Mas como esse cara acha que pode exisitir um teste de intenligência que não possa ser aprendido se inteligencia depende da capacidade de aprender???
Aff cara para de viajar, o teste de QI provou sua validade sendo INATO. Medir uma coisa que se aprende qualquer professor faz.
Antes de a gente continuar, será que voce poderia esclarecer o que é que voce entende por testes de QI???
Mede o raciocinio logico de uma pessoa, que é provadamente inato.
Quem provou que o raciocínio lógico é inato e com que?
Provou mostrando que o estudo nao altera o resultado do teste. Quem provou? Foram feitos diversos testes em relacao a isso e por diversas pessoas.
Cite referências, conheço testes diversos indicando o oposto, e esse parece ser o mais consensual, sem falar, de que é o mais simples de se explicar.
Vou tentar esclarecer uma coisa, não estou acompanhando toda a discussão, então talvez seja redundante.
QI não é inato, pela simples razão que muda no decorrer da vida, ou seja, exige desenvolvimento. Tudo que exige desenvolvimento está suscetível a variações do meio ambiente no qual esse desenvolviemnto ocorre. Assim o desenvolvimento afeta sim o QI, a menos que o desenvolvimento do cérebro fosse algo mágico, isolado do mundo exterior de alguma forma.
E na realidade, as capacidades cerebrais são justamente as mais suscetíveis a influência ambiental do que qualquer outra. Por exemplo, um brasileiro tende a falar português, e chineses tendem a falar mandarim. Mas isso não está determinado no cérebro de nenhum deles, se troca-se os bebês, o chinês criado no Brasil fala português sem sotaque, e idem o brasileiro na China. Outra coisa. Pode-se ensinar a ler e a escrever qualquer idioma até certa idade com consideravel facilidade. Até mais de um idioma. Mas passada uma certa idade, a pessoa tem maior dificuldade em se alfabetizar ou aprender um segundo idioma. Ou seja, é como se houvesse uma janela temporal para o desenvolvimento de um "QI lingüístico". Assim gêmeos, se criados diferentemente, terão habildades lingüísticas diferentes.
Há outras coisas como, estudos estatísitcos demonstrando que o QI varia numa família de acordo com a quantidade de filhos de modo peculiar. Quanto menos irmãos, de modo geral, mais inteligente são; e os últimos filhos tendem a ter os QIs mais baixos. Isso é inexplicável geneticamente, ou por QI inato de qualquer outra forma. Teria que se dizer que os gametas com genes para menor QI tendem a ser produzidos mais tarde, mas não há mecanismo possível para algo assim. O que isso sugere principalmente é a diferença de inteligência como resultado de diferentes divisôes de recursos por pessoa, incluindo alimentação, atenção dos pais, etc. Porque é algo que diminui progressivamente conforme se tem mais filhos, e ao mesmo tempo, os filhos que nasceram primeiro são beneficiados por mais tempo, como se largassem na frente.
Não estou dizendo que QI não tenha qualquer influência genética, que a hereditariedade seja totalmente cultural. Assim como há variações extremas de inteligência (e outras características) certamente atribuíveis a algum fator genético, não há porque supor que houvesse simplesmente ou anomalias totalmente restritivas (retardamento puro), benéficas (como as de superdotados), as meio-a-meio (superdotados com deficiências em outras áreas), tendo base genética e toda o restante da variação genética modal não influenciar em absolutamente nada o desenvolvimento da inteligência. Assim como a altura: há anões e gigantes, em boa parte geneticamente determinados, a variação da altura normal das populações também é em boa parte geneticamente herdada. Mas mesmo aí, não apenas. Nutrição também influencia muito. Os genes não tem como forçar uma determinada altura apesar do organismo ser desnutrido, a determinação genética não é algo como "tenha 1,80m de altura", ou "tenha QI 130". O resultado de um gene que influencie a altura ou a inteligência é de certa forma apenas incidental, depende de todos os demais genes e fatores ambientais influentes no desenvolvimento se manterem consideravelmente iguais.
Assim, uma pessoa pode ter genes genes que a predisporiam a ser alta e forte, mas ela pode mesmo assim ser baixa e fraca se não se nutrir e exercitar. E uma pessoa com uma genética simplesmente normal ou até pouco desfavorável nesse sentido pode acabar sendo mais alta e mais forte. Casos raros, de qualquer forma, podem alterar mais fundamentalmente a coisa e ou comprometer ou favorecer a força e altura de forma muito mais determinante - mas sempre necessitando de variáveis ambientais mínimas satisfeitas. Com inteligência, é muitp provavelmente o mesmo na maior parte do tempo, ou seja, não é porque alguém é inteligente que teria um "gene para inteligência" ou porque é burro que teria um "gene para burrice". Pode até ser o oposto, dentro da faixa mais modal de variação genética, e mesmo casos mais extremados podem ter forte influência do desenvolvimento, de aprendizado,
simplesmente porque é assim que o cérebro funciona. Não existe inteligência totalmente inata, existem potenciais inatos para a inteligência, que podem ou não ser desenvolvidos.