Autor Tópico: Governo Bolsonaro  (Lida 112641 vezes)

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Offline Gorducho

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6075 Online: 29 de Agosto de 2019, 11:11:19 »
Eu da m/parte até desconsidero a querela da calefação. A devastação ça suffit ; fait rien s'il réchauffe la croûte :no:
« Última modificação: 29 de Agosto de 2019, 13:58:32 por Gorducho »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6076 Online: 30 de Agosto de 2019, 10:50:30 »
Bolsonaro-Bannon: A Contra-Revolução Permanente, Ataque aos inimigos,

 por Arnobio Rocha


Todos os dias, Bolsonaro, usa a tática de Bannon para espalhar suas vulgaridades e seus preconceitos, inclusive contras seus aliados e eleitores. É sempre a mesma visão, transformar ex-aliados em “Comunista”, que é contra o Brasil.

Por Jornal GGN - 30/08/2019


Dória Jr, o Comunista, nos padrões de Bolsonaro. (foto montagem de um página bolsonarista)

Bolsonaro-Bannon: A Contra-Revolução Permanente, Ataque aos inimigos
por Arnobio Rocha


“Loucura embora, tem lá o seu método (…)
Achados felizes da loucura; a razão saudável nem sempre é tão brilhante”.
(hamlet – W. Shakespeare)

O revolucionário russo, Leon Trotsky, era o maior defensor da tese da Revolução Permanente, de que a Revolução Russa se expandisse para fora de suas fronteiras e que animasse a classe operária dos demais países para a tomada do Poder, para que houvesse um governo mundial com corte socialista, pois, num só país, a revolução seria derrotada, como foi.

Dar-se com Steve Bannon a mesma coisa, com vetores trocados, ele defende que uma elite econômica com valores de extrema-direita tome o poder no mundo, uma Contra-revolução Permanente. Que esses valores, transnacionais, formem um amplo movimento de Extrema-direita e Direita e passem a gerir o planeta, para essa estratégia, vale qualquer tática, as mais sujas, inclusive, uma delas criar inimigos na própria Direita ( e extrema)

Aqui no Brasil, Bolsonaro, virou presidente numa onda de contestação à direita, uma derrocada da esquerda, tragada por escândalos, erros, que foram super valorizados e a esquerda, especialmente o PT, criminalizada. Abrindo flanco para qualquer coisa, o candidato que ia combater o “kit gay” tinha que vencer o candidato que distribuiria as “mamadeiras de piroca”.

A irracionalidade venceu, com um lógica perversa.

Todos os dias, Bolsonaro, usa a tática de Bannon para espalhar suas vulgaridades e seus preconceitos, inclusive contras seus aliados e eleitores. É sempre a mesma visão, transformar ex-aliados em “Comunista”, que é contra o Brasil. Nesse esteira temos: Dellagnol, do PSOL, Frota de esquerda, Merval, o esquerdista que mama no sistema S, agora João Doria Jr, o Vermelho. Dia de quinta a “live” do Presidente, é uma baixaria em rede.

A de ontem, dia 29.08, foi mais um episódio insólito:


Eleições 2022, em 2019 – Dória, o Comunista

“o problema do BNDES é que querem comprar avião a 3 e 4% de juros ao ano, Doria tá nessa. Doria dizia na campanha que “sua bandeira nunca seria vermelha”, mas quando estava mamando nas tetas do BNDES, era amigão do Lula e da Dilma. Comprou avião com esses juros amigos. A bandeira dele era vermelha sim, com foice e martelo, tá okey?” (Bolsonaro, Jair)

Na loucura, ele revela um método. O método Bannon, de não presidir, governar, mas ser um animador de auditório da horda neofascista. Seus fãs vibram e viralizam essas loucuras como verdade, o mesmo que Trump faz no twitter, atacam os adversários, mesmo com mentiras e inverdades, dados imprecisos que poucos vão saber e aquilo vira uma “verdade”, aquele que interessa..

É campanha eleitoral permanente, usando a presidência como palanque abertamente, não para demonstrar trabalho, mas uma espécie de pastor, de Messias, pregando uma nova verdade, nem que seja uma paranoia qualquer. O mote é a Esquerda, o Comunismo, o PT, despertar o Medo.

Enquanto isso, todos os problemas estão embaixo do tapete, escondidos, pois a mídia apenas reproduz as coisas insanas desse personagem doente.


A economia vive um completo um caos: desemprego, miséria, nenhum setor do governo funciona a contento, os números do PIB não animam ninguém pelo conjunto do (des) governo. Os ministros são a imagem do chefe, e que parecem caricaturas, personagens de ficção de tão toscos e capazes de falar e escrever tantas barbaridades. Completos analfabetos políticos, sem nenhuma sensibilidade social e humana.


A família no poder oculta suas relações podres com milicianos, usando de todos as formas de pressão sobre os órgãos e ministros, como o da Justiça. O famoso Queiroz sumiu, escafedeu-se, desde a última aparição dançando no rico hospital Albert Einstein, pago com dinheiro.

O mais vulgar presidente, do linguajar sujo, não é popular, é de baixa formação humana, não tem a ver com escola, e sim com sua personalidade de baixo clero, do deputado medíocre e obscuro, que vira Presidente da 8ª economia do planeta e não sabe nem o que vai comer no dia seguinte, não existe uma ideia nesse deserto.

“Mas pelo menos tiramos o petê?” A cretina frase que serviu de mote para os canalhas, hoje deve martelar na cabeça dos que abraçaram a completa ignorância, fruto de fantasmas e ódios, preconceitos criados pela mídia. Aliás, a grande mídia, se comporta como se nada tivesse a ver com o crime de lesa-pátria.

A pergunta é até quando a elite que aceitou um sujeito tão vulgar suportará a #vergonhaalheia mundial?



https://jornalggn.com.br/artigos/bolsonaro-bannon-a-contra-revolucao-permanente-ataque-aos-inimigos-por-arnobio-rocha/
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 10:53:11 por JJ »

Offline Geotecton

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6077 Online: 30 de Agosto de 2019, 12:13:26 »
JornalGGN e seu petismo calhorda...
Foto USGS


Offline Geotecton

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6079 Online: 30 de Agosto de 2019, 14:04:21 »
Você ao menos leu o texto, ou só vê o endereço e critica automaticamente? "PiG!"

