é claro, você o queira impor aos outros. Se eu demonstro porque não considero o aborto assassinato, ainda que você discorde, se não demonstrar o contrário - não pode me impor sua opinião. E o meu argumento é a ausência de atividade cerebral. Ou seja, não me importo que os outros decidam por mim, como bem entenderem, no caso de eu não responder, isto é, de eu não ter a capacidade de reagir a estímulos, enfim, de "eu não ser". E o mesmo vale para os outros se for eu a decidir por eles. Não faria qualquer diferença para mim, enquanto óvulo, que eu não tivesse sido fecundado, ou enquanto embrião, que eu não tivesse sido preservado, pois "eu" não estava lá, apenas quem eu viria a ser. E não fará qualquer diferença para mim, se eu tiver morte cerebral algum dia, que o meu corpo seja descartado, enterrado, cremado, doado para pesquisa, pois não já não estarei mais lá. Por outro lado, já me importa e muito que enquanto "eu sou" me condenem injustamente a "não ser" por atos de terceiros. Dessa forma, só pode justificar o assassinato de inocentes, quem não se importa de ser assassinado injustamente. E em nenhum momento isso foi demonstrado.   

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E disso resulta que os princípios superiores são aqueles que produzem melhores resultados, embora careçam da nobreza que se esperaria.

Pode ser que sejam os que produzem melhores resultados, até por definição de "superior", mas o que importa é que nunca se atinge O "superior", de onde há permanente espaço para evolução.

E nem sempre se identificará "melhores resultados" com "nobreza que se espera" mesmo.

Espero já ter desfeito uma suposta impressão contrária.

 :?:

Lamento pensar que não.

E agora?  :oba:

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E no caso em questão é preciso perguntar a quem se está punindo de fato: ao embrião/feto, aos seus pais ou a sociedade?

Antes a questão deve ser para que serve a "punição" (é "punição" a questão? :? ).

Sim, é punição a questão e serve para satisfazer aquele que pretende impor sua ética pessoal à toda humanidade. Planejadores sociais, há de todos os tipos.  :sleepy:

Como pode ser "punição" onde gerar bebês voluntariamente não é crime em nenhuma circunstância? :o Matar é crime, gerar voluntariamente seres humanos não! O que se tenta é impedir um crime de assassinato, para exatamente evitar a necessidade de serem punidos!

E qual será a "ética pessoal" de toda a humanidade quanto à questão?... Será que "planejadores sociais" minoritários estão querendo impor a sua "ética pessoal" a toda ela?...

A punição é gerar bebês involuntariamente por imposição de preceitos morais que nos são estranhos, sobretudo quando são incoerentes - quando a fecundação acidental de um óvulo não impõe por si qualquer obrigação moral já que não há um ente envolvido. Que eu saiba, ninguém advoga pela obrigação de abortar, mas sim pelo direito de escolha, conforme a consciência de cada um.

Obrigar os pais ou a mulher, na impossibilidade de responsabilizar o homem, a ter um filho indesejado é o mesmo que obrigá-la a assumir as consequências de suas escolhas, isto é, a ser mãe, qualquer que seja o sentido que se dê a palavra, ou a possibilidade de abandono emocional, psicológico, material e mesmo físico é real? Quem está levando a pior quando uma criança não encontra o suporte necessário para se desenvolver plenamente? E quando ela vai parar numa instituição social, podendo nunca encontrar tal suporte? Não deixaríamos um peixinho dourado aos cuidados de um inconsequente, mas vamos obrigá-los a gerar os frutos de sua inconsequência, para dar o exemplo? E ainda por cima, valendo-se da nobreza do discurso de que o que realmente importa é a proteção da vida do inocente e indefeso, mas convertendo-o num corpo estranho, conforme a conveniência? Não percebo como um discurso vazio de significado, tanto na teoria quanto na prática, isto é, que não dá o exemplo que pretende passar, possa servir a sociedade.   

Agora creio que entendi seu "ponto" e poderei resumir uma resposta para todas essas suas questões: sempre se pode encontrar uma relação de compromisso quando não se dita um sistema absoluto. No caso, pode-se dar alguma escolha entre opções aos irresponsáveis, como poder abortar e, nesse caso, serem esterilizados definitivamente, ou a alternativa de gerarem e se responsabilizarem pela criança, caso no qual serão acompanhados para observação do devido tratamento que devem dar ao filho, podendo incidir medidas punitivas caso eles falhem na obrigação.

Por que as opções dadas tem que atender aos seus critérios e não a um critério universal, utilitário, que atenda a todos, conforme a consciência, a ética, os preceitos morais de cada um? O seu é melhor por quê? Tem mais lógica, maior coerência, melhores resultados na prática, foi divinamente inspirado ou só por que você quer?

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Ou se pode admitir que: pode ser que seja o que produz melhores resultados, até por definição de "superior", mas o que importa é que nunca se atinge o "superior", de onde há permanente espaço para evolução. Ou seja, admitir o contraditório.

Ótimo! Parece que você está pegando a coisa! ::) :lol:

Espero que você também esteja!  :)

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Mas não entendi bem ainda qual seria a dificuldade em ver que, ao mesmo tempo em que se "defende a vida", não se pode defender o crime e suas consequências materiais, como a geração de um concepto de estuprador.

Se para quem defende a vida o assassinato de inocentes é crime e o aborto é visto como assassinato de inocentes, sendo intelectualmente honesto, aborto é crime. E crimes devem ser imputados a quem os cometem ou se abre o precedente para todo tipo de arbitrariedades, lembrando que leis, são aplicadas por homens, estando sujeitas a interpretações.

EXATAMENTE!!! :ok:

E quem comete o crime de aborto no caso de estupro é próprio estuprador!

Só se ele for ele a autorizar e/ou a realizar o procedimento.

Offline João da Ega

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #128 Online: 04 de Julho de 2018, 12:37:45 »
Muito boa sua argumentação, Gangrel (É novo aqui no FCC?).
Desvela as falácias do Del Vechio e ainda tem paciência de responder as postagens dele, que são uma confusão (difícil até de ler e atribuir autoria) devido a ele não saber/querer fazer os quotes.

Buckaroo, concordo com sua posição no geral, salvo na questão óvulo não fecundado/zigoto.
Acho que há uma diferença qualitativa entre ambos. Embora tenha ficado sabendo por você que o óvulo representa 99% da massa do zigoto, os cromossomos e todas as características do futuro ser (se a gravidez for à frente) são fifty-fifty, não? metade dos cromossomos, das características genéticas vêm do "sagrado" espermatozoide. Se esse óvulo for fecundado por espermatozoide de outro homem, terá necessariamente uma genética diferente.

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Com a entrada do espermatozoide suas estruturas fundem-se ao óvulo, assim os corpos basais do flagelo originam os centríolos do zigoto, o resto do flagelo e as mitocôndrias degeneram.
(...)
Acontece a união dos conteúdos dos pronúcleos masculino e feminino, processo chamado cariogamia. É nesse momento que é originado o zigoto, a primeira célula do novo ser.
« Última modificação: 04 de Julho de 2018, 12:40:53 por João da Ega »
"Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que entendemos menos ainda." Marquês de Sade

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #129 Online: 04 de Julho de 2018, 13:08:21 »
Há diferenças qualitativas entre diversos estágios da vida de um indivíduo. Se formos dar importância crucial a seqüências de ácidos nucléicos como determinante de humanidade, mesmo o zigoto já formado não tem os mesmos genes que a(s) pessoa(s) terá/terão mais tarde, pois vamos sofrendo mutações, algo como 300-400, e acho que nem se sabe exatamente o que dita poliploidia localizada em algumas células, como no cérebro, podendo ser algo bastante individualizado, não geneticamente determinado.

O óvulo adicionalmente ainda tem o genoma mitocondrial e um epigenoma bem maior que o espermatozóide.

