Será que só eu lembro do frenesi daqueles livros de "quociente emocional" lançados nos anos 90?
Acho tão reducionista colocar QI como algo que ateste competência metal, quanto colocar o QE como algo que ateste desenpenho exemplar em equipes.
Nunca fiz pra valer, mas acho que um teste de QI não seria capaz de extrair todas as qualidades necesárias para fazer um bom biólogo. QI, então, é limitado, e não serve para avaliar quão bom é um profissional. Creio que mesmo em áreas onde o raciocínio lógico é o fator que mais pesa no sucesso do profissional, seria errado afirmar que apenas ele seria suficiente. A questão é multifatorial.
Quanto ao fato de mais homens preferirem cursos das exatas, e mulheres serem mais raras, acho que vai mais do tipo de aptidão requerida além do raciocínio lógico. Normalmente, quem trabalha com áreas moleculares na biologia precisa ter uma capacidade de abstração muito grande, tal qual o pessoal das exatas. Como geralmente mais mulheres fazem biologia e dominam inclusive esta área, creio que seria um tanto equivocado achar que estas não teriam aptidão para o raciocínio lógico. Vide áreas como biofísica, por exemplo. Eu não conheço nenhum biofísico... mas na essência, a biofísica não é tão distante da física. Ela apenas soma pressupostos de duas outras áreas. Talvez o mais importante seja a motivação na escolha do curso, e não necessariamente a aptidão para o raciocínio lógico.
Eu acho muito chata a área de tecnologia, tanto que não consigo nem assistir programas como "maravilhas modernas"... acho sacal. Entretanto, qualquer coisa que envolva bioquímica, astronomia, evolução, são o máximo pra mim. Tanto, que eu escolhi minha área quando estava no final do 1o. colegial. Agora, sabendo que o conhecimento não tem fronteiras, quem poderia dizer que uma ou outra forma de conhecimento está limitada a cada ciência? Por acaso, o próprio astrônomo, não depende enormemente do raciocínio lógico? E quando se pensa na integração das vias metabólicas, a abstração não é importante para o bioquímico? Ou para o biólogo evolutivo, será que a dinâmica populacional, escrita em números, mas abstraída, não é fundamental para entender-se os processos evolutivos?
Acho que a motivação é quem determina a escolha das áreas de atuação, tanto que a maioria dos acadêmicos não tem muitos conhecimentos sobre o curso que está cursando até deparar-se com a experiência profissional. Apenas dentro da universidade é que todas as opções são conhecidas (normalmente).
v3nOw, ainda estou esperando você provar minha "falta de caráter", conforme sua afirmação na página 9.