Mal tem qualquer coisa petista aí, e nada factualmente questionável, tampouco alguma omissão crítica.

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45989131 Steve Bannon declara apoio a Bolsonaro, mas nega vínculo com campanha: 'Ele é brilhante'

https://www.dn.pt/mundo/interior/depois-de-trump-bannon-ajuda-na-campanha-de-bolsonaro-9972152.html (pt = Portugal)

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,steve-bannon-comemora-ideia-de-bolsonaro-de-ter-eduardo-como-embaixador,70002918729

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/inclusao-de-bannon-em-agenda-de-bolsonaro-nos-eua-incomoda-casa-branca.shtml

https://en.wikipedia.org/wiki/Firehose_of_falsehood

A pergunta foi para mim?

Se 'sim', responderei assim que for possível.
Foto USGS

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6080 Online: 30 de Agosto de 2019, 15:03:47 »

Líder em 2008 da CPI das Milícias do Rio, o deputado as vê mais perigosas do que nunca



Na véspera do primeiro turno da eleição de 2018, moradores de Rio das Pedras, favela na zona oeste carioca, receberam um aviso de milicianos: votem no 20 para governador, se não… Era o número do Wilson Witzel, eleito no segundo turno. Ele fez campanha unido ao então candidato ao Senado Flávio Bolsonaro, empregador, em seu gabinete de deputado estadual, da mãe e da esposa de um dos líderes da milícia de Rio das Pedras, o capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, foragido desde março, quando sua quadrilha foi presa preventivamente e acusada por vários crimes.

Com Witzel no poder no Rio e o clã Bolsonaro em Brasília, as milícias têm sido legalizadas na prática. É a visão do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que em 2008 comandou, na Assembleia Legislativa fluminense, a CPI das Milícias.

O governador tem incentivado uma atitude policial de “bandido bom é bandido morto”, do jeito que a milícia gosta. Jair Bolsonaro tenta facilitar compra e posse de armas e até disse a caminhoneiros, em maio, que “se tiver arma de fogo, é para usar”, mais música para ouvidos milicianos.


➤ Leia também:
Freixo: "Quem conhecia Bolsonaro sabia que ele não representava nada"
"Direitos Humanos não defendem bandidos, defendem a lei", diz Freixo
Três meses antes da criação da CPI de Freixo, Bolsonaro, então deputado, defendeu legalizar as milícias. “O governo deveria apoiá-las, já que não consegue combater os traficantes de drogas. E, talvez, no futuro, deveria legalizá-las”, disse à BBC. Hoje, há “narcomilícias”, diz Freixo, a apontar que nada resta em favor do justiçamento, condenável por si, se os “mocinhos” agem feito bandidos.

Terá sido coincidência o presidente ter forçado, em 15 de agosto, a saída antecipada do chefe da Polícia Federal (PF) no Rio? Há quem jure que o delegado Ricardo Saadi estava de olho nas milícias e as investigava.

E será coincidência que em 14 de agosto Bolsonaro tenha atacado publicamente a Receita Federal e em 17 de de agosto o auditor-fiscal à frente da alfândega de um porto do Rio, situado em área dominada pela milícia, tenha escrito a colegas que sua cabeça estava a prêmio?

Na entrevista a seguir, Freixo comenta esses episódios, fala do avanço da lógica miliciana no meio da gestão Witzel e explica por que, dez anos depois da CPI, as milícias estão mais perigosas.

CartaCapital: A troca do chefe da PF no Rio tem relação com as milícias?
Marcelo Freixo: É muito possível. Ele era um bom agente público, uma pessoa séria, que fazia um bom trabalho. Não foi afastado pelos seus defeitos, foi afastado pelas suas qualidades. Se alguém é afastado por suas qualidades na área de segurança pública, isso é preocupante.

CC:E a possível troca de comando da Receita Federal, particularmente no porto de Itaguaí, tem relação com milícias?
MF: Não tenho nenhuma dúvida disso. Itaguaí é uma área dominada por milícia. É preciso que se investigue, é preciso que se olhe a possível relação entre essas coisas.

CC: O que a Receita poderia fazer ou faz ali que atrapalha a milícia?
MF: A milícia tem uma dinâmica financeira. A principal dinâmica da milícia é a financeira. A militar é consequência daquela relação de origem. A relação de ser da milícia é a receita, é financeira. Se você quer pegar a milícia, tem que ir na receita. Cada um que faça suas conclusões.

CC: Por que o senhor diz que a milícia de hoje é diferente daquela de 2008?
MF: Não é a milícia em si. Na verdade, o que mudou foram mais o Rio de Janeiro e a política nacional. A CPI pegou os braços políticos das milícias, os líderes são presos e há um baque muito grande, mais de 200 prisões. Como qualquer grupo criminoso, se você não tirar dele o território e o braço econômico, eles se renovam. Foi que aconteceu com a milícia. Mas eles não se renovam só nas suas estruturas pessoais, se renovam na relação com a política. Isso começa com a ascensão de uma extrema-direita a partir de 2013. O Bolsonaro sempre foi o esgoto do sistema. Ele defendeu a legalização das milícias em 2008 abertamente. E o que a gente vê hoje é um processo de legalização das práticas da milícia, não por lei, mas na prática. Essa é uma nova concepção de Estado que a gente vê surgir, muito perigosa para a democracia. A democracia era ameaçada pela milícia pelo domínio eleitoral, hoje é ameaçada pela milícia como uma nova concepção de Estado. De um Estado armado, de uma força armada pró-certa força política, com controle de território. É algo muito novo, algo que a gente não consegue diagnosticar.