Mas isso é uma distração. Defender o óvulo faz apenas no máximo tanto sentido quanto defender o zigoto, e é natural que qualquer estágio mais avançado vá ter mais coisas que aproximam mais já de uma pessoa de fato do que os estágios anteriores, e então sempre se pode traçar alguma linha arbitrária baseando-se em alguma marcação bioquímica qualquer.

Mas no fim (e no começo), é a atividade cerebral o que realmente conta, mesmo defensores de outros critérios se verão tendo que aceitar isto em uma situação ou outra. O resto é apenas uma racionalização confabulatória e instintiva de uma imitação comportamental-moral. É algo típico de humanos, a base instintiva de nossos sistemas morais culturais, que não necessariamente irá produzir ou perpetuar algo que se possa realmente considerar moral sob análise mais cuidadosa.

Offline Del vechio

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #130 Online: 04 de Julho de 2018, 13:21:34 »
E aliás, Del vechio, porque que o embrião indefeso que além de não ter sequer adquirido uma consciência, sendo o mais inocente dos seres, na sua opinião e ainda deu o azar de ter um pai estuprador não merece a mesma consideração? Ele é duplamente vítima das circunstâncias. Você não tem coração?  :(

Ele é produto material de um crime.

Até que idade eles podem ser mortos, apesar de inocentes?

Cabe a quem obrigar a estuprada a consentir com crime e levar o estupro adiante decidir esse mero detalhe. Poderão até falar em "prescrição de crime" se deixarem o tempo passar demais e aliviarem suas consciências através do "esquecimento do passado sombrio". Por mim que seja o mais imediato o ato de interrupção. :ok:

Obs.: O conceito de "inocência" sequer se aplica nessa questão. Quando o crime de estupro foi cometido, o "indivíduo" nem estava lá. Ele apenas é produto material do crime.


os que defendem politicamente corretos a preservação da vida do bebê por estupro deveriam tambem se comprometer em cria-los, pois não adianta querer ser bonzinho colocando a cruz nas costas dos outros, não basta ficar dando palpites sobre o  modo de  vida dos outros, tem que cooperar para que possa ser realizado a sua vontade moralista!  é justo? :twisted:
Por que?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #131 Online: 04 de Julho de 2018, 13:26:04 »
Quem se vê no direito de não "dar palpite", mas de controlar a vida dos outros são os contrários a legalização do aborto, contraceptivos, educação sexual, não os favoráveis. Os últimos serão inclusive comumente a favor inclusive do aborto em caso de estupro (caso seja decisão da vítima), apenas apontam a incoerência contida em, se equiparando zigotos adiante a crianças, achar aceitável se assassinar crianças, quando estas são produto de um estupro.

O que é considerado "politicamente correto" também dependerá logicamente do que cada um acredita ser correto. Se se é pró-vida, é a proibição do aborto o politicamente correto para o indivíduo/grupo, a menos que venha de uma posição admitidamente nas linhas de, "não interessa isso de bebê e óvulo e zigoto, tanto faz, o que interessa é controlar as mulheres; queremos é ver as feminazis e os liberaltardos chorarem".

Offline Gangrel

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #132 Online: 04 de Julho de 2018, 14:48:17 »
Salve, João!

Muito boa sua argumentação, Gangrel (É novo aqui no FCC?).
Nada como um elogio para começar bem a tarde, valeu! Entrei no FCC em 2014, participei durante um tempo e acabei ficando fora dos debates por um tempo muito maior, só lendo as postagens e acompanhando algumas discussões. Estou de volta, para ficar (assim espero...).  :ok:

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Desvela as falácias do Del Vechio e ainda tem paciência de responder as postagens dele, que são uma confusão (difícil até de ler e atribuir autoria) devido a ele não saber/querer fazer os quotes.
A gente tenta, na medida do possível...

O tema é bem complexo, com vários pontos de vista diferentes. E por isso as soluções simples (ou simplistas) não tem como funcionar, a abordagem precisa ser complexa também!

Abraços!
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Offline Del vechio

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #133 Online: 04 de Julho de 2018, 14:57:57 »

A lei não autorizou a irresponsabilidade, ela permitiu a interrupção da gestação nas primeiras 12 semanas (14 em caso de estupro). O que acontece é que com a descriminalização as pessoas deixam de recorrer a métodos ilegais em condições menos seguras, o que reduz a mortalidade. Os dados são coerentes em todos os países que adotaram essa política. Onde o aborto deixa de ser criminalizado os números tendem a se estabilizar e a cair com o tempo.
“O que nos indica é que a prática do aborto é segura, acessível e infrequente. O Uruguai tem uma taxa de nove interrupções da gravidez a cada mil mulheres entre 15 e 44 anos, o que de alguma maneira nos coloca nas posições mais baixas do mundo, inclusive mais baixa que os países da Europa Ocidental, que reportam 12 interrupções a cada mil mulheres” (https://dellacellasouzaadvogados.jusbrasil.com.br/noticias/113724684/uruguai-em-um-ano-6676-abortos-seguros-foram-realizados-e-nenhuma-morte-registrada)
és uruguaio?
apresente uma pesquisa aborto estupro x irresponsabilizabilidade sexual que ficará evidente que vocês ca estão a defender a falta de juízo humano, que gostam de brincar com sexo de forma irresponsavelmente e danosa a terceiros.

voce realmente acha correto incentivar tal irresponsabilidade ou como eu quer apenas   defender aborto apenas para evitar um mal maior? 
desconsiderando nossas crenças pessoais, temos a mesma intenção porem  com inversão de valores.

sacrifico uma vida para evitar penalizar ainda de forma mais cruel uma vitima de estupro ,
 o estuprador força uma relação sexual, alguns propõe que forçar a mãe a dar a luz! |(
eu tento evitar novas reincidência de abortos irresponsáveis por força da lei.
Alem de estar salvando vidas estou tentando  formar pessoas mais responsáveis e menos egoístas que é a atual necessidade da sociedade.

voces abortistas defendem a legalização da irresponsabilidade , a banalização da vida, o egoismo pessoal e acham que estão ajudando a construir uma sociedade melhor?

é por isso que asilos estão cheios de "pais bonzinhos" abandonados pela falta de educação moral e social   dos seus filhinhos queridos.
enquanto os "bons pais" nas suas velhices são  amparados pelos seus filhos bem educados com suas devidas responsabilidades sociais.

obviamente que querer educar impondo as devidas necessárias regras sociais é bem mais trabalhoso, do que fechar os olhos com a esperança milagrosa da auto  educação, do tipo um dia meu filho ira aprender sozinho a me respeitar e principalmente a sociedade , mas com tanta permissividade  este tipo de milagre da auto socialização não faz parte da nossa  realidade?
é notório que a partir de criancinha o ser malcriado tenta impor ordens aos seus pais invertendo os valores familiares, infelizmente os politicamente corretos  parecem apoiar essa danosa inversão de valores, dai direitos humanos para anti sociais, impunidade para infratores e punição para os defensores de leis que visam a manutenção da ordem social.
autoridades que deveriam ser responsáveis pela manutenção da ordem social são como pais "politicamente corretos"
que não querendo se dar a responsabilidade de educar seus filhos ao ve los na marginalidade dizem"
 só vou te dar mais um tempo para começar ter responsabilidade" só que envelhecemos sem ver esse tempo chegar.
Claro , que nossa sociedade esta moralmente doente, punindo vitimas , incentivando marginais e o pior politicamente correta querem retalhar  os defensores da ordem social.  :no:


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tenho la meu ceticismo contra pesquisas tendenciosas e manipuladoras de opinião publica, as leis não podem obrigar consciências, apenas tentar direcionar o caminho através de punições.
Se você não aceita os resultados de pesquisas que refutam a sua opinião, deveria apresentar outros estudos que possam reforça-la. Do contrário não é 'ceticismo', é fechar os olhos para não enxergar aquilo que lhe desagrada. Que dados você tem para afirmar que as pesquisas, feitas por universidade e órgãos internacionais, são tendenciosas e manipuladoras? Alegar que a OMS e a Universidade de Columbia, por exemplo, não produzem pesquisas sérias é uma afirmação que carece de sentido.