CC: A milícia faz parte da atual política de segurança pública do governo do Rio, de maneira formal ou informal?
MF: De maneira formal, não posso dizer. Que as milícias têm candidatos, que apoiaram candidatos, não há duvidas. São muitos relatos. Se você pegar o número de pessoas mortas pela polícia, onde elas foram mortas, você vê uma diretriz de enfrentamento diferente. Isso não quer dizer que nenhum setor da polícia esteja investigando milícia, nem que toda polícia esteja comprometida com a milícia. Há setores da Polícia Civil que investigam milícia. Mas é muito pontual. Não há uma prioridade política de enfrentar esse grupo, que é muito mais organizado. Os confrontos bélicos, que são ilegais na maioria das vezes, não acontecem nas áreas de milícias. Para enfrentá-las, é necessária uma estratégia específica. Não dá para enfrentar da mesma maneira que se enfrenta o tráfico. São formas diferentes de organização criminosa. Tem que enfrentar o tráfico, mas tem que enfrentar também um grupo que ameaça a democracia, que é a milícia. Contra as milícias, tem que ter investimento em inteligência, mas houve um desmonte da inteligência no Rio de Janeiro.


CC: Quando houve esse desmonte? Quem o promoveu?
MF: Vem acontecendo já de muito tempo. Quando a gente fez a CPI das Milícias, eu atuei junto com a Draco, Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, que já era frágil em 2008. Hoje, está muito mais. Não foi um governo. Isso veio acontecendo.

CC: Segundo uma notícia recente no UOL, de 881 mortes pela polícia neste ano no Rio, nenhuma foi em área de milícia. Foram sempre em zonas de tráfico.
MF: Isso diz muito. Eu não estou defendendo que tenha que ter morte em área de milícia. Eu acho que as operações precisam ser de mais inteligência, de mais prevenção. Os confrontos devem acontecer só quando for inevitável, porque se não você tem um número grande de inocentes mortos. Tivemos seis na semana passada. Mas quando você tem conflitos em só numa área, isso está dizendo alguma coisa. Ao mesmo tempo, a milícia tem uma extensão territorial hoje que já é maior que o tráfico. O número de territórios dominados pela milícia é maior do que o tráfico. E você tem uma operação em que o presidente da República defende a legalização das milícias e um governador que não faz nenhuma fala priorizando o enfrentamento da milícia. O silêncio é ensurdecedor.

CC: Acha que pode estar ocorrendo uma tentativa de limpar o terreno nas zonas de tráfico para que a milícia ocupe esse espaço? Um livro lançado ano passado chamado “Rio sem lei” fala na existência de narcomilícias.
MF: São duas coisas diferentes. A milícia em 2008 se estabelece com um discurso muito moralista de ordem, se opondo ao tráfico. Isso faz com que a milícia seja vista durante muitos anos como um mal menor, a ponto de autoridades defenderem a milícia. Não só o Bolsonaro, para falar a verdade. Ele defendeu a legalização, foi um pouco além. Outros diziam que era um mal menor, que era uma autodefesa comunitária. Isso mudou. Depois de um certo tempo, a milícia começou a ter tráfico nos seus territórios. Por uma razão simples: a milícia é movida por grana. É grana que move a milícia. Eles ganham dinheiro no gás, na internet, na extorsão, na agiotagem, na grilagem de terrenos, isso aí tudo é economia da milícia. O tráfico começa a operar uma economia que antes era da milícia, controlar gás, internet. E a milícia adota o tráfico. O conceito de narcomilícia vem daí. A milícia expande sua economia para o tráfico. Isso é muito visível. Mas dizer que áreas são combatidas para entrar milícia, eu teria que ter provas disso para poder afirmar. Não tenho.

CC: Se a milícia a milícia trafica, comete crimes, o que justificaria a existência dela nos termos dos seus defensores? Porque a milícia virou uma quadrilha.
MF: Sempre foi, sempre foi um grupo criminoso, armado. A sociedade demorou a enxergar, pela ideia do mal menor. Mas a milícia tem um elemento fundamental que eu já disse aqui: é o único grupo criminoso que tem domínio eleitoral do território e transforma o seu domínio econômico e militar em domínio político. Todo dono de milícia é dono de centro social, por exemplo. A milícia opera uma lógica de Estado leiloado e cada vez mais, essa é a novidade, integrada ao Estado oficial. Quando o governador do Rio diz que quem não deixa a polícia trabalhar são os direitos humanos, presta um desserviço, porque a defesa dos direitos humanos é a defesa da lei e o enfrentamento à barbárie, muitas vezes promovida pelo Estado. Então, quando o governador diz que precisa deixar a polícia trabalhar, está dizendo que a polícia trabalha melhor se ela não tiver parâmetro legal, que em alguns lugares há necessidade de flexibilizar as leis e a democracia. Esses lugares são os lugares mais pobres. A partir do momento que você define quem você considera do povo ou não, quem você considera igual ou não, você, mesmo que indiretamente, opera no fortalecimento e na lógica das milícias. A milícia faz a justiça, com todas as aspas que nós podemos colocar nessa palavra, através do justiçamento, de uma ordem própria que não tem parâmetro legal. Quando o Estado admite esta lógica, querendo ou não, e eu não estou dizendo que esta é a intenção do governador, está legitimando a milícia.

CC: As ações do governo federal colaborem com isso também. Não que miliciano precise de facilidade para comprar arma, mas a tentativa de facilitar porte e posse é bem-vinda, não?
MF: Claro. Os valores colocados por Bolsonaro, a lógica bolsonarista não começa nem termina com o Bolsonaro. Sua lógica é uma lógica política e social mais ampla do que cabe em uma única figura política. O Doria e o Witzel são representantes desse bolsonarismo que não dependem do Bolsonaro. E outras figuras surgirão. Isso tem a ver também com os erros da esquerda de 2013 pra cá. Não estou dizendo que a esquerda seja responsável por isso sozinha, mas passa também por erros como a incapacidade de leitura do que isso significou durante um tempo. A gente só se dá conta do significado do bolsonarismo tarde demais. Todos nós. E eu estou me incluindo nessa crítica. Não é uma crítica direcionada a outros da esquerda, é a todos nós, a mim inclusive.

CC: Autocrítica.
MF: Autocrítica coletiva. Então, nesse ponto, a lógica bolsonarista, que é a lógica da vingança, do ódio, do medo, de não ter a legalidade como parâmetro de segurança, a prioridade de uma lógica de segurança calcada na violência, na distribuição de armas, isso é um caldo de cultura político que dialoga com aspectos sociais do bolsonarismo. A gente pode estar diante de algo que está só começando. O Bolsonaro tem seis meses. Se os setores progressistas não tiverem a responsabilidade de ler adequadamente o significado disso e de agirmos coletivamente, coesionados, compactados e com programa de enfrentamento… A gente não pode dizer mais só o que a gente não quer, que o bolsonarismo é um atraso. O Witzel não comemorou sozinho a morte daquela pessoa, há uma massa comemorando. Nós podemos condenar o Witzel e fazemos o quê com essa massa de pessoas? O que a gente apresenta? Como é que a gente dialoga com essas pessoas? Qual é o nosso projeto? Até hoje, a gente é pautado pelo que o Bolsonaro diz e não pelo que ele faz. Ele tem estratégia, mesmo que seja um projeto confuso, mas ele tem uma estratégia. Qual é a nossa e qual é o nosso projeto?

CC: Na segurança pública, a dificuldade é ainda maior, porque é um tema em que as ideias progressistas são de longo prazo, mais estruturais.
MF: Olha aqui a Comissão de Segurança Pública da Câmara, eu faço parte dela. Eu, Paulo Teixeira (do PT paulista) e Perpétua (Almeida, do PCdoB do Acre). Somos os únicos sem patente. Todos os outros são cabo, coronel, general. Todos os deputados têm patente na Comissão de Segurança da casa. Isso diz muito.

CC: Como o senhor acha que deveria ser uma agenda de segurança pública pela esquerda? Como combater o crime com ideias de esquerda?
MF: Só é possível combater o crime com o mínimo de eficácia se a gente investir em inteligência, se a gente investir em uma outra formação e concepção de polícia. A gente tem que debater com a polícia qual a polícia que a gente quer. A gente precisa discutir o modelo de polícia. A gente precisa discutir o modelo previdenciário. A gente tem que entender a lógica previdenciária. A gente tem que reformular o sistema de justiça criminal. A gente tem que ir a fundo nesse processo, romper com a lógica punitivista da vingança que dialoga com o medo e é muito bem calcada com isso. E nós temos propostas. Reformular a polícia, rever o sistema de justiça criminal, propor um processo de sistema penitenciário que dialogue em uma outra perspectiva que não a da amnésia. Proposta não falta pra gente. A esquerda vai dar atenção pra isso? A esquerda vai priorizar isso? Ou vai entender que essa é uma pauta repressiva?

CC: Não deu bola em 2018.
MF: Não deu bola historicamente. Venho reclamando disso há muitos anos. São sempre os mesmos do setor progressista que se reúnem para falar sobre segurança pública. Nós somos muito amigos, inclusive, porque somos sempre nós que nos encontramos para falar as mesmas coisas.



https://www.cartacapital.com.br/politica/bolsonaro-e-witzel-legalizam-milicias-na-pratica-diz-freixo/


Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6081 Online: 30 de Agosto de 2019, 15:15:47 »
O inimigo agora é o mesmo: a atualidade de Tropa de Elite 2 no cenário político brasileiro


Texto que trata do crime organizado a partir do prisma de Tropa de Elite 2, que apresente outro inimigo, com o contexto da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ)
Antonio Lima Júnior


Mar 13 · 4 min


O tema das milícias ressurge a partir das investigações acerca do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), em 14 de março de 2018, por que apontam o envolvimento dos ex-PMs ligados ao Escritório do Crime, milícia que atua nas comunidades cariocas. Os milicianos investigados estão relacionados com o gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, expondo um envolvimento direto de relação íntima entre o clã Bolsonaro com as famílias dos milicianos.

Tal caso resgatou um meme nas redes sociais, de uma cena do filme Tropa de Elite 2 (2010), onde se sugere que o povo votou em Bolsonaro achando que era um Capitão Nascimento, quando na verdade era o miliciano Rocha, da trama. Curiosamente, o primeiro filme da franquia, lançado em 2007, criou no imaginário popular a figura do policial que manda porrada em bandido, através do personagem Capitão Nascimento, interpretado pelo ator Wagner Moura.

À revelia do próprio ator e do diretor do filme, José Padilha, que viam na trama uma crítica à segurança pública, essa narrativa foi construída de forma que fortaleceu os setores conservadores da sociedade, que enaltecem o militarismo e atacam os direitos humanos. Tal narrativa foi contestada no segundo filme, onde o capitão, promovido a coronel, mostra que o inimigo agora ‘é outro’.
A memória é algo que costuma nos trair, e em matéria de cinema, muitos perdem o legado em questão de segundos. José Padilha, que entrou na roda do unlike depois da série O Mecanismo, uma clara alusão à Operação Lava Jato da Polícia Federal, mostrou em Tropa de Elite 2 todos os problemas sociais que não pôde expor no primeiro filme, ou que ficaram acobertados pela estética policialesca do Capitão Nascimento. Diretor polêmico, Padilha também dirigiu o documentário Garapa (2009), que mostrava a realidade das famílias carentes do Nordeste e a importância dos programas Fome Zero e Bolsa Família.

Cena da ação da milícia no filme Tropa de Elite 2 (2010), Direção de José Padilha

No segundo filme, prestes a ser exonerado pela chacina no presídio, o agora coronel Nascimento é aplaudido pela classe média, mostrando que para a sociedade, bandido bom é bandido morto. Algo que, quase dez anos depois do filme, se atualiza nos resultados das eleições do ano passado, com a consolidação da bancada conservadora e da bala enquanto hegemônica no Congresso Nacional.

Temos, assim, o papel de desconstruir o imaginário que os setores conservadores usaram a partir do primeiro filme. Basta ver exemplos como o de Alexandre Frota, eleito deputado federal pelo PSL paulista, que na época participou do quadro que ironizava o filme, Bofe de Elite, no programa do Show do Tom.
O retrato do BOPE, aparentemente enaltecido no primeiro filme, é exposto às contradições da realidade no segundo, quando Matias denuncia a precarização do batalhão, expondo os problemas de segurança pública do estado, que transformou a força de operações especiais num verdadeiro exterminador de pobres, enquanto as milícias se consolidavam, passando por cima dos atravessadores do tráfico comum.