Se quiser ler a pesquisa que eu citei antes e apresentar as supostas falhas na metodologia e/ou nas conclusões, fique à vontade. Segue o link para o material original: https://www.guttmacher.org/sites/default/files/report_pdf/abortion-worldwide-2017.pdf [/quote]

me manda um link da proporção de abortos irresponsáveis X estupros e risco de vidas

porque cá estamos a  defender medidas morais que possam manter a ordem social e me parece que a politica dos "politicamente corretos" defensores da libertinagem não esta sendo muito eficaz para manter a   ordem, pelo contrario conseguiram inverter os valores estamos sendo governados pelos anti sociais, o governo paralelo do crime organizado, como disse o supremo possui no minimo 3 bandidos travestidos de juizes que la estão apenas para soltar bandidos!   :vergonha: :vergonha: :vergonha: :vergonha: :vergonha: :vergonha:
e pior do que os bandidos é uma sociedade que aceita seus predadores de forma politicamente "correta"

propor liberdade pode ter efeito contrario ao aumento de responsabilidade, libertinagem.
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Essa visão aparentemente moralista e religiosa não condiz com os dados e conclusões dos estudos. Nos países onde o aborto é liberado a taxa caiu. Já postei links em outras mensagens.

pensa que o mesmo aconteceria em relação a liberação das drogas?




 se liberar o descarte do homem em formação for um sacrifico em prol de uma maior conscientização dos brasileiros , que seja autorizado por lei,mas se os resultados for aumento  do numero de  abortos por sexo irresponsável, que seja punido por lei novamente, como disse as leis devem se ajustar as necessidades vigentes para ter efeitos produtivos.
querer manter leis imbecis é uma imbecilidade  danosa!

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...Concordo em gênero, número e grau. Assino embaixo!

 :ok:


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Não vivo num mundo encantado, amigo, pode economizar o discurso.
desculpe-me pensei que Gangrel fosse algum ser magico

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O que eu disse é que simplesmente proibir e criminalizar alguma prática não resolve o problema. Por exemplo: no Brasil a posse e o porte ilegais de armas são crimes, é muito difícil comprar uma arma legalmente, mas o país tem um número enorme de bandidos armados, inclusive com armas militares. Falta uma ação efetiva, não basta criminalizar. Quem quer comprar uma arma pode fazer isso ilegalmente. O mesmo acontece com o aborto, quem quer, faz - seja ele proibido ou não.

essa politica do "não posso com eles me junto a eles" é uma furada.
se tudo que estiver errado começar ser legalizado! libertinagem é o inicio do fim social!
Vamos liberar as drogas deixar as pessoas se drogarem até morrer?
abortarem até acabarem morrendo?
liberar o porte de armas?
voce tem razão leis não possuem  poder de coação apenas o poder de tentar inibir crimes, mas como vamos tentar inibir crimes tornando os "legais"?

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A criminalização dos assaltos, estupros e homicídios (entre outras) é bem clara, mas esses crimes continuam acontecendo. Nesses casos, criminalizar e punir DEPOIS do crime não resolve, seria necessário, JUNTAMENTE COM A PUNIÇÃO, ter uma política de prevenção, inteligência e repressão. Isso inclui (mas não se limita a) educação e conscientização. É preciso combater os efeitos, mas se as causas não forem eliminadas ou reduzidas o trabalho vai ser ineficiente.

Espero ter conseguido me fazer entender.  :ok:


reincidências acontecem pela impunidade, o crime aqui é maior do que nos EUA por que la  levaram a sério a necessidade da punição.
vitimismo social não justifica o ser malandro e anti social, a maioria dos que se marginalizam o fazem por ambição e falta de caráter e disposição em querer  trabalhar duro.
Estas são as reais causas que dever ser duramente combatidas sem dó nem piedade para a necessária manutenção da ordem social e a evolução desses seres nocivos a sociedade.

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precisa ir conhecer a educação das periferias:
Conheço. Mais um motivo para afirmar: precisamos urgentemente melhorar a educação!

comece então ensinando a necessidade de cumprir regras sociais, se conseguir fazer isto sem precisar punir infratores, parabéns pela santidade!   :quase-anjo:
Por que?

Offline AlienígenA

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #134 Online: 04 de Julho de 2018, 16:04:03 »
Outro dia acharam o estilo do pehojof parecido com o de um forista banido. Hoje sou eu que estou achando o estilo do Del vechio parecido com o de outro.  :?

Offline Gangrel

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #135 Online: 04 de Julho de 2018, 16:59:31 »
és uruguaio?
Não, mas admiro os exemplos que dão certo em qualquer lugar do mundo. A gente não precisa ficar reinventando a roda, dá para aprender com os acertos (e com os erros) dos outros.

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apresente uma pesquisa aborto estupro x irresponsabilizabilidade sexual que ficará evidente que vocês ca estão a defender a falta de juízo humano, que gostam de brincar com sexo de forma irresponsavelmente e danosa a terceiros.
Pode ser que eu não esteja me expressando muito bem, ou você está com dificuldade para entender o argumento. Ninguém aqui está defendendo o sexo irresponsável. O meu ponto é que o aborto é, digamos, um 'mal necessário' (assim como a prisão, as leis, o STF...). NUm mundo perfeito não precisaríamos de nada disso, mas no nosso mundo a proibição e criminalização, sozinhas, não resolvem a questão. Prova disso é que o aborto é proibido na maioria dos casos, mas ainda assim acontecem muitos milhares de abortos clandestinos todo ano, o que se torna um enorme problema de saúde pública.

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voce realmente acha correto incentivar tal irresponsabilidade ou como eu quer apenas   defender aborto apenas para evitar um mal maior?
Pode ter certeza: todos queremos que o Brasil seja o melhor país possível, e nenhum de nós defende o aborto como solução para os problemas do país. É exatamente o que você citou: para evitar um mal maior. Aborto é ruim, e não é algo que as mulheres gostem de fazer (mesmo as irresponsáveis não curtem a ideia), mas em alguns casos ele pode ser a melhor opção.

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desconsiderando nossas crenças pessoais, temos a mesma intenção porem  com inversão de valores.
Não tenho dúvida que nossa intenção é a mesma. Os pontos de vista são diferentes, o que é normal em um tema tão complexo, mas o objetivo é o mesmo.

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sacrifico uma vida para evitar penalizar ainda de forma mais cruel uma vitima de estupro ,
 o estuprador força uma relação sexual, alguns propõe que forçar a mãe a dar a luz! |(
Concordo plenamente. Crimes devem ser punidos, as vítimas não.

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eu tento evitar novas reincidência de abortos irresponsáveis por força da lei.
Alem de estar salvando vidas estou tentando  formar pessoas mais responsáveis e menos egoístas que é a atual necessidade da sociedade.
Concordamos novamente! E aí entra aquilo que eu falei antes e você debochou: educação. Para formar pessoas mais responsáveis é preciso de educação e conscientização. A punição é uma ferramenta para castigar os "incorrigíveis" e reduzir a reincidência. Punição, sozinha, não funciona; Educação, sozinha, também não. Problemas complexos exigem soluções complexas.

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voces abortistas defendem a legalização da irresponsabilidade , a banalização da vida, o egoismo pessoal e acham que estão ajudando a construir uma sociedade melhor?
Calma, Del vechio, o debate está avançando civilizadamente, estamos todos do mesmo lado...  :)

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é por isso que asilos estão cheios de "pais bonzinhos" abandonados pela falta de educação moral e social   dos seus filhinhos queridos.
enquanto os "bons pais" nas suas velhices são  amparados pelos seus filhos bem educados com suas devidas responsabilidades sociais.
Palavra-chave do seu comentário: educação. Estamos chegando lá...