A relação entre a milícia e a política é destrinchada na continuação de forma minuciosa, ao mostrar que a milícia, ao controlar territórios, garantia votos para os políticos que estavam atrelados à corrupção policial. O que explica, na realidade, o crescimento de muitas figuras que hoje são as mais votadas nas favelas cariocas, mesmo sendo estas defensoras abertas de políticas que vão na contramão dos direitos sociais dos menos favorecidos; retomando o voto de cabresto, algo que aparentemente era taxado como proeminente da política coronelista do nordeste brasileiro.
Um dos momentos de redenção do Padilha diante das críticas do primeiro filme foi, durante as cenas da invasão à Favela do Tanque no segundo filme. Usa a estética agressiva, a exemplo do “saco na cabeça” com o chefe do tráfico, como ferramenta para se chegar à conclusão de que o inimigo agora é outro, nas palavras do subtítulo do filme; ou seja, de que não se resolveria o problema do crime com a violência do BOPE (que é regenerado na cena do atentado ao Nascimento), mas agora com a denúncia da corrupção do Estado.

Essa resolução se dá a partir da morte de Matias, o que chega a ser irônico como reforça a máxima “a vida imita a arte”, pois vemos hoje o rastro da milícia que começa a ser caçada após o assassinato de Marielle, figura importante na denúncia do projeto de segurança pública carioca. Nas palavras do Coronel Nascimento, o importante é saber quem mandou matar Matias, Marielle, e tantos outros.

Para desconstruir o mito do Capitão Nascimento, Padilha mostra um personagem agora frágil, que não é mais linha de frente nas operações, que se emociona e chora diante do filho internado. Seu único tiro durante todo o segundo filme é contra os milicianos, seguido da denúncia dos esquemas de corrupção na CPI das milícias, que na vida real existiu em 2008 e hoje retoma à ordem do dia após as denúncias de envolvimento da família Bolsonaro com os milicianos. Isso resgata o mundo cinematográfico de Padilha, porém com um viés diferente do que a direita conservadora emplacou, no famoso “parece que o jogo virou”.

Portanto, atualizar a mensagem do segundo filme é importante para derrotar o imaginário que a direita construiu a partir do primeiro — enterrando o mito do Capitão Nascimento e fortalecendo a figura de denúncia do Coronel. Na disputa de narrativas, é preciso tomar lado, assim como Nascimento tomou no fim da trama, e mostrar que o inimigo agora é outro; ou na verdade sempre foi o mesmo, não o adversário que apontavam antes.

Texto de Antonio Lima Júnior e editado por João C. Horst Filho. Esta publicação é aberta para colaborações. Confira o nosso Expediente e Editorial.



Antonio Lima Júnior


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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6082 Online: 30 de Agosto de 2019, 16:16:54 »


Compreendo a importância do meio ambiente, mas não o uso como plataforma para lançamento de ideias comunistas, até porque sou radicalmente anti-comunista.



O que significa:   "não o uso como plataforma para lançamento de ideias comunistas"


Por acaso você também faz parte da turma de  negacionistas do aquecimento global  ?


 :?:





Pois é... também fiquei curioso. Gostaria que o Marciano explicasse melhor como o "ambientalismo" é usado para lançar ideias comunistas.

Hoje, resolvendo apressadamente algumas coisas no centro da cidade, estive brevemente no prédio da UFF para xerocar um documento. No portão de entrada uma moça muito simpática ofereceu-me o Jornal Comunista.

- Jornal comunista? ( me espantei! ), não obrigado.

Volto 5 minutos depois e ela insiste mais um vez.

- Jornal Comunista de novo?

- É, de novo. Diz a moça rindo.

- Meu deus!, quem é comunista hoje em dia? Do que fala esse jornal, quanto custa?

- São só 3 reais, para manter a nossa "empresa".

- Caraca! Empresa comunista?!

- Não, eu disse imprensa. Tem uma matéria sobre o desenvolvimento da América Latina...

Eu não tinha 3 reais na carteira, apenas dois. Então não comprei o jornal. Mas percebendo meu interesse a menina simpática me ofertou um panfleto que tirou já meio amassado da mochila: "O engodo ecológico contra o capitão aventureiro".

Do qual transcrevo o seguinte trecho ( pois estou com preguiça de escanear e colocar o artigo aqui. )

Nos últimos dias, em todos os jornais do mundo houve mobilização contra os incêndios na Amazônia. O imperialismo brasileiro, sob direção do capitão aventureiro, está sendo posto sob pressão. No fundo, a reestruturação mundial da indústria automobilística para a conversão ao carro elétrico é o grande motivador para a nova campanha ecologista. [...]


Quer dizer... os anti-comunistas acham que ecologia é um golpe comunista. Já os comunistas parecem acreditar que seja um engodo capitalista.

E o mico leão dourado, coitado, sifu nessa.

Não há dúvida de que o meio ambiente deve ser preservado e de que há muita coisa para se fazer. Quanto à sua dúvida, quero esclarecer, no intuito de me fazer melhor entendido, de que muitos esquerdistas, fingindo estar preocupados com o meio ambiente, usam o assunto como desculpa esfarrapada para dizer que estamos produzindo demais, consumindo demais. O engraçado é que fazem isso através de smatphones, tablets, computadores e satélites de comunicação cuja produção e lançamento ao espaço em muito prejudicam o meio ambiente.

Eles não se preocupam com os danos ao meio ambiente causados pelos esquerdistas, como a ex-CCCP, aka União Soviética destruiu o mar de Aral, por exemplo.

https://www.infoescola.com/hidrografia/mar-de-aral/

A impressão que me fica é de que desejam que os países socialistas, através da produção de bens que causam dano ao meio ambiente, fiquem com suas economias muito superiores às dos países não-socialistas.

Eles falam mal da exploração da mão de obra de imigrantes, por exemplo, mas esquecem-se de que essa mão de obra é voluntária, de que as condições em que viviam os operários antes da exploração capitalista eram muito mais adversas e de que eles optaram por isto e ficaram felizes com a exploração, comparada ao modus vivendi de quando viviam em seus lugares de origem.

Não se mostram nem um pouco preocupados com a exploração da mão de obra na China, em Cuba, etc., onde, aí sem, o proletariado é praticamente escravizado.