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obviamente que querer educar impondo as devidas necessárias regras sociais é bem mais trabalhoso, do que fechar os olhos com a esperança milagrosa da auto  educação, do tipo um dia meu filho ira aprender sozinho a me respeitar e principalmente a sociedade , mas com tanta permissividade  este tipo de milagre da auto socialização não faz parte da nossa  realidade?
Bingo, aí está o ponto: você e eu defendemos a mesma coisa! Acho que você entendeu que eu estava propondo algum tipo de "autoeducação" e "autosocialização". De jeito nenhum! O que eu considero como solução é promover a conscientização através de um conjunto de políticas e ações que aborde a questão por todos os lados, inclusive punições e limites à liberdade individual. Resumindo, seria algo mais ou menos assim:
- Educação (inclusive sexual, em casa e na escola)
- Conscientização (inclusive quanto aos riscos e danos psicológicos da decisão e a importância da vida e da responsabilidade pessoal/social)
- Prevenção (políticas públicas, distribuição e acesso de preservativos, anticoncepcionais, DIU, pílula do dia seguinte, vasectomia, ligadura/laqueadura, planejamento familiar...)
- Acesso ao aborto legal, seguro, regulamentado e fiscalizado
- Punição (para quem, tendo acesso a todos os recursos acima, realizar abortos fora do que estiver estabelecido na legislação)

Se você não concorda, beleza. Se você não entendeu, lamento. E desisto.

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me manda um link da proporção de abortos irresponsáveis X estupros e risco de vidas
Agora você está meio que mudando o foco. Você tinha questionado a seriedade do estudo que eu citei, e eu te dei o link para a OMS e a Universidade de Columbia. Quem citou essa proporção foi você, minha afirmação não entrou no mérito da quantidade de abortos por cada tipo. Só disse que o estudo é sério e que a irresponsabilidade não é a única causa para o aborto, mesmo que ela represente a maior quantidade.

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porque cá estamos a  defender medidas morais que possam manter a ordem social e me parece que a politica dos "politicamente corretos" defensores da libertinagem não esta sendo muito eficaz para manter a   ordem, pelo contrario conseguiram inverter os valores estamos sendo governados pelos anti sociais, o governo paralelo do crime organizado, como disse o supremo possui no minimo 3 bandidos travestidos de juizes que la estão apenas para soltar bandidos!   :vergonha: :vergonha: :vergonha: :vergonha: :vergonha: :vergonha:
e pior do que os bandidos é uma sociedade que aceita seus predadores de forma politicamente "correta"
Por favor, Del vechio, se acalme. Esse trecho da sua resposta beira um ataque ad hominem. Isso é proibido e, acima de tudo, desnecessário...

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pensa que o mesmo aconteceria em relação a liberação das drogas?
Eu não defendo liberar as drogas, nem liberar o aborto, indiscriminadamente. Defendo (nos dois casos) um conjunto de políticas sérias e racionais que alcancem todos os aspectos dessas questões. Sempre juntando educação, regulamentação, fiscalização e punição.

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essa politica do "não posso com eles me junto a eles" é uma furada.
Na boa, de onde você tirou que eu defendo essa ideia?

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se tudo que estiver errado começar ser legalizado! libertinagem é o inicio do fim social!
Vamos liberar as drogas deixar as pessoas se drogarem até morrer?
abortarem até acabarem morrendo?
liberar o porte de armas?
Reparou que acaba de cometer uma falácia com esse discurso moralista, talvez sem perceber?
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cia#Bola_de_neve

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voce tem razão leis não possuem  poder de coação apenas o poder de tentar inibir crimes, mas como vamos tentar inibir crimes tornando os "legais"?
Como eu disse, as leis claras, eficazes e bem aplicadas são parte (importantíssima) da solução. Mas, sozinhas, não resolvem o problema. Se resolvessem não aconteceria nenhum aborto clandestino no mundo.

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reincidências acontecem pela impunidade, o crime aqui é maior do que nos EUA por que la  levaram a sério a necessidade da punição.
O crime aqui é muito maior que nos EUA, e por um monte de motivos. A impunidade (ou sensação de impunidade) é um desses motivos. Mas está longe de ser o único.

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vitimismo social não justifica o ser malandro e anti social, a maioria dos que se marginalizam o fazem por ambição e falta de caráter e disposição em querer  trabalhar duro.
Concordamos. E mais: aposto que ninguém discorda dessa parte...  :wink:

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comece então ensinando a necessidade de cumprir regras sociais, se conseguir fazer isto sem precisar punir infratores, parabéns pela santidade!   :quase-anjo:
De novo: quem falou em não punir infratores? A ideia é educar E regulamentar E conscientizar E punir quando necessário. Cada um no seu quadrado...

Enfim, é isso. E repito de novo outra vez novamente: se você não concorda, beleza. Se você não entendeu, lamento. E desisto.  :)
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Offline Del vechio

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #136 Online: 04 de Julho de 2018, 17:26:26 »
“O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida.” - Carl Sagan

Duvido!  :twisted:
Por que?

Offline Gangrel

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #137 Online: 04 de Julho de 2018, 17:32:49 »
“O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida.” - Carl Sagan

Duvido!  :twisted:
Também duvido!

Aliás, duvido que você duvida. E duvido que eu duvide que você duvida...  ::) :oba: :stunned:
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Offline Del vechio

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #138 Online: 04 de Julho de 2018, 19:41:58 »
Tenta ser irônico e não consegue entender a ironia dos outros?

A ironia (ou incoerência) não está na minha posição, mas na sua.



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tenta contrariar a natureza sugerindo  que ela pare de descartar óvulos na menstruação

Isso simplesmente não é contrariar a natureza, a contracepção, planejamento familiar, mesmo que através do celibato, que é.



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e que espermas não sejam descartados em sonhos eróticos ou por masturbação

Isso foi colocado apenas por você.

Minha colocação é apenas de que se o óvulo fecundado já deve ser considerado uma pessoa que deve ter sua vida legalmente protegida, é coerente que também seja o caso um instante antes dele absorver um espermatozóide. A menos que este seja considerado que o esperma sagrado dá o poder da vida, o que sabemos não ser o caso.

a entendi! voce acredita que o óvulo sozinho seja um ser  assexuado, por isso tenta argumentar que a natureza comete  um crime de lesa óvulo na menstruação.
mas me explique por que considera o óvulo sagrado e o esperma não?
a principio achei que voce estava apenas querendo se divertir trolando,mas agora começo a preocupar que realmente esteja falando sério!


 que insanamente propõe procriação irresponsável! sua sabedoria se perde dentro da natureza que voce acredita ser burra!
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Isso não é "proposta" minha, decorre logicamente de se considerar o óvulo como pessoa, que é algo lógico a partir de se considerar o óvulo fecundado como pessoa.
disseste bem " é algo lógico a partir de se considerar o óvulo fecundado como pessoa"
ANTES NÃO!
então mais uma vez só pode estar de brincadeira!
que mais irá propor,  depois de querer incriminar a natureza por descartar óvulos na menstruação, que eles sejam velados e enterrados ?

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Pode haver eventual necessidade de sacrificar inocentes, mas de modo geral não é considerado como parte regular dos processos de uma sociedade funcional, mas algo que deu errado, que escapou do alcance do poder de evitar.
Não é o caso quanto a execução de crianças concebidas em atos de estupro.
se afirma não ser necessário sacrificar embriões frutos de estupros assuma paternidade deles  provando que sua generosidade não limita-se apenas a hipocrisia politicamente correta! :twisted:
lembre-se que "o verdadeiro pai é aquele que cria" e genitor é apenas um irresponsável sexual

só começaremos  a existir no útero materno partir da união com a célula masculina
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Errado. O óvulo que fomos existia antes de absorver um espermatozóide e o continua sendo após esse fenômeno, ele não desaparece e é substituído por uma coisa completamente nova. Dizer o contrário é tão arbitrário quanto dizer que "só começamos a existir" a partir do momento em que temos batimentos cardícos ou que abrimos os olhos. É falso, estávamos lá antes, muito antes. Antes até de nossas mães conhecerem nossos pais.
Isso é uma realidade inegável; o zigoto é o óvulo, que estava lá antes. Não há espaço para discussão.

se não houvesse espaço o esperma do seu pai não tinha entrado no óvulo, se estava incompleto não pode ser considerado um ser, esta sua filosofia panteista é bonita mas incoerente com a discussão do "nosso ser ou não ser eis a questão?"
se for raciocinar com fé panteista  posso argumentar que nossa vida é eterna ja que somos feito de energia.

Quando o indivíduo em fase ovular absorve um espermatozóide, ele não se desmaterializa para então surgir em seu lugar um zigoto; o zigoto ainda é o óvulo, são o mesmo corpo, aquele que todos nós já fomos, sem exceção.

és panteísta?  ::)

ninguém aqui ta falando que um ovo é gente, ou que um pinto  não possa ser sacrificado na forma de um delicioso omelete!
Estou falando que o homem sai da união de um pinto com ovos + óvulo[/quote]

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E é essa a incoerência que estou apontando.

A "vida humana" a ser protegida sendo apenas a partir de um momento completamente arbitrário.

Mas, como comentei    mais tarde, obviamente em seu julgamento não se trata de qualquer preocupação com a vida humana, mas sim com as pessoas fazendo sexo, ato pelo qual devem ser punidas com crianças.

um momento arbitrário um óva, ovo ou óvulo , sei la! São voces abortistas que definiram como a fase embrionaria do ser humano.
seu discurso é do tipo ser politicamente correto, fala de proteção a vida  mais acha legal permitir que milhões delas sejam interrompida precocemente!
E para isso se apegam a crença de que um embrião humano não é gente apenas um conjunto de células indesejadas que podem ser descartadas sem nenhuma responsabilidade.

não sei se foi erro de digitação: " pessoas fazendo sexo, ato pelo qual devem ser punidas com crianças."

espero que não tenha dito isso, que evitar aborto é querer punir pais irresponsáveis obrigando assumir seus filhos crianças indesejadas??????????????????????????


fico a imaginar o diario dos abortados  dizendo: "sua vaca, se só  tava afim  de brincar por que não ficou brincando apenas esfregando dedo na piriquita, por que teve que chamar o pinto de outro moleque para brincar com voce, cambada de irresponsavelmente se não sabem brincar com o sexo  então não brinquem?"[/quote]
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Você acredita que há essa consciência já no zigoto, proveniente da entrada do espermatozóide, de foram que faça sentido essa consideração sobre os pensamentos dos abortados?
:biglol:

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É curioso se for mesmo isso que pensa, uma vez que não faz a mesma consideração para aqueles concebidos em estupro. Posição esta que reforça a aparência de que o que realmente importa é punir/responsabilizar as pessoas pela prática sexual, e não de fato uma preocupação com as crianças que podem se originar dela.
:biglol: :hihi: :histeria:

voce que deseja punir a natureza por assassinar óvulos inutilizados na menstruação e eu que fico acreditando em besteiras?


Mais errados do que aqueles que querem que as crianças, bebês, sofram as conseqüências? Por que? Elas são completamente inocentes![/quote]

se são completamente inocentes não terão como se queixar, a lei diz que sem acusação sem punição!

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Hã? :hein:

Como é que isso não é justificativa para qualquer aborto?

E na verdade seria até para qualquer assassinato que não fosse denunciado...

...de onde se até questiona a inocência da vítima...

Carma? As vítimas escolheram esse destino?

decida-se quer ser carrasco ou advogado de defesa dos embriões?

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Repito a pergunta, o que é pior, o aborto em estágios anteriores ao início da atividade cerebral, ou o sofrimento de uma criança indesejada, fruto de irresponsabilidade?

a lei não pode impedir mas tem obrigação racional de tentar coibir reincidências de  aborto resultado de sexo irresponsável.

como sou otimista considero sempre melhor existir do que inexistir

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Novamente, disso decorreria que qualquer contracepção deveria ser moralmente evitada.
E novamente, você não respondeu o que considera pior.

depende ao sofrimento a que se refere ao da criança , ou dos pais que vão ter tolerar uma criança indesejada?
se de fato fosse um defensor da vida ca não estaria a defender abortos

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essa preocupação contra o aborto como "responsabilidade pelo sexo" me parece uma versão cultural daquele conto do experimento com os chimpanzés que perpetuam uma punição mesmo depois de deixar de haver sentido nela:

[...] Numa experiência científica, um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.

Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e batiam muito nele.

Mas um tempo depois, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira atitude do novo morador foi subir a escada. Mas foi retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.

Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu – tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo da surra ao novato.

Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas, então, ficaram com o grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles por que eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
“Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui”. [...]

http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/fbula-os-macacos-e-as-bananas/

me desculpe mas ser irracional, ser  irresponsável é fazer um filho e querer mata-lo
mas mais irracional é uma sociedade que tenta aprovar tais inversões de valores onde o prazer egoísta esta acima do direito a vida, é esse tipo de mentalidade que cria monstros egoístas que matam elefantes e rinocerontes por um pedaço de  chifre usado como enfeites, mal tratos na criação de animais somente para proporcionar um maior na prazer no consumo da sua carne mais macia e na parte que mais nos toca trafico de órgãos, de crianças de pessoas!
este tipo de sofrimento social só pode ser justificado por uma sociedade doente que agem como chipanzés dentro de uma jaula colocando o "prazer de comer" acima da vida dos seus semelhantes!

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Onde o que devia ser condenado originalmente era trazer crianças ao mundo e não se responsabilizar por elas, ou seja, visando proteger as crianças. Sem contracepção ou aborto, isso é inerentemente ligado ao sexo. Havendo esses recursos, é desfeita essa conexão, ao menos no que tange a responsabilidade em trazer crianças ao mundo. Mas continua havendo a condenação moral, mesmo que equivocada, perdendo o objetivo de vista.
Pior até, já que a legalização do aborto é a posição mais responsável tendo o bem-estar das crianças e da sociedade em geral. Não é só uma restrição desnecessária, mas contrária ao objetivo original.

quer dizer que matar o filho é estar querendo ser responsável por ele, se seus pais tivesse essa sua visão "responsável e bondosa" você não estaria aqui para poder  defender tal coisa!


Por que?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #139 Online: 04 de Julho de 2018, 21:07:30 »

a entendi! voce acredita que o óvulo sozinho seja um ser  assexuado, por isso tenta argumentar que a natureza comete  um crime de lesa óvulo na menstruação.
mas me explique por que considera o óvulo sagrado e o esperma não?
a principio achei que voce estava apenas querendo se divertir trolando,mas agora começo a preocupar que realmente esteja falando sério!

Eu não considero nem o óvulo nem o espermatozóide sagrados.

O meu ponto é que moralmente falando o zigoto e óvulo deveriam ser vistos como idênticos, pois o último é mais que 99% do primeiro, seu estágio antecessor inescapável.


E portanto a "lógica" de que, uma vez que adentrado o gameta masculino, a mulher deve então perder qualquer poder de escolha, é na melhor das hipóteses, equivocada na forma como tenta zelar pela vida humana, e na pior, simplesmente misógina.


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Isso não é "proposta" minha, decorre logicamente de se considerar o óvulo como pessoa, que é algo lógico a partir de se considerar o óvulo fecundado como pessoa.
disseste bem " é algo lógico a partir de se considerar o óvulo fecundado como pessoa"
ANTES NÃO!
então mais uma vez só pode estar de brincadeira!
que mais irá propor,  depois de querer incriminar a natureza por descartar óvulos na menstruação, que eles sejam velados e enterrados ?