Espero ter sido bem claro.
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 16:19:14 por Marciano »
𝕸𝖆𝖗𝖈𝖎𝖆𝖓𝖔

Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6083 Online: 30 de Agosto de 2019, 16:22:25 »
Qual será o papel do Governo Bolsonaro no aquecimento global


Você não sabe que o cara faz parte da turma dos conspiracionistas  negacionistas ?    Você está tão por fora assim ?

Na verdade, como já disse antes, eu não tenho uma certeza dogmática de que o aquecimento global tenha por causa ações humanas. Se tiver, não sei qual o papel da China, por exemplo. Não sou especialista no assunto e acho que os especialistas podem ter outros interesses (grande parte deles, ao menos - para um lado ou para outro).
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6084 Online: 30 de Agosto de 2019, 16:24:02 »
x2E2E Não foi erro do sistema. É proposital. Tem um significado diferente de "?"
Tá bem que o Sr. obedeceu a exigência da Casa :ok:
+ pas besoin d'humilier nous :bravo:

Désolé, mon ami!
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Offline Gorducho

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6085 Online: 30 de Agosto de 2019, 17:04:58 »
:offtopic:
[provavelmente levarei :amarelo:  ::)]

tem um significado diferente de
؟ علامة الاستفهام

Que coisa :stunned:
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 17:08:29 por Gorducho »

Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6086 Online: 30 de Agosto de 2019, 18:28:36 »
:offtopic:
[provavelmente levarei :amarelo:  ::)]

tem um significado diferente de
؟ علامة الاستفهام

Que coisa :stunned:

:offtopic:

Tem. É um símbolo, já antigo, para ironia. Nada a ver com ؟ علامة الاستفهام

Citar
The irony mark or point d’ironie was promoted by Alcanter de Brahm in the late 1800s, but you probably have never seen it used because…

Although it is part of unicode (U+2E2E), it is mostly ignored, so most applications don’t include it.  For example, the WordPress system I am currently using for this website does not include it in the standard set of symbols even though WordPress has an extensive set of other obscure symbols including symbols like ♣,ζ,¤,‰, & ◊.  The irony mark is so obscure, it doesn’t even display correctly on many of the Wikipedia pages that write about it!  And Wikipedia is built to communicate in almost every written language, so if Wikipedia doesn’t display it correctly, it must be hard to display.
Dyslexics don’t get it.  They can correctly perceive when a character is upside down, but have a hard time perceiving flipped left-right mirror images.
The symbol already has prior alternative meanings.  It was originally invented by Henry Denham in the 1580s, but he called it the Percontation Point and used it to signify a rhetorical question. The same symbol is also used in Arabic to signify a regular question.  So the irony mark is already has a history of use for a completely different meanings.
¡¿Over a century of failure to catch on is a remarkable record.   ¡¿We should respect this longstanding tradition¡
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 18:44:25 por Marciano »
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6087 Online: 30 de Agosto de 2019, 18:31:49 »
.obiɔǝɿɒlɔƨǝ ɿǝɈ oɿǝqƨƎ
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6088 Online: 30 de Agosto de 2019, 18:34:47 »
:offtopic:

Como o preclaro amigo bem sabe, temos o hábito, no meu planeta, de psicografar em textos espelhados. Aqui não há ironia.
Lembra-se daquele feito do PDF?
 Pois é! Ele plagia nossos médiuns.
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6089 Online: 30 de Agosto de 2019, 18:40:28 »
.oɿɒnoƨloꓭ olǝq ɿɒɿǝqƨǝ υov ɒɿoϱA

Com a palavra os saudosistas. ⸮
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 18:45:31 por Marciano »
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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6090 Online: 30 de Agosto de 2019, 19:18:19 »
O Cobalto é um elemento essencial na produção de smartphones, carros e computadores.
Mais da metade do suprimento de cobalto no mundo provém da República Democrática do Congo, onde são empregadas crianças a partir de 7 anos de idade, trabalhando em condições de periculosidade.

Como será que os esquerdistas encaram esse fato؟


AS MINAS DO CONGO: HÁ SANGUE EM SEU SMARTPHONE

https://declaracao1948.com.br/wp-content/uploads/2018/11/Congo3-cobre-e-cobalto-900x500.jpg

Citar
Você imagina que seu smartphone de última geração possa estar ao mesmo tempo conectado à rede de comunicação global do século XXI e ao trabalho de crianças de seis anos em minas, como na Revolução Industrial do século XVIII?

Elodie é uma jovem de 15 anos que trabalha em uma mina de cobalto na República Democrática do Congo (RDC). Ela carrega nas costas o filho de dois anos e ambos passam o dia inalando poeira mineral que desencadeará uma série de problemas pulmonares no curto prazo. Mas Elodie não tem a quem recorrer: seus pais morreram trabalhando naquelas mesmas minas. E, como eles, ela passa o dia inteiro curvada, cavando com uma pequena pá em busca das pedras esverdeadas de heterogenita, até que preencha uma sacola. Levará o dia todo para concluir a tarefa, que renderá cerca de U$ 0,65. É com essa renda diária que Elodie e o filho sobrevivem. Na ponta oposta dessa cadeia produtiva estamos nós e nossos aparelhos.


O restante do texto está aqui:

https://declaracao1948.com.br/2018/11/19/as-minas-do-congo/
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 19:35:50 por Marciano »
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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6091 Online: 30 de Agosto de 2019, 19:31:19 »
Exemplo do uso da pontuação.
Letras verdes fazem parte da agenda ambiental.
Ambientalistas (não os de verdade, os oportunistas) gostam de verde. Clorofila lhes faz bem.
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 19:36:20 por Marciano »
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6092 Online: 30 de Agosto de 2019, 19:32:02 »
Claro que ambientalistas estão certos em se preocuparem com o ambiente. O problema é o uso político do ambientalismo.

Agora não tem ironia alguma. Estou apenas tentando responder ao que me foi perguntado.
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 19:38:21 por Marciano »
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6093 Online: 30 de Agosto de 2019, 19:45:56 »
Já implicaram antes com o verde e o vermelho no meu avatar.
Eis aqui a verdadeira razão:

https://dublagempedia.fandom.com/pt-br/wiki/Marvin,_o_Marciano

Marvin, o marciano, é um cientista de renome, neurocirurgião, piloto de carros de corrida, estrela do rock e herói de história em quadrinhos. Foi objeto de um filme em 1984.
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Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6094 Online: 30 de Agosto de 2019, 19:55:26 »

Espero ter sido bem claro.