Não seria a natureza a culpada, mas aqueles que, contra a natureza, praticassem celibato ou contracepção, deixando as pessoa-células morrerem por conveniência e hedonismo.

Se as pessoas realmente vissem o óvulo já como criança, talvez considerassem eventuais menstruações "acidentais" não dignas de indiciação criminal ou de enterro cerimonial, tal como as pessoas que alegadamente consideram qualquer estágio pós-fecundação moralmente equivalente a uma criança tipicamente não realizam enterro para abortos espontâneos (se não me engano, talvez até a maioria das concepções), e tampouco a mulher ou o casal são acusados de homicídio culposo.

Se uma posição não precisa dessa coerência também, a outra logicamente também não, é apenas justo.


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Pode haver eventual necessidade de sacrificar inocentes, mas de modo geral não é considerado como parte regular dos processos de uma sociedade funcional, mas algo que deu errado, que escapou do alcance do poder de evitar.
Não é o caso quanto a execução de crianças concebidas em atos de estupro.
se afirma não ser necessário sacrificar embriões frutos de estupros assuma paternidade deles  provando que sua generosidade não limita-se apenas a hipocrisia politicamente correta! :twisted:
lembre-se que "o verdadeiro pai é aquele que cria" e genitor é apenas um irresponsável sexual

Isso é, ou deveria ser, opção individual de cada mulher, assim como para qualquer outra gestação, incluindo aquelas que você e julga dono do direito de decidir arbitrariamente, sem no entanto se responsabilizar em cuidar de qualquer filho indesejado de terceiros em troca disso.





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se não houvesse espaço o esperma do seu pai não tinha entrado no óvulo, se estava incompleto não pode ser considerado um ser, esta sua filosofia panteista

A fictícia noção de "pessoalidade" atribuída já ao óvulo antes da fecundação em vez de apenas segundo mais tarde, não tem absolutamente nada de "panteísta".




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um momento arbitrário um óva, ovo ou óvulo , sei la! São voces abortistas

Você também é abortista, não faz sentido usar isso como insulto.



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seu discurso é do tipo ser politicamente correto, fala de proteção a vida  mais acha legal permitir que milhões delas sejam interrompida precocemente!

Você também! Você não liga para a vida dos óvulos, e não liga para a vida dos filhos de estupradores, e despreza as conseqüências sociais de proibir o aborto. E isso tudo é o "seu" corretismo político, também não faz sentido como tentativa de desqualificação ad hominem aqui.


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E para isso se apegam a crença de que um embrião humano não é gente apenas um conjunto de células indesejadas que podem ser descartadas sem nenhuma responsabilidade.

Você prega a crença que o óvulo não é gente, apenas uma célula não agraciada pelo sagrado espermatozóide que vem do glorioso testículo masculino, e pode ser então descartada; mas se a mesma célula for agraciada pelo espermatozóide, a mulher não deve mais ter poder de decisão, pois supostamente seria matar uma criança. A menos é claro que ela seja filha de estuprador, aí tudo bem, porque talvez a mulher seja até casada com outro cara, que vai então sustentar o filho de outro, feito um corno.


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não sei se foi erro de digitação: " pessoas fazendo sexo, ato pelo qual devem ser punidas com crianças."

espero que não tenha dito isso, que evitar aborto é querer punir pais irresponsáveis obrigando assumir seus filhos crianças indesejadas??????????????????????????

É só o que pode parecer, se a pessoa não acredita que não são todos estágios de desenvolvimento igualmente importantes como "humanos", não sendo dotados de consciência ou capacidade de sofrimento -- diferentemente daquelas crianças a que se obriga as mulheres a gerar contra sua vontade.





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depende ao sofrimento a que se refere ao da criança , ou dos pais que vão ter tolerar uma criança indesejada?
se de fato fosse um defensor da vida ca não estaria a defender abortos

Isso faz tanto sentido quanto dizer, "se de fato fosse um defensor da vida, não estaria defendendo contracepção/menstruação".

O óvulo é tão vivo antes quanto depois da fecundação.

Se não é a vida em si apenas que importa, se é necessária uma diferença qualitativa, e essa é a "vida cerebral", então é perfeitamente compatível ser um defensor da vida e ser a favor do direito ao aborto antes do início da atividade cerebral.

É na verdade uma defesa maior da vida, da dignidade da vida humana. Não são meras células humanas feitas sagradas com um esporro que contam, mas a vida humana capaz de sofrer. As conseqüências dessa diferença de posições estão longe de ser triviais.

http://terracoeconomico.com.br/crime-e-aborto-e-magica-solucao-da-criminalidade-americana

https://maustratosnainfancia.wordpress.com/2012/12/17/negligencia-causa-mau-desenvolvimento-no-cerebro/

https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/ciencia/2017/11/04/imagens-de-dois-cerebros-infantis-mostram-a-diferenca-que-o-amor-dos-pais-faz.htm



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me desculpe mas ser irracional, ser  irresponsável é fazer um filho e querer mata-lo

Esssa posição é dependente de se considerar um óvulo em que acabou de entrar um espermatozóide algo já da mesma importância humana que uma criança.

Sem esta assunção, talvez baseada em crenças primitivas, não faz sentido a colocação tal como foi feita.

Irresponsabilidade existirá, em menor grau, em trazer ao mundo uma criança capaz de sofrer sem ter condições e/ou disposição em fazer o melhor possível para evitá-lo, ainda que, em alguns casos, a pessoa possa ela mesma ser vítima de ignorância, de uma mentalidade atrasada, que lhe restringe conhecimento e direitos. Irresponsabilidade em um grau incomensuravelmente maior, está em fazer com que isso se repita indefinidamente, impondo leis que tiram a liberdade de mulher.

Apesar de, nos EUA, serem praticados mais abortos justamente onde é proibido, eles ainda deixarão de ocorrer em algum grau, devido a essa proibição, bem como demais práticas associadas à mesma ideologia retrógrada, que também tenta limitar a contracepção e educação sexual.



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mas mais irracional é uma sociedade que tenta aprovar tais inversões de valores onde o prazer egoísta esta acima do direito a vida,

Simplesmente não há tal "inversão".

O problema é apenas que óvulo + espermatozóide ≠ criança; que criança sim, pode sofrer, requer condições adequadas de criação, a começar por pais que desejem criá-la.

O prazer dos irresponsáveis é essencialmente irrelevante, ele não pode ser usado como justificativa para o sofrimento das crianças, que não podem ser instrumento de punição dos mesmos.

Outra forma de frasear a segunda e maior irresponsabilidade, está em se tornar obrigatório que crianças sejam criadas por pais irresponsáveis que não as querem. Mas, fazer o quê, se a mulher abriu as pernas, e o espermatozóide sagrado adentrou a célula anteriormente irrelevante, agora tornada também sagrada (ao menos na hipótese de não ser um estupro).



Citar

quer dizer que matar o filho é estar querendo ser responsável por ele, se seus pais tivesse essa sua visão "responsável e bondosa" você não estaria aqui para poder  defender tal coisa!


Novamente, óvulo + espermatozóide ≠ criança.


Mais uma vez deixo o link para o texto de Sagan e Druyan, e encerro assim minha participação.

Citar
https://medium.com/@MariliaMoscou/aborto-%C3%A9-poss%C3%ADvel-ser-pr%C3%B3-vida-e-pr%C3%B3-escolha-ao-mesmo-tempo-tradu%C3%A7%C3%A3o-60f4f6cbd9ce

Aborto: é possível ser pró-vida e pró-escolha ao mesmo tempo?

Carl Sagan e Ann Druyan*

Artigo publicado pela primeira vez na revista Parade com o título de “A questão do aborto: uma busca por respostas” em 22 de Abril de 1990.

"A humanidade gosta de pensar em termos de opostos extremos. Tende a formular suas crenças em termos de “ou isso ou aquilo”, polos entre os quais não reconhece possibilidades intermediárias. Quando forçada a reconhecer que os extremos não são praticáveis, ainda sustenta que são possíveis na teoria mas que em assuntos práticos as circunstâncias nos compelem a abrir mão de algumas posições." - John Dewey, Experience and Education, I (1938)

A questão fora resolvida havia anos. Os tribunais decidiram o caminho do meio. Pensava-se que a luta havia acabado. Ao invés disso o que temos são ataques, bombas e intimidação, assassinato de trabalhadores em clínicas que fazem abortos, prisões, lobby intenso, drama legislativo, audiências públicas, decisões dos supremos tribunais, grandes partidos políticos quase se definindo inteiramente através desta questão, e religiosos ameaçando políticos à perdição. Militantes disparam acusações de hipocrisia e assassinato. A defesa da Constituição e a vontade de Deus são igualmente invocadas. Argumentos duvidosos são repetidos como certezas. As facções em disputa reivindicam a ciência para sustentar suas posições. Famílias se dividem, maridos e esposas decidem não discutir sobre o tema, amigos de longa data não mais se falam. Políticos consultam as pesquisas de opinião para saber o que dizem suas consciências. No meio de tanta gritaria fica difícil para os adversários se escutarem. As opiniões se polarizam. As mentes de fecham.

É errado abortar uma gravidez? Sempre? Às vezes? Nunca? Como decidir? Escrevemos este artigo para melhor compreender que visões disputam tais questões e para ver se nós mesmos encontramos uma posição que nos satisfaça. Não haveria um caminho do meio? Foi preciso pesar os argumentos de ambos os lados em relação a sua consistência e propor exemplos-teste, alguns destes puramente hipotéticos. Se em alguns destes testes parecemos ir muito longe, pedimos aos leitores e leitoras que sejam pacientes conosco — estamos tentando forçar as várias posições até seu limite para ver sua fragilidade e onde falham.

[...]


Offline Del vechio

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #140 Online: 05 de Julho de 2018, 00:59:24 »
Outro dia acharam o estilo do pehojof parecido com o de um forista banido. Hoje sou eu que estou achando o estilo do Del vechio parecido com o de outro.  :?

Você como cético tem o direito de acreditar no que quiser mas , não estamos aqui  para ficarmos discutindo sobre crenças pessoais do tipo vidências do outro mundo.
Por que?

Offline João da Ega

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #141 Online: 05 de Julho de 2018, 06:54:18 »
Citar
Se você não aceita os resultados de pesquisas que refutam a sua opinião, deveria apresentar outros estudos que possam reforça-la. Do contrário não é 'ceticismo', é fechar os olhos para não enxergar aquilo que lhe desagrada. Que dados você tem para afirmar que as pesquisas, feitas por universidade e órgãos internacionais, são tendenciosas e manipuladoras? Alegar que a OMS e a Universidade de Columbia, por exemplo, não produzem pesquisas sérias é uma afirmação que carece de sentido.


Por coincidência postaram num grupo de Whatsapp de que participo um video da participação de uma "especialista em saúde pública" contestando os dados de pesquisas referentes ao aborto. Diz que é superestimado - propositadamente -  o número de abortos realizados, que o número de abortos cresceria vertiginosamente após a descriminalização, etc

« Última modificação: 05 de Julho de 2018, 06:59:15 por João da Ega »
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Offline Gangrel

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #142 Online: 05 de Julho de 2018, 09:02:50 »
Por coincidência postaram num grupo de Whatsapp de que participo um video da participação de uma "especialista em saúde pública" contestando os dados de pesquisas referentes ao aborto. Diz que é superestimado - propositadamente -  o número de abortos realizados, que o número de abortos cresceria vertiginosamente após a descriminalização, etc

A moça apresenta um tipo interessante de duplipensar. Não se pode acreditar nos dados das pesquisas (mesmo que um monte de outros estudos aponte exatamente na mesma direção), mas devemos acreditar nos números que ela imagina serem os verdadeiros.

Mais um pouquinho e ela iria falar sobre a conspiração dos Illuminati para implantar a Nova ordem Mundial com o apoio dos reptilianos de Zeta Reticuli, os Templários e os últimos sacerdotes de Atlântida...  :histeria:
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Offline AlienígenA

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #143 Online: 05 de Julho de 2018, 09:43:01 »
Confesso que o vídeo me despertou dúvidas sobre a isenção dos institutos de pesquisa mencionados. Numa pesquisa rápida, estou sem tempo agora, não encontrei dados que refutassem os argumentos apresentados. Mais tarde pretendo pesquisar com mais calma, se alguém puder se adiantar, agradeço!  :ok:

Offline João da Ega

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #144 Online: 05 de Julho de 2018, 10:11:04 »

A moça apresenta um tipo interessante de duplipensar. Não se pode acreditar nos dados das pesquisas (mesmo que um monte de outros estudos aponte exatamente na mesma direção), mas devemos acreditar nos números que ela imagina serem os verdadeiros.

Mais um pouquinho e ela iria falar sobre a conspiração dos Illuminati para implantar a Nova ordem Mundial com o apoio dos reptilianos de Zeta Reticuli, os Templários e os últimos sacerdotes de Atlântida...  :histeria:

Sim. ela diz que esse fator de multiplicação por 5 não tem base factual, apresenta um fator de 2, supostamente baseado em pesquisas, mas não mostra a fonte dessas pesquisas.
Duas coisas além disso me incomodaram no vídeo: essa fumaça de teoria da conspiração e o apelo à emoção: tratar aborto como matança de milhoes de bebês", quando se trata de fetos.

Por outro lado, ela fala de manipulação de dados: por exemplo no caso do Uruguai, diz que eles tiveram que reduzir drasticamente o número porque eram irreais os dados sobre a estimativa de abortos antes da legalização. Realmente não é crível que o número de aborto nas estatísticas caia drasticamente pelo simples fato de ser descriminalizado. A tendência seria, pelo menos no início, se manter ou subir. É preciso verificar essas informações para ver se são falsas.

Edit: "Antes da legalização estimava-se que eram feitos 33 mil abortos naquele país [Uruguai]. Depois da mudança da lei foram [registrados] cerca de 4 mil procedimentos, que estão aumentando a cada ano. Isso nao quer dizer número de abortos caiu após a legalização, mas mostra que de fato havia um número inflado, exagerado".
Esses dados são verificáveis. É preciso saber se essa informação é verdadeira ou falsa.
« Última modificação: 05 de Julho de 2018, 10:17:39 por João da Ega »
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Offline Gangrel

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #145 Online: 05 de Julho de 2018, 10:39:40 »
Confesso que o vídeo me despertou dúvidas sobre a isenção dos institutos de pesquisa mencionados. Numa pesquisa rápida, estou sem tempo agora, não encontrei dados que refutassem os argumentos apresentados. Mais tarde pretendo pesquisar com mais calma, se alguém puder se adiantar, agradeço!  :ok:
Não pesquisei sobre os institutos que a moça do vídeo afirma serem suspeitos, também por falta de tempo. Mas tem algumas informação que eu havia guardado antes que contrariam os números que ela apresentou.