Seria melhor se a questão do problema ambiental (que é objetiva, técnica), não fosse ideologizada. Os fatos são teimosos por natureza e insistem em continuar sendo fatos mesmo quando não gostamos deles, quando não acreditamos neles, quando não os entendemos e até quando os ignoramos. O efeito estufa não é de esquerda nem de direita, ele é ou não é. Ou existe ou não existe, apenas isso.

Será que esse discurso de que ambientalismo = esquerdismo tem algum fundamento, ou foi construído como parte de uma retórica a serviço de gigantescos interesses econômicos? Porque analisando cuidadosamente não parece fazer sentido.

Você, por exemplo, desconfia que por trás de tudo isso exista um plano diabólico para favorecer economias socialistas. As de Cuba e Coreia do Norte? Contudo estes últimos baluartes socialistas não parecem estar em condição de orquestrarem uma conspiração em escala global com o poder até de alinhar a comunidade científica internacional aos seus interesses.

Já na China o capitalismo é tão mais selvagem que no ocidente que atraiu mais de 300 fábricas americanas. Atualmente 50
estão saindo de lá por causa das sanções do Trump, mas não vão voltar pra casa. Planejam continuar no sudeste asiático e muitas irão para Vietnam e Cambodja, onde o capitalismo sem tantos esquerdismos trabalhistas permite que sejam mais competitivas do que se instaladas nos EUA ou Alemanha.


"Mais de 50 gigantes tiram produção da China, mas destino não é os EUA"


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/mais-de-50-gigantes-tiram-producao-da-china/
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Já se disse também que o ambientalismo seria o instrumento dos países desenvolvidos para impedir o desenvolvimento dos países emergentes. Já garantiram que o aquecimento global é uma mentira inventada pelas ONGs ambientalistas de olho em um faturamento de bilhões em subvenções, doações e patrocínios. Mas o Ernesto Araújo acredita que o esquerdismo pretende controlar a vida das pessoas através da chantagem ambiental. No entanto sem conseguir explicar o que o "esquerdismo" ganharia se pudesse convencer as pessoas a comprar um carro econômico, em vez de um SUV. Para o chanceler há um plano insidioso de esquerdistas levando pessoas comuns a descartarem adequadamente suas baterias de celular. Mas como isto enfraqueceria os governos de direita ainda é um enigma que somente mentes olavistas são capazes de desvendar.

Ao que parece a conspiração ambientalista ainda busca conspiradores críveis: uma hora tentam jogar a culpa nas potências desenvolvidas mas os sucessivos governos americanos não ajudam muito na tese. Então acusam as ONGs, porém é difícil imaginar que dezenas de milhares de pequenas entidades tenham tal poder de articulação, aí tentam os esquerdistas, os comunistas...

Marciano, pense um pouco: você diz não ter certeza das causas antropogênicas do aquecimento global. Então a atmosfera da Terra está ficando mais quente, mas talvez a causa não seja o efeito estufa, certo? Seriam causas naturais, ainda não bem compreendidas, determinando mudanças climáticas que - nisto todos concordam - sempre fizeram parte da história do nosso planeta. Há muitos problemas para se sustentar essa hipótese e eu vou abordar apenas um deles.

Quem tem memória se lembra que tempos atrás o discurso negacionista era mais focado em pôr em dúvida o próprio aquecimento mas hoje, tendo em vista de que os efeitos do aquecimento já são observados diretamente pela maioria das pessoas, a retórica dos negacionistas passou a questionar as reais causas do aumento da temperatura global. Mas nem todo mundo percebe a contradição implícita: se não há causa antropogênica, se não tem relação com o efeito estufa e as mudanças climáticas são resultado de fatores naturais ainda não totalmente conhecidos, então como foi possível - há mais de 30 anos - que cientistas tivessem previsto que a temperatura média iria subir neste século como de fato ocorre, se as causas para essas alterações são, como alegam, naturais e ainda não conhecidas e compreendidas?

Percebe o absurdo? Fenômenos que presenciamos hoje (como o derretimento do Ártico e agora também da Antártida ) foram prognosticados há décadas como consequência do efeito estufa. Mas para os negacionistas tudo não passa de uma colossal coincidência: os esquerdistas - ou sei lá o quê - resolvem inventar um fantasioso efeito estufa e então imediatamente a natureza decide aquecer o planeta só para colaborar com o plano! É loucura, o tipo de loucura para o qual normalmente se apela para ideologias a fim de cooptar incautos, porque se ninguém sabe realmente porque o clima está mudando - como postulam os negacionistas -, então seria muito espantoso que a mudança tivesse sido prevista.

Citação de:  O Globo
Cientistas alertam para efeito estufa nos anos 80 e fazem conferência mundial. Pesquisadores chegaram à preocupação por causa do clima no ano de 1983. A Europa teve em 2003 o verão mais quente dos últimos 500 anos, afetando 300 mil pessoas

Leia mais: https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/cientistas-alertam-para-efeito-estufa-nos-anos-80-fazem-conferencia-mundial-9904580#ixzz5y7vM0Jkn
stest

Nem todo mundo sabe, mas o primeiro estudo científico a indicar que o efeito estufa iria alterar o clima foi patrocinado pela petrolífera anglo-holandesa Shell. Ainda nos anos 70. E durante algum tempo a empresa mostrou séria preocupação com o problema, chegando a investir em campanhas de conscientização, como prova esse longo vídeo educativo lançado pela Shell em 1991. Contudo posteriormente o vídeo "desapareceu" assim como qualquer referência a ele, tendo sido recuperado de forma independente por um site holandês e divulgado sem o aval da companhia.

O título não deixa margem a dúvidas: "CLIMA DE PREOCUPAÇÃO"


Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6095 Online: 30 de Agosto de 2019, 19:59:05 »
O Cobalto é um elemento essencial na produção de smartphones, carros e computadores.
Mais da metade do suprimento de cobalto no mundo provém da República Democrática do Congo, onde são empregadas crianças a partir de 7 anos de idade, trabalhando em condições de periculosidade.