Uma pesquisa do IBGE apresentada em 2015 (dados de 2013), estima um número bem alto de abortos, mais de um milhão por ano: "De acordo com a pesquisa, mais de 8,7 milhões de brasileiras com idade entre 18 e 49 anos já fizeram ao menos um aborto na vida. Destes, 1,1 milhão de abortos foram provocados." (https://www.huffpostbrasil.com/2015/08/21/veja-onde-se-faz-mais-aborto-no-brasil-de-acordo-com-o-ibge_a_21694557/)

Outra: "A conclusão é da Pesquisa Nacional de Aborto 2016 (PNA), realizada pela Anis - Instituto de Bioética e pela Universidade de Brasília (UnB) e divulgada na revista Ciência e Saúde Coletiva, que entrevistou 2.002 mulheres entre 18 e 39 anos. Uma em cada cinco delas já fez, pelo menos, um aborto na vida. A pesquisa traz ainda um número alarmante, com base em um cruzamento de dados do IBGE: 503 mil de mulheres entre 18 e 39 anos fez aborto só no ano passado no Brasil. Destas, 417 mil vivem em áreas urbanas." (https://www.huffpostbrasil.com/2016/12/08/1-em-cada-5-mulheres-ate-40-anos-ja-fez-aborto-no-brasil-catoli_a_21700824/)

Cruzamento de dados entre a Pesquisa Nacional de Aborto de 2016 (PNA 2016) e informações do relatório Mundial da Human Rights Watch: "De acordo com a PNA 2016, cerca de 416 mil brasileiras interromperam a gravidez em 2015. Já o estudo mostra que, no mesmo ano, foram realizados 1.667 abortos legais no Brasil, segundo dados repassados pelo Ministério da Saúde para a Human Rights Watch. O número equivale a 0,4% do total de procedimentos." Isso ajuda a mostrar como a atual legislação é ineficiente em impedir os abortos ilegais, já que a quase totalidade dos procedimentos é feita ilegalmente. (https://www.huffpostbrasil.com/2018/01/18/menos-de-1-dos-abortos-realizados-no-brasil-em-2015-foi-legal_a_23336168/)

E um estudo da OMS (2017, dados colhidos entre 2010 e 2014) aponta na mesma direção, cerca de 55 milhões de abortos por ano no mundo, sendo 45% deles inseguros: "Em países onde o aborto é completamente proibido ou permitido somente no caso de a vida ou a saúde física da mulher estar em risco, apenas um em cada quatro abortos é seguro. Em países onde o aborto é legal em termos mais amplos, aproximadamente nove entre dez abortos são realizados de maneira segura. Restringir o acesso ao procedimento não reduz o número de abortos realizados, segundo o estudo."

A solução é a que chegamos usando a racionalidade, sem falsos moralismos ou interferência religiosa/metafísica: "Para evitar gestações indesejadas e abortos inseguros, países precisam adotar políticas de apoio e compromissos financeiros para fornecer educação sexual abrangente; uma ampla gama de métodos contraceptivos, incluindo contraceptivos de emergência; adequado aconselhamento para planejamento familiar; e acesso a aborto seguro e legal. .... A provisão de aborto legal e seguro é essencial para atingir os Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de acesso universal à saúde sexual e reprodutiva (meta 3.7)." (https://nacoesunidas.org/oms-proibicao-nao-reduz-numero-de-abortos-e-aumenta-procedimentos-inseguros/)

Link para o relatório, em inglês: http://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/preventing-unsafe-abortion
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Offline Del vechio

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #146 Online: 05 de Julho de 2018, 12:36:19 »

só começaremos  a existir no útero materno partir da união com a célula masculina

Errado. O óvulo que fomos existia antes de absorver um espermatozóide e o continua sendo após esse fenômeno, ele não desaparece e é substituído por uma coisa completamente nova. Dizer o contrário é tão arbitrário quanto dizer que "só começamos a existir" a partir do momento em que temos batimentos cardícos ou que abrimos os olhos. É falso, estávamos lá antes, muito antes. Antes até de nossas mães conhecerem nossos pais.

Isso é uma realidade inegável; o zigoto é o óvulo, que estava lá antes. Não há espaço para discussão.

Assim como a "realidade" da farinha e da muzzarela na pizzaria também já é pizza antes da encomenda feita (e não têm chance alguma de virar pão, bolo ou lazanha até lá)?...

A pizza foi sim a farinha, independentemente do que pudesse ter vindo a ser além disso.

Não é uma outra coisa que se materializa do nada, substituindo na existência material a farinha que a compõe.

No caso de óvulos (ovulados) e pessoas, nem há outra opção, a não ser por desvio dos processos naturais.

Se a natureza segue seu curso, óvulos (humanos) apenas se desenvolverão em pessoas, não no que quer que seja o correspondente para bolo ou lasanha.


INTERESSANTE!

o forista Buckaroo parece estar a  contradizer a maioria da opinião cética que  afirmam que um embrião sem ondas cerebrais ainda não é um ser vivo que portanto pode ser descartado.
E assim da maior importância não apenas ao embrião como a todas as células que o constituem, Assim confesso que a principio entendi tal argumentação apenas como ironia, mas agora vejo sua  visão  de uma forma mais profunda.
De fato a manifestação da vida resulta da união de matérias vivas então e´valido enxergar que parte do ser humano ja esteja contido no óvulo, assim como também ja estava nos átomos que deram estrutura ao óvulo.
ampliando ainda mais esta visão por comparação, considerando que a raça humana  não teve origem alienígena, então só pode ter sido a manifestação do resultante da união dos componentes da terra.
Assim podemos ver a Terra como um óvulo dentro do ser vivo universo, que passado o período de gestação dos seres, inevitavelmente   irá menstruar reciclar transformar os óvulos planetários    em novos planetas e quem sabe isso não representar´uma forçada  evolução em novos seres?
ressalto ainda que divisão da existência em partes, não passa de uma ilusão dos nossos sentidos limitados!

Citar
Minha colocação é apenas de que se o óvulo fecundado já deve ser considerado uma pessoa que deve ter sua vida legalmente protegida, é coerente que também seja o caso um instante antes dele absorver um espermatozóide. A menos que este seja considerado que o esperma sagrado dá o poder da vida, o que sabemos não ser o caso.

Argumentação ilógica falaciosa, pois sabemos que a vida é gerada a partir da união de dois gametas , portanto é ilógico querer argumentar a mesma importância a celulas separadas.
Claro que a maquina montada (zigoto) vale mais do que suas partes individualizadas (óvulo+espermatozoide), porque ela consegue gerar algum tipo de trabalho, enquanto suas peças individualizadas da maquina, não conseguem!

óvulo = 99% zigoto embrião  é diferente de 100% zigoto embrião

a vida em questão é a manifestação da união das duas celulas gametas óvulo + espermatozoide

logo querer argumentar que apenas uma das  células  ja contenha 99% da vida embrionaria é   falacia do apelo ao tamanho.

do tipo: 

100% embrião humano  = óvulo + espermatozoide

óvulo= 99% do embrião logo deveria ser tão preservado quanto o embrião  ?

o óvulo é milhares de vezes maior do que um espermatozoide e compõe 99% do embrião, logo  deve ser considerado  milhares de vezes mais importante do que o espermatozoide e tão importante quanto o embrião ?

:no: negativo, pura falacia!
« Última modificação: 05 de Julho de 2018, 13:45:10 por Del vechio »
Por que?

Offline João da Ega

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #147 Online: 05 de Julho de 2018, 12:46:19 »
 :stunned: :stunned: :stunned:
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Offline Gangrel

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #148 Online: 05 de Julho de 2018, 13:24:04 »
 :o :o :susto: :stunned: :stunned: :stunned: :olheira: :olheira: :histeria: :histeria: :histeria:
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Offline Del vechio

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Re:Aborto é um assassinato em sua essência?
« Resposta #149 Online: 05 de Julho de 2018, 13:52:56 »
Muito boa sua argumentação, Gangrel (É novo aqui no FCC?).
Desvela as falácias do Del Vechio e ainda tem paciência de responder as postagens dele, que são uma confusão (difícil até de ler e atribuir autoria) devido a ele não saber/querer fazer os quotes.

nem tanto é só considerar a questão qual argumento dentro do retângulo e minhas respostas fora.
Por que?

 

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