Como será que os esquerdistas encaram esse fato؟


AS MINAS DO CONGO: HÁ SANGUE EM SEU SMARTPHONE

https://declaracao1948.com.br/wp-content/uploads/2018/11/Congo3-cobre-e-cobalto-900x500.jpg

Citar
Você imagina que seu smartphone de última geração possa estar ao mesmo tempo conectado à rede de comunicação global do século XXI e ao trabalho de crianças de seis anos em minas, como na Revolução Industrial do século XVIII?

Elodie é uma jovem de 15 anos que trabalha em uma mina de cobalto na República Democrática do Congo (RDC). Ela carrega nas costas o filho de dois anos e ambos passam o dia inalando poeira mineral que desencadeará uma série de problemas pulmonares no curto prazo. Mas Elodie não tem a quem recorrer: seus pais morreram trabalhando naquelas mesmas minas. E, como eles, ela passa o dia inteiro curvada, cavando com uma pequena pá em busca das pedras esverdeadas de heterogenita, até que preencha uma sacola. Levará o dia todo para concluir a tarefa, que renderá cerca de U$ 0,65. É com essa renda diária que Elodie e o filho sobrevivem. Na ponta oposta dessa cadeia produtiva estamos nós e nossos aparelhos.


O restante do texto está aqui:

https://declaracao1948.com.br/2018/11/19/as-minas-do-congo/

Pessoas que se consideram de esquerda geralmente são mais sensíveis a temas como este. Embora eu creia que trabalho escravo de crianças de 7 anos deva parecer condenável para qualquer pessoa independentemente de sua posição no espectro ideológico.

Hoje em dia muitos considerariam o site de onde você tirou a matéria como esquerdista. E a denúncia é feita pela esquerdista Anistia Internacional. ( Pelo menos esquerdista para 11 entre cada 10 bolsominions )

« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 20:02:02 por Pedro Reis »

Offline Fenrir

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6096 Online: 30 de Agosto de 2019, 20:11:10 »
Acho que alguem ja disse aqui, creio que foi você, que para o bolsonaro, qualquer um que discorde dele é de esquerda, não importa
de que parte do espectro politico o crítico esteja inserido.

Isso é sintoma de um problema que percebo há um bom tempo por aqui (no país, não no fórum) e adianto que não é só o bozo que pisa na bola neste quesito não:
Certos temas são imediatamente associados como pertencentes a este ou aquela parte do espectro, num nível como se fossem infringir um copyright ou cometer um pecado mortal se um lado se aventurasse a tratar dos temas que são comumente associados ao lado oposto...
Acho isso bem irritante e demonstra que, para qualquer dos lados, importa mais estar certo e impor sua agenda, que promover o bem comum, já que se um deles, por algum "milagre" faz ou tenta fazer algo pro bem da sociedade, o outro logo desaprova em lugar de ajudar, já que a iniciativa não veio deste outro... puta hipocrisia.
Mas isso não é de se espantar, nesse meio ultramegapodre, fedido e tóxico que é a política brazuca.
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 20:14:25 por Fenrir »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6097 Online: 30 de Agosto de 2019, 20:17:41 »

Hoje em dia muitos considerariam o site de onde você tirou a matéria como esquerdista. E a denúncia é feita pela esquerdista Anistia Internacional. ( Pelo menos esquerdista para 11 entre cada 10 bolsominions )



A "anistia internacional" é apenas uma fachada de neutralidade para a extrema-direita neoliberal. Eles chegam ao ponto de condenar ao governo de Maduro por "abusos," mas são silenciosos quanto a 99% dos crimes do capitalismo. Só vão mencionar alguma coisa de leve para manter as aparências quando as coisas são muito escancaradas, mas nunca admitindo que o socialismo é a verdadeira solução justa, racional, e científica. 

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6098 Online: 30 de Agosto de 2019, 20:39:12 »
A maioria das instituições de defesinhas de coisinhas é lugar infestado de comunistóide. É o tipo de ambiente propício para esses negocismos. E o hino deles é a musica Imagine do Dionleno. Se for no Brasil a música é a vemvamozimboraquiisperánunhéissabê.
« Última modificação: 30 de Agosto de 2019, 21:24:45 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6099 Online: 30 de Agosto de 2019, 20:58:47 »
Acho que alguem ja disse aqui, creio que foi você, que para o bolsonaro, qualquer um que discorde dele é de esquerda, não importa
de que parte do espectro politico o crítico esteja inserido.

Isso é sintoma de um problema que percebo há um bom tempo por aqui (no país, não no fórum) e adianto que não é só o bozo que pisa na bola neste quesito não:
Certos temas são imediatamente associados como pertencentes a este ou aquela parte do espectro, num nível como se fossem infringir um copyright ou cometer um pecado mortal se um lado se aventurasse a tratar dos temas que são comumente associados ao lado oposto...
Acho isso bem irritante e demonstra que, para qualquer dos lados, importa mais estar certo e impor sua agenda, que promover o bem comum, já que se um deles, por algum "milagre" faz ou tenta fazer algo pro bem da sociedade, o outro logo desaprova em lugar de ajudar, já que a iniciativa não veio deste outro... puta hipocrisia.
Mas isso não é de se espantar, nesse meio ultramegapodre, fedido e tóxico que é a política brazuca.

A ideologia é também um artifício eficaz na propaganda.

Se querem que a opinião pública tenda para uma determinada direção então fazem parecer que seus antagonistas são esquerdistas, ou comunistas, ou qualquer rótulo previamente demonizado. Nisso a pessoa, inconscientemente, escolhe de que lado vai ficar naquela discussão.

Isso é bem claro quando se faz uma pesquisa de opinião nos EUA sobre temas como controle de armas, plano de saúde, aquecimento global, imigração e outros. Eleitores republicanos tendem a ter o mesmo posicionamento em relação a todos estes temas, o que não deveria acontecer se a pessoa estivesse julgando apenas usando seu próprio discernimento, sem ser influenciada pela forma como ela de identifica politicamente. Já que a princípio são temas que não tem relação entre si e nem em essência são ideologicamente orientados.

 

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